sábado, 25 de junho de 2011

Carne artificial pode reduzir emissões em até 96%


Carne artificial pode reduzir emissões em até 96%


24/6/2011 - 11h20


por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil
Alimento desenvolvido em laboratório pode ser uma das apostas para a escassez dos recursos naturais e para às mudanças climáticas, pois utiliza menos de 4% da água da produção convencional e evita a liberação de toneladas de GEEs.
A produção e manipulação de alimentos em laboratório é uma questão que tem dividido opiniões há muito tempo. Agora, entretanto, pode ser que essas técnicas ganhem mais alguns defensores, pois cientistas lançaram um novo estudo demonstrando que a carne artificial pode ajudar a diminuir a emissão de gases do efeito estufa (GEEs), além de economizar energia, água e terras.


De acordo com a pesquisa, intitulada Impacto Ambiental da Produção de Carne Cultivada  publicada pelo Environmental Science & Technology, a produção da carne de laboratório emitiria entre 78% e 96% menos GEEs, usaria entre 82% e 96% menos água e 99% menos área de terra do que o necessário para a produção do similar convencional.
“Nossa pesquisa mostra que a carne cultivada poderia ser parte da solução para alimentar a crescente população mundial e ao mesmo tempo cortar as emissões e economizar tanto energia quanto água. A carne cultivada é potencialmente uma forma muito mais eficiente e ecológica de colocar carne na mesa.
Os impactos ambientais da carne cultivada podem ser substancialmente menores do que os da carne produzida do jeito convencional”, declarou Hanna Tuomisto, cientista da Universidade de Oxford, que conduziu o estudo.
Segundo o relatório apresentado, comparando o uso de energia, as emissões de GEEs e o uso da terra e da água, a carne artificial é mais eficiente do que todas as alternativas – bovina, ovina e suína –, exceto pelo frango. Contudo, os pesquisadores alegaram que mesmo o frango pode ser menos eficiente que a carne de laboratório, já que há aspectos que o estudo não leva em conta.
“O uso de energia sozinho não é necessariamente um indicador suficiente do desempenho energético se os custos de oportunidade do uso da terra não forem considerados. A produção de carne cultivada requer apenas uma fração da área de terra que é usada para produzir a mesma massa de carne de frango produzida convencionalmente. Portanto, mais terra poderia ser usada para a produção de bioenergia, e pode-se argumentar que a eficiência energética total da carne cultivada seria mais favorável”.
Com o crescimento do consumo de carne pela população mundial, o desenvolvimento da carne artificial poderia ser uma saída para combater o aumento do preço dos grãos, o desmatamento, a escassez de água e a falta de terras, todos esses problemas relacionados ao cultivo de gado e à produção da carne convencional. No entanto, Tuomisto diz que ainda há obstáculos a serem ultrapassados até elevar a produção dessa carne ao patamar comercial.
“Não estamos dizendo que faríamos, ou que necessariamente queremos substituir a carne convencional pela similar cultivada agora. Podemos demonstrar que isso é possível, mas é caro. Chegar à produção comercial depende de que mais dinheiro seja colocado nessa pesquisa”. A cientista calcula que seriam necessários cerca de US$ 160 milhões e cinco anos para colocar a carne de laboratório do mercado.
Além disso, as questões culturais e de saúde podem fazer com que o produto enfrente certa resistência dos consumidores. Porém, em relação a isso, a pesquisa alega que “a carne cultivada consiste em um tecido muscular similar à carne produzida convencionalmente, apenas a técnica de produção difere. Também pode-se argumentar que muitos sistemas atuais de produção de carne estão longe de serem sistemas naturais”.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)

    PALESTRA: CONSUMO CONSCIENTE

    PALESTRA: CONSUMO CONSCIENTE






    Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/palestras/detalhes-palestra/15/consumo-consciente



    Realizado em: 09/06/2011 às 17h00 (horário de Brasília) | 
    Duração: 1h
    Palestrante: Vinícius Battistelli Lemos, Engenheiro Ambiental formado na UFMS. Mestrando em Tecnologias Ambientais na mesma instituição. 



    Resumo: Entender como funciona o ciclo da natureza pode ajudar na escolha de produtos que tenham impacto reduzido no meio ambiente, e esse é o papel do consumidor consciente.  



    Conteúdo: Meio Ambiente; Seres Humanos; Processos naturais ; Processos antropogênicos ; Processos naturais X antropogênicos; Resíduos ; Poluição; Ciclo de Vida; 4 R's; Consumo; Consumidor consciente; Indústria e comércio ; História das coisas. 



    Objetivo: Os recursos naturais são limitados, e ainda não percebemos isso. Compramos e consumimos sem pensar nem analisar quais serão os impactos, ou o que faremos com o lixo depois. Entender como funciona o ciclo da natureza pode nos tornar consumidores mais conscientes.





    CONSUMO CONSCIENTE00:02


    MEIO AMBIENTE01:19

    SERES HUMANOS01:48

    PROCESSOS NATURAIS02:25

    PROCESSOS ANTROPOGÊNICOS02:49

    RESÍDUOS03:23

    POLUIÇÃO04:17

    CONSUMO04:39

    CICLO DE VIDA05:34

    CONSUMIDOR CONSCIENTE06:14

    4 R'S07:13

    INDÚSTRIA E CONSUMO11:59

    CERTIFICADOSESELOS14:34

    AS PESSOAS TAMBÉM SÃO IMPORTANTES16:27

    HISTÓRIA E COISAS17:38

    PERGUNTAS23:23




    Cordão umbilical atômico


    Cordão umbilical atômico


    24/6/2011 - 10h54


    Autoria: por Suvendrini Kakuchi, da IPS



    Tóquio, Japão, 24/6/2011 – Três meses depois do terremoto e do tsunami que causaram um acidente no complexo nuclear da cidade japonesa de Fukushima, especialistas alertam para um colapso econômico se a energia atômica for eliminada de uma só vez. “O horror do acidente em Fukushima não pode ser negado. Mas o futuro da energia atômica deve ser avaliado sabiamente se o Japão deseja continuar sendo uma potência econômica”, afirmou Takao Kashiwagi, engenheiro no prestigioso Instituto de Tecnologia de Tóquio.
    O Japão sempre apostou nas centrais nucleares como ferramenta fundamental para manter sua economia, mas agora enfrenta o desafio de mudar a política energética a fim de aliviar a preocupação pública, mas sem que isso tenha efeitos adversos na indústria. Kashiwagi, do governamental Novo Comitê de Energia, esclareceu sua opinião referindo-se à forte dependência que o país tem da energia atômica. Quase 30% das necessidades energéticas são cobertas pelas centrais nucleares.
    “Em lugar de dar as costas à realidade de nossa dependência da energia nuclear, é hora de desenvolver uma tecnologia que fortaleça os aspectos de segurança nas usinas. A melhor opção para o Japão é trabalhar internacionalmente para essa meta”, afirmou Kashiwagi. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) apoiou essa opção em um longamente esperado informe divulgado no dia 1º deste mês, no qual critica as medidas de emergência adotadas em Fukushima, ao mesmo tempo em que propõe a adoção de regulamentações universais nas usinas nucleares.
    O ativista antinuclear Reiichi Suzuki, criador de um comitê especial para Fukushima com representantes dos setores privado e acadêmico, disse que, entretanto, havia um crescente apoio público à ideia de fechar as centrais atômicas na região. “Nosso objetivo é manter sobre a mesa a aterradora verdade de que a energia nuclear não tem mérito. Não só é insegura, como também constitui uma carga financeira para os cidadãos por causa dos subsídios que devem pagar, e também permite que as empresas ricas controlem nossos recursos naturais”, afirmou.
    A catástrofe de Fukushima aumentou a possibilidade de cortes de energia devido ao fechamento dos reatores, o que alarmou a indústria manufatureira. As perdas calculadas e as enormes compensações financeiras representarão um duro golpe para a economia, cujo crescimento cairá para menos de 1% em 2011. Economistas dizem que a escassez energética obrigará mais empresas japonesas a dirigirem seus investimentos para outros países, criando mais desemprego e esgotando os fundos públicos.
    O governo prometeu aumentar as energias alternativas para que atendam 20% das necessidades nacionais, bem como adotar uma política nuclear transparente, como demonstrou ao aceitar inspeções da AIEA este mês. “O horror da contaminação nuclear em Fukushima pressionou Tóquio a reconhecer humildemente seus erros passados e prometer uma segurança melhor. O povo espera essas mudanças”, disse o analista internacional Takeshi Inoguchi.
    De fato, apesar das pesquisas nacionais, realizadas em maio, mostrarem uma esmagadora maioria de 70% contra a energia nuclear, há sinais de que a preocupação pública, embora não tenha desaparecido, cede lentamente. Um significativo exemplo é a reeleição, no dia 8, de Shingo Mimura como governador da prefeitura de Aomori, onde fica uma central nuclear ativa e há outras quatro em construção.
    Mimura, apoiado pelo conservador Partido Democrata Liberal, que promoveu a expansão da energia nuclear no Japão, derrotou sem problemas seus oponentes, que queriam congelar a construção de usinas nucleares. O governador prometeu maiores medidas de segurança durante uma visita aos reatores. A estratégia parece que deu resultado.
    Os residentes mais veteranos de Aomori citados pela imprensa local falaram da grande pressão que sentiam ao votar. “Tenho medo e não gosto. Mas o sustento de todos depende da usina nuclear”, disse Junji Takeyama, de 80 anos, ao jornal Asahi, na semana passada. Seu filho e seu neto trabalham em empresas de energia elétrica. Quase metade da população na maioria dos municípios de Aomori depende da Companhia de Energia Elétrica Tohok, como empregados ou fornecedores de serviços.
    Os subsídios nas últimas décadas para municipalidades com reatores e usinas processadoras de combustível somam US$ 2,8 bilhões, que foram usados para construir novas estradas, escolas e infraestrutura moderna. Defensores das usinas dizem que esse sistema permitiu a Tóquio fornecer energia estável e impulsionou o crescimento econômico do pós-guerra, facilitando o desenvolvimento da nova tecnologia e de redes sofisticadas de transporte. A tragédia de Fukushima atingiu o Japão quando o país planejava apoiar seus 54 reatores para aumentar sua produção de energia nuclear em 50%. Envolverde/IPS
    (IPS)

      Cortina verde no México: Verde Vertical

      A beleza dos projetos com jardim de parede / jardim vertical

      autoria e fonte: http://ecotelhado.blog.br/?p=1217

      Mais uma notícia sustentável vinda diretamente do México. Depois de mostrarmos o interesse de empresas publicitárias em pagar a instalação de telhados verdes pelo Distrito Federal mexicano, agora é a hora de vez de apresentarmos o VERDEVERTICAL e suas belas instalações de jardim de parede / jardim vertical


      O projeto tem o objetivo de levar a natureza e as práticas sustentáveis para mais perto da população. O VERDEVERTICAL consiste em oficinas e workshops, que ensinam técnicas de jardim de parede / jardim vertical.


      Abaixo, você confere mais alguns belos projetos já realizados pelo VERDEVERTICAL:


      Empresas optam por ecotelhado para se tornarem mais verdes

      Empresas optam por ecotelhado para se tornarem mais verdes

      autoria: Por Priscila Moraes


      O telhado “verde”, também chamado de jardim suspenso, funciona como um isolante térmico, retardando o aquecimento dos ambientes durante o dia e conservando a temperatura à noite. A solução ecológica parece ter chamado a atenção de empresários. Com a sustentabilidade cada vez mais na moda, as empresas perceberam a necessidade de mostrar, constantemente, que são amigas do meio ambiente.
      Um dos fatores para a propagação desta tecnologia é a busca pela certificação LEED, concedida a edifícios de alta performance ambiental e energética. A certificação outorgada pelo GBCI (Green Building Council Institute), com sede nos EUA, confirma que uma construção civil cumpre com requisitos e estratégias de sustentabilidade nas áreas de energia, materiais, água, conforto ambiental e implantação.
      Patenteado em 2005, a estrutura funciona como isolante térmico, diminuindo o aquecimento provocado pelo sol e mantendo a temperatura durante a noite. Além disso, absorve cerca de 30% da água da chuva, reduzindo a possibilidade de enchentes. Também contribui para o aumento da biodiversidade e age como purificador do ar urbano, pois as plantas dos telhados retiram o CO2 do ambiente.
      Considerado um produto que diminui os danos do crescimento urbano, o ecotelhado é uma infraestrutura que mostra ser possível a manutenção de áreas verdes nas grandes cidades. Veja as fotos


      (Informações do Blog do Idéias) 

      Transgênicos ameaçam produção orgânica


      Transgênicos ameaçam produção orgânica no PR; veja vídeo


      25/06/2011 - 06h43

      DE SÃO PAULO


      Autoria e fonte: http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/934355-transgenicos-ameacam-producao-organica-no-pr-veja-video.shtml



      O cultivo de variedades transgênicas de soja e de milho está ameaçando a frágil cadeia de produção orgânica no Sudoeste do Paraná --área cujo perfil fundiário é o da pequena propriedade rural.
      A dificuldade na obtenção de grãos convencionais e a deficiência da logística são apontadas como as responsáveis pela contaminação da produção, como mostra o vídeo acima.
      Mas a história desse modelo de produção (livre de agrotóxicos e de transgênicos) tem relevo não pelos volumes, mas como prova de que a prerrogativa da Lei de Biossegurança no Brasil não está sendo cumprida.
      A liberação de mais de 20 variedades de soja, milho e algodão transgênico no Brasil se deu sob a condição de que todo agricultor que queira uma produção convencional ou orgânica terá esse direito assegurado.



      16 medidas podem dar ao mundo uma chance de limitar aquecimento global

      16 medidas podem dar ao mundo uma chance de limitar aquecimento global

      Reduzir fuligem e fumaça pode salvar vidas e frear o derretimento do Ártico e a subida do nível do mar

      22 de junho de 2011 | 11h 40



      New York Times - Earthjustice
      O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização Meteorológica Mundial afirmaram em 14 de junho que a implementação ampla de apenas 16 medidas para reduzir as emissões de carbono preto e ozônio (principalmente os precursores metano e dióxido de carbono) podem dar ao mundo uma chance de limitar a subida da temperatura mundial a 2 graus ou menos.
      Estas medidas comprovadas já são usadas em alguns lugares do mundo e beneficiariam imediatamente regiões cobertas por gelo e neve, como o Ártico e as geleiras de montanhas altas, do Himalaia aos Andes à Cordilheira das Cascatas.
      Ações imediatas e ambiciosas sobre o dióxido de carbono permanecem sendo a espinha dorsal de qualquer estratégia para limitar a mudança climática a longo prazo. Mas reduzir as emissões dos chamados poluentes de "vida curta", carbono preto e ozônio ao nível do solo, pode fornecer benefícios rápidos ao clima.
      Por quê? Porque eles ficam na atmosfera apenas dias ou meses, comparado a cem anos ou mais para o dióxido de carbono. E ao dar ao mundo tempo crítico para implementar reduções de dióxido de carbono, há mais espaço para adaptações às inevitáveis mudanças.
      Reduzir fumaça e fuligem também pode ajudar a evitar mudanças irreverssíveis para as quais estamos caminhado aceleradamente. Pensemos como um efeito dominó:
      - O derretimento acelerado da camada de gelo da Groenlândia,
      - Contribui para uma subida projetada em 1,5 metro no nível do mar até o fim do século,
      - Posteriormente os agressivos resultados climáticos, como a liberação de metano e dióxido de carbono à medida que o gelo permanente derrete,
      - O que acelera ainda mais o aquecimento global.
      Cortar esses poluentes do ar também garante grandes benefícios à saúde - estes são os poluentes tradicionais que causam asma e doenças do coração e matam milhões ao redor do mundo, um flagelo para cidades grandes como Los Angeles, Mumbai e a Cidade do México, com cobertores de poluição.
      A boa notícia é que algumas cidades e países ao redor do mundo já estão implementando essas 16 medidas, melhorando a saúde de seu povo enquanto ajudam a resfriar o planeta. Por exemplo, da Califórnia ao Chile e de Pequim a Berlim, programas bem-sucedidos estão em vigor para reduzir as emissões de carbono preto, ao obrigar veículos e máquinas a diesel a terem filtros de partículas. O problema é que o número de pessoas tomando estas medidas não é o bastante.

      Em muitos países em desenvolvimento, fogões tradicionais para fazer tijolos e cozinhar são importantes fontes de poluição do ar, incluindo carbono preto. Fornos aprimorados, um programa no México, mostraram que as emissões de partículas e poluição podem ser reduzidas em 80%.

      Fogões eficientes para cozinhar podem reduzir as emissões de carbono preto e o número das estimadas 1,9 milhão de mortes prematuras anualmente causadas pela poluição do ar dentro de casa, principalmente vinda de fogões tradicionais.

      Não apenas a tecnologia para reduzir dramaticamente a fumaça está disponível, mas ela pode gerar lucros. A Índia, a Indonésia e outros lugares estão capturando emissões de metano vindas das perfurações de petróleo e as utilizando como nova e lucrativa fonte de combustível.
      Minas de carvão na Alemanha, na China e na Índia estão capturando o metano (gás natural) e o usando para abastecer usinas.
      Aterros em todo mundo estão capturando o metano como fonte de combustível. Monterrey, no México, abastece seu metrô e luzes da cidade com biogás de aterro. Similarmente, cidades da Bolívia a Blue Lake, Minnesota, estão recuperando metano de estações de tratamento de água, usando-o para subsituir o gás natural em suas operações. A estação em Blue Lake estima que pode economizar mais de US$ 750 mil em energia a cada ano capturando o biogás da água. Mas é preciso mais.

      Reduzindo fuligem e fumaça, podemos não apenas salvar vidas, mas também resfriar o planeta e frear o derretimento do Ártico e a subida do nível do mar. Temos a tecnologia e os exemplos de implementação bem-sucedida nos EUA e no mundo. Precisamos agora de implementação bem mais ampla para obter estes benefícios, o que exigirá vontade política e recursos financeiros. A hora de agir é agora e o custa da inação é incalculável.

      * Erika Rosenthal é advogada de programas internacionais da Earthjustice. Escreveu um capítulo de um relatório recente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e da Organização Meteorológica Mundial sobre o papel do carbono preto e da fumaça nas mudanças climáticas.

      LIXO DA VIDA MODERNA

      http://www.mundofox.com.br/br/videos/misterios-da-terra/detritos-da-vida-moderna/24580862001/





      Mistérios da Terra |

      Em nossa luta para satisfazer as necessidades de mais de seis bilhões de pessoas – nove bilhões no final deste século – estamos produzindo e nos esforçando para eliminar uma quantidade impressionante de lixo. Os investigadores acreditam...
      (47:17)Visite o site

      Cautela: Campinas tem dois casos suspeitos de contaminação pela E.coli


      Campinas tem dois casos suspeitos de contaminação pela E.coli


      24/06/2011 - 18h36


      MARÍLIA ROCHA
      DE CAMPINAS

      A Secretaria de Saúde de Campinas (a 93 km de São Paulo) informou que há na cidade dois casos suspeitos de contaminação pela variante da bactéria E. Coli, que, desde maio, já infectou mais de 3.800 pessoas na Europa e causou 45 mortes, principalmente na Alemanha. No Brasil, estes são os primeiros casos suspeitos.

      França diz que surto de bactéria no país foi causado por carne

      Como a doença já foi registrada em 15 países e pode ser transmitida de pessoa a pessoa, o Ministério de Saúde enviou um alerta às unidades de saúde para que fiquem atentas aos casos suspeitos. Não há risco de surto no país, segundo o ministério.
      A Secretaria de Saúde informou que já eram esperadas notificações, uma vez que a circulação de pessoas é intensa. Os dois moradores da cidade estiveram na Alemanha recentemente. Ambos terão exames analisados pelo Instituto Adolfo Lutz.
      "Não há motivo de alarde, os pacientes estão bem e a verificação é apenas uma forma de evitar a transmissão no Brasil, o que não ocorreu até hoje", afirma o médico da Vigilância Epidemiológica de Campinas, André Ribas.
      As unidades de saúde estão atentas para casos de pessoas que apresentem diarreia com sangue, náuseas e dores abdominais e que tenham estado na Alemanha nos últimos 45 dias ou tenham tido contato com alguém que esteve lá e apresentou os mesmos sintomas.
      "Essas são situações muito frequentes. É grande o número de pessoas que podem estar na lista de suspeitos e não ter nada", disse Ribas. "De qualquer forma, é sempre importante procurar atendimento médico para evitar piorar o quadro."
      O Ministério da Saúde contraindica o uso de antibióticos ou antidiarreicos, que podem agravar a situação.
      A bactéria E. Coli é comum no organismo humano, mas sua variação mais agressiva pode causar problemas de saúde graves. Geralmente vegetais crus e produtos de origem animal sem cozimento oferecem mais possibilidade de transmissão.
      A principal forma de prevenção é o reforço de medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos e os alimentos, além de evitar comidas cruas em viagens.

      Jardinagem urbana ganha adeptos entre os alemães


      Jardinagem urbana ganha adeptos entre os alemães


      24/06/2011 - 11h57


      DA DEUTSCHE WELLE, NA ALEMANHA


      A moda da jardinagem urbana, a chamada "urban gardening", ganha cada vez mais força entre os alemães. Mensagem política, estilo de vida e busca pela natureza estão entre as possíveis causas do fenômeno.
      A chamada "urban gardening" (jardinagem urbana) é uma tendência da estação e um dos temas favoritos da mídia alemã. Onde não há asfalto, como ao redor de árvores à beira da estrada, os moradores plantam flores e grama --e sem pedir permissão. Outros cultivam vegetais em terrenos baldios e alguns donos de restaurantes colocam tantos vasos diante de seus estabelecimentos, que chegam a parecer floriculturas.
      Ainda não existe um termo em alemão para tal fenômeno, mas há tentativas de explicá-lo. Em 2011, saiu o primeiro livro sobre o tema: "Urban Gardening: über die Rückkehr der Gärten in die Stadt", editado por Christa Müller. O volume discute a resistência ao neoliberalismo e a busca por alternativas aos grandes supermercados. Mas quantas mensagens políticas escondem-se em uma cenoura ou em amores-perfeitos sob uma árvore de rua?



      ALEMANHA | 24.06.2011

      Por uma cidade mais verde: jardinagem urbana é tendência na Alemanha

       
























      A moda da jardinagem urbana, a chamada "urban gardening", ganha cada vez mais força entre os alemães. Mensagem política, estilo de vida e busca pela natureza estão entre as possíveis causas do fenômeno.

       
      A chamada "urban gardening" (jardinagem urbana) é tendência da estação e um dos temas prediletos da mídia alemã. Onde não há asfalto, como ao redor de árvores à beira da estrada, os moradores plantam flores e grama – e sem pedir permissão. Outros cultivam vegetais em terrenos baldios e alguns donos de restaurantes colocam tantos vasos diante de seus estabelecimentos, que chegam a parecer floriculturas.
       
      Ainda não existe um termo em alemão para tal fenômeno, mas há tentativas de explicá-lo. Em 2011, saiu o primeiro livro sobre o tema: Urban Gardening: über die Rückkehr der Gärten in die Stadt (Jardinagem urbana: sobre a volta dos jardins na cidade, em tradução livre), editado por Christa Müller. O volume discute a resistência ao neoliberalismo e a busca por alternativas aos grandes supermercados. Mas quantas mensagens políticas escondem-se em uma cenoura ou em amores-perfeitos sob uma árvore de rua?
       
      Para Bert Beitmann, especialista em jardinagem na Alemanha, a "urban gardening" é um estilo de vida e está ligada a dois fatores. "Os jovens buscam mais natureza e a utilizam como meio de comunicação." Segundo Beitmann, isso seria uma resposta a uma necessidade inconsciente. "Em nossa civilização, estamos submetidos a uma série de estímulos e, por isso, ficamos doentes com frequência. Os mais jovens são muito mais sensíveis a isso."
       
      Mas a busca pela natureza não é algo novo na Alemanha. Os românticos já escapavam para a natureza antes do Iluminismo, principalmente para as florestas. Durante o período Biedermeier, no século 19, a burguesia construía um muro no jardim, deixava rosas subirem nele, plantava arbustos ao lado de groselhas, colocava vasos de flores sobre o gramado e levava uma vida tranquila longe da política.
       



      Quadro típico do movimento 'Lebensreform': Ludwig Fahrenkrog, 'Die heilige Stunde', 1905


















      Quadro típico do movimento 'Lebensreform': Ludwig Fahrenkrog, 'Die heilige Stunde', 1905

      Há cem anos, o movimento "Lebensreform" (reforma da vida) exerceu grande influência sobre a burguesia alemã. Do ponto de vista dos reformadores, a industrialização da segunda metade do século 19 havia arruinado as cidades e as pessoas.
       
      Homeopatia, nudismo, ioga e comunidades rurais tornaram-se modernas. Ali começou o que também se vê no movimento da "urban gardening" atual, diz Beitmann. "Nosso individualismo moderno, nossa consciência corporal, nossa preocupação com a saúde e nossa compreensão ecológica sobre a natureza vêm dessa época."
       
      Neoburguês ou revolucionário?
       
      Sempre existiram jardins e até mesmo agricultura nas cidades, diz Stefanie Bock, do Instituto Alemão de Urbanismo, em Berlim. Mas, com o crescimento das cidades, grande parte dessas áreas desapareceu. Restaram as hortas urbanas, os chamados "Schrebergärten", pequenos lotes de terreno que remetem a um movimento político-social de 150 anos atrás. Naquele tempo, os habitantes das cidades deveriam garantir seu consumo de frutas e verduras em um jardim próprio.
       
      A "urban gardening" retoma essa tradição e a redefine. Até pouco tempo esses loteamentos eram vistos como um refúgio do conservadorismo, mas novas hortas urbanas vêm sendo construídas ao lado das antigas.
       
      Portanto, diversas tradições de jardinagem alemãs podem explicar a "urban gardening", porém, Bock ressalta que existe um ineditismo no fenômeno. "Os jardineiros urbanos estabelecem uma relação entre seus jardins e o desenvolvimento das cidades. Eles querem reaproximar a cidade da natureza e sentir-se parte dessa cidade", afirma.
       
      Típico de Berlim?
       



















      Ao observar a cena de Berlim mais de perto – a terra da "urban gardening" na Alemanha –, depara-se com a típica mistura entre criatividade e uso temporário de terrenos abandonados, que fez a fama internacional da Berlim pós-reunificação.
       
      "Pode ser que os jardins urbanos deem continuidade a uma cultura alternativa que existia em Berlim em clubes clandestinos e espaços livres após a reunificação", diz a pesquisadora de urbanismo Stefanie Bock.
       
      Apenas os protagonistas atuais são outros: pessoas jovens, com outras necessidades e outras experiências. Se em 1990 as pessoas se encontravam em clubes underground ilegais para se sentirem livres da opressão comercial, hoje se busca o bem-estar entre hortas e jardins.
       
      Um assunto para a política
       
      Ainda não existem estudos científicos sobre a "urban gardening", mas o interesse pela tendência é grande. O Instituto de Urbanismo organizou recentemente uma conferência para discutir o tema. O encontro previu que, em breve, o assunto seja também discutido pelas autoridades, para responder à pergunta: como lidar com a proliferação do verde no meio da cidade? Mas o especialista em jardinagem Bert Beitmann tem dúvidas sobre o tato que os políticos têm para o assunto.
       
      A jardinagem na Alemanha move-se entre dois polos. De um lado, domina o planejamento técnico-científico de espaços abertos. Paralelamente, há o marginalizado paisagismo tradicional, que trabalha num âmbito romântico-estético e emocional. "Não consigo imaginar que funcionários públicos possam se envolver sentimentalmente em qualquer atividade", diz Beitmann. Ele pleiteia que o paisagismo ganhe espaço novamente, pois talvez assim os parques e jardins públicos voltem a ser apreciados e a busca por outras áreas verdes diminua.
       
      Autor: Kay-Alexander Scholz (lf)
      Revisão: Carlos Albuquerque