quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Macacos com febre amarela e os parques de São Paulo


Parques das Zonas Sul e Oeste da capital são fechados por medida de precaução e vacinação será intensificada


Decisão foi tomada após a morte de primatas no município de Itapecerica da Serra pelo vírus da Febre Amarela. Doença é transmitida por mosquitos.


A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) informa que, após a confirmação de 10 primatas mortos por Febre Amarela em Itapecerica da Serra (até 18/12/2017), na Grande São Paulo, por medida de precaução, 10 parques urbanos municipais serão fechados por tempo indeterminado. A metodologia utilizada se baseou nos distritos próximos a Itapecerica da Serra, como o Jd. Angela, Parelheiros, Capão Redondo, Jd. São Luis e Cotia, além das áreas de cobertura de vacinação. A pasta recomenda também que não se utilize as dependências do Parque Linear Parelheiros, Feitiço da Vila, Sapé e do Juliana de Carvalho Torres (COHAB Raposo Tavares).
Os parques lineares não possuem delimitação física, motivo pelo qual é feita a recomendação de não visitação.
Parques fechados a partir de 28/12:
Parque Santo Dias: Rua Jasmin da Beirada, 71 (Portão I) - Capão Redondo
Rua Arroio das Caneleiras, s/n (Portão II)
Parque Jd. Herculano: Estrada da Riviera, 2282 – Jd. Herculano
Parque M’Boi Mirim: Estrada do M’Boi Mirim, 7.100 – Jardim Ângela
Parque Guarapiranga: Estrada Guarapiranga, 575 – Parque Alves de Lima
Parque Cemucam: Rua Mesopotâmia, s/n (km 25 da Rodovia Raposo Tavares sentido Capital) - Jd. Passárgada – Cotia
Parque Raposo Tavares: Rua Telmo Coelho Filho, 200 - Jardim Olympia
Parque Juliana de Carvalho Torres (COHAB Raposo Tavares): Travessa Córrego da independência – Cohab Raposo Tavares
Parque Linear Feitiço da Vila: Rua Feitiço da Vila, Rua Cortegaça e Rua Moenda
Parque Linear Parelheiros: Estrada da Colônia; Rua Teresinha do Prado Oliveira; José Pedro de Borba
Parque Linear Sapé: Rodovia Raposo Tavares até Avenida Engenheiro Politécnico
Parques fechados desde o dia 24/10:
Parque Anhanguera: Av. Fortunata Tadiello Natucci - 1000, Perus
Parque Cidade de Toronto: Avenida Cardeal Motta, 84 - Pirituba
Parque Jacintho Alberto: Rua Talófitos, 16 - Pirituba
Parque Jardim Felicidade: Rua Laudelino Vieira de Campos, 265
Parque Linear Canivete: Av. Dep. Cantídio Sampaio e Av. Hugo Ítalo Merigo – Jardim Damasceno
Parque Linear Córrego do Bispo (em implantação): Av. Gal. Penha Brasil, esquina com rua Gervásio Leite Rebelo, ao longo do Córrego do Bispo - Jardim Peri
Parque Lions Clube Tucuruvi: Rua Alcindo Bueno de Assis, altura do nº 500
Parque Pinheirinho D’Água: Estrada de Taipas, s/nº - Jaraguá
Parque Rodrigo de Gásperi: Avenida Miguel de Castro, 321 – Vila Zati
Parque São Domingos: Rua Pedro Sernagiotti, 125
Parque Sena: Rua Sena, 349 – Palmas do Tremembé
Parque Senhor do Vale: Rua Blas Parera, 487
Parque Tenente Brigadeiro Faria Lima: Rua Heróis da Feb, 322 – Parque Novo Mundo

Vacinação preventiva na Zona Oeste
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo incluiu mais um distrito administrativo na campanha de vacinação contra a febre amarela. Desde esta terça-feira (26), os moradores do distrito Raposo Tavares, na zona Oeste da capital, já podem tomar a vacina contra a doença em ao menos três postos: AMA/UBS Integrada Jardim São Jorge, AMA/UBS Integrada Paulo VI e UBS Jardim Boa Vista. O horário de atendimento é das 7h às 19h, de segunda a sábado, nos postos do Jardim São Jorge (Rua Ângelo Aparecido dos Santos Dias, 331) e Paulo VI (Avenida Vaticano 69 ) e de segunda a sexta no Jardim Boa Vista (Rua Candido Fontoura 620). A meta da secretaria é imunizar 70 mil moradores da região durante a ação preventiva.
É importante esclarecer que, assim como na zona Sul, cuja vacinação contra a febre amarela teve início na última quinta-feira (21) em quatro bairros, também não houve epizootia confirmada nos bairros da zona Oeste e, por isso, a ação nessas regiões se trata de medida cautelar.
Vacinação Zona Sul
Na zona Sul, a ação preventiva tem como foco os distritos de Jardim Ângela, Parelheiros, Marsilac e parte do Capão Redondo (apenas na área de abrangência da UBS Luar do Sertão), devido à proximidade com o município de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, onde foram confirmados 10 macacos com febre amarela a aproximadamente 4,5 km da divisa com São Paulo. Até terça (26), foram vacinadas 68.221 pessoas nos postos da zona Sul que integram a campanha preventiva. Ao todo são 38 postos de vacinação com funcionamento de segunda a sexta-feira.
Veja lista abaixo e no link: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/vigilancia_em_saude/Unidades%20para%20acao%20de%20vacinacao%20CRS%20SUL_20_12_alterado.pdf. A meta da SMS é vacinar 500 mil pessoas neste trecho da zona Sul da capital.
Ação Zona Norte
Além disso, a pasta segue com a ação na zona Norte, que começou em 21 de outubro e aplicou 1.102.106 doses até a última quarta-feira (19). A região conta hoje com 90 Unidades Básicas de Saúde (UBS) com aplicação de vacina contra a febre amarela. A lista com os locais e seus respectivos horários de atendimento pode ser conferida no link:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/CRS%20NORTE_14.pdf
A Secretaria Municipal da Saúde esclarece que não há confirmação de caso humano de febre amarela silvestre ou urbana, adquirido no município de São Paulo.
Macacos não transmitem a febre amarela
Assim como as pessoas, os primatas são vítimas dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, encontrados na zona de mata e que costumam circular em copas de árvores, local de repouso preferido dos primatas. Quando eles são infectados e chegam a morrer, indica que existe a circulação do vírus no local.
“O ataque do mosquito à fauna é um alerta para podermos conter o avanço da doença e evitar que ela chegue ao ser humano. Os primatas atingidos são apenas vítimas da doença, pois não a transmitem ao homem. Pedimos que a população nos informe a presença de animais doentes ou mortos e jamais matem nossos animais!”, afirmou Juliana Summa, diretora da Divisão de Fauna Silvestre da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
Os primatas da cidade estão sendo monitorados e notificados pela Divisão de Fauna Silvestre (DEPAVE-3), da Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA), responsável pela saúde dos animais silvestres do município. O órgão também monitora o estado de saúde dos animais entregues ao Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS). Lá, eles são submetidos a exame clínico e coleta para sorologia de Febre Amarela. Esse material é enviado ao Instituto Adolfo Lutz.
Uma vez encontrados animais nessas condições em determinada região, a Prefeitura deve tomar alguns cuidados preventivos. Os órgãos competentes de saúde do município e do estado desenvolvem ações específicas, como vacinação da população local e combate à proliferação dos mosquitos transmissores.

Assessoria de Imprensa
5187-0387

Futuro da construção sustentável no Brasil: Impressora 3D





3 indícios que o uso da impressora 3D na construção civil brasileira é iminente



As coisas mudam com o tempo. Essa frase sintetiza uma verdade atemporal, afinal não se projeta hoje da mesma forma com que era realizado a 20 anos, e tampouco se tem o mesmo conceito de telefone celular que se tinha na última década. E esta evolução é constante. Falei sobre essas eras tecnológica em outro artigo, que indico a leitura, caso você ainda não tenha lido.
Uma das vertentes dessa nova era tecnológica, a impressão 3D na construção civil, está em evolução acelerada no mundo, conforme vimos em nosso artigo mais recente. Hoje quero segmentar esta visão para a realidade da impressora 3D na construção civil brasileira, abordando sua realidade e alguns sinais que demonstram que esse cenário está mais próximo que pensamos.

A impressora 3D na construção civil brasileira – Cenário atual

É possível dizer que a impressora 3D ainda está em sua fase embrionária, com um imensurável potencial de crescimento. Atualmente, seu uso está voltado apenas para prototipagem, seja ela de maquetes arquitetônicas ou estruturais.
Utilizar modelos em escala reduzida para avaliação e apresentação é uma alternativa para trazer parâmetros do conceito BIM em projetos, principalmente no que se refere às variáveis tempo e planejamento de logística do canteiro de obras, uma vez que protótipos tridimensionais permitem uma melhor visualização da volumetria e organização espacial dos elementos.
Imagem: Estrutura impressão 3D no Eberick

Nesse sentido, é possível dizer que o uso de protótipos em escala reduzida auxiliaria também a equipe de execução da obra, que utilizam apenas plantas em 2D para orientação, uma vez que essa equipe raramente tem acesso aos arquivos eletrônicos em BIM utilizados nos projetos.
O uso de maquetes, bastante comum para ilustrar qualquer empreendimento, tinha como desvantagem seu custo e tempo de produções elevadas. No entanto,o advento da impressora 3D para impressão de maquetes facilita que o uso das miniaturas dos empreendimentos voltem a ser utilizadas para ilustração e apresentação dos projetos.
A impressão tridimensional de protótipos e maquetes 3D também é utilizada como material didático em algumas faculdades e cursos de modelagem voltados para construção civil. É bastante útil pois permite uma visualização palpável de todas as características geométricas, de desafio frequentemente que nos deparamos em execuções, como interferências e incompatibilidades e de ferramentas didáticas interativas para entendimento de modelos estruturais.
Mas chega de falar sobre o que está sendo feito e vamos ao indícios que o uso da impressora 3D na construção civil brasileira está bem próximo.

1. A filosofia da mente enxuta ou Lean Thinking

Você já deve ter ouvido falar nesse termo, baseado no sistema Toyota de produção, que visa, entre outros pontos, eliminar qualquer elemento que não agregue valor ao produto, acabando com os desperdícios e resultando no melhor aproveitamento dos recursos e processos. Se ainda não ouviu, certamente ouvirá em breve.
Essa é uma doutrina amplamente difundida entre as grandes empresas e gestores de construção civil e serve como sistema bastante eficaz de organização e aumento de produtividade. Seu principal apelo é a capacidade de produzir uma crescente e variada gama de produtos, utilizando a metade do esforço da equipe de produção e do investimento financeiro, a partir de um projeto enxuto e bem planejado.
Entre os princípios da “Lean Construction” ou construção enxuta, apresentados por Lauri Koskela, está por exemplo, o princípio de simplificar os processos através da redução de número de passos ou partes, o que é facilmente atendido se o uso da impressora 3D na construção civil brasileira for semelhante ao mundial, com impressoras imprimindo casas inteiras, em larga escala, padronizadas e em um tempo menor se comparada a ação humana.
Imagem: Lean Construction

Isto porque entre os principais apelos da impressora 3D está o de redução de desperdício – impressoras 3D utilizam até 90% do material – e também o ganho de produtividade, uma vez que dispensa a mão de obra na execução daquela determinada tarefa, permitindo que o funcionário trabalhe em outras frentes de produção.
A filosofia já está instaurada nas construtoras, o mercado pede obras mais rápidas, limpas e econômicas. É questão de tempo até que as empresas utilizem impressoras 3D na execução.

2. O Brasil já tem startups para desenvolvimento de impressoras 3D e aplicativos de impressão tridimensional

Se engana quem pensa que é necessário importar tecnologia para ter acesso às impressoras 3D. Em Curitiba, engenheiros atentos a um mercado bilionário que ainda é incipiente no Brasil desenvolveram impressoras tridimensionais com tecnologia nacional, apostando na relação custo-benefício para ganhar espaço no mercado.
Há também startups desenvolvedoras de impressoras tridimensionais específicas para a construção civil. Em 2016, estudantes de engenharia da Universidade de Brasília com o apoio de Senai, CBIC, ABCP e SindusCon-DF, apresentaram uma impressora tridimensional que utiliza um concreto específico como material de impressão.
Já no desenvolvimento de aplicativos, o QiSat, o canal de cursos aplicados a projetos de engenharia e arquitetura, desenvolveu em conjunto com a Fundação de apoio à pesquisa científica e tecnológica do estado de Santa Catarina (FAPESC), um aplicativo que segmenta a impressão de acordo com o volume do modelo e o porte da impressora disponível e corrige automaticamente a volumetria das peças, de forma simples, intuitiva e sem necessidade de acesso à internet. O aplicativo está em fase de testes e até o momento, não há tecnologia semelhante aplicada a construção civil.

3. Pressão internacional para o uso da impressão 3D na construção civil

Os demais países estão mais adiantados quanto ao uso das impressoras 3D na construção civil, e essa realidade influenciará no mercado nacional da construção. Como eu citei no primeiro indício, o conceito da construção enxuta já é presente na política de trabalho das construtoras e é questão de tempo ocorrer a importação das impressoras tridimensionais que imprimem casas para o mercado da construção civil brasileira, principalmente como diferencial.
Todo o conceito de inovação agregado ao uso de impressoras 3D acarreta em um marketing de tecnologia de ponta de quem usa. Em um mercado tão acirrado, quanto vale ser reconhecido por ser pioneiro e liderar uma mudança?
Se todos os indícios levantados não forem suficientes, há um quarto sinal que o uso da impressora 3D na construção civil brasileira está muito próximo. Sistemas específicos para cálculo estrutural, como o AltoQi Eberick já possuem recursos de exportação de arquivos para impressão em escala reduzida. E muitos profissionais já estão utilizando este recurso, como vemos abaixo:
Imagem: Impressão 3D. Você pode ver este e outros empreendimentos na galeria de projetos AltoQi
Vimos então que o uso da impressora 3D na construção civil brasileira já está acontecendo, e uma evolução na forma de construir é iminente. Quer estar preparado para este novo cenário? No próximo artigo vou abordar sobre como escolher um curso de impressão 3D para construção civil.




Impressão 3D: aprimore seus conhecimentos neste curso gratuito


Nos últimos artigos, escrevi sobres as constantes evoluções tecnológicas e seus impactos na construção civil, refletindo sobre os possíveis próximos passos da evolução, principalmente na forma que realizamos as execuções de projetos atualmente.  Nesse cenário iminente, as impressoras tridimensionais são protagonistas, o que reforça a necessidade de estudo para compreendermos o funcionamento desta tecnologia.
Por isso, quero compartilhar com vocês um curso gratuito do QiSat, justamente sobre impressão 3D voltada para construção civil, apresentando o que é esta tecnologia presente no mercado, mostrando seu surgimento e, principalmente, porque ela é uma realidade atualmente. Aborda ainda os diferentes tipos de tecnologias empregadas e suas mais diversas aplicações.
O grande benefício do curso é apresentar esta nova tecnologia aos profissionais e desmistificar a idéia de que impressão 3D é uma tecnologia distante da nossa realidade, mas, pelo contrário, já pode ser muito bem explorada por profissionais desta área
O curso é online, possibilitando que você acesse as aulas de qualquer horário e de qualquer lugar com acesso a internet. Não perca mais tempo, clique no botão abaixo e faça agora mesmo sua inscrição.

Casa é feita com impressora 3D em 24 horas (por R$ 32 mil)

Muito concreto e uma impressora móvel (e grande) ergueram o imóvel de 37m²
Fonte: http://gq.globo.com/Prazeres/Design/noticia/2017/03/casa-e-feita-com-impressora-3d-em-24-horas-por-r-32-mil.html

Mesmo sabendo que já imprimimos quase tudo em 3D, ainda dá para ficarmos impressionados com essa casa, feita do zero aos 100% em apenas 24 horas.
Localizado na Rússia, o imóvel de 37 metros quadrados foi construído em apenas um dia, a um custo de pouco mais de US$ 10 mil (ou cerca de R$ 32 mil).
A responsável pela construção foi a empresa de impressão 3D Apis Cor. Os principais componentes da casa, incluindo as paredes, divisórias e o telhado do edifício, foram impressos apenas com uma mistura de concreto.