sábado, 10 de janeiro de 2015

Descubra o que é a poluição radioativa

Descubra o que é a poluição radioativa e como ela pode trazer sérios danos para a saúde e para o meio ambiente


A poluição radioativa (ou nuclear) é considerada por muitos estudiosos do ramo como o tipo mais perigoso de poluição. Ela é proveniente da radiação, que é um efeito químico derivado de ondas de energia (sejam elas de calor, de luz ou de outras formas). A radiação existe naturalmente no meio ambiente, porém, devido a ações do homem, ela vem sendo liberada em excesso, causando mutações em diversas espécies de seres vivos (em humanos, por exemplo, podem originar câncer). Ainda não há formas efetivas para descontaminar uma área afetada por poluição radioativa - quando o local é contaminado, costuma ser isolado. Além disso, os átomos radioativos têm uma durabilidade bem longa - o plutônio, por exemplo apresenta como tempo de meia vida cerca de 24,3 mil anos.
Desde a descoberta da fissão nuclear (quebra do núcleo de um átomo instável, liberando calor), em 1938, diversos estudos ocorreram na ciência da radioatividade gerando tecnologias para seu uso. Algumas delas que são presentes na nossa sociedade são:
• Uso na medicina

Realização de exames, como radiografias (com raios x), radioterapia e esterilização de materiais médicos.

• Produção de alimentos e agricultura

Conservação de alimentos e eliminação de insetos e de bactérias.

• Geração de energia nuclear

Geração de energia elétrica a partir de reações nucleares de núcleos atômicos.

• Uso bélico

Produção de bombas nucleares.

Mesmo tendo aplicações positivas, a periculosidade dessa tecnologia é preocupante. Todos os seus usos devem ser extremamente controladas para não causarem danos. Porém, em casos de acidentes, como o ocorrido na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, os danos são imensuráveis. Nesse acidente, após um reator sofrer uma explosão de vapor, ocorreu um derretimento nuclear, causando a contaminação da área a partir da liberação de uma quantidade letal de material radioativo, que contaminou uma grande área da região atmosférica. Foi estimado que a liberação desse material radioativo era cerca de 400 vezes maior ao que havia nas bombas de Hiroshima e Nagasaki. Esse acidente causou um enorme prejuízo, calculado em US$ 18 bilhões, além de proporcionar a contaminação da população e consequente abandono da região contaminada. Mais recentemente, o acidente de Fukushima, no Japão, contaminou a região e causou diversos danos, que certamente serão sentidos no futuro.

Tipos de radiação

A contaminação humana ou animal por radiação pode se dar de forma interna ou de forma externa. A interna ocorre quando o material radioativo entra no organismo, de modo que átomos radioativos se incorporam a ele - isso ocorre a partir da ingestão de alimentos contendo substâncias radioativas, por inalação ou via cortes. A contaminação externa ocorre a partir da exposição a uma fonte de radiação que está no ambiente. Vamos a elas:
• Radiação cósmica
Radiação proveniente do espaço, como a produzida pelo sol. A radiação ultravioleta (UV) emitida pela estrela citada passa pela nossa atmosfera e, com a degradação da camada de ozônio, pode causar câncer de pele em muitos indivíduos, por exemplo.


• Raios x
São produzidos artificialmente a partir de um feixe de elétrons em um metal (geralmente o tungstênio), que libera energia em forma de raios x. Esse tipo de radiação possui um grande potencial de penetração. O uso do raio x tem sido de grande importância para a medicina na realização de diagnósticos. Eles são absorvidos pelos osso enquanto passam facilmente pelos tecidos. Em intensidade não controlada, pode causar danos sérios, como câncer.



• Radiação Gama (γ)
É uma onda eletromagnética (assim como a luz) emitida a partir de um núcleo instável e que costuma liberar partículas beta ao mesmo tempo. É altamente penetrante e pode causar sérios danos aos órgãos internos (sem inalação ou ingestão).

• Radiação Alpha (α)
É uma partícula formada por um átomo de hélio com carga positiva. Seu alcance no ar é pequeno (1-2 cm), porém, sua inalação ou digestão podem causar danos aos tecidos e órgãos internos.

• Radiação Beta (β)

É um elétron (carga negativa) emitido por um núcleo instável. Essas partículas são menores que as alpha e podem penetrar mais profundamente em materiais ou tecidos. Podem ser perigosas se ingeridas ou inaladas e causam queimaduras na pele em exposição elevada.

• Radiação de nêutrons (n)
É um nêutron emitido por um núcleo instável - ocorre principalmente em reações no reator nuclear. A radiação de nêutrons é bastante penetrante e libera, ao mesmo tempo, partículas beta e gama.

Energia nuclear

A energia nuclear é gerada a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido. O reator utiliza o urânio como combustível, e o calor é gerado pela fissão nuclear em que nêutrons colidem com o núcleo, que o divide ao meio, liberando uma grande quantidade de calor. Dióxido de carbono ou água são bombeados para o reator, gerando vapor da água aquecida, que alimenta turbinas e gera energia.
Atualmente, os Estados Unidos lideram a produção de energia nuclear. Vários países da Europa fazem uso dessa fonte de energia, como a França, que possui 59 usinas (responsáveis por cerca de 80% da eletricidade do país).
No Brasil, a implantação do Programa Nuclear Brasileiro começou no fim da década de 1960. O país possui a central nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada no município de Angra dos Reis (RJ), constituída por três unidades (Angra 1, Angra 2 e Angra 3), sendo que apenas a unidade Angra 2 está em funcionamento.
Apesar da polêmica envolvendo essa tecnologia e do receio da população, a energia nuclear apresenta aspectos positivos, como o fato de haver grandes reservas de matérias-primas disponíveis, proporcionar menor impacto ambiental (isso num primeiro momento, caso os resíduos sejam armazenados corretamente e não haja catástrofes), e não contribuir de forma considerável para o desequilíbrio do efeito estufa. Os aspectos negativos são o alto custo dessa tecnologia, o risco de seu uso para construção de armas nucleares, a possibilidade de acidentes e o descarte dos resíduos radioativos, que deve ser feita de forma extremamente segura.

Fontes de poluição radioativa

Fontes naturais de poluição radioativa

• Minerais radioativos presentes na natureza (presentes no solo, na litosfera e em minas);
• Radiação por raios cósmicos;

Fontes antropogênicas (causadas pelo homem) de poluição radioativa

• Aplicações médicas: radiações, como raios x e raios gama, usados em tratamentos e exames médicos;
• Testes nucleares: explosões de testes nucleares, especialmente quando são realizadas na atmosfera são a maior causa de poluição radioativa. Esses testes são responsáveis pelo aumento dos níveis de radiação no mundo. Durante um teste nuclear na atmosfera, um grande número de radionuclídeos são soltos na atmosfera. Essa poeira radioativa é suspensa no ar, a uma altura de 6 km a 7 km acima da superfície da terra e então é dispersada pelo vento para longas distâncias. Esses radionuclídeos se misturam com a água da chuva, que acaba em nosso solo e água, podendo contaminar alimentos;
• Reatores nucleares: radiação que pode escapar dos reatores nucleares e outras instalações nucleares;
• Acidentes nucleares: acidentes em instalações nucleares que podem liberar quantidades alarmantes de poluição nuclear, causando danos imensuráveis;

A exposição a qualquer tipo de radiação ionizante (partículas alpha e beta, raios x e raios gama) de forma não controlada pode causar sérios danos e até mesmo ser letal. Há danos genéticos, que proporcionam alterações em genes e cromossomos, levando a deformações e mutações; ou não genéticos (danos ao corpo), que causam queimaduras, tumores, câncer de órgãos, leucemia e problemas de fertilidade. O dano causado pela radiação irá depender do tempo de exposição, da intensidade da radiação, do tipo da radiação (poder de penetração) e se a radiação é emitida de externamente ou internamente com relação ao corpo afetado.

Prevenção, controle e segurança

Diversas medidas de segurança e prevenção são adotadas a fim de diminuir os efeitos negativos da radiação e prevenir acidentes como o de Chernobyl. Existem diversas normas internacionais e órgãos reguladores com a responsabilidade de garantir a segurança na operação de reatores nucleares para geração de energia. O treinamento correto dos profissionais que atuam na usina, a segurança do local, a contenção do material radioativo e procedimentos de emergência são fundamentais em cada instalação.
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) promove o uso pacífico para a energia nuclear e desencoraja o seu uso militar, atuando juntamente com a ONU.
A destinação do lixo atômico é outra questão fundamental para a utilização dessa fonte de energia. Sua disposição final deve se dar em instalações para armazenamento de longo prazo ou definitivo, devido ao grande tempo necessário para que o material radioativo se torne inofensivo.
Veja também:


MMA e PNUMA divulgam dicas para ter uma viagem mais sustentável


http://www.itu.com.br/sustentabilidade/noticia/mma-e-pnuma-divulgam-dicas-para-ter-uma-viagem-mais-sustentavel-20150106Publicado: Terça-feira, 6 de janeiro de 2015 por Jéssica Ferrari
Veja como desfrutar dos destinos naturais de forma consciente
Com a chegada das férias de verão, os brasileiros costumam procurar destinos de praia e sol. Neste período, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) alerta para a importância de desfrutar dos destinos naturais de forma consciente.
As dicas vão além do turismo: estimulam um comportamento que respeita o meio ambiente, favorece a economia local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades.
A pesquisa mensal Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, do Ministério do Turismo (MTur), divulgada em dezembro, aponta que oito em cada dez entrevistados que pretendem viajar planejam visitar destinos brasileiros nos próximos seis meses. Quase metade deles (46%) indica a região Nordeste como local favorito. Região que se destaca pela diversidade de praias e áreas verdes.

Em parceria com o projeto Passaporte Verde, iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o MMA dá algumas sugestões de como fazer uma viagem consciente e ajudar a preservar esses destinos, mesmo neste período de visitação intensa. Confira:


1. Antes de viajar

Antes mesmo de viajar, a dica é procurar saber mais sobre o destino interessado e buscar roteiros que permitam conhecer a cultura e as belezas naturais e vivenciar o ritmo local. Em casa, desligue tudo da tomada antes de partir: cafeteiras, computadores, celulares, secadores de cabelo e outros equipamentos eletrônicos ligados na tomada, mesmo em estado de "stand by", continuam consumindo energia.
Outra dica é montar uma mala inteligente: levar roupas que combinem entre si e dar preferência àquelas que não precisam ser passadas, assim a quantidade de malas é reduzida e o consumo de energia também.

2. Local ideal
Prefira hotéis que fiquem próximos aos locais que deseja conhecer. Assim você economiza em transporte e diminui a emissão de poluentes. Tente não levar de casa nada que possa comprar no local em que visitará. Isso contribui com a geração de empregos, aumenta a renda dos moradores e valoriza os talentos locais.
Cada turista consome quase três vezes mais água do que a média dos residentes. 60% de consumo de água nos hotéis são ligados à hospedagem. Peça para trocar toalhas e enxoval no hotel se for realmente necessário, pois essa medida simples já economiza uma quantidade boa de água.

3. Limpeza
O primeiro cuidado está em recolher o lixo que é gerado durante o passeio. Se não tiver lixeiras por perto, o ideal é guardar os restos em uma sacola que pode ser usada como lixinho. É preciso ter cuidado para que as sacolas não voem, pois elas podem ser ingeridas pela fauna local, seja na praia, na floresta ou, até mesmo, na cidade. Outra sugestão é usar sacolas retornáveis.
Um alerta é para não queimar nem enterrar o lixo produzido, trazendo-o de volta. Lixo na praia, além de poluir, pode machucar alguém ou prejudicar algum animal. Outra sugestão é levar uma garrafa reutilizável, evitando comprar garrafinhas de água, que geram mais resíduos.

4. Escolhas saudáveis
Opte por restaurantes que possuem práticas sustentáveis como medidas para reduzir o desperdício de alimentos, que ofereçam pratos preparados com produtos locais e sazonais. Outra dica é fazer o prato evitando desperdícios de alimentos. Desfrute do local: aproveite as frutas da estação, pois são mais gostosas e têm o melhor preço. Também experimente sucos das frutas típicas da região.
Algumas cidades brasileiras já têm sistema de aluguel de bicicleta. Também aproveite o transporte coletivo para vivenciar mais a cidade. As escolhas feitas pelos turistas influenciam diretamente a sustentabilidade de seu destino.

Bicicletas compartilhadas conquistam Brasília

http://www.ecobrasilia.com.br/2015/01/02/bicicletas-compartilhadas-conquistam-brasilia/



bikebrasilia2Em sete meses, foram feitas mais de 160 mil viagens e cadastrados 80 mil usuários
Mais de 160 mil viagens e 80 mil usuários cadastrados. Os números comprovam que as  “laranjinhas” do projeto Bike Brasília conquistaram os moradores da Capital Federal. Lançada em maio de 2014, a iniciativa disponibilizou 400 bicicletas em 40 estações no Plano Piloto.
A lógica do compartilhamento faz com que o uso dessas bicicletas se multiplique, ampliando o acesso e quebrando barreiras da cultura de valorização do automóvel. Milhares de pessoas foram motivadas a optar por um novo meio de transporte que não polui, não complica o trânsito e ajuda a manter a saúde.
As laranjinhas se tornaram um meio complementar ao transporte público e possibilitam a vivência da cidade sob uma nova perspectiva. Cerca de 800 pessoas já estão experimentando a troca do carro pela bicicleta diariamente, graças à iniciativa.
O estudante Mateus Santos, 18 anos, usa a bicicleta do projeto para deslocamento entre o Ministério das Relações Exteriores e a Rodoviária do Plano Piloto. “É mais rápido, mais saudável e mais econômico”, enumerou.
“Sem contar que é muito fácil de usar o sistema para retirar a bicicleta”, completou o jovem, que já utilizou sistema semelhante em São Paulo. Resultado de uma parceria público-privada, que envolve as empresas Samba/Serttel e o Itaú Unibanco, o projeto disponibiliza bicicletas aos usuários todos os dias da semana, das 6h à 0h.
Com o uso de tecnologia moderna, as estações desse projeto de compartilhamento funcionam com energia solar e são interligadas por um sistema de comunicação sem fio que opera pela rede GSM e 3G. Para usar a bike, que tem fabricação 100% nacional e pesa em torno de 15 quilos, o ciclista pode destravá-la por um aplicativo para smartphones ou por meio de uma ligação para o número 4003-9846.
Como funciona - Para utilizar as bicicletas, basta preencher um cadastro na internet (neste link) e efetuar o pagamento de uma taxa anual de R$ 10. A pessoa poderá usar a bike durante uma hora. Após esse período, para assegurar a gratuidade por mais de uma vez em um mesmo dia e permitir que mais pessoas tenham acesso a esse sistema, o ciclista deve esperar um período de 15 minutos para utilizar novamente a bicicleta. Caso opte por não fazer a pausa, o usuário deve pagar R$ 5 por hora excedente.
(com informações da Agência Brasília)