O
Desafio do Uso do Sanitário Ecológico Seco no Município de São Paulo
autor: Frederico
Jun Okabayashi
RESUMO: Este estudo tem
como objetivo promover a mudança de paradigmas quanto à utilização do sanitário
ecológico seco e demonstrar a sustentabilidade desse uso com relação à economia
de água, a importância da compostagem da excreta humana rica em nutrientes e as
vantagens da utilização do adubo orgânico nos parques urbanos sem rede de
esgotos, parques lineares e naturais municipais. O sanitário ecológico seco é
utilizado nas ecovilas afastadas dos grandes centros urbanos no Brasil que não
dispõem de saneamento básico, é usado inclusive nos países desenvolvidos com tecnologias
sustentáveis, mas a fecofobia e o desconhecimento atrapalham o uso deste tipo
de sanitário no Município de São Paulo. A compostagem, possibilitada pelo uso
desses sanitários, é um processo importante, pois transforma os dejetos humanos,
misturados à serragem de madeira, em adubo orgânico, em seis meses, agregando
valor e substituindo com segurança o fertilizante químico formulado. Em uma
compostagem termofílica, os agentes patogênicos[2]
são eliminados em temperatura próximas a 65º C, não oferecendo, portanto,
riscos aos usuários. A utilização de sanitários ecológicos secos em locais sem
rede de esgotos, áreas de preservação permanente ou de mananciais atende à
Legislação Ambiental que restringe a instalação de sanitários convencionais com
descarga hídrica para que não poluam o lençol freático. O artigo é uma reflexão
para desenvolver o conceito do banheiro do futuro sustentável, que não utilize
água e transforme as excretas humanas em adubo orgânico.