sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Prefeitura de SP apoia campanha contra sacolinhas


Objetivo é acabar com a distribuição gratuita de sacolas plásticas no Estado, que não será imposta aos supermercados

16 de dezembro de 2011 | 3h 04

FELIPE FRAZÃO , AFRA BALAZINA - O Estado de S.Paulo

A Prefeitura de São Paulo oficializou seu apoio à campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, da Associação Paulista dos Supermercados (Apas), que tem como objetivo acabar com a distribuição gratuita de sacolas plásticas no Estado.

Até agora, cerca de cem municípios aderiram à campanha, que começa no dia 25 de janeiro. Só a participação das três grandes redes de supermercados - Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart - fará com que 1,7 bilhão de sacolas deixem de ser distribuídas por ano em 600 lojas do Estado.
Em maio, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou um protocolo de intenções com a Apas. Pelo acordo, voluntário, os supermercados deixarão de fornecer as sacolas gratuitamente aos consumidores e passam a oferecer alternativas para o transporte das compras - como a venda, a preço de custo, de sacolas biodegradáveis, feitas de amido de milho, e de reutilizáveis.
Muitas sacolas são descartadas de maneira incorreta e entopem bueiros, agravando enchentes. As sacolas também prejudicam a vida marinha, pois podem ser engolidas por animais ou asfixiá-los. "É um movimento de conscientização. Não tem lei. As pessoas vão aderir por acharem que é importante ou não", disse ontem o presidente da Apas, João Galassi, no evento em que a prefeitura aderiu à campanha.
Em maio, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) sancionou lei que proibia a distribuição das sacolas plásticas no comércio varejista da cidade. Mas o Sindicato das Indústrias de Material Plástico conseguiu liminar judicial contra a proibição, que passaria a valer em 1.º de janeiro de 2012.
A Procuradoria-Geral do Município entrou com recurso no Tribunal de Justiça, mas não derrubou a liminar. Agora, promete ir ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Se houver resistência e críticas, porque vocês estão mexendo com interesses, e interesses reagem, por favor, não esmoreçam. Um dia as pessoas percebem que é o certo", disse o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew.
O secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, ressaltou que são usadas 2,5 bilhões de sacolas plásticas por mês no Estado - ou 60 por habitante.
Contra. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação dos Trabalhadores do Ramo Químicos (Fetquim) protestaram, afirmando que a medida vai tirar empregos.
Eles também dizem que as sacolas reutilizáveis podem ser foco de contaminação por bactérias, por exemplo. 


Redes vão banir sacolinha em janeiro


FELIPE FRAZÃO
AFRA BALAZINA

A partir de 25 de janeiro, as sacolas plásticas serão banidas de três grandes redes de supermercados. Com a campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, da Associação Paulista dos Supermercados (Apas), Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart devem evitar a distribuição de 1,7 bilhão de embalagens por ano em 600 lojas do Estado.
A Prefeitura de São Paulo oficializou seu apoio à campanha nesta quinta-feira, 15. Até agora, cerca de cem municípios aderiram ao movimento.
Em maio deste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou um protocolo de intenções com a Apas. Pelo acordo, voluntário, os supermercados deixarão de fornecer as sacolas aos consumidores e passam a oferecer alternativas – como vender sacolas biodegradáveis, feitas de amido de milho, e modelos reutilizáveis.
Muitas sacolas são descartadas de maneira incorreta e entopem bueiros, agravando enchentes. Os produtos também prejudicam a vida marinha, pois podem ser engolidas por animais ou asfixiá-los. “É um movimento de conscientização. Não tem lei. As pessoas vão aderir por acharem que é importante ou não”, disse ontem o presidente da Apas, João Galassi.
Em maio, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) sancionou lei que proibia a distribuição das sacolas plásticas. Mas o Sindicato das Indústrias de Material Plástico conseguiu liminar judicial contra a proibição, que passaria a valer em 1.º de janeiro de 2012.
A Procuradoria-Geral do Município (PGM) entrou com recurso no Tribunal de Justiça, mas não derrubou a liminar. Agora, a PGM promete ir ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Se houver resistência e críticas, porque vocês estão mexendo com interesses, e interesses reagem, por favor, não esmoreçam. Um dia as pessoas percebem que é o certo”, disse o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew.
O secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, ressaltou que são usados 2,5 bilhões de sacolas plásticas por mês no Estado – ou 60 por habitante.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação dos Trabalhadores do Ramo Químicos (Fetquim) afirmam que a medida vai tirar empregos.