quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Lei proíbe fabricação e venda de produtos que imitem forma de cigarros

Lei proíbe fabricação e venda de produtos que imitem forma de cigarros

Lei publicada em Diário Oficial nesta sexta tem o objetivo de reduzir o número de fumantes no Brasil

Pesquisadores afirmam que medidas mais eficazes precisam ser adotadas para afastar jovens da influência das campanhas de cigarro
A lei proíbe a fabricação e comercialização de produtos nacionais e importados que imitem a forma de cigarros ou seus similares (Thinkstock)
A fabricação e venda de produtos, especialmente os destinados ao público infantil e juvenil, que imitem a forma de cigarros será proibida no país a partir de junho do ano que vem, segundo lei publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial. A medida, sancionada na quinta-feira sem vetos pela presidente Dilma Rousseff, soma-se a outras iniciativas para reduzir o número de fumantes no Brasil, maior produtor de tabaco do mundo.
A lei prevê uma multa de 10 reais por cada produto apreendido e proíbe a fabricação, comercialização, distribuição e difusão de propaganda de produtos nacionais e importados que imitem a forma de cigarros ou seus similares.
Por ano, o hábito do cigarro mata no Brasil cerca de 130 mil pessoas. Desde 1988 a lei veta totalmente a publicidade de cigarro em meios de comunicação de massa e em locais públicos. Além disso, o governo impõe elevados impostos ao produto.
Uma pesquisa realizada entre 1989 e 2010 mostrou que um de cada três fumantes brasileiros deixou o hábito devido às restrições à publicidade e ao consumo. Segundo um estudo divulgado neste mês pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a porcentagem de brasileiros que consome tabaco com regularidade caiu de 19,6% da população em 2006 até 15,6% em 2012. Ainda de acordo com o estudo, existem no Brasil 20 milhões de fumantes, dos quais 533 mil são adolescentes.


(com EFE)

Cientistas projetam clima mais quente para este século no Brasil

Cientistas projetam clima mais quente para este século no Brasil


No início de setembro, o organismo científico, criado pelo governo federal em 2009 por meio dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Meio Ambiente, revelou que as projeções mostram que haverá alta nas temperaturas do país no decorrer do século, mais períodos de seca no Norte e Nordeste e aumento das chuvas no Sul e Sudeste.
As mudanças no volume de chuva podem oscilar entre 5% e 20% e de 1 grau Celsius (°C) a 5°C na temperatura até o final do século, dependendo do aquecimento global e da emissão de gases de efeito estufa. As projeções indicam mais secas prolongadas, principalmente nos biomas da Amazônia, do Cerrado e da Caatinga. Ao divulgar as estimativas sobre o perfil das emissões de gás carbônico entre 2005 e 2010, o PBMC informou que a produção de energia foi a responsável por 32% das emissões em 2010 contra 16% do total de emissões em 2005 e foi o setor que mais cresceu no total das emissões de gás carbônico no país.
Para a rede WWF-Brasil, as informações científicas do PBMC são mais do que suficientes para demonstrar ao governo brasileiro que as mudanças climáticas não podem mais ser tratadas como tema de segunda importância em políticas públicas. “Temos de investir nos recursos abundantes de fontes renováveis de energia de baixo impacto que temos à nossa disposição, como as energias solar, eólica e de biomassa, em vez de colocar 70% dos nossos investimentos em combustíveis fósseis. O governo federal não deve oferecer incentivos a combustíveis como o carvão mineral”, disse o coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, Carlos Rittl.
A agricultura deve ser o setor da economia mais afetado pelas mudanças climáticas ao longo do século 21, de acordo com a segunda parte do primeiro relatório nacional do PBMC. Segundo o estudo, o prejuízo do agronegócio com problemas climáticos pode chegar a R$ 7,4 bilhões em 2020, e R$ 14 bilhões em 2070. Até 2030, a produção de soja, por exemplo, pode ter perdas de até 24%.
O estudo prevê que as mudanças nos regimes de chuva e a elevação da temperatura média prejudicarão a agricultura, principalmente em áreas secas como o Nordeste, região em que a distribuição de chuvas pode cair até 50%, segundo o relatório.
O terceiro volume, divulgado no início de novembro, ressaltou a necessidade de adoção de ações imediatas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “O benefício da ação imediata para mitigar a mudança do clima supera o custo da inação”, destacou a pesquisa.
– Nesse relatório, mostramos as opções para os tomadores de decisão para reduzir as emissões, de forma que a gente não gaste tanto em adaptação (maneiras de amenizar o impacto). Existe realmente a possibilidade de redução das emissões, mas depende de decisões muito mais políticas do que econômicas – disse a presidenta do comitê científico do PBMC, Suzana Kahn Ribeiro.