segunda-feira, 4 de abril de 2011

Novo Código Florestal deve proibir desmatamento em florestas nativas, diz ministra

Novo Código Florestal deve proibir desmatamento em florestas nativas, diz ministra

01/04/2011 - 16h12

Meio Ambiente

Autoria: Lúcia Nórcio

Repórter da Agência Brasil


 


Curitiba – O projeto do novo Código Florestal busca a sustentabilidade e o desenvolvimento do país, disse hoje (1º) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Para ela, a agricultura brasileira não será sustentável se não proteger as nascentes dos rios e outros recursos naturais. Em sua visita a Curitiba, onde foi debater com produtores rurais, empresários e parlamentares a proposta de mudança na legislação em tramitação no Congresso Nacional, a ministra adiantou que o governo não permitirá mais desmatamentos em florestas nativas.



“Temos que proteger a biodiversidade, fazendo uso de instrumentos ecológicos mais modernos que permitam aumentar renda dos que têm florestas nas suas terras”, afirmou Izabella. Por isso, acrescentou, o Brasil está buscando alternativas para não ter mais desmatamentos em florestas nativas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.



Na manhã de hoje, a ministra participou de audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná. “Estamos ouvindo a posição de agricultores familiares, conservacionistas e grandes produtores para que possamos avaliar se estamos no caminho certo para termos um Código Florestal moderno. A ideia é que ele resolva situações injustas do passado e propicie novas condições para a produção sustentável da agricultura brasileira e da economia florestal, além da conservação da biodiversidade.”



De acordo com a ministra, desde o ano passado o governo vem apresentando propostas para as alterações do Código Florestal. “Estamos em contato permanente com o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), autor do projeto que propõe a mudança, com deputados da bancada ruralista e ambientalistas para identificar alternativas para os problema apontados.”



Uma lei mais sólida, assinalou Izabella, evitará tragédias como a da região serrana do Rio, devastada por enxurradas e avalanches de terra no início deste ano. Ela estima que 90% dos prejuízos sofridos pelos municípios da região – quase mil pessoas morreram, cerca de 500 desapareceram e mais de 8 mil ficam desabrigados - ocorreram em consequência de ocupações inadequadas em área de preservação permanente.



Agora à tarde, Izabella se reúne com representantes do setor industrial, na Federação das Indústrias do Paraná, para ouvir sugestões ao novo Código Florestal. Presidentes de sindicatos e empresários do setor florestal vão pedir que o assunto seja tratado de maneira técnica e responsável.



Eles dizem que os empresários do setor florestal devem ser vistos como participantes ativos e corresponsáveis pelo desenvolvimento e o equilíbrio ambiental. Também reclamam do tratamento dado à cadeia produtiva, responsável pela produção da matéria-prima para as indústrias de móveis, celulose, papel e para fins energéticos.



De acordo com a Fiep, a indústria de base florestal é de grande importância para a economia do Paraná. O setor é composto por 6,2 mil empresas, que geram quase 100 mil empregos diretos. No ano passado, as exportações do segmento somaram US$ 1,183 bilhão.



O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf- Sul), Neveraldo Oliboni - entidade que representa 150 mil agricultores familiares - entregou um documento à ministra sugerindo, entre outras medidas, a criação de uma política de pagamentos por serviços ambientais aos agricultores familiares.



Alterada para acréscimo de informação às 16h27 - Edição: João Carlos Rodrigues



Especialistas alertam para o perigo dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente

Especialistas alertam para o perigo dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente


 
02/04/2011 - 13h46


autoria: Lourenço Canuto

Repórter da Agência Brasil


Brasília – Especialistas que participaram de mesa-redonda promovida pela Rádio Nacional de Brasília, da Empresa Brasil de Comunicação, para debater o uso inadequado de agrotóxicos nas lavouras, alertaram para a importância de substituir os defensivos agrícolas por produtos de menor toxicidade e também para o perigo do uso de agrotóxicos contrabandeados.



Eles observaram que é preocupante a contaminação dos produtos agrícolas e de origem animal que pode afetar a saúde humana. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, José Luiz Santana, um dos debatedores, ponderou que o uso de defensivos acaba sendo necessário para que a produção agrícola mundial se situe no patamar anual de 2 bilhões de toneladas de grãos.



Por isso, segundo ele, “é preciso que a própria sociedade cobre o emprego correto desses produtos de forma que os efeitos negativos para a saúde do consumidor sejam reduzidos”.



O médico e doutor em toxicologia da Universidade Federal de Mato Grosso Wanderlei Pignatti afirmou que, em 2009, foram utilizados, no Brasil, 720 milhões de litros de agrotóxicos. Só em Mato Grosso, foram consumidos 105 mil litros do produto. Ele indaga “onde vai parar todo esse volume” e defende a reciclagem das embalagens vazias a fim de não contaminarem o meio ambiente.



Pignatti alerta que a chuva e os ventos favorecem a contaminação dos lençóis freáticos. Entre os defensivos agrícolas mais perigosos, ele cita os clorados, que estão proibidos em todo o mundo e ainda são utilizados largamente no Brasil. São defensivos que causam problemas hormonais e que podem afetar a formação de fetos, segundo o médico.



O professor relatou que, nos locais onde o uso de agrotóxicos não é feito com critério, encontram-se casos de contaminação do próprio leite materno, “o alimento mais puro que existe”, o que ocorre pela ingestão do leite de vaca. “A mulher vai ter todo o seu organismo afetado quando o seu leite não estiver puro e os efeitos tóxicos podem ficar armazenados nas camadas de gordura do corpo”.



Ele lembrou ainda há resolução do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que proíbe a pulverização de agrotóxicos num raio de 500 metros onde haja habitação e instalações para abrigar animais, distância que tem que ser observada também em relação às nascentes.



O professor Mauro Banderali, especialista em instrumentação ambiental na área de aterros sanitários, reconhece que, apesar da cultura de separação do lixo tóxico em aterros que há existe no país, ainda não se sabe exatamente o potencial dos agrotóxicos para contaminar o solo e a água e, consequentemente, os seres humanos pelo consumo de alimentos cultivados em áreas pulverizadas. “A preparação do campo para o plantio é, frequentemente, feita sem se saber se vai vir chuva. Quando o tempo traz surpresas, ocorre a contaminação das nascentes em lugares onde a aplicação foi demasiada”.



O professor José Luiz Santana ressalva que há, no país, propriedades muito bem administradas onde há a preocupação de manter práticas sustentáveis. Ele, no entanto, denunciou que há agricultores que usam marcas tidas como ultrapassadas na área dos químicos e que podem ser substituídas por alternativas de produtos mais evoluídos, disponíveis no mercado.



Para ele, apesar da seriedade do assunto, “não se deve assustar as pessoas quanto ao consumo de alimentos”, já que as áreas do governo que cuidam do tema têm o dever de trabalhar pelo bom uso dos agrotóxicos e, além disso, conforme ressaltou, a agricultura conta com um “trabalho de apoio importante por parte de organizações não governamentais que procuram difundir o uso correto dos defensivos agrícolas.



Edição: Lana Cristina



E se escapar?

Brasil reforça fiscalização para impedir entrada de produtos japoneses contaminados por radiação



 
04/04/2011 - 16h29


Autoria: Carolina Pimentel

Repórter da Agência Brasil



 
Brasília – A partir de hoje (4), o governo federal inicia o monitoramento de alimentos vindos do Japão, para prevenir a entrada, no Brasil, de produtos contaminados por radiação. Os fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura irão coletar amostras das cargas de alimentos para checar se o nível de radiação está dentro dos padrões aceitos internacionalmente. O material coletado será analisado pelos institutos da Radioproteção e Dosimetria (IRD) e de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ambos ligados à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).



Os alimentos que apresentarem nível radioativo acima do limite tolerado serão descartados ou devolvidos ao Japão, de acordo com a Anvisa. Os importadores brasileiros terão ainda de apresentar, no desembarque no Brasil, um certificado comprovando que a carga foi examinada e liberada pelas autoridades sanitárias japonesas.



Os fiscais também vão intensificar a fiscalização de bagagens dos passageiros vindos do Japão. Avisos sonoros nos aviões e aeroportos irão alertar os passageiros sobre a proibição de ingressar no Brasil com alimentos originários de outros países.



Para a Anvisa, a possibilidade de um alimento contaminado entrar no Brasil é pequena, pois é reduzido o volume de importação de alimentos japoneses. A maior parte é massa semipronta para panificação e pastelaria, chás e algas. A previsão é que os próximos carregamentos vindos do Japão cheguem ao Brasil na próxima semana, segundo fiscais agropecuários.



Edição: Vinicius Doria



Arquiteta da Unicamp projeta casa para vítimas de desastres naturais

Arquiteta da Unicamp projeta casa para vítimas de desastres naturais

02/ Abril 2011




Autoria e fonte: http://www.portaluniversidade.com.br/noticias-ler/arquiteta-da-unicamp-projeta-casa-para-vitimas-de-desastres-naturais/1838



Dois dias após as chuvas terem alagado o município de São Luiz do Paraitinga – cidade turística no interior do Estado de São Paulo –, em janeiro de 2010, mais de cinco mil pessoas não tinham como voltar pra casa. Os danos materiais deixaram milhares de desabrigados que precisaram buscar acolhida em locais improvisados oferecidos pelas autoridades. A tragédia foi o ponto de partida da arquiteta Giovana Savietto Feres para desenvolver um projeto de habitação efêmera para situações emergenciais.



O projeto consiste em construções pré-fabricadas e desmontáveis, feitas de polietileno de alta densidade – o mesmo material usado em dutos de ar condicionado –, com boa resistência e que oferece conforto térmico e acústico para os seus usuários, sem necessidade de se utilizar argamassa ou cimento. Pelo projeto, os módulos são individuais e transportados em uma espécie de maleta para serem usados quantas vezes forem necessárias em situações de emergência. Poderiam ser instalados em um local, longe do perigo dos desastres naturais, para abrigar as vítimas por um período determinado. Segundo apurou a arquiteta, em média, 50% dos acampamentos emergenciais duram mais de cinco anos, enquanto apenas 25% permanecem menos de dois anos.



“A ideia é implantar um bairro novo e provisório para o primeiro socorro das vítimas, mas mesmo assim seria dotado de toda infraestrutura para que morassem com relativo conforto e sem ter que recorrer às escolas e ginásios ou às barracas improvisadas e desprovidas das necessidades básicas”, explica Giovana, que visitou várias vezes São Luiz do Paraitinga para fundamentar seu trabalho.



O projeto foi apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), em dezembro último. Orientado pelo professor Leandro Medrano, o TCC arrancou elogios da banca examinadora, formada por especialistas na área. “O assunto é novo no Brasil e o tema surpreendeu os professores por ser inusitado. Além disso, trata-se de um problema real no país. Giovana conseguiu uma solução simples e factível”, salienta Medrano. Segundo ele, por sugestão da banca, será construído um protótipo da habitação para ser apresentado ao Ministério das Cidades, como proposta a ser implantada no Brasil.



Medrano lembra que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o número de desastres naturais passou de uma média de 50 por ano, na década de 1960, para 165 por ano na década de 1980. Ademais, estima-se que são cerca de 1,7 bilhão de pessoas afetadas nos anos 90. “É certo que os fenômenos vão continuar acontecendo, e a arquitetura pode buscar soluções para auxiliar os desabrigados de eventos como terremotos ou enchentes. A proposta apresentada é viável, além de sustentável”, elogia.



Mesmo sendo um projeto inicial, o abrigo emergencial portátil apresenta uma riqueza de detalhes grande e uma preocupação com a preservação do meio ambiente. Tudo foi pensado como forma de solucionar as questões de espaço e oferecer praticidade para ser montado em poucas horas. Os cômodos, por exemplo, foram projetados para abrigar famílias de quatro, seis ou oito pessoas, podendo perfeitamente ser montados por apenas duas pessoas. O módulo para quatro pessoas, por exemplo, possui em torno de 16 metros quadrados. Ademais, há possibilidade de ser adaptado para abrigar escolas, posto de saúde e outras instalações necessárias para proporcionar uma estadia adequada aos desabrigados por um período de cerca de um ano.



O piso, feito de material reciclado à base de pneu, aumenta a sustentabilidade do projeto. Já as camas seriam dobráveis no formato leito, como os de carros de passageiros de trens. A habitação teria ainda uma bancada para acomodar a pia e fogão elétrico. O banheiro seria químico, semelhante àqueles utilizados na construção civil. Todo o projeto de instalação hidráulica e elétrica também seguiria o modelo sustentável, com utilização de energia eólica. Os módulos podem ser agrupados e formados em torno de uma praça central, destinada ao lazer dos moradores, à semelhança do que ocorre em um bairro planejado.







Fonte: www.unicamp.br



Desafios da acessibilidade para a Copa de 2014 e Paraolimpíadas de 2016


Inscrições somente para a feira: http://www.inscricaofacil.com.br/cipa/reatech2011/




PREFEITURA APRESENTA PROJETOS E DEBATE INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA REATECH 2011








Estande com nichos temáticos e um auditório em que serão realizadas



16 mesas-redondas são destaques deste ano.







O espaço da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida será dividido em nichos temáticos (Trabalho, Saúde, Educação, Transportes, Acessibilidade), em que serão apresentados os principais programas e serviços oferecidos às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida na cidade de São Paulo. Haverá também áreas dedicadas à Câmara Municipal e ao Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.




X REATECH 2011



Estande da Prefeitura de São Paulo



Ruas 500/600







Data: 14 a 17 de abril de 2011



Horário: quinta e sexta-feira das 13h às 21h – sábado e domingo das 10h às 19h



Local: Centro de Exposições Imigrantes



Endereço: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5

Estande com nichos temáticos, lançamento do Censo-Inclusão e um auditório em que serão realizadas 16 mesas-redondas são destaques deste ano. A Reatech acontece de 14 a 17 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes. Transporte Gratuito Estação do Metrô Jabaquara (saída das Vans na Rua Nelson Fernandes, 400)






Um auditório com capacidade para até 60 pessoas receberá 16 mesas-redondas e oficinas, estimulando o debate sobre temas como Educação Inclusiva x Bullying, Desafios da acessibilidade para a Copa de 2014 e Paraolimpíadas de 2016, Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Transporte Acessível na Cidade de São Paulo, Tem um Deficiente Lá em Casa - Adaptações residenciais mínimas, Como Baratear Produtos Voltados para PcD, entre outros.



Conheça as mesas-redondas promovidas na Retech
 

Serão 16 mesas-redondas, palestras e oficinas realizadas no estande da Prefeitura. Inscrições gratuitas pelo e-mail: mobreduzida@prefeitura.sp.gov.br




Eventos da Prefeitura de São Paulo na Reatech 2011



Estande: Ruas 500/600

Inscrições gratuitas: mobreduzida@prefeitura.sp.gov.br

Vagas: 80 (cada evento)





Dia 14 de abril

14h às 14h40



Abertura





Dia 14 de abril

15h às 16h30



– Lançamento do Censo-Inclusão e Cadastro-Inclusão de Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida na Cidade de São Paulo



• Prefeitura de São Paulo

• Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida





Dia 14 de abril

17h às 18h30



Mesa-Redonda – Desafios da acessibilidade para a Copa de 2014 e Paraolimpíadas de 2016



• Andrew Parsons – presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro

• Mariana Vieira de Mello – Gerente de Integração do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016

• Raquel Verdenacci – Comitê Organizador SP da Copa do Mundo FIFA 2014

• André Oliveira – Atleta paraolímpico

• Eliana Mutchnik – assessora técnica da Sec. Mun. Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida







Dia 14 de abril

19h às 21h



Mesa-Redonda – Educação Inclusiva x Bullying

• Secretaria Municipal de Educação

• Profa. Marie Claire Sekkel – Instituto de Psicologia da USP

• Eliana Cunha Lima – coord. de Educação Especial e Clínica de Visão Subnormal da Fundação Dorina Nowill

• Monica Amoroso – diretora da EMEE Hellen Keller para surdos

• João Álvaro de Moraes Felippe – professor da Associação Laramara









Dia 15 de abril

14h às 16h



Mesa-Redonda – Abordagem da PcD na mídia: temos boas notícias?

• Jairo Marques – jornalista, blogueiro e colunista da Folha de S. Paulo

• Flávia Cintra – repórter do Fantástico (TV Globo)

• Johnny Savalla – jornalista, pauteiro do Jornal da Cultura/TV Cultura

• Tuca Munhoz – Instituto MID Para a Participação Social das Pessoas com Deficiência





Dia 15 de abril

16h30 às 18h



Palestra: Transporte acessível na cidade de São Paulo

• Serviço ATENDE

• Bilhete Especial

• Cartão de estacionamento

• Transporte escolar

• Ônibus e táxis acessíveis





Dia 15 de abril

19h às 21h



Oficina – Tem um deficiente lá em casa - Adaptações residenciais mínimas



• Silvana Cambiaghi – arquiteta da SMPED e presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA)







Dia 16 de abril

11h às 13h



Mesa-Redonda – Como baratear os produtos e serviços para PcD?

• Mara Servan – diretora comercial da empresa Baxmann Jaguaribe

• Rodrigo Rosso – Ass. Bras. Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef)

• Representantes da FIESP e da Associação Comercial de São Paulo





Dia 16 de abril

14h às 16h



Mesa-Redonda – A imagem da deficiência na arte e a acessibilidade das obras



• Glauco Matoso – poeta e escritor com deficiência visual

• Amanda Tojal – especialista em acessibilidade em museus

• Luiz Carlos Merten – crítico de cinema do jornal O Estado de S. Paulo

• Deto Montenegro – diretor teatral





Dias 16

16h30 às 17h30



Oficina de Libras

• Assessores Técnicos da SMPED





Dia 16 de abril

17h30 às 19h



Mesa-Redonda – Acesso à Comunicação: SMS, Closed Caption, Intérprete de Libras, Vídeo-Chamada e Audiodescrição



• Claudia Cotes – coordenadora da ONG Vez da Voz

• Naziberto Lopes de Oliveira – assessor da SEDPD

• Neivaldo Zovico – coordenador de Acessibilidade da FENEIS

• Luis Henrique da Silveira Mauch – ONG Mais Diferenças

• Leonardo Gleison – técnico do Laratec (Associação Laramara)

• Paulo Vieira – assessor técnico da SMPED











Dias 17 de abril

11h às 13h



Mesa-redonda – Políticas públicas e Código Internacional de Funcionalidade (CIF): deficiência não é lesão



• Denise de Siqueira – formada em Relações Internacionais pela UFSC e membro do GT Floripa Acessível

• Evandro Furlan – cirurgião-dentista pela UFSC e membro do GT Floripa Acessível

• Marina Coutinho de Carvalho Pereira – assistente social pela UFSC e membro do GT Floripa Acessível

• Fernanda Ramos Melo – designer e mestre em Engenharia Civil, especialista em acessibilidade e membro do GT Floripa Acessível.

• Victorino Bala – advogado, membro do GT Floripa Acessível e da Comissão sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB-SC.





Dias 17 de abril

13h30 às 14h30



Mesa-Redonda – Desafios da Profissionalização do Tradutor/Intérprete de Libras/Português e Guia-Intérprete para Surdocegos (TILPS / GI)

• Regiane Eufrausino - Movimento Paulista Pró Categoria TILSP e GI

• Juliana Fernandes - Feneis SEINT

• Elsa Basílio – Associação dos Profissionais Intérpretes e Guias-Intérpretes de Língua de Sinais Brasileira do Estado de São Paulo (APILSBESP)

• Odirlei Faria – assessor técnico Sec. Mun. Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida





Dia 17 de abril

14h30 às 16h



Políticas Públicas para PcD: os próximos passos



• Marcos Belizário – Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida

• Linamara Rizzo Battistella – Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência:

• Humberto Lippo – Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência

• Gersonita Pereira de Souza – presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência





Dia 17 de abril

16h às 17h30



Mesa-Redonda – Autodefensores: a palavra à pessoa com deficiência intelectual



• Representantes da sociedade civil e instituições







Dia 17 de abril

17h30 às 18h30

Oficina de Libras

• Assessores Técnicos da SMPED



Eventos Especiais



• CURSO “SEM BARREIRAS NO TRABALHO” (Auditório 3)



14 de abril

15h às 19h



Voltado a profissionais de RH, com informações sobre os principais elementos do processo de inclusão profissional de pessoas com deficiência, como procedimentos legais e técnicos.



PROMOÇÃO: Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida

INSCRIÇÕES GRATUITAS: sembarreiras@prefeitura.sp.gov.br



Mandar e-mail com as seguintes informações:

Quero participar do Curso “Sem Barreiras no Trabalho”

Nome Completo (sem abreviação):

Telefone:

Endereço Completo:

Instituição/Empresa:

Tem algum tipo de deficiência?

Sim ( ) Não ( ) Qual?







• V SEMINÁRIO DA MULHER COM DEFICIÊNCIA (Auditório 1)



16 de abril

10h às 17h



Objetivo: discutir as especificidades da deficiência no universo feminino, levantar propostas de políticas públicas e ações de inclusão que contemplem a mulher como cidadã, trabalhadora e mãe.





PROMOÇÃO: Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência

INSCRIÇÕES GRATUITAS: cmpd@prefeitura.sp.gov.br








Paletra: Consumo Sustentável e Sustentabilidade

domingo, 3 de abril de 2011

ONGs ambientais alemãs pedem que governo alemão desista de financiar Angra 3: Vielen Dank, thank you, arigatôo, obrigado!

ONGs ambientais pedem que governo alemão desista de financiar Angra 3


ONGs alemãs dizem que governo não deve financiar Angra 3



Autoria: Camilla Costa*


Da BBC Brasil em São Paulo


Organizações ambientais pediram ao governo alemão que desista do acordo que prevê um subsídio de 1,3 bilhão de euros (cerca de R$ 3 bilhões) para a construção da usina nuclear de Angra 3, no município de Angra dos Reis (RJ).



A partir dos anos 70, a Alemanha passou a colaborar com o programa nuclear brasileiro. No caso de Angra 3, o país se comprometeu em subsidiar a empresa alemã Siemens, que forneceria equipamentos e insumos para a construção da usina.



Este tipo de subsidio do governo alemão serve para proteger as empresas do país, caso um empreendimento em outro país fracasse. Em 2010, a Alemanha reafirmou seu compromisso com Angra 3, mas nenhum contrato de financiamento nem de fornecimento de materiais chegou a ser assinado.



A ONG ambiental Urgewald e outras dez instituições assinaram uma carta enviada à chanceler Angela Merkel e aos ministros da Economia, das Finanças e das Relações Exteriores do país, pedindo que o país desista da parceria.



Na carta, as organizações argumentam que a situação da usina Angra 2, que funciona há dez anos sem uma licença permanente e que também foi resultado de uma parceria com a Alemanha, comprova que o Brasil é um país com "baixos padrões de segurança e sem uma fiscalização nuclear independente".



Os ambientalistas argumentam também que o projeto de Angra 3, feito nos anos 80, é ultrapassado e apresenta sérios problemas relativos à segurança das pessoas e do ecossistema da região.



A carta chegou às mãos dos ministros antes de um debate sobre a questão no parlamento alemão, na última semana. Após a discussão, o governo disse que voltará a discutir as condições da construção de Angra 3 com o governo brasileiro.



Segurança



A especialista em instituições financeiras da ONG Urgewald, Barbara Happe, disse que a crise nuclear na usina de Fukushima, no Japão, deve fazer com que o governo alemão repense não só sua política nuclear interna, mas também a ajuda aos projetos nucleares de outros países.



"Entre 2001 e 2009, conseguimos que a Alemanha não aprovasse nenhum financiamento na área de energia nuclear. Mas, desde que o governo mudou, usinas da China, do Vietnã, da França e de outros países receberam financiamentos. Nós só ficamos sabendo depois", disse.



Segundo Happe, uma das autoras da carta aos ministros alemães, a verba prevista para a usina de Angra 3 é a maior que todas as que Alemanha concedeu recentemente.



A especialista, que já morou no Brasil e analisou o projeto da nova usina, apontou diversos argumentos contra a construção, como os problemas de segurança do local previsto e a falta de um depósito seguro para os resíduos nucleares. Atualmente, eles são armazenados dentro do próprio complexo nuclear, em frente ao mar.



"Sabemos que aquela região sofre fortes chuvas e está sujeita a deslizamentos. Em casos como estes, a rota principal de fuga, que é a BR-101 (Rio-Santos), geralmente fica interditada", disse Barbara Happe.



"Em caso de acidentes, seria preciso retirar cerca de 170 mil pessoas dali. Sem a rodovia, fica difícil."



As instalações da usina Angra 3 já estão sendo construídas no complexo em Angra dos Reis.



A Eletronuclear, empresa que opera as usinas nucleares brasileiras, anunciou ao longo da última semana uma série de medidas de segurança como a construção de quatro píeres nas imediações de Angra 1, 2 e 3 para aumentar o número de rotas de fuga da região e facilitar a evacuação em navios.



Um porta-voz da empresa anunciou também o plano de contratar uma consultoria para avaliar o risco de deslizamentos nas encostas da BR-101.



Ele disse também que a Eletronuclear estuda a possibilidade de construir uma pequena central hidrelétrica nas bacias dos Rios Mambucaba e Bracuí, para resfriar os reatores das usinas caso os geradores existentes falhem, como ocorreu em Fukushima.



Exemplo japonês



A crise provocada pelo vazamento de radiação da usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo tsunami e terremoto que atingiram no Japão no início do mês de março, fizeram com que diversos países europeus anunciassem mudanças em seus programas nucleares.



Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel decidiu voltar atrás em sua decisão de estender a vida útil das usinas do país após protestos populares contra o uso da energia nuclear.



Segundo a agência estatal alemã Deutsche Welle, o ministério da Economia divulgou uma nota em que prometeu consultar o governo brasileiro para saber "em que medida os acontecimentos no Japão terão efeito nos próximos procedimentos e nos padrões a serem utilizados na futura usina".



*Colaboração de Júlia Carneiro, da BBC Brasil no Rio de Janeiro.



Tragédia ambiental em Fukushima continua: Radiação ionizante da usina nuclear dispersando pela atmosfera, água, solo, mar...

Pó absorvente será usado para frear vazamento em usina


03/04/2011 - 04h43
Do UOL Notícias*

Em São Paulo Comentários [10]



 Entenda o acidente nuclear no Japão




 



Infográfico mostra acidente nuclear em Fukushima. Clique para vê-lo em tamanho maior:


http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/infografico/2011/03/16/a-crise-nuclear-no-japao.jhtm



Os técnicos da Tepco, a operadora da usina nuclear de Fukushima, no Japão, planejam utilizar polímero em pó, altamente absorvente, para frear o escapamento de água radioativa ao mar, após tentar sem sucesso conter esse vazamento com concreto.







No sábado foi encontrada uma rachadura de cerca de 20 centímetros no muro de uma fossa próxima ao reator, na qual há água com elevada radioatividade (um nível de iodo 131 que excede 10 mil vezes a concentração legal) que vaza para o oceano.



Os técnicos tentaram cobrir a rachadura com o uso de concreto, mas a contínua presença de água impediu que o material se solidificasse.



Por isso, foi decidido injetar neste domingo polímero em pó nos encanamentos que conduzem à fossa, situada perto da tomada de água do reator 2 e que contém cabos elétricos, informou a agência local "Kyodo".



Os especialistas acreditam que a água que inunda tanto a fossa como o porão do prédio da unidade 2 provém do núcleo do reator, dada sua elevada radioatividade.



Segundo um porta-voz da Tepco, as fossas das outras unidades da usina nuclear não mostram fendas similares.



Corpos de funcionários



Os corpos de dois funcionários da Tepco foram encontrados em uma das unidades da usina nuclear de Fukushima na última quarta-feira. No entanto, a informação foi divulgada apenas neste domingo. Os trabalhadores, de 21 e 24 anos, estavam desaparecidos desde o tsunami que atingiu o país no dia 11 de março.



Até o momento, o número de mortos por causa do terremoto e do tsunami é de 12.009, segundo o último cálculo da Polícia japonesa.




Usina no Japão vaza radioatividade para o mar



O primeiro-ministro Naoto Kan esteve na zona de desastre neste sábado

A Tepco (Tokyo Electric Power Co.) – empresa que opera o complexo nuclear de Fukushima, no Japão – afirmou neste sábado que água contaminada com radioatividade está vazando para o mar.



Especialistas descobriram uma rachadura de 20cm na parede de concreto do poço de contenção do reator dois, que teria sido provocada pelo terremoto do dia 11 de março.



A Tepco suspeita que a rachadura esteja por trás dos altos níveis de contaminação detectados na zona costeira e já prepara uma operação para vedar o poço com concreto.



Ainda neste sábado, três semanas após o tremor e o tsunami que devastaram áreas inteiras do país, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, entrou na área de exclusão de 20 km ao redor da usina para visitar a base que vem sendo usada por funcionários da Tepco para combater a crise nuclear.



Kan também esteve em outras regiões afetadas no nordeste do Japão.



Incertezas



O vice-diretor-geral da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão, Hidehiko Nishiyama, afirmou que a Tepco pretende vedar a rachadura com uma injeção de concreto.



"Com os níveis de radiação subindo na água do mar próximo à usina, vínhamos tentando descobrir a razão, e neste contexto, essa pode ser a fonte", disse Nishiyama.



No entanto, ele disse que outras rachaduras parecidas poderiam ter aparecido no concreto e que elas precisam ser encontradas "o mais rápido possível".



A Tepco já tinha afirmado anteriormente suspeitar de que material radioativo estivesse vazando continuamente da usina, mas ainda não tinha descoberto a fonte.



Medições indicam que o ar acima da água contaminada do poço de contenção apresenta mil millisieverts de radioatividade.



Durante a sua visita à zona de desastre, Kan assegurou a população local de que o governo japonês fará de tudo para prestar-lhes apoio.



Reconstrução



"Conversei com funcionários da administração local sobre como reconstruir a indústria pesqueira, inclusive como reconstruir criadouros de peixe e crustáceos", disse.



"O governo vai fazer o máximo para apoiar estes esforços."



No entanto, um dos milhares de refugiados por causa do desastre, Ryoko Otsubo, de 60 anos, criticou a visita.



"O momento para a visita já passou. Gostaria que ele tivesse visitado este local antes. Queria que ele visse as pilhas de destroços em cima das ruas. Agora, as ruas estão limpas", disse.



Kan viajou de Tóquio a Rikuzentakata em um helicóptero militar.



Ele já tinha sobrevoado a usina nuclear no dia seguinte ao terremoto.



Água radioativa continua a vazar da Usina Fukushima 1



A Agência Nuclear e Industrial do Japão informa não ter havido mudança no volume de água radioativa que está vazando da usina nuclear Fukushima 1 depois que um polímero absorvente foi injetado em um poço com rachadura.



A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco) constatou sábado que água contaminada estava vazando para o mar a partir de uma rachadura de 20 centímetros no poço de concreto.



Neste domingo, a empresa usou um polímero absorvente para tentar fazer cessar o vazamento de água radioativa.



A agência nuclear do governo japonês informou que a injeção da substância química começou logo depois das 13h40 deste domingo, mas não confirmou que tenha havido declínio no volume de água radioativa que está vazando para o mar.



O órgão acrescentou que também foram usados serragem e jornais velhos, sem que no entanto a substância absorvente tenha alcançado a tubulação.



Até segunda-feira a agência planeja continuar a acompanhar a situação para verificar se obtém algum resultado positivo.


sábado, 2 de abril de 2011

Ainda dá para salvar: Comissões debatem reforma do Código Florestal

Comissões debatem reforma do Código Florestal



COMISSÕES / CÓDIGO FLORESTAL


01/04/2011 - 16h44


Fonte: http://www.senado.gov.br/noticias/verNoticia.aspx?codNoticia=108661&codAplicativo=2&codEditoria=3



As comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) realizam, na próxima terça-feira (5), às 10h, audiência pública para debater a reforma do Código Florestal, projeto em tramitação na Câmara dos Deputados (PL 1876/99).



Participam da audiência o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Antonio Arraes Pereira; Elíbio Leopoldo Rech Filho, representando a Academia Brasileira de Ciências (ABC); o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antonio Raupp; e o ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli.



Relator



A proposição é relatada, na Câmara, pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que também participou de audiência pública no Senado no último dia 29. Segundo o deputado, o objetivo do projeto é tirar da ilegalidade praticamente toda a agricultura brasileira, em especial os pequenos agricultores, que fornecem 70% dos alimentos que os brasileiros colocam na mesa.



- Uma das resoluções do Conama [Conselho Nacional do Meio Ambiente] mudou o conceito de várzea, de tal forma que levou para a ilegalidade o boi criado há 270 anos no Pantanal. Levou para a ilegalidade 75% do arroz produzido no país, que é produzido em várzea - disse Aldo Rebelo durante a última audiência pública.



Uma das propostas do deputado - que tem a oposição dos ambientalistas - é a de fazer com que os próprios estados elaborem seus Programas de Regularização Ambiental, seguindo determinações nacionais para as Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, mas sempre respeitando suas realidades distintas.



Depois de aprovado pelo Plenário da Câmara, o projeto seguirá para análise do Senado.

autoria: Elina Rodrigues Pozzebom / Agência Senado

Bom senso: Deveríamos repensar a política nuclear brasileira

Deveríamos repensar a política nuclear brasileira


Autoria: Roseli Ribeiro - 20/03/11 - 20:23


Pouco conhecida e menos ainda debatida, a lei nº 6.453/77, que trata do desenvolvimento e uso da energia atômica no Brasil ganha destaque em razão do acidente ocorrido na Usina Nuclear de Fukushima, no Japão. Para abordar o tema o Observatório Eco entrevista o advogado Adriano Celestino Ribeiro Barros. Formado em Direito pela UCSAL (Universidade Católica do Salvador) e com pós-graduação em Direito Privado pela UNYAHNA (Instituto de Educação Superior).



De acordo com o especialista, a Comissão Nacional de Energia Atômica, tem todo o “controle da atividade nuclear” no país. Trata-se de uma autarquia federal criada em 1956, vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, que planeja, orienta, supervisiona e fiscaliza, estabelece normas e regulamentos em radioproteção e licenças ambientais.



A legislação que rege a matéria no Direito brasileiro é uma lei anterior à Constituição Federal de 1988, a qual promulgou a Convenção de Viena sobre Responsabilidade Civil por Danos Nucleares no nosso direito e tem causas de excludentes da responsabilidade civil por danos no âmbito da energia nuclear.



Adriano Celestino Ribeiro Barros ressalta que “em relação à responsabilidade civil dos danos nucleares não foi adotada a teoria do risco integral como até hoje se pensava na sociedade”. Assim, a teoria em vigor é a do risco administrativo que admite excludentes de responsabilidade em caso de dano nuclear.



Portanto, ao excluir pelo menos um dos três elementos, que configuram a responsabilidade objetiva do Estado, vale dizer: a conduta, o dano ou o nexo de causalidade, a responsabilidade objetiva é afastada. “Dessa maneira, basta excluir um dos elementos mencionados para retirar a responsabilidade objetiva estatal no âmbito nuclear”, alerta.



Adriano Celestino Ribeiro Barros estudioso do tema avalia que o acidente japonês mudou completamente o rumo da história, acerca da energia nuclear no mundo. Para o especialista, no âmbito nuclear o Brasil tem que “repensar urgentemente a política energética”. Ele defende também que as regras do licenciamento ambiental podem ser revistas, criando novas condicionantes ou obrigações ambientais no Brasil. Veja a entrevista que Adriano Celestino Ribeiro Barros concedeu ao Observatório Eco com exclusividade.



Observatório Eco: Qual a função da Comissão Nacional de Energia Atômica no Brasil? Qual a legislação que rege a matéria aqui? Existem regras internacionais que devemos também obedecer?



Adriano Celestino Ribeiro Barros: A União tem o monopólio da mineração de elementos radioativos, da produção e do comércio de materiais nucleares, sendo este monopólio exercido pela Comissão Nacional de Energia Atômica, uma autarquia federal criada em 10 de outubro de 1956, vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia.



É um órgão superior que planeja, orienta, supervisiona e fiscaliza, estabelece normas e regulamentos em radioproteção e licenças ambientais, dessa maneira esta tem o controle da atividade nuclear no Brasil.



A legislação que rege a matéria no Direito brasileiro é uma lei anterior à Constituição Federal de 1988, a qual promulgou a Convenção de Viena sobre Responsabilidade Civil por Danos Nucleares no nosso direito pátrio e tem causas de excludentes da responsabilidade civil por danos na seara da energia nuclear.



Esta é a lei nº 6.453/77 que no artigo 8º, ao tratar da a responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por atos relacionados com atividades nucleares e dá outras providências, diz que “O operador não responde pela reparação do dano resultante de acidente nuclear causado diretamente por conflito armado, hostilidades, guerra civil, insurreição ou excepcional fato da natureza”.



Quando a Constituição Federal de 1988 no seu artigo 21, XXlll, “d”, dispõe acerca da responsabilidade civil do dano nuclear, em nenhum momento afirma, de maneira clara, que em relação ao dano nuclear foi adotada a teoria do risco integral.



Observatório Eco: Em caso de acidente provocado por erro de operação a Eletrobras Eletronuclear responde pelos danos provocados em terceiros?



Adriano Celestino Ribeiro Barros: No caso de erro de operação, a Eletrobras Eletronuclear, em nosso entender, responde objetivamente com fundamento na teoria do risco administrativo pelos danos provocados em terceiros.



Pois, quando se fala em responsabilidade objetiva na seara nuclear, devem ser analisadas e compreendidas duas teorias: a teoria do risco integral e a do risco administrativo, as quais discutem se admitem ou não excludentes de responsabilidade civil no Direito Nuclear Brasileiro.



A teoria do risco integral não admite qualquer excludente para afastar a responsabilidade do Estado. Entretanto, esta teoria é aceita no Brasil em caráter excepcional e apenas nos casos de danos ambientais.



Já a teoria do risco administrativo admite excludentes de responsabilidade como é o caso do dano nuclear. Assim, ao excluir pelo menos um dos três elementos, que configuram a responsabilidade objetiva do Estado, vale dizer: a conduta, o dano ou o nexo de causalidade, a responsabilidade objetiva é afastada.



Dessa maneira, basta excluir um dos elementos mencionados para retirar a responsabilidade objetiva estatal no âmbito nuclear.



A doutrina majoritária apresenta, em rol aberto e a títulos de exemplos, algumas excludentes da responsabilidade objetiva na teoria do risco administrativo que são: a culpa exclusiva da vítima, o caso fortuito e a força maior.



Portanto, em relação à responsabilidade civil dos danos nucleares não foi adotada a teoria do risco integral como até hoje se pensava na sociedade.



Afirma-se, com certeza, que foi adotada a teoria da responsabilidade objetiva e mais tecnicamente a teoria do risco administrativo, que aceita excludentes de responsabilidade.



Quem defende que o ordenamento jurídico brasileiro adotou a teoria do risco administrativo tem que aceitar excludente de responsabilidade, pois a teoria do risco integral não admite excludente. Porém, há autores que defendem a teoria do risco integral com excludente. Entretanto, isto não é possível, pois se admitir excludente será risco administrativo e não risco integral.



Observatório Eco: Se um acidente nas usinas brasileiras fosse provocado por causas naturais, como no Japão, a Eletrobras Eletronuclear responderia integralmente pelo dano de espalhar radioatividade no meio ambiente? A União também poderia ser acionada?



Adriano Celestino Ribeiro Barros: Caso um acidente nas usinas nucleares brasileiras fosse provocado por causas naturais, como aconteceu no Japão, a Eletrobras Eletronuclear responderia integralmente pelo dano de espalhar a radioatividade no meio ambiente por dois motivos.



Primeiro porque “causa natural” no Direito Nuclear Brasileiro não é excludente específica de responsabilidade prevista na Lei nº 6.453/77 e nem no Decreto nº 911/93, os quais regem o tema. Segundo, devido ao dano ambiental adotar a teoria do risco integral.



Dessa maneira, podem ser acionadas na Justiça tanto a Eletrobras Eletronuclear, na qualidade de empresa de economia mista prestadora de serviço público, quanto à União, ambas em solidariedade passiva para repararem o dano ocasionado ao meio ambiente neste caso hipotético.



Observatório Eco: A Comissão Nacional de Energia Atômica no Brasil após o acidente em Fukushima admite que as regras do licenciamento ambiental das usinas podem ser revistas. Ou seja, o licenciamento ambiental foi um equivoco? Seria o caso de paralisar as atividades da usinas brasileiras até se ter certeza das normas jurídicas e de segurança? Inclusive suspender a construção de Angra III?



Adriano Celestino Ribeiro Barros: A Comissão Nacional de Energia Atômica no Brasil depois do acidente em Fukushima admite que as regras do licenciamento ambiental das usinas podem ser revistas, pois o acidente nuclear japonês mudou completamente o rumo da história, acerca da energia nuclear no mundo.



O Brasil não pode e nem deve ser exceção em fazer testes de segurança às suas centrais nucleares e ficar na contramão da história. Assim, tem que ser repensado urgentemente a política energética brasileira em todos os níveis de pessoas responsáveis por esta energia, pela sociedade e também em todas as funções do poder: Executivo, Legislativo e Judiciário.



A fim de ser revisto completamente o que foi feito até hoje e as novas formas de aumentar ao máximo a segurança do risco de acidente com a energia nuclear. A repensar, portanto, o futuro da política energética no Brasil, isto com o propósito de ficar no nível de segurança dos países mais desenvolvidos nesse tipo de energia no mundo.



Nós percebemos a fragilidade, que ainda temos no manuseio dessa energia em nível mundial, depois deste acidente em um país altamente preparado e com tecnologia de ponta como a do Japão.



Dentre os vários aspectos, que precisam ser discutidos como prioridade sobre este tema, está à necessidade urgente de revisões de segurança nas usinas nucleares brasileiras já existentes e as que estão porvir.



Deve o Brasil ter atitude de fazer também mudanças na legislação em nível internacional através dos Tratados e também nas legislações que já regem o tema no Direito Nuclear Brasileiro.



O licenciamento ambiental é uma Política Nacional do Meio Ambiente, consistente em atos e medidas para conferir a observância das regras e princípios ambientais, por aqueles que praticam atividades efetivas ou potencialmente poluidoras.



As regras do licenciamento ambiental podem ser revistas por mudanças fáticas supervenientes com o caso da crise nuclear do Japão, a gerar como exemplo, portanto, das novas condicionantes ou obrigações ambientais nos outros países.



O fundamento da discricionariedade no Direito Nuclear Brasileiro de tais mudanças nas novas regras do licenciamento ambiental que podem e devem ser mais exigentes estão inseridas no artigo 19 da Resolução 237/97 do CONAMA. Pois, o poder público pode impor novas condicionantes ambientais após o acidente em Fukushima. Vale ressaltar que o termo licença ambiental não é técnico, pois representa na realidade uma autorização.



Observatório Eco: A lei brasileira prevê que a usina tenha obrigatoriamente, em caso de catástrofe nuclear um plano para salvaguardar a população, amparar os atingidos e mesmo promover a recuperação do meio ambiente do entorno? Ou o prejuízo seria de toda a sociedade?



Adriano Celestino Ribeiro Barros: Caso ocorresse hoje por hipótese um acidente nuclear no Brasil neste atual Direito Nuclear Brasileiro no início de 2011, através do artigo 8º da Lei nº 6.453/77 e do Decreto nº 911/93 consoante a dicção do artigo 4º, número 3, a República Federativa do Brasil não seria responsabilizada apenas e tão somente se fosse devido diretamente a conflito armado, a hostilidades, a guerra civil ou a insurreição pelos danos nucleares causados por acidente nuclear.



É evidente, que em tese, a Usina e o Governo brasileiros teriam obrigatoriamente, em caso de catástrofe nuclear um plano para salvaguardar a população, amparar os atingidos e mesmo promover a recuperação do entorno.



Mas, na prática, o prejuízo seria, com plena certeza, de toda a sociedade brasileira. Pois, nós não estamos preparados em nenhum aspecto para sairmos de uma situação de crise nuclear como a vivenciada pelo Japão neste início de 2011.



Aliás, país algum está capacitado para isto. O Brasil precisa urgentemente buscar uniformizar tanto a tecnologia quanto a legislação internacional e nacional com os países mais desenvolvidos e que já lidam com este tipo de energia, para minimizar ao máximo e continuamente, os riscos inerentes ao manuseio da energia nuclear em território brasileiro.