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Márcia Brandão NOTÍCIAS - Demais
Beatriz Makhoul Pascual, moradora no Residencial Parque dos Príncipes, localizado na zona Oeste de São Paulo, apostou na implementação de sistema para reutilizar água da chuva e energia solar na construção da sua nova casa.
Beatriz apostou na reutilização de água e energia solar na sua nova casa.
Hoje a preocupação com questões ambientais não se limita apenas a reduzir, reutilizar e reciclar os materiais. O uso racional de recursos naturais está sendo aposta também nas construções tanto comerciais, industriais como residenciais. A eficiência energética, o reuso da água, preferência por materiais ecologicamente corretos e o não desperdício durante a obra são alguns dos requisitos essenciais quando se pensa em uma casa sustentável.
O crescimento de empreendimentos verdes para moradia fez com que fosse elaborada certificação específica para o segmento. O selo ambiental LEED - Leadership in Energy and Environmental Design registradas pelo USGBC - Green Building Council, organização mundial, sem fins lucrativos, com representação no Brasil e AQUA - Alta Qualidade Ambiental, desenvolvido no País, a partir da certificação francesa Démarche HQE, são alguns dos institutos que fizeram referenciais para habitações sustentáveis.
No Residencial Parque dos Príncipes, localizado no bairro do Butantã, zona Oeste de São Paulo, Beatriz Makhoul Pascual acaba de projetar a construção de uma casa sustentável, que será entregue no inicio de 2013. Ela adotou a utilização de sistema que permite reutilizar a água da chuva para lavar o quintal e regar a horta e o jardim, como também a captação da energia solar. Além disso, tem planos para instalar turbinas eólicas visando a economia de energia. “Deixarei a estrutura semipronta para quando tiver certeza da sua eficiência, porque no Brasil ainda não há uma pesquisa comprovando a sua capacidade”, explica.
Segundo Beatriz o que a levou ao engajamento ambiental foi o nascimento de seu filho. “Desde que eu tive meu pequeno, refleti sobre qual mundo quero deixar para ele. Mesmo que, em algumas vezes, tenha que arcar com um custo maior em prol da preservação dos recursos naturais, mesmo assim vai valer a pena”, ressalta. Atualmente, ela faz parte de uma das 700 famílias do local que separa material reciclável e descarta no Ecoponto, instalado pela APRPP - Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes em parceria com Cooper Vira Lata, cooperativa que realiza a coleta e separação do material. A iniciativa começou no final de 2011.
A compra de produtos de empresas ambientalmente sustentáveis e o reaproveitamento de materiais durante a obra é outro cuidado fundamental que contribui para a melhor utilização dos recursos naturais. “Geralmente durante a contrução de uma residência há o desperdício de 30% de materiais como, concreto, tijolos, entre outros. Isso significa que, de cada três casas construídas uma é praticamente jogada fora”, afirma Eduardo Schirrmeister, arquiteto e urbanista responsável por mais de 60 projetos no Parque dos Príncipes.
Para Schirrmeister, as construções sustentáveis vêm cada vez mais difundindo no Brasil e por isso é um caminho sem volta, além de já estar constituído em lei. “Hoje quando se vai projetar uma residência, os próprios donos têm a preocupação de reaproveitar a água, diminuir o consumo de energia e apostar em áreas verdes”, destaca.
Saiba Mais
Sistema de captação de água da chuva: utilização de calhas no telhado para captar a água da chuva que depois é dirigida a um reservatório (separado do convencional). Em seguida, a água passa por um filtro no qual é retirada a sujeira. Logo após, o líquido é bombeado e encaminhado a uma caixa d’água para poder ser utilizado. No caso do seu uso para descarga do banheiro será necessário fazer um sistema duplo.
Sistema de energia solar: é feita com a instalação de um painel solar, de um inversor de corrente e baterias para a retenção da radiação solar. Depois que as células fotovoltaicas absorvem a luz solar, a eletricidade gerada é enviada ao dispositivo de armazenagem. Antes da utilização e distribuição pela casa, essa corrente passa pelo inversor de corrente, transformando o que antes era corrente contínua em corrente alternada. A corrente alternada então é distribuída por meio das caixas de distribuição e por toda casa, como a corrente elétrica convencional.
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APRPP (www.parquedosprincipes.com.br)
Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes
Em 1983, os proprietários do loteamento Parque dos Príncipes criaram a “Sociedade Amigos do Parque dos Príncipes”, visando assegurar a qualidade de vida prevista nos contratos de compra dos lotes.
A atual denominação “Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes” – APRPP – surgiu em 2006, com a atualização do estatuto pelo novo Código Civil.
O Parque dos Príncipes situa-se parte em São Paulo (72% dos lotes) e parte em Osasco (28%). Os moradores de Osasco possuem sua própria associação. A APRPP representa somente os proprietários da área paulistana do loteamento, onde há 1.287 lotes, com 500 m2 em média, e áreas verdes que perfazem 236.261 m2.
As principais atribuições da APRPP são: zelar pela segurança dos moradores, exercendo vigilância privada em cooperação com a segurança pública; fazer respeitar as restrições de ocupação do solo e impedir atividades incompatíveis com a zona estritamente residencial (ZER1); cuidar das áreas verdes, evitando que haja degradações e que surjam pontos de insegurança; representar os residentes perante o poder público para fazer valer seus direitos, firmar parcerias e obter melhorias de infraestrutura e saneamento; promover a união dos moradores por meio de atividades e eventos sociais.