Data de Cadastro: 15/12/2011 as 18:37:26 alterado em 16/12/2011 as 16:22:49
TABAGISMO
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/3755/162/lei-do-fumo-proibe-fumodromos-%3Cbr%3Ee-aumenta-preco-do-cigarro.html
Por sugestão do Ministério da Saúde, presidenta vetou propaganda institucional de fabricantes de cigarro
Por sugestão do Ministério da Saúde, presidenta vetou propaganda institucional de fabricantes de cigarro
A presidenta Dilma Rousseff sancionou nesta quinta-feira (15) a nova Lei do  Fumo, que estabelece um preço mínimo de venda de cigarro no varejo, aumenta a  carga tributária sobre o produto e proíbe o fumo em locais fechados – os  fumódromos, sejam eles privados ou públicos – e a propaganda nos pontos de  venda. O Ministério da Saúde deve regulamentar a questão dos fumódromos e da  propaganda.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, considera a nova lei um avanço no  combate ao tabagismo. “A luta contra o tabaco tem que ser incansável por aqueles  comprometidos com a saúde pública do nosso país”, diz.
Segundo ele, a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é reduzir a  frequência de fumantes em diferentes grupos, principalmente a iniciação de  adolescentes e adultos. Conforme previsto no Plano de Ações Estratégicas para  Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, a expectativa é chegar a  2022 tendo reduzido a frequência de fumantes de 15% para 9% na população  adulta.
A presidenta Dilma vetou o artigo que permitia a propaganda institucional de  fabricantes de tabaco em eventos, como havia sugerido o ministério da saúde. O  artigo vetado ia totalmente de encontro com os compromissos internacionais  assumidos pelo Brasil, em especial a Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do  Tabaco.
Pela nova lei, também fica proibida a propaganda comercial de cigarros nos  pontos de venda, sendo permitida somente a exposição dos produtos – desde que  acompanhadas por mensagens sobre os malefícios provocados pelo uso do fumo.  Outra obrigatoriedade prevista pela nova lei é o aumento de avisos sobre os  malefícios do fumo, que deverão aparecer em 30% da área frontal do maço de  cigarros, partir de 1º de janeiro de 2016.
Fica estabelecida em 300% a alíquota do Imposto sobre Produtos  Industrializados (IPI) para o cigarro. O aumento no preço do produto está  previsto para o início de 2012. Com o reajuste do imposto e o estabelecimento de  um preço mínimo, o cigarro subirá cerca de 20%, em 2012, chegando a 55% em  2015.
A sanção da lei representa um avanço, pois deve contribuir para frear o  consumo de cigarros no país. A combinação do aumento do tributo com uma regra de  preço mínimo ataca as duas frentes para a redução do consumo: preço de um lado e  combate à pirataria do outro.
 
