Preocupado com legado, Londres finaliza instalações dos Jogos 
Olímpicos
29 de outubro de 2011 • 15h58 
• atualizado às 16h30
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Foto: Divulgação
Londres vive tão preocupada com os Jogos Olímpicos de 2012 quanto com o 
legado que será deixado em uma cidade de oito milhões de pessoas e graves 
problemas de espaço. Por isso, foi pedido pelo Comitê Organizador (Locog) e aos 
arquitetos que trabalharam em projetos olímpicos que fossem idealizadas soluções 
"sustentáveis e úteis para as próximas gerações", disse um dos responsáveis pelo 
desenho do Parque Olímpico, Chris Jopson. 
Sob essas premissas, apenas cinco dos locais que estão sendo construídos em 
Stratford, ao leste de Londres, serão permanentes, enquanto o restante será 
totalmente desmontado para liberar espaço em uma das cidades mais povoadas da 
Europa. 
Um dos cinco estádios que permanecerá de pé no futuro é o de handebol, que 
atrairá durante os últimos dias de julho o olhar de milhões de pessoas para se 
transformar depois em um ginásio poliesportivo municipal à disposição dos 
moradores de uma das áreas menos desenvolvidas de Londres. Tanto é assim que, 
além das linhas de handebol, a quadra também já está demarcada para que a 
população dispute após os Jogos partidas de badminton, basquete e futsal. 
"A faceta mais interessante desta construção é a vida que terá após os Jogos, 
mais importante até que seu uso durante o evento em si. Construímos pensando que 
estará aqui, pelo menos, nos próximos 50 anos", relatou um dos arquitetos do 
escritório britânico Populous, que desenhou a Handball Arena, Brian Ditchbum. 
O estádio, que custou 34,5 milhões de euros, inclui também elementos para 
melhorar a acústica, visando transformá-lo em uma dos locais de show mais 
populares da capital britânica. Aos 6 mil assentos das atuais arquibancadas, se 
somará uma capacidade de 1,5 mil pessoas que poderão acompanhar os eventos de 
pé, dentro da quadra, diante de um palco adequado para bandas não muito 
conhecidas, incapazes de encher os 20 mil lugares de outros recintos, como a O2 
Arena, mas que atraiam um público maior que o comportado por grande parte das 
casas da capital britânica. 
Também está concluído o maior símbolo dos Jogos, o Estádio Olímpico, cuja 
estrutura de aço já está pronta no centro do Parque de Stratford e cujo piso 
vermelho receberá os homens e as mulheres mais rápidos do mundo. 
Temporariamente, o local, que custou cerca de 570 milhões de euros, é o que tem 
a terceira maior capacidade entre todos do Reino Unido, com 80 mil pessoas, 
atrás apenas do Twickenham, de rúgbi, com 82 mil, e Wembley, com 90 mil. 
Porém, quando foram encerrados os Jogos Paraolímpicos, em 9 de setembro, 
serão iniciadas obras de remodelação que retirarão um quarto da capacidade do 
estádio. 
O último dos grandes locais que já está pronto é o Centro Aquático, desenhado 
pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid, ganhadora do prêmio Pritzker, e que custou 
aproximadamente 333 milhões de euros. As duas piscinas, de 50 e 25 metros, já 
estão cheias de água. 
O desenho interior do Centro, no qual predomina a cor branca e cuja estética 
lembra a de um museu de arte contemporâneo, recebeu diversos elogios por parte 
da imprensa britânica e do prefeito de Londres, Boris Johnson, que afirmou, após 
vê-lo pela primeira vez, que não esperava que fosse tão bonito e o chamou de 
"poesia arquitetônica". 
As duas piscinas, de 3 e 5 metros de profundidade, terão também uma segunda 
vida depois dos Jogos, quando serão retiradas as duas "asas" que têm 17,5 mil 
assentos, para deixar o local com uma capacidade máxima de 2,5 mil pessoas.  
 
