Campinas tem dois casos suspeitos de contaminação pela E.coli
24/06/2011 - 18h36
MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS
DE CAMPINAS
A Secretaria de Saúde de Campinas (a 93 km de São Paulo) informou que há na cidade dois casos suspeitos de contaminação pela variante da bactéria E. Coli, que, desde maio, já infectou mais de 3.800 pessoas na Europa e causou 45 mortes, principalmente na Alemanha. No Brasil, estes são os primeiros casos suspeitos.
Como a doença já foi registrada em 15 países e pode ser transmitida de pessoa a pessoa, o Ministério de Saúde enviou um alerta às unidades de saúde para que fiquem atentas aos casos suspeitos. Não há risco de surto no país, segundo o ministério.
A Secretaria de Saúde informou que já eram esperadas notificações, uma vez que a circulação de pessoas é intensa. Os dois moradores da cidade estiveram na Alemanha recentemente. Ambos terão exames analisados pelo Instituto Adolfo Lutz.
"Não há motivo de alarde, os pacientes estão bem e a verificação é apenas uma forma de evitar a transmissão no Brasil, o que não ocorreu até hoje", afirma o médico da Vigilância Epidemiológica de Campinas, André Ribas.
As unidades de saúde estão atentas para casos de pessoas que apresentem diarreia com sangue, náuseas e dores abdominais e que tenham estado na Alemanha nos últimos 45 dias ou tenham tido contato com alguém que esteve lá e apresentou os mesmos sintomas.
"Essas são situações muito frequentes. É grande o número de pessoas que podem estar na lista de suspeitos e não ter nada", disse Ribas. "De qualquer forma, é sempre importante procurar atendimento médico para evitar piorar o quadro."
O Ministério da Saúde contraindica o uso de antibióticos ou antidiarreicos, que podem agravar a situação.
A bactéria E. Coli é comum no organismo humano, mas sua variação mais agressiva pode causar problemas de saúde graves. Geralmente vegetais crus e produtos de origem animal sem cozimento oferecem mais possibilidade de transmissão.
A principal forma de prevenção é o reforço de medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos e os alimentos, além de evitar comidas cruas em viagens.