Plástico descartado é usado para fabricação de biocompósitos
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Plástico descartado é usado para
fabricação de biocompósitos. 14/01/2012. Online. Disponível em
www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=plastico-descartado-fabricacao-biocompositos.
Capturado em 17/01/2012.
Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/01/2012
Além das sacolas plásticas, a técnica utiliza os filmes plásticos,
usados para embalar alimentos, e as embalagens plásticas flexíveis, como as
utilizadas para biscoitos. [Imagem: Cibele Rosa Oliveira]
Biocompósito
Enquanto cientistas e ambientalistas procuram se entender sobre as sacolas
plásticas, pesquisadores da USP criaram uma nova técnica para
reaproveitá-las.
Cibele Rosa Oliveira e Adilson Gonçalves misturaram os plásticos descartados
no lixo doméstico com bagaço de cana, produzindo um biocompósito que pode ser
usado em divisórias, mobiliários ou em painéis automotivos.
Um biocompósito é um material híbrido, que mescla componentes naturais e
sintéticos. A porção natural garante uma melhor degradação do material quando
este retorna à natureza.
Plásticos de uso doméstico
Além das sacolas plásticas, a técnica utiliza os filmes plásticos, usados
para embalar alimentos, e as embalagens plásticas flexíveis, como as utilizadas
para biscoitos.
"Decidimos misturar esse plástico com fibras naturais, especialmente bagaço
de cana, para obter biocompósitos, que têm uma boa resistência mecânica e são
mais biodegradáveis que painéis plásticos convencionais, uma vez que possuem as
fibras naturais", conta Adilson.
Ele afirma que as folhas plásticas, embalagens de biscoitos e sacolas
plásticas não são recolhidas pelos catadores:
"Ele corresponde de 5% a 6% da massa do resíduo sólido municipal e causa
impactos negativos nos aterros, pois não é degradável e impermeabiliza o solo
onde o lixo for depositado."
Interesse comercial
Agora que demonstraram a viabilidade técnica do processo, os pesquisadores
pretendem partir para uma etapa piloto, com a coleta do resíduo em maior escala
e a construção de painéis grandes, para testes reais de aplicação.
Para isso, afirmam, será necessário que alguma empresa se interesse pela
tecnologia, com vistas a levá-la ao mercado.