domingo, 5 de outubro de 2014

Parques do Brasil: desafios, modelos de gestão, oportunidades e exemplos que inspiram

Arq.Futuro e Semeia
Apresentam
Parques do Brasil: desafios, modelos de gestão, oportunidades e exemplos que inspiram

O Semeia e o Arq. Futuro promovem debate sobre parques urbanos e unidades de conservação no dia 7 de outubro, no Auditório da Fundação Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera.O evento reunirá especialistas nacionais e internacionais para discutir como o uso público desses espaços pode propiciar a conservação, o desenvolvimento socioeconômico e o bemestar em núcleos urbanos e não urbanos, por meio de modelos de gestão inovadores.

7 DE OUTUBRO | 8h ÀS 18H
AUDITÓRIO DA FUNDAÇÃO BIENAL SÃO PAULO


Palestrantes confirmados:
Fred Kent, fundador e presidente da ONG Project for Public Space
Roberto Vizentin, presidente do ICMBio
Fernando de Mello Franco, Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo
Lydia Ragoonanan, gestora da organização britânica Rethinking Parks
Rute Andrade, pesquisadora da Fundação Museu do Homem Americano, fundação co-gestora do Parque Nacional da Serra da Capivara
Pedro Passos, presidente do Conselho do Semeia
Patrice Etlin, sócio-diretor do Advent na América Latina
Heraldo Guiaro, diretor do Parque do Ibirapuera
Athos Comolatti, presidente da Associação Parque do Minhocão
Stela Goldenstein, geógrafa e diretora da Associação Águas Claras do Rio Pinheiros


No evento, lançamento do livro
Como cuidar da nossa água
4ª edição – com novos dados e infográficos
Informação simples e atualizada para entender, enfrentar e superar a crise hídrica

EDIÇÃO DE PARQUES URBANOS do BRASIL, NO RIO DE JANEIRO – 18 e 19 DE NOVEMBRO:
Centro Cultural da FGV – Praia de Botafogo 190, Botafogo – Rio de Janeiro

Fundação Bienal São Paulo
Parque Ibirapuera – Portão 3, Pavilhão
Ciccillo Matarazzo – São Paulo

*Lista de palestrantes sujeita a alterações


INSCRIÇÕES:


Arq.Futuro e Instituto Semeia promovem evento “Parques do Brasil”, em São Paulo




http://www.archdaily.com.br/br/628146/arq-ponto-futuro-e-instituto-semeia-promovem-evento-parques-do-brasil-em-sao-paulo

http://www.archdaily.com.br/br/author/romullo-baratto



Arq.Futuro, em parceria com o Instituto Semeia, promove o evento “Parques do Brasil: modelos de gestão, oportunidades e exemplos que inspiram”, que acontecerá no dia 7 de outubro, no auditório da Fundação Bienal, no Parque do Ibirapuera em São Paulo.
Especialistas internacionais vão compartilhar suas experiências na gestão de parques, entre os quais Lydia Ragoonanan, gerente do Rethinking Parks, que trará a perspectiva da instituição britânica na manutenção e melhoria de parques no Reino Unido.
A Rethinking Parks trabalha com um fundo de £1 milhão, a partir de recursos do Heritage Lottery Fund, do Big Lottery Fund e da organização filantrópica Nesta, para financiar projetos de até £100 mil que tragam ideias inovadoras para a gestão de parques.
Dados da Rethinking Parks indicam que o financiamento público para serviços de parques terá uma queda de 60% no orçamento do governo na próxima década, embora 70% dos administradores de parques tenham notado um aumento expressivo no número de visitantes. Com o aumento da importância desses espaços públicos para a vida urbana, surge a necessidade de contemplar novos modelos de negócios que possam tornar os parques economicamente atraentes e sustentáveis.
A Rethinking Parks organizou uma competição nacional para reunir projetos inovadores para parques. A organização selecionou 11 finalistas que serão apresentados por Lydia Ragoonanan no seminário Parques do Brasil, em São Paulo.
Algumas ideias levantadas incluem a produção de instalações temporárias para gerar receitas ao parque, como cinemas a céu aberto, festivais culinários e exposições artísticas. O Park Hack, no bairro de Hackney em Londres, prevê um modelo de negócios em que as empresas da região financiam a manutenção dos parques, mas, em contrapartida, podem usar o espaço para eventos corporativos.
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Park Hack, Londres. A organização filantrópica Groundwork London e o escritório de arquitetura Gensler desenvolvem um modelo de negócios em que empresas financiam e usam os parques da região para eventos corporativos. Cortesia de Park Hack/Rethinking Parks
Na comunidade de Burley, uma iniciativa que será testada é o uso da criação de abelhas e plantação de flores para produção de óleo, como maneiras de gerar receita para os parques e, assim, custear sua manutenção. Outro projeto em andamento na Escócia vai procurar aproximar os parques dos cidadãos por meio de um mapa digital com uma agenda atualizada de todas as atividades culturais que acontecem nos parques de Glasglow e Edimburgo.
As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas através da página do Arq.Futuro. Conheça os 11 projetos apoiados pela Rethinking Parks aqui.



Planejamento é essencial para o desenvolvimento da sustentabilidade nas cidades

Enviado em 05/10/2014 às 19h44

Planejamento é essencial para o desenvolvimento da sustentabilidade nas cidades

DIÁRIO DA MANHÃ
HEIKO HOSOMI SPITZECK E RAFAEL TELLO





Planejamento é a palavra chave quando pensamos na necessidade de tornar as construções – e as cidades – mais sustentáveis. Fatores como o consumo de energia, água e as emissões de gases não são questões que podem ser mudadas em pouco tempo. São transformações essenciais que devem ir além dos ciclos eleitorais. É preciso investir hoje para colher os frutos em infraestrutura em longo prazo.
Essa questão envolve todas as fases do desenvolvimento das cidades. As construtoras, por exemplo, costumam despender pouco tempo no planejamento para logo iniciar a construção, deixando de lado detalhes importantes a contemplar, como mobilidade urbana. O resultado é a baixa qualidade de vida para os moradores e para população depois da obra pronta. 
Seria preciso alinhar o trabalho das construtoras com o planejamento urbano e, principalmente, as necessidades da população, para que as cidades tenham estratégias de crescimento e organização que fomentem maior qualidade de vida e eficiência das relações entre pessoas e empresas.
Principalmente nas grandes cidades, existe um problema de governança metropolitana, que impõe dificuldades para a resolução de desafios que extrapolam os limites municipais. Esta governança deve incluir a prefeitura, as empresas e a população para alinhar as atividades e trabalhar colaborativamente frente a uma visão comum. Os protestos recentes demonstram que existem muitas diferenças entre as expectativas da população e do setor público sobre o futuro das cidades. Em muitos casos, a governança metropolitana não existe ou não está orientada para o bem comum.
Também observa-se que muitas empresas estão trabalhando para promover desempenho ambiental e social. Mas o setor sofre com a alta informalidade e com a autoconstrução, estimadas em 70% das atividades. São os segmentos que representam os maiores desafios para a promoção da sustentabilidade na construção.
É preciso industrializar o setor de construção, investir em qualidade e tecnologia para que se possa produzir de forma mais rápida, com mais qualidade, com menores impactos negativos e melhor desempenho no ciclo de vida.  
Um exemplo é a Casa E, Casa de Eficiência da Basf, que apresenta a existência de um novo padrão para a construção civil que minimiza os problemas e riscos e ao mesmo tempo reduz os custos ao longo do ciclo de vida de uma construção. Além de expor um conjunto de produtos que podem ser utilizados em construções sustentáveis, o projeto é um exemplo de construção que pode ser visitado, criticado e avaliado como referência. É certamente uma iniciativa importante para disseminar conhecimento relevante sobre sustentabilidade na construção para o Brasil.
Além disso, alguns importantes fatores estão tornando atraentes as construções mais limpas, rápidas e com melhor performance, como a Norma de Desempenho NBR 15.575, os crescentes preços da energia, o risco de inflação crescente, escassez de mão de obra, entre outros.
O quinto lugar em certificações green building no mundo registrado pelo Brasil também mostra o interesse de incorporadores e clientes corporativos, mas ainda é preciso desenvolver o mercado residencial, que deve começar a mudar quando os clientes passarem a cobrar desempenho mínimo de suas moradias. É o consumidor que tem papel chave, mas ainda não reconhece o valor adicional de uma construção sustentável. Mudar esse pensamento é uma meta para o setor. O desafio está lançado, em prol de uma sociedade mais eficiente e de uma melhor qualidade de vida.
(Heiko Hosomi Spitzeck, coordenador do Centro de Referência em Sustentabilidade nas Cidades da Fundação Dom Cabral / Rafael Tello, sócio-diretor da NHK Sustentabilidade e professor associado da FDC)