terça-feira, 3 de junho de 2014

Enquanto isso...a atual gestão desprestigia os engenheiros seniores da PMSP!

21/05/2014 - 11h55 Comissões - Infraestrutura - Atualizado em 21/05/2014 - 19h02

Especialistas atribuem baixa qualidade de projetos e obras a falta de engenheiros e de planejamento

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Marilia Coêlho

O volume de mais de 6 mil páginas mostra, segundo Jorge Fraxe, a burocracia para uma obra
A falta de engenheiros, a complexidade do processo licitatório e a ausência de planejamento estratégico estão entre os principais motivos da deficiência de projetos e obras no país, segundo os participantes de audiência pública sobre o tema realizada nesta quarta-feira (21) pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
A audiência contou com a participação do diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Jorge Fraxe, que, logo no início, mostrou um projeto de obra de engenharia com 64 volumes, somando mais de 6,5 mil páginas. O projeto é referente à restauração da ponte internacional Barão de Mauá, que liga o Brasil ao Uruguai.
— As pessoas falam, comentam, reclamam que o Dnit demora com o projeto. Projeto de engenharia rodoviária, o projeto de uma ponte, de um viaduto, é diferente do projeto de uma casa. Isso é para demonstrar o nível de complexidade de elaborar um projeto de engenharia — disse o general.
Fraxe explicou que um projeto de engenharia é multidisciplinar, chegando a envolver 25 matérias. Ele esclareceu que o órgão terceiriza a elaboração dos projetos por meio de licitação e que, portanto, a qualidade depende do mercado. O general afirmou que as empresas que não cumprem cronograma ou erram no projeto estão sendo punidas.
— Cada projeto de engenharia, quando ele é recepcionado pelos analistas do Dnit, ele é entregue com, em média, 200 inconformidades — lamentou o presidente do órgão.
Para o diretor-executivo do Dnit, Tarcísio Gomes de Freitas, existe uma razão histórica para a falta de engenheiros no país, que seria a falta de investimento em infraestrutura a partir da década de 1980, com a crise do petróleo e a fuga de capital estrangeiro.
O especialista citou cinco causas para a baixa qualidade dos projetos e das obras. Segundo Freitas, a administração não sabe estabelecer metas e não cobra prazos das empresas; as equipes de licitação são despreparadas; a contratação de consultoria por licitação resulta em consultorias de baixo nível; as consultorias são mal remuneradas; e as ferramentas de tecnologias de informação sofisticadas não são utilizadas. Ele apostou no Regime Diferenciado de Contratações (RDC), o sistema de licitação simplificada criado para as obras da Copa do Mundo, como boa alternativa para resolver muitos dos problemas.
— Eu tenho acompanhado os debates do RDC aqui no Congresso, por causa da Medida Provisória 630, porque o RDC traz boas práticas que já estavam positivadas no mundo afora, é uma maneira moderna de fazer contratação e que resolve boa parte dos problemas que foram aqui falados — disse.
Mas, para o senador Wilder Morais (DEM-GO), que presidiu a reunião, o RDC pode funcionar para o Dnit, mas não seria o ideal para tudo.
— Em outros órgãos, isso é um pouco temerário. Um exemplo disso é a Copa do Mundo. Nós não temos nenhuma arena praticamente igual ao preço da outra. Então a discrepância é gigante — afirmou.
Para o ex-presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Wilson Lang, é preciso mudar a eficiência da gestão pública e o Legislativo precisa trabalhar mais e ter autonomia para mudar a legislação.
- Não existe na história da humanidade, país que se desenvolveu sem engenharia e sem infraestrutura – ressaltou.
Valorização do engenheiro
Questionado pelo senador Wilder Morais se havia engenheiros suficientes no Dnit e se a carreira era atrativa, o general Fraxe respondeu que não. Ele disse que os engenheiros do Dnit são muito capacitados, mas são poucos para a demanda. Além disso, o salário também seria insuficiente. O general reclamou ainda da falta de profissionais específicos como topógrafos e laboratoristas de solo.
— Eu fui autorizado a fazer um concurso público e briguei por 1.200 vagas, para diminuir a dificuldade do Dnit. 117 mil candidatos se inscreveram e fizeram a prova. Apenas 800 foram aprovados. Menos de 1% foi aprovado no concurso, entre engenheiros, administradores, economistas. E teve uma grande deficiência, que foi topógrafo e laboratorista de solo — relatou.
Para o representante da Federação Nacional dos Engenheiros, Florentino  de Souza Filho, faltam engenheiros porque não há valorização do profissional nos âmbitos público e privado. Ele reclamou do descumprimento, por parte das empresas privadas, da Lei 4.950-A/66, que estabelece o piso de 9 salários mínimos para os engenheiros e da discrepância de salário entre profissionais diferentes no setor público.
— É inadmissível que o poder público remunere com R$ 20 mil o advogado e com R$ 2 mil o engenheiro do seu quadro. Isso está espalhado em todos os âmbitos do poder público — criticou.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Dia 2 de junho de 2014: Adesão à greve chega a 60%! YES, WE CAN!



CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO 



Nós, Engenheiros e Arquitetos Municipais, estamos em GREVE devido à: 

 Desvalorização crescente do nosso papel na construção e gestão pública do espaço  urbano; 
 Descumprimento das promessas do Sr. Prefeito de valorização profissional e reposição  das perdas salariais da categoria; 
 Profundo achatamento salarial decorrente da aplicação de índice de reajuste anual de  0,01% a 0,001% a.a. desde 2002, respaldado pela Lei 13.303/02; 
 Intransigência e falta de transparência por parte da Administração Pública na mesa de  negociação (SINP) com relação às propostas e questionamentos da categoria. 


É importante ressaltar que nós, Engenheiros e Arquitetos Municipais, atuamos em setores  da Cidade que afetam diretamente a vida da população, tais como: 

 Habitação popular; 
 Planejamento e projeto dos parques, edifícios e espaços públicos; 
 Licenciamentos ambientais; 
 Aprovação de edificações e Licenciamento de usos; 
 Participação na elaboração do Plano Diretor e Lei de Zoneamento da cidade; 
 Planejamento, implantação e manutenção da infraestrutura urbana; 
 Suporte técnico nas ações da Defesa Civil em situações de emergência e risco; 
 Cumprimento da legislação de acessibilidade; 
 Valorização da herança cultural e do patrimônio histórico da cidade. 



NOSSA REIVINDICAÇÃO: 

ABERTURA IMEDIATA DA NEGOCIAÇÃO SALARIAL GARANTINDO O DIÁLOGO E O RESPEITO ÀS REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA 


SÃO PAULO, JUNHO DE 2014. 


ENGENHEIROS E ARQUITETOS MUNICIPAIS



Engenheiros e arquitetos da PMSP em greve, recebem no SEESP o apoio de dois vereadores! 

Quase 300 colegas fazendo o balanço e avaliação positiva da greve

Vereador Toninho Vespoli do PSOL, apoiando a greve.

Vereador  Nelo Rodolfo do PMDB apoiando a campanha salarial da categoria.


Às 18h: Grupo técnico de voluntários redigindo o manifesto para a população e para os vereadores.


Outro grupo técnico de voluntários analisando a adequação da Lei 13.303/2002, no SEESP, às 20h!



YES, WE CAN!




Engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo foram convidados oficialmente a participarem da reunião do Colégio de Líderes da Câmara Municipal nesta terça-feira (3/6), às 14h. O convite foi feito pelo vereador Nelo Rodolfo (PMDB), que integra a base do governo na Casa, durante reunião das categorias, que terminou por volta das 14h desta segunda-feira (2/6). De acordo com balanço divulgado, pelo menos 60% dos trabalhadores estão com atividades paralisadas. Entre as decisões está a participação no Colégio de Líderes e a formação de grupos técnicos de trabalho para estudo de formalização de nova legislação para a categoria.



Fotos: Beatriz Arruda/SEESP

assembleia PMSP 2 de junho
Servidores continuam mobilizados por reajuste salarial



“É preciso valorizar engenheiros e arquitetos do município com plano de carreira específico”, defendeu Nelo Rodolfo, que se comprometeu a lutar por uma legislação mais adequada aos servidores que, atualmente, estão submetidos à Lei Salarial 13.303/02, que permite ao executivo municipal conceder reajuste de apenas 0,01%. Desde maio de 2007, os servidores do município, incluindo os engenheiros, acumulam perdas inflacionárias de 49,46%, segundo o INPC/IBGE.



Também esteve presente na reunião, com cerca de 300 participantes, o vereador Toninho Vespoli (Psol), que também declarou solidariedade à luta unificada dos engenheiros e arquitetos.


assembleia PMSP 2 de junho nelo rodolfo
O vereador Nelo Rodolfo participa da reunião de engenheiros e arquitetos



"Nunca houve um movimento tão forte de engenheiros e arquitetos. Também há outras categorias de nível superior que estão paralisadas. Em todos os nossos encontros e assembleias vem muito profissional dar a sua contribuição, o seu testemunho", destacou. Os trabalhadores voltam a se reunir na manhã de terça (3), pouco antes de seguirem à Câmara.



Por sua vez, a Prefeitura propôs remuneração a partir de subsídios que desconsideram as especificidades das diferentes atribuições e transforma todos os profissionais em analistas, com reajuste de 30% para engenheiros e arquitetos, somente a partir de 2017 e apenas àqueles em início de carreira.



Balanço e Copa



De acordo com balanço feito pelo delegado sindical do SEESP, Sérgio Souza, pelo menos 60% dos engenheiros e arquitetos da prefeitura estão com atividades paralisadas. Já o levantamento feito nos setores separadamente tem-se: nas subprefeituras 45% não estão trabalhando; nas secretarias a adesão chega a 70%, totalizando 90% na Secretaria de Licenciamento.



“Nas subprefeituras e algumas secretarias mantemos o plantão de atendimento à população e eventuais casos emergenciais como quedas de muros e árvores. Não temos a intenção e prejudicar à população. Pressionamos o poder público”, explica Sérgio Souza.



Já o representante do SEESP, Carlos Hannickel, lembrou que a paralisação também não pretende prejudicar a realização da Copa do Mundo. “Nossa manifestação não tem nenhuma relação com a Copa do Mundo e em nada vai afetá-la. Aliás, pelo cronograma de obras da prefeitura, tudo já está pronto. Não existe mais nada que comprometa o megaevento. O que houver agora é só de responsabilidade do Executivo e comitês responsáveis por sua realização”, frisou Carlos Hannickel.


Deborah Moreira
Imprensa SEESP




Segunda, 02 de Junho de 2014 às 11:21

Engenheiros e arquitetos definem ações em reunião nesta segunda



Engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo em greve, desde a terça-feira (27/5), voltam a se reunir no final da manhã desta segunda-feira (2), no auditório do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), para definir as próximas ações de mobilização das categorias.
Foto: Beatriz Arruda/SEESP

assembleia PMSP 30-5 3

Assembleia de engenheiros e arquitetos na sexta-feira (30/5) decide manter greve


Os servidores reivindicam mudança na lei salarial 13.303/02, que permite ao executivo municipal conceder reajuste de apenas 0,01% e está em discordância com o artigo 92 da Lei Orgânica do Município, que assegura proteção da remuneração contra os efeitos inflacionários, inclusive com a correção monetária dos pagamentos em atraso. As perdas chegam a 49,46% (INPC IBGE) desde maio de 2007, data da última reestruturação.,46%, segundo o INPC/IBGE.



Com o auditório lotado, com cerca de 500 trabalhadores, na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), engenheiros e arquitetos decidiram, em assembleia, manter a greve na Prefeitura de São Paulo, no início da tarde de sexta-feira (30).



De acordo com balanço parcial do SEESP e do Sindicato dos Arquitetos no Estado de S. Paulo (Sasp), estão com atividades paralisadas nos setores de engenharia e arquitetura: 40% das subprefeituras, como Vila Mariana e Parelheiros; 100% Secretaria de Segurança Urbana; 90% da Secretaria de Licenciamento e demais secretarias localizadas no Edifício Martinelli; 80% das secretarias localizadas na Galeria Olido como Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras e Secretaria da Cultura. A Secretaria do Verde e Meio Ambiente também está com atividade paralisada parcialmente.



Até o momento, o Executivo não sinalizou que irá retomar as negociações. As categorias, juntas, pretendem realizar novas ações para pressionar a administração pública. Em resposta às declarações do prefeito Fernando Haddad, aos jornais da mídia hegemônica, de que as greves em curso são oportunistas, por conta da realização da Copa do Mundo em junho, os trabalhadores lembram que a luta ocorre há muitos anos. 



A paralisação só foi deflagrada após diversas rodadas de negociação com representantes da prefeitura, que não avançaram. O Executivo propôs remuneração a partir de subsídios que desconsideram as especificidades das diferentes atribuições e transforma todos os profissionais em analistas.
Imprensa SEESP






03 de junho de 2014 • 15h16 • atualizado às 15h18
Engenheiros e arquitetos da prefeitura de São Paulo fazem balanço da greve
Foto: SEESP / Divulgação









Os engenheiros e arquitetos da prefeitura de São Paulo completam nesta terça-feira uma semana de paralisação. A adesão até o momento, de acordo com os sindicatos dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP) e dos Arquitetos (SASP), é de 60% das categorias. Nesta terça-feira, os grevistas participaram de reunião do colégio de líderes da Câmara Municipal. Amanhã está prevista uma assembleia geral às 10h30.
O levantamento nos setores separadamente mostra que nas subprefeituras a adesão é de 45%; nas secretarias a paralisação chega a 70%. Um dos setores mais prejudicados é a Secretaria de Licenciamento. A paralisação foi deflagrada no dia 27 de maio deste ano. Os profissionais das duas categorias solicitam mudanças na legislação que trata sobre os reajustes, que atualmente permite que a prefeitura conceda apenas 0,01% de aumento por ano, sendo que em 2013 e 2014 não houve nenhum aumento. Segundo o sindicato, desde maio de 2007, os servidores do município, incluindo os engenheiros, acumulam perdas inflacionárias de 49,46%, segundo o INPC/IBGE. 
"O movimento está ganhando força porque o descontentamento é grande. Queremos a retomada da discussão com a prefeitura e uma programação de pagamento para que possamos começar a recuperar as perdas", afirmou o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro. 
Até o momento a última proposta apresentada pela prefeitura é que a remuneração se dê a partir de subsídios que desconsideram as especificidades das diferentes atribuições. Isso transforma todos os profissionais em analistas, com reajuste de 30% para engenheiros e arquitetos, somente a partir de 2017 e apenas àqueles em início de carreira. A Prefeitura ainda não se manifestou sobre o impacto da paralisação. 


Cinema no Parque