15 de dezembro de 2011 • 10h36
http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/noticias/0,,OI5518320-EI10411,00-Sao+Paulo+amplia+inventario+de+emissoes+de+gases+estufa.html
O novo inventário de emissões de gases de efeito estufa da cidade de São 
Paulo vai relacionar todos os gases cobertos pelo Protocolo de Quioto. O 
anterior media apenas a quantidade de gás carbônico (CO2) e metano (CH4). Os 
quatro outros gases analisados no 2º Inventário Municipal de Emissões e Remoções 
Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Município de São Paulo serão: 
óxido nitroso (N2O), hidrocarbonetos fluorados (HFC), hidrocarbonetos 
perfluorados (PFC) e hexafluoreto de enxofre (SF6). O novo relatório deve ser 
realizado nos próximos 14 meses e apresentado no começo de 2013.
A redução das emissões de CO2 é fundamental para evitar os efeitos do 
aquecimento global. Para a geóloga da Secretaria do Verde e do Meio ambiente de 
São Paulo, Patricia Marra Sepe, uma cidade internacional, com a importância 
política e econômica, como São Paulo, deve ter consciência dos impactos 
ambientais que produz. A Política Municipal de Mudança do Clima estabelece que a 
cidade deve reduzir 30% das emissões de gases estufa até 2012, em relação ao 
valor de 2005, que é de 15,7 milhões de toneladas de carbono (tCO2e).
O objetivo deste trabalho é identificar as fontes emissoras e constatar quais 
são os principais problemas da cidade. A partir daí serão criado planos de 
mitigação e políticas de controle que vão ajudar São Paulo a caminhar para um 
modelo mais sustentável. "O inventário é apenas o instrumento, o mais importante 
é o plano de ação", diz Patricia. Ela comenta que, finalizado o documento, é 
necessário dar continuidade aos trabalhos, monitorando os dados com 
frequência.
O primeiro inventário tem como ano-base 2003 e foi finalizado em 2005. Já o 
novo, será feito com base nos anos de 2003 a 2009. Além disso, será baseado em 
critérios já utilizados pelo IPCC para análises globais. A nova metodologia 
ainda vai possibilitar maior detalhamento de informações e a comparação com 
relatórios internacionais. Entretanto, vai dificultar a comparação com os dados 
anteriores. 
Outra novidade é a medição das massas d¿água da cidade, como represas e rios. 
Depois da análise dos resultados, será possível dizer se há influência desses 
acúmulos de água no aquecimento global. Atualmente não há estudo sobre se essas 
massas interferem no aumento do efeito estufa. O inventário vai analisar cinco 
setores envolvidos na questão: resíduos, uso do solo, efluentes, energia e 
processos industriais e uso de produtos. Depois de passar por um processo de 
licitação, a empresa Geoklock Consultoria e Engenharia Ambiental, consórcio com 
o Instituto Ekos Brasil, foi selecionada para fazer o trabalho.
Vilão - A expectativa é de que o setor de maior participação nas 
emissões municipais seja o energético, por causa dos transportes. 
"Inevitavelmente, o problema mundial de emissões passa pelo setor de 
transporte", afirma o secretário municipal de transporte, Marcelo Branco. Ele 
diz que a cidade já vem adotando medidas com um Plano de Controle da Poluição 
Veicular. Segundo Branco, um dos compromissos assumidos é o de substituir 
totalmente uso de combustíveis fósseis no transporte público até 2018.
 
