São cerca de 20 watts de potência gerados pelo dispositivo instalado 
 nos sapatos de um homem adulto, durante uma caminhada em ritmo 
normal.  [Imagem: Krupenkin/Taylor] 
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Sapatos usam nova técnica para gerar energia para aparelhos portáteis. 25/08/2011. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sapatos-geram-energia. Capturado em 26/08/2011.
Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/08/2011
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Sapatos usam nova técnica para gerar energia para aparelhos portáteis. 25/08/2011. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sapatos-geram-energia. Capturado em 26/08/2011.
Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/08/2011
Sapatos energéticos 
Há poucos dias, pesquisadores apresentaram um sapato-gerador, capaz de produzir energia usando músculos artificiais. 
O Dr. Tom Krupenkin e seu colega J. Ashley Taylor, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, também estão de olho nos sapatos, mas adotaram uma técnica diferente. 
Krupenkin e Taylor trabalham há bastante tempo com a manipulação de gotas de líquido em nanoescala, o que os levou a desenvolver um material anti-congelante e outro capaz de repelir virtualmente qualquer líquido. 
Sapatos usam nova técnica para gerar energia para aparelhos portáteis
Em outra linha, pesquisadores vêm trabalhando há bastante tempo com um fenômeno chamado eletroumectação, a capacidade de controlar eletricamente como os líquidos interagem com superfícies sólidas, o que tem rendido bons frutos na área de papel eletrônico e telas flexíveis. 
O que os dois pesquisadores fizeram foi inverter esse processo, criando a "eletroumectação reversa". 
Eletroumectação reversa 
Em vez de usar a eletricidade para a manipulação das gotas, como na eletroumectação, os dois cientistas estão usando as gotas para gerar eletricidade.
A energia mecânica é convertida em energia elétrica usando um dispositivo  microfluídico - fluidos circulando no interior de microcanais.
As microgotas no interior do dispositivo interagem com um substrato feito com  múltiplas camadas nanométricas de um material dielétrico, gerando uma carga  eletrostática.
A energia mecânica é convertida em energia elétrica usando um  dispositivo microfluídico - fluidos circulando no interior de microcanais.  [Imagem: Krupenkin/Taylor]
"Em sua essência, o processo de eletroumectação reversa é conceitualmente  simples. A gota e os eletrodos são conectados a um circuito elétrico externo que  fornece uma tensão de polarização constante entre a gota e o eletrodo.
"O acionamento mecânico externo é usado para mover a gota de forma a forçar  uma diminuição da sua sobreposição com o eletrodo revestido com o filme  dielétrico. Isto resulta na diminuição da carga total que pode ser mantida na  interface líquido-sólido da gota.
"A carga elétrica excessiva, então, flui de volta através do circuito  elétrico que conecta a gota e o eletrodo, gerando uma corrente elétrica que pode  ser utilizada para alimentar uma carga externa," explicam os pesquisadores em  seu artigo.
Colheita de alta densidade
A grande vantagem dessa abordagem é a alta densidade energética alcançada, de  até 103 W m-2.
Isso se traduz em cerca de 20 watts de potência gerados pelo dispositivo  instalado nos sapatos de um homem adulto, durante uma caminhada em ritmo  normal.
Esta é a primeira solução no campo da chamada colheita de energia que  oferece potência nessa faixa.
Embora já existam diversos sensores e equipamentos menores sendo alimentados  por micro e  nano-geradores, há uma demanda crescente por um dispositivo capaz de  alimentar aparelhos maiores, incluindo o recarregamento de baterias de tablets e  netbooks.
Krupenkin e Taylor estão entusiasmados com os resultados obtidos, já tendo  fundado sua própria empresa, a InStep NanoPower, para tentar  comercializar a tecnologia.
O maior desafio agora é encontrar uma forma prática de ligar os sapatos aos  aparelhos a serem alimentados ou recarregados.
 Bibliografia:
 
