15/12/2011 19:51  
Alunas da Unesp desenvolveram um projeto em fazer utilizar pigmentos naturais para fazer coloração
 
Universitárias transformam urucum em tinta
http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/7441/Universitarias+transformam+urucum+em+tintaAlunas da Unesp desenvolveram um projeto em fazer utilizar pigmentos naturais para fazer coloração
Ávore do urucum adapta-se bem as diferentes condições climáticas. É  originária da Amazônia, mas também há plantações em Minas Gerais, São Paulo e  Santa Catarina.
Pensando em sustentabilidade, meio-ambiente e saúde, as  universitárias Lara Sant´Anna Iwanicki, 22 anos e Raquel Martins Montagnoli, 23,  desenvolveram um projeto de como utilizar o fruto urucum na produção de tintas.  “No Brasil, só há tintas sintéticas, nenhuma utiliza pigmentos naturais”, afirma  Lara.“Trata-se de uma árvore muito utilizada para a reutilização de áreas  degradadas e 60% da produção de urucum é para produção de coloral”, explica  Raquel.
Com esse projeto, que foi supervisionado pelo professor de  engenharia ambiental da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Sandro Donnini  Mancini, elas conquistaram o 3º Prêmio Suvinil de Inovação”, na categoria Tintas  e Processos de Pintura.
Um dos itens da pesquisa realizada é o crédito de  carbono caso a Suvinil invista no urucum. “Isso chamou bastante a atenção dos  jurados e do pessoal da própria empresa que depois da premiação conversou com a  gente”, conta Lara.
Para o projeto, as universitárias, que estão no  último ano do curso de engenharia ambiental, estudaram experiências de outros  países na utilização de pigmentos naturais na fabricação de tintas. Nenhuma,  porém, usa o urucum.
Marketing/Além de sustentável e  menos agressivo ao ser humano, o urucum pode ser uma fonte rica para o  desenvolvimento do mercado da área. “A empresa pode trabalhar o produto do ponto  de vista do marketing, por ser um fruto da Amazônia”, ressalta o professor  Sandro.
A equipe da Suvinil contatou Lara e Raquel com interesse em dar  sequência à pesquisa. “Nos disseram que o laboratório deles já está tendo várias  ideias”, afirma Raquel.
Para elas, há a possibilidade de se criar com  essa matéria-prima nacional uma linha completa com pigmentos amazônicos, tendo  como base o reflorestamento. “É uma árvore de rápido crescimento”,  afirmam.
O prêmio rendeu R$ 8 mil ao grupo, R$ 3 mil ao coordenador e R$  5 mil para o campus Sorocaba da Unesp para aquisição de materiais  didáticos.
Pelo comprometimento que mantem com pesquisas a dupla Raquel e  Lara já trabalham em outros projetos inovadores.
Experiências
No ano passado, Raquel e Lara se inscrevaram  em outro concurso, ficando em segundo lugar. A pesquisa era sobre Desafio em  Inovação e Sustentabilidade em Borracha.
Prêmio  Suvinil
Elas concorreram com cerca de 400 projetos do Brasil  todo.
 
