SEXTA-FEIRA, 12 DE ABRIL DE 2013
Canil municipal - CCZ queria retirar cão com leishmaniose de protetor para assassinar
Scooby - Nosso amigo que o CCZ quer asassinar |
O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS) indeferiu o recurso impetrado pela prefeitura de Campo Grande e manteve a decisão de deixar a guarda do vira-lata Scooby, diagnosticado com leishmaniose, com a Sociedade de Proteção e Bem Estar Animal – Abrigo dos Bichos. O recurso foi julgado na quinta-feira (11).
No dia 15 de janeiro deste ano, a Justiça determinou a entrega do vira-lata, que estava no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), para o Abrigo dos Bichos. No dia 1º de fevereiro, a prefeitura entrou com um recurso e pediu que o animal fosse devolvido para o órgão para que fosse sacrificado.
De acordo com a presidente do abrigo dos Bichos, Maíra Kaviski, a decisão do TJMS mostra que as autoridades estão mais conscientes em relação ao tratamento da leishmaniose no país.
Ainda segundo a presidente, o vira-lata ainda toma medicamentos para o tratamento contra a leishmaniose e passa por exames periódicos. Ele começou o tratamento a aproximadamente oito meses e não apresenta mais os sintomas da doença. “Os resultados dos últimos exames mostraram que ele está cada dia melhor”, afirmou Maíra.
saiba mais
Atualmente, ele mora na casa da médica veterinária Sibele Cação, que é voluntária da ONG e cedeu a sua residência como “lar temporário” para o animal.
O caso
Scooby ficou conhecido após ter sido amarrado em uma moto e arrastado pelo dono até o CCZ. O caso ocorreu em julho de 2012. Logo após chegar ao local, um exame atestou que ele tinha leishmaniose. Na época chegou a ser cogitada a eutanásia do animal, conforme estabelecem as normas do Ministério da Saúde.
Internautas fizeram campanha para que Scooby não fosse sacrificado. O mascote foi levado para uma clínica veterinária, com autorização da prefeitura de Campo Grande, para que recebesse tratamento contra a doença.
Orientação
O Ministério da Saúde recomenda a eutanásia dos animais com leishmaniose. Segundo a assessoria de imprensa, o órgão não reconhece nenhum tipo de tratamento para cães ou para outros animais domésticos com leishmaniose e que não existe registro no país de drogas de uso veterinário utilizados para o combate à doença.
Tratamento
Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, publicada em janeiro deste ano, autorizou o tratamento da leishmaniose em cães em todo o país. O pedido para a liberação do procedimento foi feito em uma ação movida pela ONG Abrigo dos Bichos.
Na prática, a sentença suspende os efeitos da portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que proíbe a utilização de medicamentos de uso humano no tratamento de cães infectados pela doença.
Fonte Globo G1
SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 2011
Leishmaniose - Cuidado com o resultado dos exames - Calazar
tratamento da leishmaniose - antes e depois |
Todos os métodos de exame para saber se o animal está com calazar, sem exceção, são falhos. Tudo pode interferir no resultado. Se o animal estiver com anemia o exame poderá dar positivo mesmo o animal não estando com calazar. Se o animal estiver com um simples verme também poderá interferir no exame dando positivo mesmo o animal não estando com calazar, e assim qualquer doença, qualquer mazela pode interferir no resultado. E muitas vezes o animal não tem doença nenhuma e o resultado do exame dá errado.
Sempre converso com veterinários sobre o assunto e eles afirmam que muitos cães são sacrificados como se estivessem com calazar sem estar, porque o exame é extremamente falho. Repito, todos os métodos são falhos. O que menos falha é um método realizado em Belo Horizonte, assim mesmo, também falha nos resultados. Foi dito por veterinários que o método utilizado aqui no Brasil para fazer teste em cães, é condenado pelo OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela Europa. Deveria ser proibido, mas não é (isto é Brasil). Portanto, quem quiser fazer teste de calazar, leve ao veterinário de confiança para que o material seja levado para Belo Horizonte, se der positivo deve ser feita a contra prova. Se continuar dando positivo, trate o cão. Todos os seres vivos que contraem a doença são reservatórios, inclusive o ser humano, e isso foi dito por um veterinário numa palestra realizada em Belo Horizonte, aberta ao público.
O Animal tratado com o princípio ativo alopurinol se recupera, mas dizem que continua sendo reservatório. A questão é: quem trata o cão, este deverá ficar tomando o medicamento por toda vida, e enquanto estiver sendo medicado ele não está sendo reservatório porque tem a ação do medicamento, por isso é indicado que o cão deve ser medicado por toda vida. Já em humanos é diferente: a pessoa é medicada, fica "boa" e depois encerra a medicação, então essa pessoa é reservatório porque não permanece sob a ação de medicamento nenhum. Por isso, não adianta matar os cães, o ideal é tratar, porque se o cão é sacrificado, o mosquito infectado continua vivo e já estando infectado não precisará picar um cão doente, basta picar a pessoa ou animal sadio para transmitir a doença.
Matar o cão pra quê? Se já têm os mosquitos infectados e tem outros reservatórios, como pessoas que já tiveram a doença e os roedores dentre outros? O ideal é manter cidade limpa, residências limpas, e combater o mosquito. Já está mais que provado que matar cães não adianta, desde sempre usam este método e a doença continua se alastrando cada vez mais. Na Europa ninguém mata cães com calazar, eles são tratados. O Brasil é o único país que usa este método arcaico de combate ao calazar. O método utilizado pelo Brasil para combater o calazar é considerado ineficaz pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Considero frieza, traição e covardia de quem entrega o cão para ser sacrificado pelo CCZ. Isso causa mais sofrimento no animal, que será levado por pessoas estranhas, ao local estranho, para ser morto longe dos seus donos. Se alguém decidir sacrificar o cão, deverá ao menos fazer o sacrifico de ter a última despesa com o bichinho, chamar o veterinário em casa, para que ele seja anestesiado antes da injeção letal e que possa ao menos morrer em casa, para que isso evite mais angústia e sofrimento ao animal quando levado pelo CCZ (na carrocinha).
Sou contra o sacrifício. Dizem que em cães não há cura? Por que? Porque ficam sendo reservatórios após tratamento? É só medicá-los por toda vida. E as pessoas? Ficam curadas? Já sabemos que não, apenas desaparecem os sintomas após tratamento. Mas, estas também ficam sendo reservatórios, pois não ficam tomando medicação por toda vida. Conheço um homem que teve calazar, faz uns dez anos, foi tratado, ficou “bom”, após o tratamento encerrou a medicação. Hoje, ele é reservatório sim, ele e qualquer outra pessoa que teve a doença, pois não estão mais sob o efeito de nenhum medicamento. Já os cães tratados, são medicados por toda vida, então permanecem sob o efeito do medicamento e por isso não ficam sendo reservatório. Portanto, não adianta matar os cães.
É importante esclarecer, que nem toda unha grande é leishmaniose, pois animais idosos e cães que ficam muito tempo deitados podem ter unhas grandes.
Nem todo problema de pele é leishmaniose, por isso é importante sempre levar ao veterinário e fazer exames clínicos e laboratoriais, por que a leishmaniose se confunde com outras doenças. Existem muitos problemas de pele, como alergias e câncer dentre outros, e isso não tem nada a ver com calazar.
Os exames feitos pelo governo para inquérito canino podem dar cruzamento de informações com outras doenças e um cão com erlichia, babesia, verminoses ou até mesmo baixa imunidade, pode dar positivo, são os chamados falso-positivos e por isso que muitas entidades e veterinários tem questionado os exames. O problema não é o laboratório, mas o material que são feitos os testes sorológicos.
Também é importante observar, que o tratamento não está proibido, o que está proibido segundo a Portaria Interministerial, transcrevo aqui: "que proíbe o tratamento de leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento."
O Dr. André Luis Soares da Fonseca, no mandado de segurança que impetrou para poder tratar cães com leishmaniose, em seu despacho o juiz disse que o tratamento não está proibido. O que está proibido é o tratamento com medicação humana.
Mas o melhor caminho ainda é prevenção!
Para prevenir, quando vejo que é época de mosquito, aplico spray de citronela no meu cachorro, coloco nas paredes também para que os mosquitos não se aproximem. Já coloquei a coleira Scalibor , mas tive que tirar porque ele não se deu bem com a coleira, então aplico a citronela.
Sobre o argumento de veterinários contra o tratamento em cães com calazar, não dá para aceitar. Os cães não são os únicos reservatórios. Se combatessem o mosquito, não haveria esta polêmica com relação ao tratamento e as pessoas poderiam tratar os animais. Esta é a questão, é a luta pelo combate certo, a erradicação do mosquito. Infelizmente, as autoridades nunca procuraram combater o mosquito flebótomo. O Governo e a Imprensa usam como símbolo da doença a foto de um cão, ao invés da foto do mosquito transmissor.
Muita gente pensa que o transmissor é o cão. Sem o mosquito não teria como ser transmitida a doença do calazar. Quando aconteceu um caso de morte por calazar na periferia desta cidade, em 2008, o que as pessoas deste bairro fizeram? Mataram seus cães sem nem fazer exame, por medo de contrair a doença. Pensam que não tendo cães em casa não correm risco. Pelo contrário, o risco é maior, não tendo o cachorro para picar o mosquito irá picar as pessoas. Essas pessoas nem sequer recebem orientação correta por parte do governo, e por pensar que o cão é transmissor da doença, mataram indiscriminadamente seus animais.
Clara de Abreu Magalhães - Fortaleza/Ceará
CALAZAR - LEISHMANIOSE - Tópicos Importantes
1) O único meio de transmissão da leishmaniose (calazar) é através da picada do mosquito. Sem o mosquito, mesmo todos os cães estando com calazar, não há como a doença ser transmitida
2) A própria OMS recomenda que cães com calazar sejam tratados, e com os mesmos medicamentos utilizados em humanos.
Mas além dos medicamentos utilizados em humanos, existem vários medicamentos veterinários para o tratamento em cães com calazar.
3) O CCZ só poderá levar o animal doente e sacrificá-lo só única e exclusivamente com a autorização do dono do animal e de mais ninguém.
As pessoas não sabem que o CCZ só pode levar o cão e sacrificar com a autorização do dono, e muitas vezes entregam o bichinho,mesmo chorando, pensando que é obrigado, além de não exigir um novo exame como contra prova.
4) Quando o animal é submetido a teste para saber se estar com calazar e der positivo, é extremamente importante e indispensável fazer um segundo exame como contraprova. Além disso, se for confirmado no segundo teste que o cão está com calazar e pessoa optar pela eutanásia do animal, esta deve ser orientada de que a eutanásia deve ser feita em casa por veterinário, pois os animais são seres vivos e têm sentimentos. Entregar o animal para o CCZ e o bichinho ser levado por pessoas estranhas, para um local estranho, longe de casa e do seu dono para ser morto, acarretará em muita angústia, medo e sofrimento para o animal e isto deve e tem que ser evitado.
5) O único meio eficaz de deter o alastramento da leishmaniose no País é combater o mosquito, sem ele não há como transmitir a doença. O cão é tão vítima quanto as pessoas, e não é o único reservatório, existem outros animais que também são reservatórios, inclusive o ser humano.
6) Conversando com um veterinário, ele apesar de ser contra o tratamento e a favor do sacrifício, afirmou que na maioria das vezes os resultados dão errados, e que muitas vezes o animal não está com calazar e mesmo assim dá positivo. Sendo assim, muitos animais são sacrificados sem estar com calazar.
Outra pergunta que fiz a ele: Se uma pessoa estiver com calazar e for picada pelo mosquito novamente, esse mesmo mosquito picar uma pessoa sadia, a pessoa pega calazar também? Ele disse que sim.
7) Um trecho da palestra do veterinário em Belo Horizonte:
O mosquito "saudável" pica um animal doente e aí ele fica contaminado e depois pica um homem e assim transmite a doença... e óbvio que pode ser o contrário... O mosquito "saudável" pica um homem doente e depois pica um animal e assim transmite a doença...TODOS NÓS, ANIMAIS RACIONAIS E IRRACIONAIS SOMOS RESERVATÓRIOS E O MOSQUITO O VETOR
O que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS)
8) Eutanásia para o cachorro é um tema muito polêmico, há muitos pontos de vista opostos. A massiva destruição de cachorros infectados por leishmaniose é uma medida de controle drástica, usada somente no Braisl.
9) A OMS (Organização Mundial de Saúde) tende a desencorajar a matança indiscriminada de animais reservatórios de zoonoses. Isto é especialmente verdade nos casos das doenças zoonoses com muita influência para a saúde pública, envolvendo o cachorro como principal reservatório, como é no caso da leishmaniose canina, da raiva, e da equinococose cística. A OMS tem colaborado com WSPA (Sociedade Mundial para a Proteção de Animais) e desenvolvido junto linhas de orientação para o procedimento com a população canina em relação ao controle das zoonoses (OMS documento WHO/ZOON/90.16). Porém, a decisão final fica para as autoridades nacionais ou locais, enfrentando e priorizando o problema humano da leishmaniose visceral. Grandes esforços tem sido feitos para desenvolver vacinas eficientes contra a leishmaniose canina, e um candidato já foi registrado no Brasil que pode afastar a medida dramática de matar os cães infectados.
10 - A própria OMS recomenda que cães com calazar sejam tratados, e com os mesmos medicamentos utilizados em humanos.
Mas além dos medicamentos utilizados em humanos, existem vários medicamentos veterinários para o tratamento em cães com calazar.
(Obs.: o tratamento no Brasil não está proibido, o que está proibido segundo a Portaria Interministerial, é o tratamento de leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Porém, portaria não tem força de lei, e não existe nenhuma Lei Federal proibindo o tratamento).
Clara de Abreu Magalhães - Fortaleza/Ceará
####
URGENTE - MOBILIZAÇÃO CONTRA EXTERMÍNIO DE CÃES COM LEISHMANIOSE
O deputado federal Geraldo Resende propôs um Projeto de Lei (PL 1738/2011), que normatiza campanhas de esclarecimento, prevenção e vacinação gratuita contra leishmaniose, bem como o direito de tratar os animais. Este PL está na Comissão de Seguridade Social e Família, cujo relator é o Deputado Federal Luiz Henrique Mandetta. Precisamos de uma mobilização geral para “Informar” ao relator, e demais membros da Comissão, que a matança obrigatória de cães infectados no Brasil é ineficiente, sendo praticada apenas em nosso país, onerosa aos cofres públicos, e que mascara a propagação dessa zoonose. Vamos encaminhar ao Deputado Luiz Henrique Mandetta, e aos demais membros da Comissão (endereços abaixo), nossa solicitação pela aprovação do PL 1738/2011 do Deputado Geraldo Resende, que trará um efetivo avanço no controle dessa doença e na qualidade de vida dos brasileiros. E também, que sejam realizadas Audiências Públicas, onde todas as partes interessadas sejam ouvidas, inclusive aquelas contrárias à política oficial de extermínio de animais. Quem tiver possibilidade, pode ligar para o gabinete do Relator: - Deputado Mandetta - fone: 61- 3215-5577 Autor do PL 1738/2011 - Deputado Geraldo Resende - fone: 61- 3215-8402 E-mails: Deputado Mandetta - dep.mandetta@camara.gov.br Deputado Geraldo Resende: dep.geraldoresende@camara.gov.br |
Veja também - http://amigosdosanimaisdetatui.blogspot.com/2011/02/leishmaniose-matar-animais-nao-resolve.html
Veja também - http://www.fielamigo.com.br/trata/
Campanha nacional permanente - “Fecha canil do CCZ - Tortura nunca mais” Eu aderi. (cole o slogan/link no email, blog, seja criativo)