sábado, 9 de novembro de 2013

Zona Verde (Parklet)

06/11/2013

Zona Verde (Parklet) Estaciona na X Bienal de Arquitetura de São Paulo


O Instituto Mobilidade Verde,  co-realização  do grupo Design Ok , Patrocínio Vitacon, apoio da Concresteel, Nomen , NeoRex,  Florestas Urbanas, X Bienal de Arquitetura, Gentilezas Urbanas do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo) e Summit  querem promover a segunda etapa do  diálogo com a sociedade brasileira sobre modos de fazer e usar a cidade,   e ainda  levantar questões acerca dos espaços públicos e o uso do solo por meio das “Zonas Verdes”.
As "Zonas Verdes” foram inspiradas nos "parklets" criados em São Francisco, nos Estados Unidos, e surgem como forma de converter o espaço de estacionamento de automóvel na via pública em área recreativa temporária. O objetivo central do projeto é estimular a discussão das cidades para as pessoas e o uso do solo com equidade.
Este conceito inclui instalar áreas de lazer e convívio entre as pessoas em espaços anteriormente ocupados por carros, bem como em áreas que podem ativar determinadas ruas, bairros ou cidades.
Pesquisa realizada com cerca de 1.000 usuários durante a primeira etapa, realizada durante o Design Weekend em Agosto de 2013 em dois endereços: Rua  Amauri – Itaim e Rua Maria Antônia na Vila Buarque – Centro de São Paulo revelou a importância do desenvolvimento de áreas permanentes para o pedestre. O projeto teve 100% de aceitação tanto para pedestres , quanto para motoristas.
A cidade de São Paulo possui 37 mil vagas de zonas azuis, sendo que 32 mil são destinadas exclusivamente para automóveis particulares sem prioridade, o número de automóveis registrados no Detran-SP superam a casa dos 7 milhões de unidades, atualmente cerca de 1.500 carros zeros são incorporados diariamente na frota circulante de São Paulo, ou seja, o número de vagas é insuficiente para atender uma demanda de automóveis  na cidade de São Paulo, o  que teoricamente poderia ser negativo para a intervenção, porém o resultado   mostrou-se bastante positivo na prática, os motoristas tem a exata noção de que mesmo que dobrasse  o número de estacionamentos, ainda assim eles seriam insuficientes para atender a demanda crescente de estacionamentos. O número de pessoas com respostas contra a criação de novos estacionamentos de carro é praticamente o mesmo entre motoristas e pedestres, 88% para  quem não tem carro e 77% de quem possui carro ( são contra a criação de mais estacionamentos zonas azuis). Apenas 5% de quem tem carro e 2% de quem não tem foram favoráveis  da ampliação dos estacionamentos de zonas azuis na cidade.  No entanto para  100%  das pessoas consultadas sobre  o uso de zonas azuis, foram favoráveis  para criação de “Zonas Verdes” permanentes  no espaço de dois automóveis, todos eles  consideraram Excelente ou Boa a iniciativa.
A pesquisa também identificou que na faixa ETÁRIA dos  26 a 31 anos, contem  o grupo com maior motorização ( 98% de proprietários de carro) , no entanto é o grupo que menos utiliza o carro, com cerca de 78% utilizando o carro apenas uma vez por semana e 22 % utilizando  2 ou mais vezes por semana. Isso demonstra que os mais jovens tem uma percepção diferente de cidade e faz o uso mais racional do carro.
2ª Etapa do Projeto
A segunda etapa do projeto visa estimular a ocupação do espaço pela comunidade do entorno, comércio, trabalhadores e moradores,  além do desenvolvimento de atividades que possam debater a importância da criação de áreas de refúgio para o pedestre, acessibilidade , mobiliário urbano que estimulem  o descanso,  leitura e  a interatividade.  O objetivo que possamos ter  informações  e debates suficientes para criação de políticas públicas que favoreçam a criação de espaços permanentes para o pedestres e infraestrutura para ciclistas na cidade
 Local: Rua Padre João Manuel, esquina com a av. Paulista
A partir do dia 8/11
Lançamento oficial : dia 11/11 as 10 h

Zonas Verdes em São Paulo
Em contraponto às áreas de Zona Azul – estacionamento rotativo pago, em áreas públicas –, estamos propondo para a cidade de São Paulo a criação das Zonas Verdes, que são pequenas áreas de lazer instaladas em espaços destinados ao estacionamento de carros e, assim, transformá-las em locais para os pedestres. Desta maneira, ruas e bairros ficarão mais humanos e amigáveis e se transformarão em locais de convívio e apreço do comércio local.

Com as Zonas Verdes, os promotores pretendem criar um canal de diálogo com a sociedade, a fim de debater questões ligadas à ocupação dos espaços públicos pelas pessoas e, dessa forma, transformar a cidade em um lugar melhor e mais gentil para a convivência de todos.

O projeto “Zonas Verdes a reinvenção do espaço público” tem os objetivos de:
1. Debater com a sociedade e  dialogar  com o poder público as condições dos espaços urbanos, seus modos de uso e ocupação;
2. Estimular o desenvolvimento de políticas públicas que permitam a  implantação permanente das Zonas Verdes, tornando as ruas mais seguras, equitativas e humanas;
3. Discutir amplamente o papel da cidade voltada para as pessoas e os pedestres, bem como o uso do solo com equidade; 
4. Aumentar o espaço público por pessoa na cidade, tornando ruas e  bairros mais humanos e amigáveis, ativando o convívio e o comércio local;
5. Discutir o espaço dos automóveis na cidade;
6. Estabelecer um canal de diálogo com a  sociedade para debater a forma de ocupação dos espaços e descobrir qual a maneira mais adequada de transformar a cidade em um espaço melhor, mais humano e gentil para todos.
Projeto Zonas Verdes  está organizada em três etapas:
A primeira  consistiu  na  apresentaçnao do projeto durante o Festival de Design DW!, evento de quatro dias onde os cidadãos puderam conhecer o conceito das Zonas Verdes e experimentar uma maior igualdade do espaço na cidade (pedestres X automóveis).
A segunda etapa será durante a 10ª Bienal de Arquitetura, ocasião em que a Zona Verde ficará montada durante um mês. Neste período, o grupo irá convidar a sociedade, os institutos e o poder público para debater questões relevantes sobre mobilidade urbana e a possível implantação das Zonas Verdes na cidade. Será apresentado um estudo desenvolvido pelo Instituto Mobilidade Verde com dados sobre o monitoramento das Zonas Verdes e a participação da sociedade. Este estudo será compartilhado com os cidadãos e o poder público da cidade de São Paulo.
O intuito do projeto é que a Prefeitura de São Paulo, após estas duas experiências, adote as Zonas Verdes como políticas públicas para a cidade, culminando assim na terceira etapa do projeto.
REALIZADORES DAS ZONAS VERDES
Instituto Mobilidade Verde: O Instituto Mobilidade Verde é uma ONG sem fins lucrativos que trabalha com a Mobilidade Urbana e a ocupação do solo como meio de desenvolvimento social, através de atividades  que ajudam a colocar as pessoas em contato com seu meio ambiente urbano e com a sua comunidade  com o objetivo de preencher as  lacunas sociais e geográficas, criando  espaços para as cidades  descobrirem-se.
Grupo Design Ok: Formado por alguns dos mais importantes e criativos designers brasileiros, o grupo design Ok nasceu em 2008 com o objetivo principal de fomentar o design autoral pelo desenvolvimento de ações que deem visibilidade ao trabalho de criação em design.  
Por Lincoln Paiva às 21h07