sábado, 28 de dezembro de 2013

GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA NOS PARQUES SUSTENTÁVEIS






A GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA NA FLORESTA URBANA E OS PARQUES SUSTENTÁVEIS


Trabalho apresentado pela equipe dos parques sustentáveis em 27/10/2011 no 1º Congresso de Áreas Verdes

fonte:http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/ordem_comunic_orais_1318603343.pdf

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/servicos/seminario_areas_verdes/index.php?p=33267



Autoria: Domingos, Sonia Maria do Nascimento1; Simões Filho, Newton Vasconcellos²; Mariani, Mariangela³; Okabayashi, Frederico Jun4; Souza, Julia Nogueira5




1Administradora de Empresas, DAF-15/SVMA, São Paulo/SP, smndomingos@prefeitura.sp.gov.br;
²Engenheiro Civil, DEPAVE-1/SVMA, newtonsimoes@prefeitura.sp.gov.br;
³Arquiteta, DEPAVE-5/SVMA, mamariani@prefeitura.sp.gov.br;
4Engenheiro Civil e Advogado, Coordenador da Comissão Interna de Economia de Água, SVMA-G/AT, parquessustentaveis@gmail.com;
5Estagiária de Engenharia Ambiental, SVMA-G/AT, juliansouza@prefeitura.sp.gov.br




RESUMO: O vazamento não visível de água nas tubulações enterradas, intuitivamente sempre foi considerado o grande responsável pelos gastos excessivos em despesas de conta de água da Sabesp em SVMA. A irrigação é responsável por 69% do consumo de água no País entre out/2009 e set/2010, segundo estudo da Agência Nacional de Águas – ANA. Foi realizado um estudo pioneiro preocupado com a gestão sustentável da água na floresta urbana, aplicando a reengenharia na questão do consumo, o seu custo e a conservação da água, visando a implantação simultânea de tecnologias limpas, técnicas da permacultura e a utilização de diversas fontes alternativas de água disponíveis para usos menos nobres, respeitando a particularidade de cada parque urbano. O consumo de água da Sabesp aumenta em época de estiagem para ser utilizado na irrigação e rega da vegetação nos parques ou quando ocorre um problema técnico no sistema de poço semiartesiano. Para subsidiar tecnicamente a priorização e concentrar a ação da sustentabilidade da água, foi adotado de forma inédita na PMSP, o método da curva “ABC”, determinando 10 (dez) parques urbanos que representavam 70% do total de gastos com água, conseqüentemente, de esgoto, cuja tarifa é equivalente à água tratada.






PALAVRAS CHAVES: conservação da água, custo da água, tecnologias limpas, reengenharia, permacultura.



1. INTRODUÇÃO



O conceito de sustentabilidade precisa ser entendido, proposto e aplicado nos espaços públicos como os parques urbanos, para minimizar os problemas das mudanças climáticas e incorporá-lo na vida cotidiana dos frequentadores.
Por outro lado, não temos ainda todos parâmetros que caracterizariam um modelo de um parques urbano sustentável, mas é necessário experimentar e avaliar os resultados nos parques urbanos existentes.

Entendemos que os futuros parques urbanos sustentáveis poderão ser conduzidos simultaneamente em seis frentes de trabalho:




a) a busca constante da sustentabilidade, conceituando os critérios socioambientais para licitação sustentável, através das inovações, tecnologias limpas e técnicas da permacultura;


b) boas práticas de projeto e construção de parques novos sustentáveis;


c) boas práticas de manutenção de parques (do solo, água, floresta, biodiversidade, instalações e equipamentos);

d) educação ambiental dos frequentadores (Ex. Projeto "En-tenda" sustentável* no Parque do Carmo), A3P e cursos de capacitação para os técnicos de SVMA;


e) tecnologia de informação para gestão dos parques (apropriação de custos, procedimentos, banco de dados);

f) captação de recursos para os parques, receber doações de bens e serviços, e parcerias com a iniciativa privada.











Figura 1. Conceitos Base Inerentes a uma Rede Metropolitana de Parques.


SILVA, I. M. e CURADO, M. J. A Sustentabilidade no Espaço Público disponível em http://www.serralves.pt/documentos/conf_paisagem/IsabelSilva_MariaJcurado.pdf
 Acesso em [14/07/2011].




Uma comunidade para atingir a sustentabilidade deve adotar como padrão de comportamento o “triple bottom line”: ser ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável.










Contudo, para tornar a sustentabilidade uma realidade na administração pública municipal através das compras públicas sustentáveis, é imprescindível que todos os setores, não só da SVMA, mas de toda a PMSP adotem a “atitude sustentável”: técnico, administrativo, jurídico e político.




Para a gestão e conservação da água nos parques sustentáveis preliminarmente foi verificada a disponibilidade e o possível aproveitamento das fontes alternativas de água, como as águas descartadas de lagos, nascentes e cisternas, poços rasos inativos, poços profundos, captação de águas pluviais de telhados, drenagem do lençol freático e água de reuso da Sabesp, para depois submeter à analise da qualidade da água para a equipe da VIGIÁGUA/COVISA/SMS, desenvolver uma logística com caminhões pipa para aproveitar em outro local, a água descartada para limpeza das caixas d’águas, piscinas e espelhos d’água.
Entende-se como usos menos nobres da água não potável, a utilização da água para irrigação/rega da vegetação como no Parque do Piqueri, lavagem de piso, abastecimento de espelhos d’água para os peixes e viabilidade de utilizar após a cloração para descarga de sanitários.




Outra preocupação foi a busca de alternativas tecnológicas inovadoras que dispensa do uso de água como o mictório seco suíço, e o sanitário ecológico seco da permacultura para utilização tanto da urina como do composto como adubo para as florestas urbanas.








É importante considerar a utilização do efluente como adubo orgânico após tratamento de esgoto pelo sistema de biorreatores/biodigestores e banhados artificiais - “wetlands” – para irrigação/rega de florestas urbanas.










Como inovação tecnológica utilizar experimentalmente o “bloqueador de ar” que será instalado após o hidrômetro para reduzir o consumo de água da Sabesp; o método não destrutivo de “caça vazamentos” com geofones eletrônicos para localização precisa do vazamento invisível de água da tubulação enterrada e o “Projeto Valor e importância da Água – V.I.D.A.”, concorrente do Programa de Uso Racional de Água – PURA da Sabesp.






2. MATERIAIS E MÉTODOS


Segundo o estudo da curva ABC com 36 parques, entre 2007 e 2009, em média, 8 (oito) parques representaram 70% dos gastos (curva A), 11 parques representaram 20% dos gastos (curva B) e o restante 17 parques correspondem a 10% do total dos gastos com contas de água da Sabesp (curva C). 


Devido à alternância entre alguns parques, adotamos para o nosso trabalho, amostragem da curva “A” com 10 parques municipais.




Analisando parcialmente as contas de água da Sabesp de alguns hidrômetros dos parques - Ibirapuera; Carmo; CEMUCAM; Rodrigo de Gasperi; Parque da Aclimação; Siqueira Campos; Guarapiranga; Piqueri; Luz e Independência – verificamos que a idéia da diminuição dos gastos com pagamento de contas de água da Sabesp, focando apenas a eliminação do desperdício de água nos parques, a princípio, era ineficaz.





Em 2009, foi constituído uma Comissão Interna de Economia de Água dos parques através das Portarias SVMA nºs 139 e 150/09, baseada no estudo denominado “Reengenharia aplicada ao estudo do custo da água da Sabesp e redução do consumo nos parques municipais”.





Inicialmente foi solicitado a todos os administradores dos parques para que realizassem diariamente a leitura real do hidrômetro para detectar a alta do consumo de água e conferir as contas da Sabesp, para solicitar a revisão das contas nos casos de inconsistências.

Realizamos com a colaboração da equipe da VIGIÁGUA/COVISA/SMS, a análise da água das fontes alternativas de água disponíveis, nos termos da Portaria MS 518/2004 do nos parques Ibirapuera; Carmo; Cemucam; Aclimação; Piqueri e Luz.





Com o teste de vazamento noturno, realizado uma única vez pelos vigias dos parques, por meio de duas leituras do hidrômetro numa única noite, à meia noite após o fechamento do parque ao público e enchimento da caixa d’água. Com a segunda leitura às 6h da manhã antes de abrir o parque para o público, é possível calcular com boa precisão, a vazão/consumo real de água neste período e constatar o indício de vazamento invisível na tubulação enterrada de água fria.
Constatado o indício de vazamento invisível, como no Parque do CEMUCAM, foi contratada a empresa especializada popularmente conhecida como “caçavazamentos”, que utilizam geofones eletrônicos para localização rápida e exata do ponto de vazamento invisível de água, não precisando danificar todo o revestimento do piso, principalmente em parque tombado pelo patrimônio histórico.


sealeak@globo.com - caçavazamentos






Os mictórios secos suíços em policarbonato foram instalados na UMAPAZ/Parque do Ibirapuera em substituição dos mictórios de louça convencionais e constatamos que em todos os parques com mictórios tipo cocho em inox estavam com o registro de pressão aberto para higienização, significando alto consumo de água.

No Parque Rodrigo de Gasperi, foi implantado o Projeto V.I.D.A. no prazo de uma semana.
 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO







O sistema de caça vazamentos no Parque do CEMUCAM, resultou na localização exata de 5 pontos de vazamentos, reduzindo o consumo de 2775m³/mes para 443m³/mes, proporcionando uma economia de quase R$25.800,00 ao mês. 








O mictório seco suíço economiza 100mil litros de água por ano/mictório instalado na UMAPAZ. 


No Parque Rodrigo de Gasperi a economia real de água com o Projeto V.I.D.A. registrada foi entre 53 a 60% ao mês, ou seja, redução de consumo de 337m³/mês para 154m³/mês.






Ainda faltam ser implantados experimentalmente: os sistemas de captação de águas pluviais; sanitário ecológico seco no Parque do CEMUCAM e do Carmo e a irrigação com água de lago, nascentes e dos efluentes tratados.











4. CONCLUSÃO

Comparando os dados de custos e de consumo da água e esgoto da Sabesp do mês de maio de 2009 com agosto de 2011, com a mesma base de 36 parques e a garagem Prates, a despesa total que era de R$275.000,00/mês, passou para R$280.210,00/mês e o volume consumido de água de 18.650,00m³/mês, reduziu para 18.075/mês; e o custo real da água em R$14,75/m³, subiu neste período para R$15,50/m³. Nesta esteira, o custo médio por parque em maio/2009 era R$7.450,00/mês e passou para R$7.575,00, e o consumo de água tratada por parque reduziu de 505,00m³/mês para 488,50m³/mês. Avaliando os resultados neste período, significou uma economia mensal de 3,27%. As providencias efetivas adotadas pela Comissão Interna no período entre janeiro de 2010 até hoje, trouxe uma economia média de 3,27%. Porém, não foi possível obter um resultado expressivo pela curva ABC, visto o impacto negativo de 29 a 38% no total das despesas decorrente do Parque Ibirapuera.





Entretanto, acreditamos que com a implantação do PURA da Sabesp e da telemedição, a redução do consumo de água ficará entre 10 a 50%, desde que haja manutenção do sistema hidráulico, e acessoriamente, será beneficiado pela tarifa diferenciada da Sabesp com desconto de 25%.




5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OKABAYASHI, F.J. Reengenharia aplicada ao estudo do custo da água da Sabesp e



redução do consumo nos parques municipais. 2009. Disponível no p. a. nº 2009-0.144.153-4.



SILVA, I. M. e CURADO, M. J. A Sustentabilidade no Espaço Público. Disponível em http://www.serralves.pt/documentos/conf_paisagem/IsabelSilva_MariaJcurado.pdf



UMBUZEIRO, G. A., LORENZETTI, M. L. Fundamentos da gestão da qualidade das águas superficiais: resolução CONAMA 357/2005. 2009.


http://parquessustentaveis.blogspot.com/



6. AGRADECIMENTOS PELO APOIO:



  • Dr. Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho - Secretário de SVMA
  • Carlos Roberto Fortner - Chefe de Gabinete de SVMA
  • Dr. Helio Neves - Assessor Especial de SVMA
  • Rose Inojosa - Diretora da UMAPAZ
  • Linete M. Mezzenga Haraguchi - SVMA
  • Administradores dos parques Ibirapuera, Aclimação, Carmo, Cemucam,Independência, Guarapiranga, Rodrigo de Gasperi, Piqueri, Trianon, Anhanguera e Luz.
  • Equipe técnica do DEPAVE-1;DEPAVE-5 e DEPAVE-8/SVMA
  • Dra. Gisele A. Umbuzeiro - UNICAMP
  • Geraldo Degasperi* http://www.wix.com/josegeraldo/degasperi-arts




Anais do I Congresso de Áreas Verdes da SVMA - Florestas Urbanas, disponível para download:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/meio_ambiente/arquivos/primeiro_congresso_av.pdf


Entrega de Certificados de Conclusão de Cursos de Aperfeiçoamento

Entrega de Certificados de Conclusão de Cursos de AperfeiçoamentoCom apoio e presença do presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Edson Simões, a Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes Sales promoveu, no dia 11 de novembro, a cerimônia de entrega dos certificados de conclusão dos cursos de Aperfeiçoamento em Gestão Pública Ambiental, em Direito Administrativo e em Controladoria Governamental. O evento contou com a participação de 58 alunos, além de professores e convidados.
Após cumprimentar os presentes, o presidente lembrou a importância do aperfeiçoamento dos trabalhos realizados na área pública no Brasil, destacando o trabalho da Escola de Contas na melhoria da atuação do servidor público. “Esse trabalho vem sendo desenvolvido há, no mínimo, dez anos e tende a aumentar, porque todos nós, como funcionários públicos, temos uma responsabilidade com o tratamento e com a qualidade dos serviços prestados à população”, disse.
Em um retrospecto histórico, que buscou reforçar a importância da educação para o desenvolvimento de um país, o presidente da Corte de Contas lembrou o Japão, que conseguiu se tornar uma potência após o ataque com bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945. “Graças à ciência, à tecnologia e aos professores, no início dos anos 70, o país se transformou num Japão competitivo com Estados Unidos e Europa”, afirmou.
O presidente citou também a China, que investiu em pesquisas e no ensino quando não estava inserida na Organização das Nações Unidas (ONU) e no mercado internacional e enviou muitos de seus cientistas para a Inglaterra e outros países da Europa com o objetivo de obter conhecimentos que pudessem ser retransmitidos aos chineses. Ainda em sua observação, destacou que a mesma relação entre educação e desenvolvimento pôde ser vista na Coreia do Sul.
“Portanto, o ensino é fundamental para que aconteça o desenvolvimento de um país, de tal maneira que as diversas categorias sociais conquistem autossuficiência. Por intermédio do ensino é que conseguimos o desenvolvimento de uma mercadoria que ninguém pode roubar: conhecimento. Ninguém pode roubar esse patrimônio. O conhecimento implica em ensino e ensino implica em trabalho efetuado pelos professores”, reforçou. 
Ele prosseguiu lembrando que o papel da escola é de questionar o aluno para, assim, estimular o aprendizado. “A escola não resolve problemas. Ela cria questões para serem resolvidas e é a partir delas que nós aprendemos a teoria e a práxis. Essa Escola de Contas atua no sentido de melhorar o trabalho dos funcionários públicos municipais e de outras áreas para que possamos prestar um bom serviço à população. E o que fica além da qualidade é o conhecimento existencial, fruto desse aprendizado”, concluiu.
Após a fala do presidente, os professores foram convidados a compor a mesa para entregar os diplomas aos alunos. Em seguida, alguns dos presentes fizeram uso da palavra para lembrar a importância dos cursos dos quais participaram e agradecer a dedicação e companhia de colegas e professores.
No encerramento da solenidade, Abrão Blumen, diretor e professor da Escola de Contas, parabenizou professores e alunos pelo empenho durante os cursos e destacou a importância da educação para o desenvolvimento da atuação do servidor público e da própria sociedade. “A presença de vocês nos torna cada vez mais gratificados. A Escola de Contas não termina aqui, nós iniciamos um trabalho, mas o aprendizado é contínuo. O processo de ensino não se encerra com esses cursos, ele continua com vocês, permanentemente”, afirmou.
Participaram da cerimônia os professores Abrão Blumen, Álvaro Caggiano, Ana Mariko Hara, Barbara Popp, Carlos Laberto Martinelli, Dorival Caldeira da Silva, Edna Souza Matos, Helane Christiane Mendes Cabral, Hercules Ricardo Migliano, Itiro Takeda, Izabel Carmargo Lopes Monteiro, José Alberto Bicudo Paranhos, Karina Houat Harb, Lecticia Maria Dias e Silva, Ligia Ribeiro Salsa Fonseca, Luiz Camargo, Marcos Alcyr Brito de Oliveira, Marcos Tadeu Barros de Oliveira, Marcos Vicente Arrivabene Sanches, Maria Herminia Penteado Moccia, Mariana Uyeda, Moacir Marques da Silva, Orlando de Carvalho Sbrana, Rosano Pierre Maieto, Sebastião Luz de Brito, Soila Barbosa, Valmir Leôncio da Silva e Wagner Dal Medico.
A solenidade também contou com participação e agradecimento especial a dois novos professores que foram alunos de cursos de aperfeiçoamento da Escola de Contas: Ivan de Oliveira Mello, responsável pelas aulas de “Gestão de Recursos Sólidos Urbanos”, e Frederico Jun Okabayashi, professor do curso “Desafio da Gestão Sustentável da Água nos Parques Públicos”.



Nova York vai proibir cigarro eletrônico em locais públicos e fechados

Nova York vai proibir cigarro eletrônico em locais públicos e fechados



Se medida for sancionada, uso dos ''e-cigarettes'' ficará sujeito às mesmas restrições de consumo que o produto tradicional

A cidade de Nova York adotou uma nova medida que vai aumentar o cerco ao tabagismo. Por 43 votos a 8, os vereadores do município decidiram banir o uso de cigarro eletrônico dos locais públicos e fechados. Assim que o prefeito Michael Bloomberg — prestes a deixar o cargo — sancionar a lei, o produto passará a estar sujeito às mesmas restrições de consumo que o cigarro tradicional.
Reprodução/blu cigs

Nova York foi pioneira ao restringir o consumo de cigarro; dez anos depois, nova medida quer proibir "e-cigarettes"

Os “e-cigarettes”, como são conhecidos nos EUA, viraram uma febre em Nova York. O dispositivo que simula o tabaco emitindo vapor com baixa dosagem de nicotina trouxe de volta a densa fumaça expirada pelos fumantes aos bares, restaurantes, lojas e shopping centers da cidade.


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Há dez anos, em 2003, Nova York foi pioneira ao restringir o uso de cigarros convencionais. A despeito da onda de reclamação e resistência, a medida “pegou” e a lei foi adotada em outras regiões dos Estados Unidos. Alguns anos mais tarde, chegou também ao Brasil.
Uma década após sua implementação, a lei parece ter logrado grande aceitação pública. Até os mais céticos — que temiam graves prejuízos ao setor de bares, restaurantes e turismo — concordam que a medida foi eficaz. O prefeito Michael Bloomberg afirma que a lei salvou mais de 10 mil vidas.
Saúde pública
Se a restrição ao tabaco foi uma medida de saúde pública, o cerco aos “e-cigarettes” pode não ter nada a ver com a questão. A própria câmara dos vereadores reconhece que aprovou a lei por motivos diversos.
“Os cigarros eletrônicos são desenhados para se parecerem com os cigarros convencionais e serem usados como tais. Isso pode causar confusão”, disse Christine Quinn, líder dos vereadores.


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Outro parlamentar também demonstrou preocupação com a semelhança do produto. Para James Gennaro, a difusão do seu uso poderia minar os esforços antitabaco adotados pela cidade.
De acordo com um estudo da Drexel University, os cigarros eletrônicos representam apenas 1% do risco dos cigarros de verdade. Outras pesquisas indicam que o vapor soprado contém certas substâncias cancerígenas — ainda que em baixíssima quantidade.
No Brasil, a venda e a importação do produto são proibidas em razão da incerteza sobre seus efeitos na saúde.


Algumas semanas atrás, a cidade de Nova York também aumentou a idade mínima para a compra de cigarros: de 18 para 21 anos. É o primeiro grande município dos EUA a fazer isso.

Novos cenários na iluminação

Novos cenários na iluminação
http://www.ipt.br/noticia/689.htm

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Pesquisador do IPT avalia prós e contras das fluorescentes compactas que estão substituindo as incandescentes


Em 2017 as lâmpadas incandescentes não mais poderão ser comercializadas no Brasil, assim como já ocorreu em 2012 na Europa, e a tendência é de que sejam substituídas pelas fluorescentes compactas (LFC). Já a partir de 1º de julho as lâmpadas incandescentes de potência superior a 100 W não deverão ser encontradas no mercado, de acordo com a portaria interministerial 1.007/2010, pela própria impossibilidade deste modelo alcançar os parâmetros de eficiência energética estabelecidos pela portaria.


Para o pesquisador e coordenador do Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticosdo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Mario Leite Pereira Filho, a medida implicará uma grande redução no consumo de energia elétrica no País. Estima-se que a iluminação seja responsável por 17% do total da energia total consumida no Brasil, inclusive a doméstica, que utiliza principalmente lâmpadas incandescentes. Outro fator a ser considerado é a maior durabilidade das LFC em comparação às incandescentes. 



Indústrias fabricantes de lâmpadas fluorescentes compactas precisam investir em tecnologia e aprimorar os processos de produção, afirma o pesquisador Mario Leite Pereira Filho
“Dependendo do modelo, a lâmpada fluorescente compacta é quatro ou cinco vezes mais econômica do que a equivalente incandescente. Imagine a economia para um prédio que substitui mil lâmpadas de 100 W pela fluorescente compacta! Sem falar na redução de consumo com ar condicionado, por exemplo, ao retirar lâmpadas que aquecem mais o ambiente, além da questão da sustentabilidade, pois há menor descarte de lâmpadas e redução no consumo de combustível e água utilizados nas hidrelétricas”, afirma o pesquisador.


Entretanto, o pesquisador adverte que as indústrias fabricantes de lâmpadas fluorescentes compactas precisam investir cada vez mais em tecnologia e aprimorar os processos de produção, pois o custo final para o consumidor da LFC é três ou quatro vezes maior em relação ao da incandescente. “No Brasil são fabricadas as lâmpadas fluorescentes tubulares e as incandescentes, porém as fluorescentes compactas em geral são produzidas na China. Para o consumidor final perceber concretamente a economia, as LFCs precisam ter um custo menor e uma vida útil ainda maior”, adverte.



Outro fator que provoca a resistência do consumidor em substituir a lâmpada incandescente pela fluorescente compacta é a questão do conforto e da cor. As LFCs normais apresentam cor branca, daí a denominação de lâmpadas frias, e não são indicadas para todos os espaços, como uma sala de estar ou um quarto de dormir, por exemplo. 



“A referência ideal de iluminação é o próprio sol, que fornece calor e a melhor reprodução de cor. As pesquisas têm evoluído no sentido de melhorar as características das lâmpadas fluorescentes compactas – já está disponível no mercado uma LFC com a cor mais amarelada, percebida como mais aconchegante, mas o custo ainda é elevado e há uma redução de cerca de 10% na luminosidade”, afirma Pereira Filho. Há outras opções de iluminação, como a lâmpada dicroica que tem a vantagem da cor quente, mas o fluxo de luz é direcionado e sua eficácia ainda é menor que a das LFC, e cresce o consumo da lâmpada LED – entretanto, ela tem alto custo e a reprodução de cor é ainda pior do que a LFC.



O Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos tem acompanhado as mudanças do mercado e da legislação, e possui condições para elaborar todos os tipos de estudos e testes de fluxo luminoso, de eficácia luminosa, de vida útil do produto e de segurança para o usuário, um aspecto fundamental para um dispositivo ligado diretamente à rede elétrica. Para Oswaldo Sanchez Jr, pesquisador do laboratório, as inovações no campo da iluminação são constantes e ainda haverá muitas novidades no segmento. “A tendência é que as lâmpadas LED sejam produzidas em maior escala, baixando seus custos e passando a competir com as fluorescentes compactas. Por sua vez, os fabricantes das LFC terão que investir em tecnologia para tornar seu produto cada vez mais vantajoso para o consumidor”, afirma ele.