quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

15 parques-modelos para início das concessões em São Paulo


Doria define 15 parques-modelos para início das concessões em São Paulo




GIBA BERGAMIM JR. E RODRIGO RUSSO, DE SÃO PAULO, E EDUARDO SCOLESE, EDITOR DE "COTIDIANO" - FOLHA DE S. PAULO
A equipe do prefeito João Doria (PSDB) escolheu 15 parques como passo inicial para o processo de concessão dessas áreas à iniciativa privada.
Chamados de "parques-âncora", eles têm um perfil adequado para exploração comercial, com possibilidade de dar lucro a empresas e zerar os custos à administração na manutenção desses espaços.
Para operar nessas áreas verdes mais rentáveis, porém, a companhia vencedora da concessão teria de assumir também unidades com menor público e estrutura, segundo ideia estudada pela futura gestão. Seria uma espécie de "adoção" de unidades menores na periferia, que seriam pouco atrativas isoladamente dentro de uma concessão.
A concessão é parte de um processo de desestatização de uma série de serviços públicos previstos por Doria durante a campanha eleitoral.
De acordo com orçamento de 2016, são necessários R$ 70 milhões anuais para a manutenção, conservação e operação dos 109 parques da cidade (urbanos e lineares).
Os empresários que ganharem poderão, por exemplo, operar sistemas de estacionamento ou áreas de alimentação, como quiosques de lanches e restaurantes.
Além disso, a equipe de transição tucana estuda alterar regras atuais que impedem certos tipos de eventos dentro desses parques.
Uma ideia, por exemplo, é liberar os concessionários a promover feiras gastronômicas ou de venda de livros dentro desses espaços.
ALVO DE ESTUDOS
O mapeamento inicial da equipe inclui três parques-modelos na região central, quatro na zona oeste, quatro na sul, dois na leste e dois na norte (veja lista abaixo). Outras 80 unidades são alvo de estudos para concessão.
A análise leva em consideração a atratividade dessas áreas verdes para o mercado abraçar a ideia com a certeza de que haverá lucratividade para assumir a manutenção do parque de forma integral.
Segundo a equipe de Doria, as normas de hoje inviabilizam a exploração e precisarão ser alteradas. Atualmente, atividades de exploração econômica não são permitidas dentro de parques públicos.
Se houver mudanças nas regras, será possível promover, por exemplo, feiras temáticas em que os expositores paguem uma espécie de aluguel pelo uso do espaço para vender seus produtos. Somente eventos compatíveis com as características do parque seriam liberados –feiras de produtos orgânicos, por exemplo.
Na visão da equipe de Desestatização e Parcerias, parte da receita obtida por meio da exploração de eventos teria que ser obrigatoriamente revertida para o parque.
Atualmente, pouquíssimos parques municipais permitem vendas de produtos. Com quiosques de venda de salgadinhos e água de coco, o Ibirapuera é um deles.
O estudo sobre o modelo de concessão será analisado até o início da futura gestão. Um dos pontos polêmicos é a exploração de estacionamentos.
Neste caso, a equipe já analisa travas nos preços da hora de estacionamento para não se tornar onerosa demais para os visitantes.
MANUTENÇÃO
A reportagem esteve em três parques municipais nesta segunda-feira (12) considerados pouco atrativos à concessão e constatou que eles estavam limpos, mas com problemas de manutenção em alguns equipamentos de lazer.
Rico em espécies de árvore, limpo e com pista de caminhada, o parque Tenente Roberto Faria Lima, no Parque Novo Mundo (zona norte), tinha, no entanto, traves tortas e redes rasgadas na quadra poliesportiva.
Na mesma zona norte, as quadras do parque Vila Guilherme tinham somente as tabelas de basquete –estavam sem os aros.
Colaborou KARIME XAVIER
Parques-âncora
Locais que serão concedidos à iniciativa privada
REGIÃO CENTRAL
Luz
Trianon
Buenos Aires
ZONA OESTE
Chácara do Jockey
Parque do Pôr do Sol
Alfredo Volpi
Burle Marx
ZONA SUL
Ibirapuera
Parque do Povo
Independência
Aclimação
ZONA NORTE
Cidade de Toronto
Anhanguera
ZONA LESTE
Parque do Carmo
Piqueri
Matéria publicada na Folha de S. Paulo.
 

Valoração de Áreas Ambientais





Valoração de Área Ambiental Como atribuir valor a uma área através da importância de seus Fatores Ambientais Esta cartilha propõe um método de valoração dos aspectos ambientais de uma área, objetivando obter sinergia para o desenvolvimento de uma norma de valoração de área ambiental. “Valoração de Área Ambiental” é uma publicação técnica da Câmara Ambiental do IBAPE/SP, com patrocínio do CAU SP – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo.