6/1/2012 - Fonte: G1
Quanto maior a emissão de gases, maior seria a incidência dessas doenças.
Pesquisa foi realizada por especialistas nos Estados Unidos.
Novo estudo divulgado nesta semana na revista científica "Circulation" aponta que a incidência de diabetes e hipertensão em mulheres negras dos Estados Unidos pode estar ligado aos altos índices de poluição do ar.
A pesquisa afirma que resultados de testes laboratoriais e clínicos sugerem que a exposição a níveis cumulativos de óxido nítrico e dióxido de nitrogênio, emitidos por meio da combustão de motores automotivos e da queima de querosene, aumentaria a predisposição de mulheres a estas doenças.
Cerca de 4 mil pessoas do sexo feminino e da cor negra que vivem em Los Angeles foram analisadas. Além disso, fatores que influenciam na existência da hipertensão e da diabetes medidos à exposição do NOx e partículas poluentes PM2,5.
O estudo aponta que de 1995 a 2005, 531 casos de hipertensão e 183 casos de diabetes ocorreram entre os participantes que moravam na cidade. A análise indicou ainda que o risco de diabetes aumentou 24%, enquanto o de hipertensão elevou 11% para cada aumento de 12 ppb (partícula por bilhão) de NOx.
Segundo os pesquisadores, dois estudos anteriores sobre este tema sugerem que a grande movimentação de veículos, associada com a poluição, elevou a incidência dessas doenças, mas não incluiu pessoas da cor negra.
A ligação entre a poluição do ar e os riscos de diabetes e hipertensão é de particular importância para as mulheres afro-americanas. "Segundo o estudo, o risco delas adquirirem tais doenças é quase o dobro se comparado às mulheres brancas, já que as negras viveriam em áreas mais poluídas", afirma Patricia Coogan, principal autora do estudo.
Do Globo Natureza