sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Volume de resíduos urbanos crescerá de 1,3 bilhão de toneladas para 2,2 bilhões até 2025, diz PNUMA

http://www.onu.org.br/volume-de-residuos-urbanos-crescera-de-13-bilhao-de-toneladas-para-22-bilhoes-ate-2025-diz-pnuma/

6 de novembro de 2012 ·


Pilhas de lixo sendo queimado nas ruas do Cairo, Egito. Foto: IRIN / Amr EmamEm meio a uma população mundial em rápido crescimento, os problemas de gestão de resíduos estão se tornando cada vez mais cruciais para a promoção da sustentabilidade ambiental, alertaram hoje (6) os participantes da reunião da Parceria Global sobre Gestão de Resíduos (GPWM), organizado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), em Osaka, no Japão.
O PNUMA observou que os resíduos urbanos são um fardo crescente para comunidades em todo o mundo. Estatísticas do Banco Mundial estimam que o volume de resíduos deve crescer de 1,3 bilhão de toneladas para 2,2 bilhões de toneladas em 2025.
“As necessidades humanas básicas, como água limpa, ar puro e segurança alimentar são prejudicadas por práticas de gestão de resíduos impróprias, com graves consequências para a saúde pública”, advertiu um comunicado da agência de meio ambiente.
Apesar de reconhecer que este é um dos serviços mais complexos e de alto custo público, o PNUMA argumenta que a gestão de resíduos é também uma oportunidade para o estabelecimento de uma área modelo para tornar a economia verde.
“Se tratada adequadamente, a gestão de resíduos tem um enorme potencial para transformar problemas em soluções e conduzir o caminho para o desenvolvimento sustentável através da recuperação e reutilização de recursos valiosos”, afirmou o comunicado.
O relatório de 2010 do PNUMA mostrou que, no norte da Europa, a reciclagem de uma tonelada de papel ou alumínio economiza mais de 600 kg e 10.000 kg de dióxido de carbono, respectivamente. Da mesma forma, um relatório de 2009 da agência revelou que há 65 vezes mais ouro em uma tonelada de celulares velhos do que em uma tonelada de minério.
“A oportunidade de negócio para a ‘mineração urbana’ é evidente”, observou o PNUMA. “O lixo importa.”