domingo, 8 de março de 2015

Estudo realizado em diversas florestas tropicais pelo mundo identificou que o excesso de CO2 na atmosfera não aumenta o crescimento das árvores, como era suposto

http://www.ecycle.com.br/component/content/article/38-no-mundo/3015-estudo-aponta-que-excesso-de-co2-nao-promove-maior-crescimento-das-arvores-como-se-pensava.html

Estudo realizado em diversas florestas tropicais pelo mundo identificou que o excesso de CO2 na atmosfera não aumenta o crescimento das árvores, como era suposto

A quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera cresceu muito nos últimos séculos. Nos últimos 150 anos houve um aumento de 35% de sua concentração na nossa atmosfera. Com isso, era esperado que as árvores que utilizam o CO2 como fonte de energia, removendo-o da atmosfera, tivessem um aumento em seu crescimento por terem maior quantidade disponível desse nutriente. Porém, o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera não faz as árvores das florestas tropicais crescerem mais rápido, pelo menos é o que dizem pesquisadores em um recente estudo publicado na Nature Geoscience, em que foram analisadas quase 1,1 mil árvores em países como Bolívia, Tailândia e Camarões.
Os resultados contradizem estudos anteriores que investigaram árvores presentes em regiões de florestas tropicais. De acordo com o levantamento, o que pode acontecer é um aumento da densidade das florestas, ou seja, não ocorre um crescimento mais rápido nas árvores, e sim um aumento de seu número.
Para o pesquisador Peter van der Sleen da Wageningen University, o resultado foi bastante surpreendente. Após estudar 1109 árvores de 12 espécies e não encontrar evidências de um aumento de seu crescimento, gerou-se a questão: será que as florestas tropicais realmente retiram o dióxido de carbono da atmosfera?
No estudo foi identificado, com a ajuda de uma rede de torres com 50 metros de altura que mediam as concentrações de CO2 na atmosfera acima das árvores, que o dióxido de carbono era retirado do ar pelas florestas, gerando a dúvida de onde ele ia parar. Alguns estudos conhecidos como inventários de florestas podem ter as respostas para essa questão. Também foi identificado que, nas últimas décadas, a densidade de árvores aumentou, ou seja, surgiram mais árvores no mesmo local, aumentando o consumo de CO2 na floresta.
Ainda resta a dúvida de por que as árvores mais velhas não têm um aumento em suas taxas de crescimento. Novos experimentos estão previstos para serem realizados no Brasil e investigarão o que realmente ocorre no consumo de CO2 nas florestas.
Veja também: