sábado, 28 de dezembro de 2013

Nova York vai proibir cigarro eletrônico em locais públicos e fechados

Nova York vai proibir cigarro eletrônico em locais públicos e fechados



Se medida for sancionada, uso dos ''e-cigarettes'' ficará sujeito às mesmas restrições de consumo que o produto tradicional

A cidade de Nova York adotou uma nova medida que vai aumentar o cerco ao tabagismo. Por 43 votos a 8, os vereadores do município decidiram banir o uso de cigarro eletrônico dos locais públicos e fechados. Assim que o prefeito Michael Bloomberg — prestes a deixar o cargo — sancionar a lei, o produto passará a estar sujeito às mesmas restrições de consumo que o cigarro tradicional.
Reprodução/blu cigs

Nova York foi pioneira ao restringir o consumo de cigarro; dez anos depois, nova medida quer proibir "e-cigarettes"

Os “e-cigarettes”, como são conhecidos nos EUA, viraram uma febre em Nova York. O dispositivo que simula o tabaco emitindo vapor com baixa dosagem de nicotina trouxe de volta a densa fumaça expirada pelos fumantes aos bares, restaurantes, lojas e shopping centers da cidade.


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Há dez anos, em 2003, Nova York foi pioneira ao restringir o uso de cigarros convencionais. A despeito da onda de reclamação e resistência, a medida “pegou” e a lei foi adotada em outras regiões dos Estados Unidos. Alguns anos mais tarde, chegou também ao Brasil.
Uma década após sua implementação, a lei parece ter logrado grande aceitação pública. Até os mais céticos — que temiam graves prejuízos ao setor de bares, restaurantes e turismo — concordam que a medida foi eficaz. O prefeito Michael Bloomberg afirma que a lei salvou mais de 10 mil vidas.
Saúde pública
Se a restrição ao tabaco foi uma medida de saúde pública, o cerco aos “e-cigarettes” pode não ter nada a ver com a questão. A própria câmara dos vereadores reconhece que aprovou a lei por motivos diversos.
“Os cigarros eletrônicos são desenhados para se parecerem com os cigarros convencionais e serem usados como tais. Isso pode causar confusão”, disse Christine Quinn, líder dos vereadores.


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Outro parlamentar também demonstrou preocupação com a semelhança do produto. Para James Gennaro, a difusão do seu uso poderia minar os esforços antitabaco adotados pela cidade.
De acordo com um estudo da Drexel University, os cigarros eletrônicos representam apenas 1% do risco dos cigarros de verdade. Outras pesquisas indicam que o vapor soprado contém certas substâncias cancerígenas — ainda que em baixíssima quantidade.
No Brasil, a venda e a importação do produto são proibidas em razão da incerteza sobre seus efeitos na saúde.


Algumas semanas atrás, a cidade de Nova York também aumentou a idade mínima para a compra de cigarros: de 18 para 21 anos. É o primeiro grande município dos EUA a fazer isso.