Aneel propõe que consumidores gerem sua própria energia
Postado em 11/11/2011 às 08h00
A ideia é que os consumidores que instalarem painéis fotovoltaicos ou 
pequenas turbinas eólicas em suas casas  tenham uma redução no valor da conta de 
energia. | Imagem: My wind power system
As tecnologias de energia renovável aproximam-se cada vez mais do cenário 
brasileiro. No mês passado, o assunto foi pauta em uma audiência pública, em 
Brasília, e foi cogitada a hipótese dos consumidores gerarem energia limpa em 
suas residências. 
A proposta foi discutida pelos representantes do governo, distribuidoras e 
sociedade civil na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Caso 
ela seja levada adiante, além de economizar dinheiro os consumidores acumularão 
créditos.
As medidas visam incentivar e regulamentar a geração de energia limpa em 
pequena escala no Brasil. A ideia é que os consumidores que instalarem painéis 
fotovoltaicos ou pequenas turbinas eólicas em sua casa, escritório ou indústria 
tenham uma redução no valor da conta de energia.
Além disso, quando o consumidor conseguir reduzir o uso de energia em relação 
à produção ele ganhará um crédito que pode ser utilizado por um ano. Foi 
proposto também desconto de 80% na tarifa de transmissão e distribuição destas 
unidades pelos dez primeiros anos de instalação.
Para o Greenpeace, presente na audiência, o crédito de geração de energia 
proposto deve ser estendido por tempo indeterminado. A organização defende um 
desconto integral nas tarifas de transmissão e distribuição, além de gerador de 
energia que possa aproveitar um esquema compartilhado de obtenção de créditos de 
carbono através da redução de gases de efeito estufa.
Esta proposta faz parte de conjunto de incentivos para energias renováveis do 
projeto de lei PL 630/03, apoiado pelo Greenpeace, mas que está parada na Câmara 
há dois anos. “O processo da Aneel, se concretizado e transformado em lei, deve 
representar uma pequena revolução na maneira como a divisão entre consumo e 
geração de energia é feita atualmente no Brasil”, afirmou o coordenador da 
Campanha de Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo. Com informações do 
Correio do Brasil.
Redação CicloVivo
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