quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Paraná deve perder cerca de 40% de sua produção de inverno por problemas climáticos

24/08/2011 - 03h30

Clima derruba a safra de inverno no Paraná



Segundo maior produtor de milho safrinha do país, atrás de Mato Grosso, o Paraná deve perder cerca de 40% de sua produção de inverno por problemas climáticos.








autoria: MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Clima derruba a safra de inverno no Paraná

Segundo maior produtor de milho safrinha do país, atrás de Mato Grosso, o Paraná deve perder cerca de 40% de sua produção de inverno por problemas climáticos.
A ocorrência de duas geadas no Estado -uma em julho e outra neste mês- prejudicou a segunda safra de milho em quantidade e em qualidade. Agora, a chuva, constante há pelo menos cinco dias, atrasa a colheita.
Segundo a Seab (Secretaria de Agricultura do Paraná), até a semana passada 55% das áreas cultivadas com milho haviam sido colhidas. Na média das últimas três safras para esta época do ano, esse percentual foi de 74%.
A estimativa do órgão para a produção no Estado é de 5,19 milhões de toneladas, 37% abaixo do potencial de 8,19 milhões de toneladas. Parte dessas perdas já foi computada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no início deste mês. Mas, caso a chuva persista, o dano pode ser maior ainda.
A situação também é preocupante no caso do trigo, que ainda está em estágio de maturação. A Seab prevê uma quebra de, no mínimo, 12% na produção de trigo, estimada em 2,53 milhões de toneladas, mas já admite revisão.
"Se a chuva continuar por mais três ou quatro dias, vamos ter mais prejuízos", diz Otmar Hubner, da Seab.
O feijão, cuja colheita já terminou, também sofreu com as geadas. Os produtores paranaenses que plantaram tardiamente perderam de 35% a 40% da produção, o que prejudica o abastecimento no Estado e contribui para a alta de preço em todo o país. Neste mês, o preço do feijão sobe 26%, em média, segundo pesquisa da Folha.

PRATA
-2,40%
Ontem, em Nova York
OURO
-1,61%
Ontem, em Nova York

Efeito seca Enquanto a chuva atrapalha a colheita no Sul do Brasil, a seca nos EUA prejudica a produtividade da safra de grãos. E a expectativa sobre a produção americana sustenta os preços em Chicago. Nesta semana, a soja sobe 3,7% e o milho, 2,3%.

Altos estoques 1 A oferta de carnes nos EUA está em um nível muito superior ao do ano passado. Em julho, os estoques de carne bovina do país estavam 8% acima dos do mesmo mês de 2010.

Altos estoques 2 No caso da carne suína, os estoques estão 16% maiores neste ano. No caso da de frango, o aumento é de 14%, informou ontem o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).

Recuperação O petróleo voltou a subir ontem em Nova York e atingiu US$ 85,44 por barril (mais 1,2%). A expectativa do anúncio de novos estímulos à economia americana estimulou a valorização, pois permanece a incerteza sobre o retorno da Líbia no fornecimento da commodity.

Quem paga mais Apesar da alta de 5% do álcool nas usinas na semana passada, o açúcar remunerou o produtor 47% mais que o anidro. Em relação ao hidratado, a vantagem do açúcar é de 60%, segundo o Cepea.

Em alta Ontem, o açúcar fechou estável em Nova York, mas nesta semana sobe 10%.

DE OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES

Mercado Interno

Trigo
(R$ por saca) 27,53
Algodão
(R$ por arroba) 18,60

Nova York

Algodão
(cent. de US$)* 105,14
Café
(cent. de US$)* 268,85

*por libra-peso

TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES