Estudo mostra que corrupção afeta combate às mudanças climáticas
Postado em 02/05/2011 ás 17h57autoria e fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2458
O estudo “Corrupção Global: Mudanças Climáticas”, feito pela ONG  Transparência Internacional, mostra um alerta sobre os impactos da corrupção  sobre o clima. Segundo a publicação, se as autoridades do clima não estiverem  preparadas, a corrupção pode comprometer as lutas contra os efeitos das mudanças  climáticas.
A pesquisa, que contou com a participação de 50 especialistas, mostrou o  problema e também deu recomendações de coisas que poderiam ser feitas para  impedir que desastres ocorram por causa da corrupção.
Entre todos os países analisados, os que se mostraram mais vulneráveis são  aqueles com os índices mais altos de corrupção, como Bangladesh, Honduras,  Mianmar, Nicarágua e Vietnã. Esses cinco países abrigam quase 300 milhões de  pessoas e a estimativa é de que até 2015, esse número suba para 375 milhões de  pessoas, suscetíveis aos desastres climáticos.
As recomendações feitas pelos especialistas para mudar esse cenário incluem  ações colocadas em prática durante as conferências pelo clima, que devem exaltar  o fato de que a transparência é importante para o combate aos efeitos das  mudanças climáticas. Além disso, todos os projetos devem ser independentes e  terem constante acompanhamento de especialistas.
Cabe à sociedade civil monitorar o compromisso governamental de redução nas  emissões e colaborar para o desenvolvimento de projetos nacionais. Isso reduz as  possibilidades de haver corrupção entre os representantes públicos. A  transparência citada no estudo, não deve, no entanto, estar atrelada somente às  autoridades, mas precisa estar presente também na sociedade civil e no setor  privado, para que os sistemas funcionem desde o início.
A preocupação com a corrupção se torna mais alarmante pelo fato de que as  mudanças climáticas têm sido alvo de investimentos. A estimativa é de que sejam  investidos 700 milhões de dólares nesse segmento até 2020. Conforme explicitado  no relatório: “De onde fluem novos fluxos de dinheiro por meio de mercados e  mecanismos novos, sempre existe o risco de corrupções”.
Redação CicloVivo
 
