terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sabesp cria estratégia para baixar consumo de água em São Paulo

Sabesp cria estratégia para baixar consumo de água em São Paulo

02/02/2014 - Agência Brasil - Marli Moreira
São Paulo

Edição: Fernando Fraga

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epois de mais de uma semana sem chuva e sob forte calor com os termômetros indicando temperaturas acima dos 30º Celsius (C), a capital paulista poderá ter áreas de instabilidade de forma isolada no final da tarde, segundo informa o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE), órgão da prefeitura de São Paulo.  Mas para os próximos dias, a previsão é de predomínio da estiagem, incomum para essa época do ano.

Além da falta de chuva, os moradores da cidade tem enfrentado temperaturas recordes.  No sábado (1), o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) registrou o dia mais quente para um mês de fevereiro.  A temperatura máxima chegou a 35,8º C, às 16h, na estação metereológica do Mirante de Santana.  Foi a marca mais elevada para o período em relação a média histórica e a temperatura mais elevada de 2014, ficando atrás apenas da medição feita , no último dia 3, quando atingiu 35,4º C.

Com o calor excessivo, o consumo de água aumenta, e como não tem chovido, dia a dia só tem baixado o nível do principal reservatório de abastecimento da cidade, o Sistema Cantareira, que atende a cerca de 10 milhões de pessoas, na Grande São Paulo.  Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível neste domingo estava em 21,7% do total da capacidade.

Para evitar transtornos, com risco de racionamento, a Sabesp lançou uma campanha oferecendo um desconto de 30% no valor da conta dos consumidores que conseguirem economizar 20% no consumo em relação ao gasto médio dos últimos 12 meses.  Poderão participar os consumidores de residênciais, comerciais e industriais.

O Sistema Cantareira distribui água para a toda a zona norte e o centro de São Paulo, além de atender parte das zonas leste e oeste da capital e também os municípios de Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana de Parnaíba.  Já em Guarulhos e São Caetano do Sul,o atendimento ocorre por meio das prefeituras, que compram e distribuem o produto.  Nos dois municípios, caberá à prefeitura adotar ou não a mesma estratégia da bonificação.

Segundo a Sabesp, os interessados poderão ter acesso à sua média de consumo no endereço eletrônico da empresa - www9.sabesp.com.br/agenciavirtual .  Ainda conforme justificou a companhia, ao longo do ano passado na área das quatro represas que formam o Sistema Cantareira foi registrado 1.090 milímetros de chuva, bem abaixo da média histórica que é de 1.566 milímetros.

Além da medida de estímulo, a empresa recomenda o esforço coletivo para economizar água adotando comportamento como , por exemplo, o de tomar banhos mais curtos e sempre fechar o registro ao ensaboar ou usar o shampoo; de não lavar a calçada com mangueira e apenas limpar o local com vassouras; trocar a mangueira pelo balde na hora de lavar o carro; tirar o excesso de comida da louça a ser lavada e o de acumular as roupas para serem lavadas a um só tempo.

Moradora em um condomínio de apartamento no bairro do Tremembé, Vera Lúcia Barros, de 59 anos, considerou a medida válida.  No entanto, ela contou que já segue uma rotina de economia que se encaixam nas recomendações feitas.  “Eu nunca esvazio a caixinha de reservatório para a descarga do banheiro, sempre só uso a metade e deixo juntar as roupas para colocar na máquina de uma vez só”, disse.  A consumidora relatou ainda que o edifício onde mora tem um sistema de captação de água de chuva para uso na limpeza e na regas do jardim e que o exemplo poderia ser seguido por muita gente.

02/02/2014 14h56

Mestrado gratuito em Administração está com inscrições abertas

Mestrado gratuito em Administração está com inscrições abertas

Publicado em 03/02/2014 17:14


O Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) do Campus de Cascavel da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) está oferecendo o curso de Mestrado Profissional em Administração, com área de concentração em Competitividade e Sustentabilidade. As inscrições para o processo seletivo de alunos regulares começaram nesta segunda-feira (3) e vão até 10 de março. 

Já o mestrado em História da Unioeste, ofertado no Campus de Marechal Cândido Rondon, encerra as inscrições na próxima quarta-feira (5). O programa oferece 21 vagas para as linhas de pesquisa Trabalho e Movimentos Sociais, Práticas Culturais e Identidades e Estado e Poder.

ADMINISTRAÇÃO – Foram disponibilizadas 20 vagas do curso de Mestrado Profissional em Administração, sendo 10 para a Linha de Estratégia e Competitividade e outras 10 para Sustentabilidade no Agronegócio. 

A linha de pesquisa Estratégia e Competitividade têm como foco de estudo as práticas administrativas das organizações e o diagnóstico estratégico, enquanto a linha de pesquisa em Sustentabilidade no Agronegócio tem como foco os conceitos e práticas de gestão ambiental, os investimentos e o tratamento contábil de organizações na cadeia de valor do agronegócio. 

As inscrições serão realizadas no endereço eletrônico www.unioeste.br/pos/inscricoes/ e a documentação completa deverá ser entregue na Secretaria do Programa ou postada via Sedex até dia 10 de março, para o endereço: Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Secretaria do PPGA - Mestrado Profissional em Administração - Rua Universitária 2069, Jardim Universitário - Caixa Postal- 0711 - CEP 85819-110 - Cascavel – PR. 

O curso de Mestrado Profissional em Administração é gratuito. O único valor a ser pago é o da inscrição, de R$ 150,00. O valor pode ser depositado no banco Caixa Econômica Federal, agência 3181, conta corrente 69-6, operação 003, Fundep. 

Mais informações sobre o processo seletivo ou sobre o PPGA podem ser obtidas na página eletrônica www.unioeste.br/pos.

Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em: www.facebook.com/governopr ewww.pr.gov.br
Áudio:

Sustentabilidade é meta para Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Internacional e Mundo | Publicada em 03/02/2014 às 15:00:40h
Sustentabilidade é meta para Comunidade de Países de Língua Portuguesa



http://www.jornaldiadia.com.br/news/noticia.php?Id=15237


Ao assumir hoje (3) a Diretoria-Geral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a economista cabo-verdiana Georgina Mello disse que seu principal é sustentabilidade da comunidade lusófona, que está em processo de criação de um tecido econômico e social que a sustente.

Logo após a posse, Georgina ressaltou que pretende acrescentar a sustentabilidade ao que já existe, sobretudo nos três eixos da comunidade: a difusão da língua portuguesa, a cooperação e a concertação político-diplomática. "Falta aquilo que eu chamo sustentabilidade: criar um tecido econômico e social que suporte isso tudo, que transforme a CPLP naquilo que os cidadãos querem. Eles querem senti-la mais próxima, que lhes diga respeito", explicou Georgina.

Para ela, isso será feito intensificando-se a comunicação, a circulação de pessoas, de bens e de serviços, o comércio, os investimentos, as relações empresariais e o intercâmbio entre as organizações da sociedade civil. De acordo com a nova diretora da CPLP, esse processo depende da concretização do Estatuto do Cidadão Lusófono, algo que "não se tira da cartola", mas que se vai construindo pouco a pouco. De acordo com a economista, esse trabalho, que pode começar com programas de intercâmbio de jornalistas ou estudantes, dará segurança às instituições que fazem o controle das fronteiras. "Com isso, vamos alargando e, dentro de um determinado horizonte temporal, teremos o nosso estatuto",  disse.

Dirigindo-se aos embaixadores dos Estados-membros da comunidade e aos funcionários do secretariado executivo da organização, Georgina lembrou que, ao criar a sustentabilidade, a CPLP ganhará maior visibilidade e mais credibilidade. Entre outras atividades, ela vai dirigir um grupo de trabalho encarregao pela secretaria executiva da entidade de repensar a visão da comunidade lusófona. "Precisamos de ter melhor qualidade de vida das populações, e isso consegue-se com mais emprego, mais empresa, mais comércio, mais investimento", disse ela.

Finalmente, Georgina Mello disse desejar que, no final do seu mandato de três anos, se possa dizer que a CPLP está mais próxima das populações. "Normalmente, nos nossos países, só ouvimos falar da CPLP quando há uma cúpula ou uma reunião de conselho de ministros. É uma coisa pontual. O que desejo é que, dentro de três anos, possa ouvir-se mais, independentemente de haver cimeiras e reuniões do conselho de ministros,  mas porque aconteceram coisas na sociedade civil ou entre as empresas e as câmaras de comércio", destacou.

O diretor-geral da CPLP é recrutado entre cidadãos dos Estados-membros, mediante concurso público internacional, por um prazo de três anos, renovável uma vez, por igual período, por decisão do Comitê de Concertação Permanente. Criada em 1996, a CPLP é uma organização internacional com sede em Lisboa que junta oito países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.


Por: Agência Brasil/EBC - Portal de Comunicação 

Award Winning Varsity Bike Dock- A Bike Rack With a Purpose

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Aos 22 anos e longe de solução final, despoluição do Tietê já consumiu US$ 3,6 bi

SÃO PAULO

Aos 22 anos e longe de solução final, despoluição do Tietê já consumiu US$ 3,6 bi


Para geólogo, sem articulação metropolitana e universalização do saneamento básico, principal rio do estado seguirá sujo. Após dinheiro do Japão, França vira aposta de Alckmin para resolver problema
por Eduardo Maretti, da RBA publicado 02/01/2014 09:54
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Tietê e afluentes da região metropolitana da capital: de obras a projetos de habitação, despoluição não chega a resultados
São Paulo – Os projetos de despoluição e desassoreamento do rio Tietê não terão resultados satisfatórios e definitivos se as principais causas da deterioração de suas águas, no passado e no presente, não forem combatidas. O primeiro fator é a falta de saneamento básico universalizado, e o outro o assoreamento, ambos causados pela “ação humana”, adverte o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, ex-diretor do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo e autor de vários livros sobre o tema. “A qualidade das águas responde diretamente à qualidade do sistema de saneamento básico, competência da Sabesp com irresponsabilidades do DAEE”, diz.
“O que falta são políticas públicas bem direcionadas, estratégia bem montada. Não com o objetivo primeiro de despoluir o Tietê, mas de dotar a região metropolitana de um sistema de saneamento básico de primeiro mundo”, analisa. “Não acredito que uma mágica vá nos dar um rio despoluído antes de dotarmos a Região Metropolitana de um sistema de saneamento de primeiro mundo.”
Como a bacia do Alto Tietê, onde está localizada a Grande São Paulo, sofre as consequências da poluição causada por 39 municípios, o problema se torna muito difícil de resolver. Além da magnitude do espaço geográfico de onde vem o esgoto despejado no rio, há ainda o fato de que nem todos os municípios são atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), casos de Diadema, Guarulhos, Mauá, Mogi das Cruzes, Santo André e São Caetano, atendidas por outras empresas. Sem um projeto geopolítico envolvendo a cooperação de todos os municípios com mediação do governo do estado, para ser chegar a uma política de saneamento básico “de primeiro mundo”, o rio continuará poluído.
“Uma cidade isoladamente não consegue resolver o problema, tem de ser uma articulação metropolitana”, diz Álvaro Rodrigues dos Santos. Para ele, as divergências entre tantas cidades com orientações e projetos políticos diferentes dificultam, mas cabe ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) resolvê-las. “Aí é que tem que valer a vontade política do governador. Se ele está com essa vontade política de resolver o problema do saneamento básico, como governador deve reunir os prefeitos envolvidos, dar um tapa na mesa e colocar para funcionar. E jogar isso para a sociedade dar sustentação. Isso é vontade política.”

Por mais de duas décadas

Segundo a Sabesp, o Projeto Tietê teve início em 1992, com a assinatura de um contrato de empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). De lá para cá, foram muitos outros contratos de empréstimo, e nada resolvido. A última promessa de solução foi feita no dia 13 de dezembro, quando o governador assinou com o presidente francês, François Hollande, acordos de cooperação prevendo a troca de conhecimentos e tecnologias entre a Sabesp e a entidade daquele país responsável pela despoluição do rio Sena.
"Espero que não venha mais nenhuma promessa de milagre. Esses acordos são complicados, porque acho que temos todas as tecnologias e competência tecnológica na maior cidade da América do Sul para dar conta disso", diz Álvaro Rodrigues.
Antes do convênio com o governo francês, o Japão foi oferecido como a solução para todos os males do Tietê. Em 2000, ainda na administração Mario Covas, R$ 375 milhões foram emprestados pelo país asiático para o rebaixamento da calha. Mais tarde, já governador, Alckmin chegou a dizer que as marginais Pinheiros e Tietê nunca mais inundariam, fruto dessa obra, mas acabou desmentido pela chuva.
Em 2010 a Sabesp recebeu novo empréstimo de US$ 63 milhões da Agência de Cooperação Internacional do Japão para a construção de estações de tratamento de esgoto.
Passadas pouco mais de duas décadas desde o início do programa, o objetivo segue sendo justamente implementar a infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto nas cidades atendidas pela Sabesp na Região Metropolitana. Até 2015, o investimento chegará a US$ 3,6 bilhões, nas chamadas primeira (1992-1998), segunda (2000-2008) e terceira fases.
A despoluição do principal rio paulista e de seus afluentes depende de vários fatores, diz a Sabesp, por meio de sua assessoria de imprensa, como “varrição e coleta de lixo; regularização de favelas e loteamentos clandestinos; combate o esgoto irregular; atuação das prefeituras nos municípios não operados pela Sabesp”.
Segundo a companhia, a terceira fase (2009-2016), em andamento, beneficiará 1,5 milhão de pessoas com rede de coleta, e tratamento para mais 3 milhões de pessoas. O investimento é de US$ 2 bilhões. A coleta subirá de 84% a 87% e o tratamento, de 70% a 84%. A quarta e última fase “vai garantir a universalização do saneamento nas áreas regulares atendidas pela Sabesp. Essa etapa está em fase de financiamento e estará concluída até o fim desta década”, informa a empresa.
“Não adianta só um grande sistema de coleta. Tem que ir levando esse sistema de coleta organizado e toda a infraestrutura à periferia”, diz Rodrigues dos Santos.

Assoreamento

Fora a questão do (ou da falta de) saneamento, o outro aspecto, igualmente grave, é o assoreamento. Segundo o geólogo, uma das principais causas das enchentes na cidade e na metrópole, decorrentes do volume de sedimentos oriundos dos processos erosivos nas zonas periféricas em expansão da cidade. “Chegam à rede cerca de 4 milhões de metros cúbicos desses sedimentos por ano. Com todos esses bilhões que foram investidos no alargamento  e aprofundamento da calha, para aumentar a capacidade de vazão, não se consegue resolver o problema.”
O assoreamento não é provocado por causas naturais como chuvas e o próprio curso das águas, como muitos acreditam, mas pela ação humana. “São promovidas por movimentos de terra, terraplenagem, seja casa a casa, sejam grandes empreendimentos imobiliários. São processos erosivos provocados pelo homem”, explica. “E absolutamente nada é feito para conter esse problema em sua causa, a erosão, e joga-se tudo no desassoreamento. São centenas de milhões de reais por ano gastos no desassoreamento da rede de drenagem. É um absurdo que não se trabalhe concomitantemente num projeto de redução do volume de sedimentos que chegam.”
De acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o governo Geraldo Alckmin, já investiu R$ 358,9 milhões no desassoreamento de 4,5 milhões de metros cúbicos do Tietê. “Somando os investimentos no desassoreamento também de seus principais afluentes, esses números totalizam R$ 562,3 milhões e a retirada de 7,4 milhões de metros cúbicos de detritos. O Tietê nunca esteve tão desassoreado, sua calha encontra-se de acordo com a sua batimetria original, e os trabalhos de desassoreamento - que são contínuos -, seguem dentro do cronograma estipulado”, afirma a autarquia, por meio da assessoria de imprensa.
Segundo o geólogo do IPT, costuma-se apontar o lixo como causa de enchentes, mas esse é um mito. “O lixo urbano realmente atrapalha, mas está muito longe de ser o vilão das enchentes. Do volume que chega ao Tietê, apenas 5% é lixo. 95% são sedimentos arenosos que vêm dos processos erosivos, provocado pelo avanço da cidade sobre uma região cada vez mais montanhosa, com trabalhos de terraplenagem cada vez mais extensos, expondo o solo à erosão”. Culpando o lixo,  esclarece Rodrigues, “as autoridades jogam a responsabilidade nas costas da população, uma coisa extremamente cômoda. O lixo provoca alagamentos localizados. Sobre o processo geral de enchentes não tem a mínima influência.”
Recentemente, Alckmin prometeu que em 2019 o estado teria 100% do esgoto tratado. “O Fleury nos prometeu que ia beber um copo d’agua do Tietê antes da virada do século”, lembra o ex-diretor do IPT, referindo-se ao ex-governador peemedebista (1991-1995) Luiz Antônio Fleury Filho.