sábado, 17 de dezembro de 2011

Tinta de urucum

15/12/2011 19:51

Universitárias transformam urucum em tinta

http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/7441/Universitarias+transformam+urucum+em+tinta


Alunas da Unesp desenvolveram um projeto em fazer utilizar pigmentos naturais para fazer coloração
Fernanda Ikedo

fernanda.ikedo@bomdiasorocaba.com.br




Ávore do urucum adapta-se bem as diferentes condições climáticas. É originária da Amazônia, mas também há plantações em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.

Pensando em sustentabilidade, meio-ambiente e saúde, as universitárias Lara Sant´Anna Iwanicki, 22 anos e Raquel Martins Montagnoli, 23, desenvolveram um projeto de como utilizar o fruto urucum na produção de tintas. “No Brasil, só há tintas sintéticas, nenhuma utiliza pigmentos naturais”, afirma Lara.“Trata-se de uma árvore muito utilizada para a reutilização de áreas degradadas e 60% da produção de urucum é para produção de coloral”, explica Raquel.

Com esse projeto, que foi supervisionado pelo professor de engenharia ambiental da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Sandro Donnini Mancini, elas conquistaram o 3º Prêmio Suvinil de Inovação”, na categoria Tintas e Processos de Pintura.

Um dos itens da pesquisa realizada é o crédito de carbono caso a Suvinil invista no urucum. “Isso chamou bastante a atenção dos jurados e do pessoal da própria empresa que depois da premiação conversou com a gente”, conta Lara.

Para o projeto, as universitárias, que estão no último ano do curso de engenharia ambiental, estudaram experiências de outros países na utilização de pigmentos naturais na fabricação de tintas. Nenhuma, porém, usa o urucum.


Marketing/Além de sustentável e menos agressivo ao ser humano, o urucum pode ser uma fonte rica para o desenvolvimento do mercado da área. “A empresa pode trabalhar o produto do ponto de vista do marketing, por ser um fruto da Amazônia”, ressalta o professor Sandro.


A equipe da Suvinil contatou Lara e Raquel com interesse em dar sequência à pesquisa. “Nos disseram que o laboratório deles já está tendo várias ideias”, afirma Raquel.

Para elas, há a possibilidade de se criar com essa matéria-prima nacional uma linha completa com pigmentos amazônicos, tendo como base o reflorestamento. “É uma árvore de rápido crescimento”, afirmam.

O prêmio rendeu R$ 8 mil ao grupo, R$ 3 mil ao coordenador e R$ 5 mil para o campus Sorocaba da Unesp para aquisição de materiais didáticos.

Pelo comprometimento que mantem com pesquisas a dupla Raquel e Lara já trabalham em outros projetos inovadores.


Experiências
No ano passado, Raquel e Lara se inscrevaram em outro concurso, ficando em segundo lugar. A pesquisa era sobre Desafio em Inovação e Sustentabilidade em Borracha.


Prêmio Suvinil

Elas concorreram com cerca de 400 projetos do Brasil todo.