domingo, 12 de janeiro de 2014

Parque Nacional do Iguaçu (PNI) completa 75 anos como vitrine de outras unidades do país

10/01/2014 18h31

PNI completa 75 anos como vitrine de outras unidades do país


  • VICENTIM
  • MANTOVANI
  • PEGORARO
  • BOLO
  • PIOLLA

Ao completar 75 anos nesta sexta-feira (10), o Parque Nacional do Iguaçu (PNI) se consolida como modelo de gestão e de relacionamento com a comunidade entre as 313 Unidades de Conservação do País. A análise é do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vicentim, que, nesta manhã, esteve na cerimônia de comemoração do aniversário do parque e representou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Uma apresentação especial do Coral de Itaipu encerrou a solenidade.
“Foz do Iguaçu é nosso cartão de visita, onde está a vitrine dos parques e das unidades de conservação do Brasil. Temos aqui um modelo de gestão que gostaríamos que fosse estendido aos parques nacionais do País todo”, disse Vicentim.

A visitação é uma poderosa força de educação e conscientização ambiental”, completou o presidente do ICMBio, cuja opinião é compartilhada pelo presidente do SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani. “Esta é uma referência para os parques do Brasil. Não há nenhum parque no País com a infraestrutura do Parque Nacional do Iguaçu”, disse Mantovani.
     
A cerimônia aconteceu em um dos mirantes das Cataratas do Iguaçu, dentro do PNI – o segundo parque nacional mais antigo do Brasil. O primeiro é o de Itatiaia (SP), com 76 anos.
  
Também compareceram o chefe do PNI, Jorge Pegoraro, o chefe do Parque Nacional do Iguazú (lado argentino), Juan Sergio Bikauskas, o prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, o diretor administrativo da Concessionária Cataratas do Iguaçu S.A., Celso Vitrio Florencio, e o superintendente de Comunicação Social da Itaipu e presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla.

A festa marcou o compromisso das autoridades em manter o PNI aberto à comunidade, servindo como fomentador do desenvolvimento econômico local e regional, e gerido de forma sustentável.
  
“Estamos certos de que o turismo é o melhor instrumento para a preservação ambiental. Renovamos hoje nosso compromisso de lutar permanentemente pela preservação deste patrimônio natural da humanidade, que abriga uma das Sete Novas Maravilhas da Natureza”, disse Gilmar Piolla.

A área de visitação corresponde a 3% do território do PNI, que, no total, tem 182.262 hectares. A dimensão do parque – o maior remanescente de floresta atlântica (estacional semidecídua) da Região Sul do Brasil – é um dos desafios da gestão da unidade, assim como a biopirataria (apropriação indevida da fauna e da flora)."Estamos dispostos a ajudar no que for preciso para combater esse problema", disse Gilmar Piolla.
   
O aniversário abriu o calendário de celebrações do PNI em um ano especial, quando Foz do Iguaçu celebra seu centenário, Itaipu completa 40 anos e o lado argentino do parque faz 80 anos.

Outro evento marcante este ano será a Copa do Mundo, segundo Pegoraro. O Mundial deve fazer com que a unidade bata seus próprios recordes de visitação. Em 2014, o PNI começa a traçar seu novo plano de manejo para prever a gestão e o uso sustentável dos recursos naturais do parque. “É um ano de desafios e estamos otimistas de que os resultados serão ainda melhores que os de 2013", disse Pegoraro.
  
O sistema de transporte no interior do PNI é uma das pautas previstas para discussão, que deve contar com o apoio do Trade Turístico e da Itaipu Binacional, por meio dos projetos de mobilidade sustentável da empresa.
  
“No futuro, pretendemos traçar um novo modelo de transporte que concilie o trabalho da concessionária, que é o transporte principal, e um transporte alternativo como força complementar, sempre buscando bem-estar do visitante e os objetivos do parque como unidade de conservação”, disse Vicentim.
  
“Trabalharemos em conjunto para a revisão do plano de manejo, a matriz energética do parque e a mobilidade sustentável no interior da unidade, conciliando preservação, turismo e envolvimento da comunidade”, concluiu Gilmar Piolla.