Urinol ecologicamente correto filtra a urina para regar plantas
Já imaginou regar plantas enquanto urina? Conheça este projeto de banheiro público mais discreto e ecológicohttp://www.tecmundo.com.br/tecnologia-verde/10918-urinol-ecologicamente-correto-filtra-a-urina-para-regar-plantas.htm?utm_source=artigo_bottom_saibamais&utm_medium=tecmundo
Por Danilo Amoroso em 21 de Junho de 2011
Urinol de Eddie Gandelman. (Fonte da imagem: Tuvie)
Já diz o ditado que, quando a natureza chama, é melhor atender. E numa dessas pode acabar sobrando para um inocente arbusto. Felizmente, no que depender do designer Eddie Gandelman, as plantinhas poderão tirar proveito da situação um tanto desconfortável.
Gandleman pensou em um urinol público mais higiênico, discreto e capaz de utilizar a urina para regar plantas. A estrutura proposta tem quatro urinóis com espaço e privacidade para quem precisa se aliviar e, na parte central, uma estrutura que coleta e filtra a urina para utilizá-la para regar uma planta na parte de cima.
De acordo com o site Tuvie, que divulga projetos de design, o processo de filtragem é dividido em três etapas e foi aprovado por um professor de toxicologia.
Já o site Tree Hugger consultou Michael Hines, de outro site, o Trend Hunter (que pode ser traduzido como “Caçador de Tendências”), e a ideia lhe soou boa. Para Hines, bares e restaurantes podem cultivar vegetais ou frutas, ao mesmo tempo economizando em gastos e diminuindo a emissão de carbono. Obviamente, nesse caso, será necessário certificar a eficiência do mecanismo de filtragem para evitar contaminações.
E, por mais que a eficácia seja comprovada, não se pode dizer que a ideia de aproximar dejetos humanos com o cultivo de plantas e frutas é facilmente aceita pelo público. Ao que tudo indica, a natureza agora vai chamar e, de quebra, ser mais correspondida do que se pode pensar.
Galeria de Imagens
Nitrato de amônio
Entenda os perigos ligados ao fertilizante nitrato de amônio
Composto pode ter causado explosão no Texas nesta quarta-feira (17).
Seguro a temperatura ambiente, ele pode explodir quando aquecido.
Da AFP
Explosões que destruíram no passado fabricas de fertilizantes, como a ocorrida na noite de quarta-feira (17) perto de Waco, no Texas, e na fábrica AZF em Toulouse, na França, em setembro de 2001, em muitos casos envolveram nitrato de amônio, um fertilizante amplamente usado na agricultura.
Ainda não se sabe as causas exatas da explosão da fábrica de fertilizantes West Fertilizer, mas a amônia anidra (fórmula química NH3), um gás usado para a produção de nitrato de amônio (NH4NO3), foi citado como possível responsável pelo acidente.
A fórmula química NH4NO3, por vezes erroneamente denominada "nitrato de amoníaco" pela indústria, pode também ser utilizado na fabricação de explosivos e bombas, tal como no atentado em Oklahoma City, em 1995, e no ataque em Oslo, em 2011, pelo atirador norueguês Anders Breivik.
O nitrato de amônio, por si só, é relativamente pouco explosivo. Ele se apresenta como um pó branco ou em grânulos solúveis em água e é seguro, desde que não aquecido. A partir de 210 °C, decompõe-se e, se a temperatura aumentar para além de 290 °C, a reação pode tornar-se explosiva.
saiba mais
Um incêndio, tubos superaquecidos, fiação defeituosa ou relâmpagos podem ser suficientes para desencadear tal reação em cadeia.
Mas para que uma explosão ocorra, deve haver também uma quantidade significativa de nitrato de amônio, segundo especialistas. Este foi o caso da AZF (300 toneladas) e na catástrofe em Texas City, em abril de 1947, quando um incêndio em um navio que transportava 2.300 toneladas de nitrato de amônio causou uma série de explosões que mataram mais de 500 pessoas.
As causas exatas da explosão na AZF nunca foram determinadas com precisão, embora os investigadores e peritos acreditem que o evento tenha ocorrido por uma mistura acidental de um produto clorado com o nitrato de amônio.
Quanto à amônia anidra (NH3) - cerca de 25 toneladas estavam armazenadas na fábrica West Fertilizer, segundo a imprensa local -, é um gás considerado relativamente de baixa inflamabilidade.
Não é explosivo, mas pode formar uma mistura explosiva com o ar a certas concentrações (16% a 25% em volume no ar). Do mesmo modo, pode formar uma mistura explosiva em contato com certas substâncias, em especial flúor, cloro, bromo, iodo, óxido de prata e mercúrio.
O principal perigo da amônia anidra, um dos gases mais solúveis em água, é a sua toxicidade. Como um gás ou líquido é muito irritante para a pele e os olhos, e no sistema respiratório, em contato direto, pode provocar queimaduras graves.
NITRATO DE AMÔNIO
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 120 – DEZEMBRO/2007
autoria Luiz Antonio V. Mesquita, Fosfertil, email: mesquita@fosfertil.com.br
A Fosfertil é a maior produtora de fertilizantes fosfatados da
América Latina e também grande produtora de fertilizantes nitrogenados.
O nitrato de amônio é um produto sólido, perolado, branco
cristalino, com 34% de nitrogênio (50% N-nítrico e 50% N-amoniacal).
Possui forte ação oxidante e, por ser muito higroscópico, requer
recobrimento de seus grânulos para reduzir o empedramento e o
conseqüente esfarelamento.
O produto é obtido por intermédio da neutralização do ácido
nítrico pela amônia. É obtido basicamente em duas etapas:
• Produção de ácido nítrico, e
• Neutralização do ácido nítrico com amônia, segundo a
reação: NH3 + HNO3 —— NH4NO3.
As principais características agronômicas deste fertilizante
são: nitrogênio nítrico prontamente disponível; nitrogênio amoniacal
com disponibilidade mais prolongada; baixo índice de salinidade; é
compatível com as demais matérias-primas das misturas NPK (com
exceção da uréia). Por conter um radical nítrico e outro amoniacal, o
produto sofre menor perda por volatilização e acidifica menos o
solo, comparado aos demais fertilizantes nitrogenados.
As culturas que mais consomem nitrato de amônio no Brasil
são: cana-de-açúcar, café e citros.
O único produtor de nitrato de amônio no Brasil é a Fosfertil,
que possui duas fábricas em Cubatão, SP: uma de produto denso
(406.600 t por ano) e outra de produto de baixa densidade (Ultraprill,
84.900 t por ano). Na forma densa, o nitrato de amônio é utilizado
principalmente como fertilizante, já em baixa densidade, o produto
se presta à confecção de explosivos.
Os aspectos negativos do produto relacionam-se ao seu
poder oxidante e ao seu uso indevido como explosivo em ações
criminosas e terroristas. Existe uma série de regras básicas de
segurança que devem ser seguidas quando no manuseio do nitrato
de amônio, quais sejam: não superaquecer; não confinar; evitar
condições ácidas anormais; remover o produto completamente antes
da manutenção; evitar a combinação de condições perigosas;
assegurar-se de que os materiais em contato são compatíveis; utilizar
ferramentas próprias de segurança; compartilhar conhecimentos
sobre segurança, etc.
Em termos mundiais, a participação desse fertilizante na
matriz nitrogenada aumentou de 73,3 milhões de t de N, em 2002,
para 85,8 milhões de t de N, em 2006, sendo o segundo fertilizante
nitrogenado mais produzido, depois da uréia.
Os maiores produtores de nitrato de amônia são Rússia,
Estados Unidos e China, e os principais exportadores são Rússia e
Ucrânia, que representam mais de 50% do total mundial. Os grandes
importadores do produto são Estados Unidos, Turquia e Brasil,
seguidos por França e Reino Unido.
Embora o cenário do setor de fertilizantes nitrogenados no
mundo seja positivo nos próximos quatro anos (2008-2012), no Brasil não haverá investimentos significativos durante esse período.
Os fatores determinantes seriam a oferta limitada de gás natural no
País, a prioridade de seu uso para a geração de energia elétrica e o
alto custo de produção.