quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Curso em Iranduba - AM vai ensinar as pessoas a redesenharem espaços humanos com mais ênfase na ecologia

http://acritica.uol.com.br/amazonia/Curso-redesenharem-espacos-humanos-ecologia-Manaus-Amazonas_0_633536646.html


Aulas práticas vão ensinar os alunos a utilizarem materiais menos poluentes dentro do conceito de bioconstrução 

    Rivero (à esq.) durante uma das suas aulas práticas: difundindo os conceitos da bioconstrução para todos
    Rivero (à esq.) durante uma das suas aulas práticas: difundindo os conceitos da bioconstrução para todos (Reprodução)
    A preocupação cada vez maior com o meio ambiente está despertando a necessidade de se desenhar espaços humanos sustentáveis. E é esse o enfoque do curso de “Bioconstrução” em Manaus, a ser ministrado pelo turismólogo Orlando Rivero, 30, especialista em permacultura e pela arquiteta Andréa Corrêa, 41. O curso será nos dias 26, 27 e 28, quinta, sexta e sábado deste mês na Vila de Paricatuba, no Município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus).
    Orlando vai difundir os conceitos da bioconstrução e levar os participantes a aulas práticas para ensiná-los a redesenhar os espaços humanos dentro de uma ótica mais ecológica. Diretor da empresa Terra Viva Soluciones Orgânicas, que trabalha com bioconstrução em Manaus, ele explica que o curso é interessante não só para estudantes da área de Biologia ou Arquitetura, mas também para pessoas que tenham uma consciência ecológica aguçada e interesse em conhecer as ideias para torná-las práticas na sua vida.
    “A proposta é trabalhar em favor da vida usando materiais menos poluentes e do local onde será utilizado para reduzir os gastos com transporte, o que contribui para a diminuição da quantidade de calor”, explica ele, para assegurar que qualquer pessoa pode ter iniciativas com esse objetivo - basta conhecer as soluções já existentes em telhados, quintais, etc.
    SUSTENTABILIDADE
     Rivero destaca que o redesenho do ambiente sustentável ambientalmente é uma área de interesse para organizações sociais, empresas, administrações públicas e de qualquer cidadão preocupado com o meio ambiente e que pode ter acesso a conceitos como a permacultura, cujo conceito principal está voltado ao cuidado com a terra, com as pessoas e em repartir os excedentes. Rivero, que trabalha há cinco anos na América Latina, já deu mais de 20 cursos desses no Brasil em países como Venezuela, Peru e Argentina. “Fiz um desidratador solar ao custo de R$ 3,50, de tomate, um produto de custo elevado no mercado”, explica ele.
    Por isso, acrescenta a arquiteta Andréa Corrêa, o conceito de bioconstrução está firmado no tripé de socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto, por isso no curso toda a mão-de-obra a ser utilizada será local, assim como o material.
     De acordo com Rivero e Andréa, quem quiser aprender a como usar o telhado para captador de água de chuva ou do quintal para produzir alimentos de forma sustentável, não deve deixar de conhecer os conteúdos do programa do curso. A natureza e os bolsos dos participantes vão agradecer, afirmam.
    Ensinando tecnologias apropriadas
    O conceito de Permacultura, como está desenhado o Planeta Terra hoje e como redesenhar os espaços humanos dentro de uma ótica mais ecológica são os temas do primeiro dia do evento, 26, quinta-feira. Neste dia, o curso vai mostrar quais são as tecnologias apropriadas para banheiros secos, telhados verde, hortas orgânicas, economia solidaria, etc.
     Nos dias 28 e 29, sexta e sábado, Orlando Rivero diz que as aulas serão práticas, com os participantes colocando a mão na massa. Ele vai utilizar pneu para construção civil e técnica inglesa e vai falar do conceito da bioconstrução e de como reconhecer materiais de construção natural. No curso serão ensinadas técnicas e práticas da bioconstrução, superadobe (sacos de polipropileno ou de batatas), garrafas pet como tijolos,reboques naturais, geotintas e moldados livres de nicho eespaços das casas Ao finalizar, Rivero diz que o objetivo principal do trabalho é suprir as necessidades existentes no que se refere a espaços ambientais eficientes, assim como criar uma rede que, em pequena escala, reproduza os conceitos da bioconstrução.