Aberta a temporada de contratos para Copa do Mundo de 2014
Preparativos para os jogos e o fluxo de turistas no País  renderão R$ 142,39 bilhões
 O  sorteio das chaves das Eliminatórias da Copa do Mundo, que acontece neste sábado  (30) no Rio de Janeiro, abre o calendário de eventos oficiais do torneio do  Brasil. Daqui até julho de 2014, os preparativos para receber os jogos e o fluxo  de turistas no País renderão à economia brasileira R$ 142,39 bilhões. A  estimativa faz parte de um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV),  a pedido do Sebrae, para tentar dimensionar os ganhos que pequenas empresas  podem ter com a Copa.   Marcos de Paula/AEObras no estádio do Maracanã para a Copa do  Mundo
Marcos de Paula/AEObras no estádio do Maracanã para a Copa do  Mundo
O  levantamento, realizado em duas etapas, mapeou na primeira fase as oportunidades  de negócios que podem surgir para empresas da construção civil, tecnologia da  informação, turismo e produção associada ao turismo. As receitas podem ser  geradas por contratos com governos, comitê organizador, patrocinadores do evento  e, é claro, com o atendimento aos turistas.“Na  construção civil, vamos ter oportunidades na obras de infraestrutura e de  transportes, como aeroportos e metrôs. No setor de turismo, atividades como  artesanato e gastronomia vão ter destaque. E os serviços de telefonia e internet  vão ser muito requisitados na área de tecnologia da informação”, enumera Luiz  Barreto, presidente do Sebrae. “Para concretizar os negócios, entretanto, as  pequenas terão de se ser competitivas e atender as exigências dispostas nos  contratos.”Segundo  o estudo da FGV, um dos principais requisitos a serem cumpridos por fornecedores  que quiserem abocanhar contratos da Copa é apresentar uma documentação completa,  atualizada e regularizada.  Além disso, ter uma gestão profissional e adotar  práticas de sustentabilidade são fatores importantes, que podem ser considerados  critérios eliminatórios ou classificatórios, a depender do contratante.Também  foram mapeadas as principais dificuldades a serem enfrentadas pelas pequenas  empresas na disputa por contratos da Copa.  Nos setores de tecnologia da  informação e construção civil, por exemplo, muitas empresas estrangeiras já têm  parcerias com grandes fornecedores nacionais – o que impede a entrada de outras  empresas nessas negociações. “Quando as atividades a serem executadas são muito  complexas, do ponto de vista técnico, a participação de micro e pequenas  empresas também pode ser dificultada”, indica o estudo.Mas  há o outro lado da moeda. As pequenas empresas têm, por exemplo, algumas  vantagens em relação às demais nas licitações do governo. Para contratos de até  R$ 80 mil, elas possuem exclusividade de venda. Há outros contratos de maior  valor que também podem exigir a subcontratação de MPEs, desde que o percentual  máximo do trabalho a ser subcontratado não exceda a 30% do total.Participar  dessas licitações e de outros grandes contratos requer preparo, em especial nos  quesitos mais burocráticos. Mas pode valer a pena. “A Copa possibilita o  desenvolvimento empresarial” e outros “benefícios de longo prazo”, diz o estudo.  Ao trabalhar para grandes empresas, para o governo ou para turistas  estrangeiros, a pequena empresa vai se deparar com clientes muito exigentes e  criteriosos. “E o aumento do grau de exigência força um maior preparo das MPEs,  profissionalizando-as”, ressalta o estudo.LEIA  TAMBÉM:Uso  da biometria faz empresa lucrar com a Copa
Marcos de Paula/AE
Obras no estádio do Maracanã para a Copa do  Mundo
 
