quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia Mundial da Água: Onde a vida do planeta começou...


22/03/2012 - 06h00

Dia Mundial da Água serve de alerta para a escassez do recurso


DE SÃO PAULO


O Dia Mundial da Água é lembrado nesta quinta-feira (22). A data serve de alerta, já que a escassez vai obrigar, por exemplo, a população de quase 20 milhões de pessoas que vivem na Grande São Paulo de buscar água cada vez mais longe, o que vai encarecer cada vez mais o recurso na próxima década.

22/03/2012

Ocupação irregular na área de manancial

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De um lado, o gado pasta na margem da represa Jaguari/Jacareí, em Braganca Paulista, interior de São Paulo. Do outro, pássaros em cima de entulho na represa Billings, na zona sul de São Paulo Leia maisA água da represa Jaguari/Jacareí, em Bragança Paulista (SP), refletindo as nuvens; na foto de baixo, a poluição da represa Billings, com casas do Parque Primavera ao fundo, na região da Pedreira, zona sul de São Paulo Leia maisConseguir água de qualidade para abastecimento de quase 20 milhões de habitantes da Grande SP está cada vez mais difícil. Hoje, metade da água que sai pelas torneiras da região precisa ser "importada" de bacias vizinhas Leia maisLixo acumulado nas margens da represa Billings em São Paulo, em contraste com as águas de boa qualidade da represa Jaguari/Jacareí, em Bragança Paulista, no interior do Estado Leia maisAcima, moradias do Parque Primavera, na zona sul de São Paulo, próximas à poluição da represa Billings. Abaixo, casas de alto padrão às margens de represa em Bragança Paulista, interior do Estado Leia mais
Apu Gomes/Moacyr Lopes Junior/Folhapress
De um lado, o gado pasta na margem da represa Jaguari/Jacareí, em Braganca Paulista, interior de São Paulo. Do outro, pássaros em cima de entulho na represa Billings, na zona sul de São Paulo Leia mais
De um lado, o gado pasta na margem da represa Jaguari/Jacareí, em Braganca Paulista, interior de São Paulo. Do outro, pássaros em cima de entulho na represa Billings, na zona sul de São Paulo Leia mais


22/03/2012

Rio Tietê limpo x rio Tietê sujo

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Dois momentos do rio Tietê: em sua nascente, Salesópolis e depois, na altura do córrego Aricanduva, na zona leste de São Paulo, aproximadamente 100 km à frente Leia maisConseguir água de qualidade para o abastecimento das quase 20 milhões de pessoas que vivem na Grande São Paulo está cada vez mais difícil. Hoje, quase metade da água que sai pelas torneiras da região precisa ser "importada" de bacias vizinhas Leia maisDetalhe das diferenças entre o rio Tietê desde a nascente até 100 km à frente, já em São Paulo Leia maisOs gestores da Sabesp concordam com a tese da falta da água a partir de 2020. A empresa quer buscar água no Vale do Ribeira, a 80 km, em um projeto de R$ 1 bilhão Leia maisHoje, os 69 mil litros de água que municiam a rede pública por segundo atendem todas as residências Leia maisA tendência, dizem os especialistas em mudanças climáticas, é de mais chuvas nos centros urbanos e de menos temporais nas periferias --justamente onde estão represas de abastecimento. Isso é causado pela verticalização das cidades, que aumenta as chamadas "ilhas de calor" Leia maisAlém disso, o uso e ocupação do solo ao redor destes pontos de captação continuam sem controle, segundo urbanistas. Isso aumenta a poluição da área, o que deixa o tratamento ainda mais caro Leia maisDe acordo com números do setor, somando água de mananciais e subterrâneas, 58% do total da água captada na Grande São Paulo vai para o uso público. Enquanto 39% para o setor industrial Leia mais
Juca Varella/Folhapress
Dois momentos do rio Tietê: em sua nascente, Salesópolis e depois, na altura do córrego Aricanduva, na zona leste de São Paulo, aproximadamente 100 km à frente Leia mais
Dois momentos do rio Tietê: em sua nascente, Salesópolis e depois, na altura do córrego Aricanduva, na zona leste de São Paulo, aproximadamente 100 km à frente Leia mais
Fotos celebram o Dia Mundial da Água
22/03/2012

Dia Mundial da Água

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Passarinhos em espelho d'água em fonte na Praça da Sé, centro de São Paulo Leia maisPrimeira etapa do tratamento da água, chamado de "mistura rápida e coagulação", quando 14 m² de água por segundo chegam a um tanque onde recebe sal de alumínio para que as impurezas virem flocos, na estação de tratamento da Sabesp, em São Paulo Leia maisHomem com os pés dentro d'água. Hoje, 22 de março, é o Dia Mundial da Água Leia maisUsada para fazer café, a água tem seu dia celebrado nesta quinta-feira (22) Leia maisÁgua transborda de um copo. Hoje é o Dia Mundial da Água Leia maisSegunda etapa do tratamento, chamado de "floculação e decantação", a água perde velocidade e chega a 8 tanques decantadores com capacidade para 13 mil metros cúbicos Leia maisNascente de água na rua Doutor Torres Neto, região da Pedreira, na zona sul de São Paulo, às vésperas do Dia Mundial da Água Leia maisCrianças brincam na represa Billings, na zona sul de São Paulo Leia maisHomem molha a cabeça para se refrescar em bica de nascente de água rua Doutor Torres Neto, região da Pedreira, na zona sul de São Paulo Leia maisEntrega de água em escritórios na rua São Bento, no centro velho de São Paulo Leia maisTanques de filtragem desativados para limpeza. Terceira etapa do tratamento, a filtração, onde a água passa por camadas de carvão mineral e areia para retirada de resíduos sólidos que possam ter ficado Leia maisA represa Jaguari/Jacareí, em Bragança Paulista, interior de São Paulo, parte do sistema Cantareira, que abastece parte da água usada na capital Leia maisCachoeira na margem da represa Jaguari/Jacareí, em Bragança Paulista, interior de São Paulo; legislação impõe metragem mínima para a edificação próxima da água Leia mais
Jorge Araújo/Folhapress
Passarinhos em espelho d'água em fonte na Praça da Sé, centro de São Paulo Leia mais
Passarinhos em espelho d'água em fonte na Praça da Sé, centro de São Paulo Leia mais



Atualmente, quase metade da água que sai pelas torneiras da região precisa ser "importada" de bacias vizinhas. Gestores da Sabesp concordam com a tese da falta da água a partir de 2020.
Apesar de o Brasil ter 12% da água doce mundial, 70% dos recursos hídricos ficam na bacia Amazônica. Ou seja: a água está bem longe dos grandes centros urbanos. E isso é um grande problema.
Editoria de Arte/Folhapress
Dia mundial da agua, 22/mar
Dia mundial da agua, 22/mar




Água rara
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/32777-agua-rara.shtml


São Paulo, quinta-feira, 22 de março de 2012Cotidiano
Cotidiano


Dia mundial lembra hoje a importância da preservação do recurso natural
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO


Conseguir água de qualidade para o abastecimento das quase 20 milhões de pessoas que vivem na Grande São Paulo está cada vez mais difícil. Hoje, quase metade da água que sai pelas torneiras da região precisa ser "importada" de bacias vizinhas.
O sistema Cantareira, por exemplo, um dos que abastecem a região metropolitana, incorpora a água que vem da bacia do rio Piracicaba.
E essa necessidade de buscar o recurso cada vez mais longe vai encarecer cada vez mais a água na próxima década, porque haverá disputa tarifária entre as regiões, dizem especialistas.
Os gestores da Sabesp concordam com a tese da falta da água a partir de 2020. A empresa quer buscar água no Vale do Ribeira, a 80 km, em um projeto de R$ 1 bilhão.
Hoje, os 69 mil litros de água que municiam a rede pública por segundo atendem todas as residências.
Indústria e irrigação precisam recorrer a outras fontes, como reservatórios subterrâneos (que vêm de lençóis freáticos, e não de rios).

CLIMA
A tendência, dizem os especialistas em mudanças climáticas, é de mais chuvas nos centros urbanos e de menos temporais nas periferias -justamente onde estão represas de abastecimento. Isso é causado pela verticalização das cidades, que aumenta as chamadas "ilhas de calor".
Além disso, o uso e ocupação do solo ao redor destes pontos de captação continuam sem controle, segundo urbanistas. Isso aumenta a poluição da área, o que deixa o tratamento ainda mais caro.
"Os governos desrespeitam os padrões de segurança da água preconizados pela ONU", diz Renato Tagnin, urbanista especialista em planejamento ambiental.
"A situação é crítica e a população não é corretamente informada", afirma.
Wagner Ribeiro da Costa, geógrafo da USP também especialista em questões de água, questiona a presença do setor privado na cidade.
"Não seria o caso de avaliar a pertinência em manter indústrias intensivas no uso da água na região metropolitana de São Paulo?"
De acordo com números do setor, somando água de mananciais e subterrâneas, 58% do total da água captada na Grande SP vai para o uso público. Enquanto isso, 39% vai para o setor industrial.
Os dois especialistas concordam que falta uma abordagem sistêmica do problema que envolve a água. De acordo com eles, o "estresse hídrico" vivido hoje vai passar, em menos de uma década, para problema de escassez de água.
Colaborou SABINE RIGHETTI