terça-feira, 21 de abril de 2015

O Desafio do Uso do Sanitário Ecológico Seco no Município de São Paulo




O Desafio do Uso do Sanitário Ecológico Seco no Município de São Paulo

                      autor: Frederico Jun Okabayashi



RESUMO: Este estudo tem como objetivo promover a mudança de paradigmas quanto à utilização do sanitário ecológico seco e demonstrar a sustentabilidade desse uso com relação à economia de água, a importância da compostagem da excreta humana rica em nutrientes e as vantagens da utilização do adubo orgânico nos parques urbanos sem rede de esgotos, parques lineares e naturais municipais. O sanitário ecológico seco é utilizado nas ecovilas afastadas dos grandes centros urbanos no Brasil que não dispõem de saneamento básico, é usado inclusive nos países desenvolvidos com tecnologias sustentáveis, mas a fecofobia e o desconhecimento atrapalham o uso deste tipo de sanitário no Município de São Paulo. A compostagem, possibilitada pelo uso desses sanitários, é um processo importante, pois transforma os dejetos humanos, misturados à serragem de madeira, em adubo orgânico, em seis meses, agregando valor e substituindo com segurança o fertilizante químico formulado. Em uma compostagem termofílica, os agentes patogênicos[2] são eliminados em temperatura próximas a 65º C, não oferecendo, portanto, riscos aos usuários. A utilização de sanitários ecológicos secos em locais sem rede de esgotos, áreas de preservação permanente ou de mananciais atende à Legislação Ambiental que restringe a instalação de sanitários convencionais com descarga hídrica para que não poluam o lençol freático. O artigo é uma reflexão para desenvolver o conceito do banheiro do futuro sustentável, que não utilize água e transforme as excretas humanas em adubo orgânico.