domingo, 15 de dezembro de 2013

Doenças que mais matam têm o cigarro em comum

dia a dia
12/12/2013 22:04

Doenças que mais matam têm o cigarro em comum





http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/61767/Doencas+que+mais+matam+tem+o+cigarro+em+comumA maior parte das mortes ocorridas em Campinas e na região estão ligadas diretamente ao tabagismoMARÍLIA ROCHA
marilia.rocha@bomdiarede.com.br
DivulgaçãoCom base em novos dados, Saúde irá combater tabagismo com mais açõesCom base em novos dados, Saúde irá combater tabagismo com mais ações
Tabagismo, doenças cardiovasculares e câncer são as maiores causas de mortes em Campinas, segundo um levantamento inédito feito pela Secretaria de Saúde.

O Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas lançou nesta quinta um relatório anual das chamadas DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis). Cerca de 63% dos óbitos registrados em Campinas ocorrem por essas doenças como o AVC e as respiratórias.

“O conjunto de DCNT inclui doenças totalmente diferentes entre si, mas que podem ser combatidas com ações comuns contra os fatores de risco como o cigarro, por exemplo”, explicou o médico epidemiologista André Ribas Freitas, do Devisa.

“Em geral, são próprias da sociedade moderna, que tem mais tabagismo, sedentarismo e obesidade, mas que podem ser reduzidos com mudanças de hábitos, como atividade física, controle da hipertensão e do tabagismo”, disse 
As DCNTs também são as principais causas de morte no Brasil, de acordo com o documento. A partir dos dados, a secretaria irá elaborar um plano de ação para monitorar os pacientes com essas doenças e ampliar as ações de combate.

Cigarro e outros vícios são combatidos diariamente
O taxista Marcos de Lima fumou por 33 anos seguidos e só largou o cigarro depois que leu um anúncio em um posto de saúde dizendo “pare de fumar fumando”. Hoje, quase quatro anos depois, ele diz que precisou reconhecer a necessidade de ajuda diária para conseguir parar.
“Aquele anúncio me chamou a atenção, antes eu achava que teria que parar de fumar de uma vez e sabia que não conseguiria; depois disso, entrei para o grupo de ajuda no centro de saúde e aos poucos fui conseguindo lidar com o vício, até controlá-lo totalmente”, conta.
Segundo ele, enquanto fumava tinha problemas constantes de respiração e até indícios de impotência. Tudo isso passou com o fim do cigarro. “Eu não pensava que iria morrer por fumar, mas sentia que não tinha saúde alguma. No grupo, eu via outras pessoas com vício maior que o meu tentando parar, foi um estímulo.”

MAIS

Problema maior na faixa de 40 a 50 anos
Em Campinas, o tabagismo e o sobrepeso são maiores na população entre 40 e 59 anos e diminui nas faixas etárias mais jovens. A população com faixa de renda mais baixa tende a ter mais sedentarismo, segundo a pesquisa. De modo geral, a tendência para DCNT é maior em mulheres.

R$ 1,6 milhões em internações de doenças circulatórias em março de 2013

Perfil da cidade orienta ações de combate
O crescimento de Campinas trouxe, além do aumento da violência, um novo perfil de doenças. Com diminuição das infectocontagiosas e da desnutrição, as atenções se voltam para doenças causadas por obesidade, sedentarismo e tabagismo. Regiões da cidade com baixo atendimento em rede de esgoto e condições de moradia ruins também podem propiciar outro conjunto de doenças que demande ações próprias.
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