Pesquisadores analisaram tendências de uso da terra na floresta amazônica em Mato Grosso
09 de janeiro de 2012 | 22h 47
Não há nenhuma contradição entre diminuir o desmatamento e aumentar a produtividade agrícola. É o que mostra um estudo publicado na última edição da revista científicaProceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Os pesquisadores analisaram as tendências de uso da terra na floresta amazônica do Estado de Mato Grosso.
Entre 2006 e 2010, o desmatamento na região caiu para 30% da média histórica de 1996 a 2005. Ao mesmo tempo, a produtividade agrícola atingiu o ápice do período estudado.
De 2001 a 2005, o aumento da produtividade da soja pode ser explicado exclusivamente pelo aumento da área plantada, principalmente pastos convertidos em lavouras (74%) e florestas desmatadas (26%). Na segunda metade da década, a produtividade da soja cresceu 78%. Quase um terço desse porcentual pode ser explicado pelo aumento de produtividade das lavouras já existentes.
Além disso, a maior parte da expansão das fronteiras agrícolas da soja (91%) ocorreu em regiões já desmatadas. As razões apontadas para a mudança são políticas eficazes para estimular o uso sustentável da terra.