quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal

Pescado é vendido no Brasil sem atender a critérios de sustentabilidade


4/12/2013 10:20
Por Redação, com BBC - de Brasília


O governo federal lança nesta quarta-feira o Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal
O governo federal lança nesta quarta-feira o Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal
O governo federal lança nesta quarta-feira o Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal, uma iniciativa de R$ 40 milhões que envolverá, durante os próximos quatro meses, campanhas públicas de esclarecimento, operações de fiscalização e a entrega de “selos de pesca legal” a donos de embarcações pesqueiras regularizadas. As autoridades acreditam que a pesca ilegal possa chegar a 5 milhões de toneladas por ano, comprometendo a manutenção dos estoques pesqueiros e a fauna marinha em geral.
Entretanto, não apenas a pesca ilegal, mas a própria falta de conhecimento dos consumidores e a pouca oferta de produtos certificados então entre as causas atribuídas no Brasil ao consumo de pescado de forma não sustentável, ou seja, sem preservar os limites impostos pela própria natureza.
Embora tenha 7.373 quilômetros de costa, o Brasil ocupava em 2011 apenas a 19ª posição no ranking mundial de produção de pescados. Explorando o potencial do país, a indústria pesqueira nacional vem ampliando sua produção – segundo um levantamento também de 2011, a produção brasileira legalizada foi de cerca de 1,432 milhão de toneladas, o que representou um aumento de 13,2% em relação ao ano anterior.
A maior parte do peixe capturado no país em 2011, 38,7%, veio da pesca extrativa marinha, que, para ser sustentável, deveria seguir precauções que visam preservar os estoques de peixe, evitando assim a sobrepesca de espécies que estão desaparecendo na natureza.
Mas, apesar de existirem medidas voltadas a proteger os peixes mais ameaçados, a realidade mostra que consumidores, empresários e até mesmo formuladores de políticas públicas desconhecem a situação atual dos estoques pesqueiros na costa brasileira.
Além disso, quase não há campanhas de esclarecimento sobre quais espécies devem ser preferidas, por serem mais abundantes, ou quais devem ser evitadas.
Reforçando o problema, a pesca certificada, que representa um caminho para garantir a oferta sustentável de espécies comerciais, está dando apenas seus primeiros passos no país, enquanto que a aquicultura ainda abrange principalmente espécies de água doce.
Gosto e preço
O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) não tem estatísticas consolidadas sobre as espécies de peixes mais consumidas no Brasil. Um levantamento divulgado pelo ministério, porém, revela que, das dez espécies de pescado mais consumidas pelos brasileiros na última Semana Santa, apenas duas (tilápia e pacu) eram de água doce.
A espécie mais consumida foi a sardinha, seguida pela corvina, pela cavalinha, pelo cação e pela tilápia.
Mas, de acordo com um Cliqueguia pioneiro no Brasil, lançado em 2009 com o objetivo de orientar o consumo responsável de pescado, os consumidores deveriam consumir com moderação tanto sardinhas quanto corvinas, e deveriam evitar o consumo de cação, devido à sobrepesca.
Para Cintia Miyaji, bióloga e uma das responsáveis pelo manual, o fato de o consumo sustentável de peixe ser ainda no Brasil uma questão pouco conhecida se deve em parte às características dos próprios brasileiros.
- O brasileiro mal sabe qual é o peixe que está comendo. Não tem o hábito nem o paladar refinado o suficiente para questionar qual o peixe que está consumindo – opina. “O brasileiro escolhe o peixe pelo gosto ou, então, pelo preço.”
- Temos um fenômeno complicador que é a disseminação do hábito de consumir sushi e sashimi. Virou febre mundial, sinônimo de alimentação saudável, mas sem qualquer questionamento sobre a sustentabilidade.
Governo
Quando a conscientizar o consumidor, o Ministério diz que ainda em 2008 quando a pasta era uma secretaria vinculada à Presidência da República – participou uma de suas primeiras campanhas, voltada ao consumo responsável da lagosta.
Certificação e aquicultura
Um dos caminhos mais fáceis para estimular o consumo sustentável é oferecer ao consumidor produtos com selos de certificação, uma tendência que está chegando ao Brasil.
A certificação da ONG italiana Friend of the Sea é concedida atualmente para produtos de três empresas no Brasil (outras três estão com a certificação vencida). Isso significa que o programa de certificação da ONG atestou que essas companhias seguem práticas sustentáveis.
Por sua vez, a entidade sem fins lucrativos britânica MSC (Marine Stewardship Council, ou “Conselho de Manejo Marinho”), que mantém um respeitado programa de certificação, ainda não concedeu seu selo a nenhuma pescaria (nesse caso, o nome se refere a áreas geográficas onde é realizada a pesca, podendo abranger mais de uma espécie de pescado) no país, apesar de mais de 20 seguirem seu programa e estarem a caminho de conseguir o rótulo.
- Os próximos dois ou três anos serão importantes. Estamos vivendo dias de pioneirismo – diz Laurent Viguie, gerente da MSC no Brasil
Embora reconheça que “há pouca conscientização sobre temas de sustentabilidade de pescarias entre consumidores do Brasil no momento”, ele lembra que o mesmo ocorria em todo o Ocidente “até cinco anos atrás”.
- Com o crescimento da classe média no Brasil, e o aumento da estabilidade econômica, isso irá mudar. O site da MSC em português já recebe mais de 500 visitas por semana e eu respondo cada vez mais perguntas de consumidores todos os dias – diz Viguie.
Além da certificação, a aquicultura também se mostra promissora para ampliar o consumo sustentável – ainda que, para que isso possa ocorrer, a prática tenha que seguir rigorosas normas de controle.
Em 2011, a aquicultura marinha já respondia por 6% da produção de pescados nacional – muito pouco se comparado com a aquicultura continental (piscicultura), que respondia por 38%, quase o mesmo que a pesca extrativa marinha.
De qualquer forma, para Viguie e Dutra, mesmo o desenvolvimento da aquicultura e o aumento das certificações não devem provocar alterações no mercado de pesca no Brasil se não houver uma mudança de mentalidade dos compradores de peixe.
- O consumidor é quem vai de fato criar o estímulo para que os produtos sustentáveis se tornem realidade, valorizando o pescado capturado de forma responsável e criando o ambiente adequado para as mudanças no setor – diz Dutra.

A "saúde da edificação" depende de engenheiros e arquitetos

Câmara aprova projeto de lei que obriga edifícios a passarem por inspeção a cada cinco anos


Além disso, as condições de seguranças contra incêndio e do sistema de elevadores deverão ser avaliadas anualmente. Presidente do Ibape-SP, porém, critica

Rodrigo Louzas, do Portal PINIweb
4/Dezembro/2013

Marcelo Scandaroli
Na última terça-feira (3), a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, em caráter conclusivo, o projeto de lei 3370/12, que obriga todos os edifícios a passar por inspeção do estado geral de solidez e funcionalidade a cada cinco anos. Para prédios com mais de 20 anos, o intervalo entre as inspeções cai para três anos.
Além disso, pelo texto aprovado, as condições de seguranças contra incêndio e do sistema de elevadores deverão ser avaliadas anualmente. Caso seja constatada alguma irregularidade, os edifícios terão até 90 dias após o recebimento do laudo para corrigi-las.
Para unidades individuais em prédios de uso coletivo, sempre que houver reformas que possam acarretar modificações estruturais, o proprietário precisa oferecer ao condomínio laudo de responsabilidade técnica. Vale ressaltar que unidades habitacionais de até dois andares ficam dispensadas de cumprir as exigências previstas no texto.
Agora o PL 3370/12 seguirá para análise do Senado, exceto se houver recurso para que seja examinado pelo Plenário da Câmara.
A reportagem da PINIweb conversou com a presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (Ibape-SP), Flávia Zoégas Andreatta Pujadas, sobre a proposta. Confira:
Qual a avaliação do Ibape-SP sobre esse projeto de lei aprovado na Câmara?
Sob o ponto de vista técnico, o projeto de lei confunde as atividades de Perícia, Vistoria e Inspeção Predial. De acordo com a ABNT NBR 13753: Perícias de Engenharia na Construção Civil, Vistoria é "constatação de um fato em imóvel, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o constituem, objetivando sua avaliação ou parecer sobre o mesmo", já a Perícia é "atividade concernente a exame realizado por profissional especialista, legalmente habilitado, destinado a verificar ou esclarecer determinado fato, apurar as causas motivadoras do mesmo, ou o estado, alegação de direitos ou a estimação da coisa que é objeto de litígio ou processo".
Quanto a Inspeção Predial ou a "vistoria pericial" que trata o projeto de lei, possui definição nas normas do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia como sendo: "a avaliação das condições técnica, de uso e de manutenção da edificação". Essa definição está sob alteração na Comissão de Estudos da ABNT, que trata de Norma ABNT sobre Inspeção Predial. Nesse texto base da norma ABNT, a Inspeção Predial que muito projetos de lei tratam, inclusive esse federal, é definida como "Avaliação visual das condições técnicas, de uso, operação, manutenção e funcionalidade consideradas as exigências dos usuários."
Assim, a "vistoria pericial" mencionada no projeto de lei não atende aos requisitos técnicos normativos e pode gerar confusões nas contrações dos profissionais.
Quais os outros pontos que podem confundir os profissionais?
O projeto de lei menciona que as fundações das edificações devem ser vistoriadas. Isso é um despropósito técnico. Isso deve ser realizado, quando necessário, por empresa especialista e não em uma vistoria de caráter geral. Ademais, não há condições físicas de se "vistoriar" as fundações de um edifício.
Também, avaliações sobre estabilidade estrutural devem ser realizadas caso existam indícios e manifestações patológicas constatadas na inspeção predial que indiquem a necessidade desse tipo de avaliação. Isso, também, deve ser realizado por profissional ou empresa especializada.
Outro ponto a ser destacado, é que no projeto de lei há menção apenas aos profissionais engenheiros inscritos nos CREAs, entretanto, se observados aspectos legais, os arquitetos também podem fazer as inspeções prediais. Tanto arquitetos como engenheiros civis devem responder pelos sistemas relacionados às suas habilitações. Já para inspeção nas instalações elétricas, deve-se compor equipe multidisciplinar com engenheiro eletricista e para as instalações e equipamentos mecânicos com o engenheiro mecânico. Caso contrário, trata-se de exercício ilegal da profissão.
O que é a inspeção predial segundo o Ibape-SP?
A inspeção predial deve ser entendida com um check-up "médico" na edificação. Caso esta verifique necessidade de maiores avaliações e inspeções de especialistas, deverá recomendar suas contratações, como um clínico geral recomenda a consulta com um cardiologista, nefrologista, etc.
Para que o laudo de inspeção predial tenha efeito e cumpra seu papel como ferramenta do síndico, gestor ou proprietário no cumprimento da manutenção predial, deve-se entender que esta atividade técnica possui regramento normativo, metodologia própria e deve ser realizada por profissional habilitado e especialista. Caso contrário, os laudos não servirão como forma preventiva para acidentes prediais.
A metodologia da inspeção predial estará detalhada na Norma ABNT em fase de elaboração e servirá como regulamentação das leis e decretos já aprovados com essa finalidade, pois todos carecem de regulamentação técnica.
O que deve ser considerado em uma avaliação como esta?
Conforme mencionado, a inspeção predial é um check-up da edificação. Para tanto, a metodologia técnica de sua realização seguem as seguintes etapas de trabalho do profissional para produção de um laudo com fotografias:
a) Anamnese da edificação com identificação de suas características construtivas, idade, histórico de manutenção, intervenções, reformas e alterações de uso ocorridas durante a vida útil;
b) Verificação e análise da documentação requisitada pelo inspetor para realização do trabalho;
c) Vistoria da edificação de forma sistêmica, considerada a complexidade das instalações existentes;
d) Classificação das anomalias e falhas de manutenção uso e operação constatadas nos itens vistoriados, e das não conformidades com a documentação analisada;
e) Classificação da prioridade das anomalias e falhas;
f) Recomendações técnicas para cada anomalia e falha de manutenção, uso e operação constatadas;
g) Avaliação da manutenção, conforme itens da ABNT NBR 5674;
h) Avaliação do uso;
i) Redação e emissão de laudo.
O desenvolvimento dos itens deverá ser planejado conforme o tipo da edificação, consideradas suas características construtivas, qualidade da documentação entregue ao inspetor e idade.
Quais são os principais problemas encontrados hoje nas manutenções prediais?
As falhas mais comuns constatadas estão relacionadas ao não conhecimento técnico por parte de proprietários, síndicos e gestores das vidas úteis de elementos construtivos, o que impede que as atividades preventivas e corretivas planejadas sejam executadas na época correta. Neste sentido, observam-se:
- deficiência de atividade de reaperto e limpeza de quadros elétricos;
- infiltrações de água em revestimentos e outros sistemas construtivos causadas pela falta de substituição de mastique, selantes e outros elementos de vedações em juntas, rufos, etc.;
- falha na execução das manutenções dos para-raios, deixando hastes soltas, cabos interrompidos, partes metálicas de cobertura sem interligação com o sistema, etc.
- deficiências nas execuções das atividades de pinturas em geral, sejam nas fachadas, nas tubulações e partes metálicas existentes;
- entre outras.
De uma forma geral, verifica-se ausência de plano de manutenção e não atendimento a ABNT NBR 5674.

Nova norma de inspeção de estruturas de concreto entra em vigor


Texto estabelece as competências mínimas exigidas para certificar os profissionais da área

Rodrigo Louzas, do Portal PINIweb
13/Novembro/2013
Marcelo Scandaroli
Entrará em vigor nesta quinta-feira (14) a NBR 16230, que aborda os requisitos de Inspeção de Estruturas de Concreto e de Qualificação e Certificação de Pessoal. Elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Serviço de Inspeções de Estruturas de Concreto (ABNT/CEE-169), a normativa, como o próprio nome referencia, tem como objetivo estabelecer os requisitos para a certificação de profissionais que atuam na área de inspeção de estruturas de concreto.
De acordo com o coordenador da Comissão de Estudo responsável pela elaboração da norma, Júlio Timerman, "o texto estabelece as competências mínimas exigidas para certificar os profissionais que desejam atuar na inspeção de estruturas de concreto". Segundo o coordenador, a normativa estabelece também dois níveis de profissionais a serem certificados: Inspetor I e II.
O Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), aliás, abrirá no início de 2014 as inscrições para a certificação destes profissionais abrirão. Para Timerman, em médio prazo, contratantes de serviços, como Petrobrás, Sabesp, Metrô, entre outros, priorizarão a contratação de profissionais certificados.


Edifícios no Rio de Janeiro devem fazer autovistoria até 1º de janeiro

Segundo informações da prefeitura, até agora, apenas 597 dos 280 mil prédios fizeram a inspeção obrigatória

Rodrigo Louzas, do Portal PINIweb
21/Novembro/2013

Shutterstock
Os laudos das vistorias técnicas obrigatórias para prédios na cidade do Rio de Janeiro devem ser entregues até 1º de janeiro. A exigência está no Decreto nº 37.426/13, que regulamentou a Lei Complementar nº 126/13 e a Lei nº 6.400/13. A medida foi criada após o desabamento, em janeiro de 2012, de três prédios no centro da capital.
Até agora, apenas 597 dos 280 mil prédios fizeram a vistoria na cidade carioca, segundo a prefeitura. Os serviços deverão ser contratados pelos gestores dos prédios e elaborados por engenheiros, arquitetos ou empresas, legalmente habilitados nos respectivos Conselhos Profissionais, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro (CREA/RJ) ou no Departamento do Rio de Janeiro do Conselho de Arquitetura (CAU/RJ).
O laudo deve atestar a segurança, estabilidade e boa conservação da edificação ou indicar as reformas a serem feitas e os prazos para execução. As avaliações devem ser repetidas a cada cinco anos, no máximo.
Pelo decreto, só não precisa fazer a vistoria os imóveis com até dois andares e área construída inferior a mil metros quadrados; os unifamiliares ou bifamiliares; com menos de cinco anos de "habite-se"; ou localizados em áreas de especial interesse social. Prédios além dessas especificações e que tenham marquise ou varanda sobre áreas públicas deverão ter inspeção.

Manual sobre os parâmetros e exigências da Norma de Desempenho na área de acústica

ProAcústica lança manual sobre os parâmetros e exigências da Norma de Desempenho na área de acústica

Publicação está disponível para download gratuito no site da entidade

Rodrigo Louzas, do Portal PINIweb
4/Dezembro/2013
A Associação Brasileira para Qualidade Acústica (ProAcústica) lançou o "Manual ProAcústica sobre a Norma de Desempenho", que tem como objetivo orientar os profissionais da construção civil sobre os parâmetros e exigências da NBR 15.575 no campo da acústica. A publicação foi criada pelos engenheiros Davi Akkerman, presidente da ProAcústica, e Juan Frias Pierrard, consultor técnico da entidade.
O manual tem cinco capítulos: instalações, equipamentos prediais e sistemas hidrossanitários, sistemas de pisos, sistemas de vedações verticais internas (paredes), sistemas de vedações verticais externas (fachadas) e sistemas de coberturas.

Enfraquecimento do real ameaça Amazônia no Brasil

Enfraquecimento do real ameaça Amazônia no Brasil

Segundo ecologista, maior queda de uma moeda no mundo está ameaçando os ganhos do país no combate ao desmatamento

Blake Schmidt, da 
Amazonia Spress/Reuters
Desmatamento na Amazônia
Desmatamento na Amazônia: dados de julho mostraram que desmatamento na região cresceu 28 por cento em relação ao ano anterior
São Paulo - A maior queda de uma moeda no mundo está ameaçando os ganhos do Brasil no combate ao desmatamento da Amazônia, segundo um ecologista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
A queda de 9,7 por cento do real nos últimos seis meses, para 2,3537 por dólar, o pior desempenho entre as 16 principais moedas monitoradas pela Bloomberg, significa que lucros maiores podem ser alcançados com a conversão da floresta em fazendas ou sítios para a exportação de commodities, disse Philip Fearnside, em entrevista concedida em 2 de dezembro, em seu escritório, em Manaus. Uma moeda mais fraca incha a receita para os exportadores, que vendem seus produtos em dólares.
Neste ano, o desmatamento da Amazônia aumentou em relação à sua maior baixa em 24 anos, segundo a Agência Especial Brasileira, que monitora os dados com fotografias de satélite. O real ganhou 55 por cento entre 2004 e 2011, o melhor desempenho entre as moedas principais, enquanto as taxas de juros em queda reforçaram o crescimento econômico.
“A maior parte da redução do desmatamento desde 2004 foi explicada pelos preços da soja e da carne bovina e deve-se à taxa de câmbio”, disse Fearnside, que possui um doutorado em ecologia pela Universidade de Michigan. “Se o exportador de soja teve despesas em reais e foi pago em dólares, ele recebeu metade do que antes devido ao fortalecimento do real. Agora, com o real a 2,30 por dólar, o negócio se tornou mais lucrativo do que quando o real estava a 1,50 por dólar”.
Os dados de satélite relativos aos 12 meses terminados em julho mostraram que desmatamento na região da Amazônia, que é do tamanho da Europa Ocidental, cresceu 28 por cento em relação ao ano anterior. O total de terras desmatadas atingiu 5.843 quilômetros quadrados, segundo dados da AEB publicados no mês passado.
Classificação de crédito
O real caiu neste ano em meio às previsões de crescimento reduzido e um corte, pela Standard Poor’s e pelo Moody’s Investors Service, da perspectiva em relação à classificação de investimento do país.
A Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse no mês passado que o aumento do desmatamento foi impulsionado pela derrubada ilegal de árvores nos estados do Pará e do Mato Grosso do Sul.
“O governo não aceitará nenhum aumento”, disse ela, em Brasília, em 14 de novembro, segundo um comunicado no site do ministério. “Não há a menor possibilidade de regularizar desmatamentos ilegais”.

Chef Jamie Oliver mostra em vídeo o processo de fabricação do MCdonald’s - See more at: http://pocos10.com.br/chef-jamie-oliver-mostra-em-video-o-processo-de-fabricacao-do-mcdonalds/#sthash.s5UFZJHl.dpuf






http://www.youtube.com/watch?v=wshlnRWnf30#t=223

McDonald’s muda receita do hambúrguer após denúncia do chef e apresentador britânico Jamie Oliver


Conhecido por sua luta para acabar com os restaurantes “fast foods” e tornar a alimentação dos grandes centros urbanos mais saudáveis, o chef britânico Jamie Oliver teve sua primeira “vitória” nos Estados Unidos. Ele conseguiu que a rede de lanchonetes McDonald’s alterasse a receita dos seus hambúrgueres, afirma o jornal britânico “Daily Mail”. A receita, que o apresentador e culinarista apelidou de “lodo rosa”, passa por um processo que transforma os restos de gordura e carnes impróprias para consumo em recheio para seus lanches. Após ser centrifugada, a carne é “lavada” em uma solução de hidróxido de amônia e água. A substância química é nociva à saúde, e a exposição excessiva em um longo período pode causar, entre outros efeitos, dor de cabeça, vômito e dores abdominais.  “Basicamente, estamos falando de comida que seria vendia por um preço muito baixo para produzir comida para cachorro, mas, depois desse processo, é vendida como alimento para humanos”, diz Oliver. A reação da audiência norte-americana ao saber sobre como o lanche é feito causou impacto no país. Em seu programa, “A Revolução Cuilnária de Jamie Oliver”, o chef mostra como são produzidos os alimentos processados que as pessoas consomem diariamente. Para explicar como o alimento chega até a mesa das pessoas, Jamie Oliver convida adultos e crianças a se juntar a ele no estúdio.  “Muitas vezes as pessoas não sabem de onde a comida que eles comem vêm, ou a procedência dos alimentos servidos aos filhos deles na escola”, afirma Oliver. Para o britânico, as pessoas teriam um alimentação mais saudável ao terem mais acesso à informação. Em entrevista ao jornal britânico “Daily Mail”, o microbiologista Geral Zirnstein, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, concordou que o uso do hidróxido de amônia deve ser banido. “Não considero que essa ‘coisa’ seja carne moída e acho que permitir que ela seja utilizada como tal é uma fraude”, afirmou Zirnstein. Representantes da rede de lanchonetes disseram que a retirada desses produtos de seus cardápios não está ligada a nenhum evento em particular, apenas ao “desejo da rede de respeitar e apoiar os padrões de segurança e qualidade dos alimentos, estipuladas pelo governo dos EUA”. Assista a um trecho do programa, em inglês, onde Jamie Oliver critica e explica o processamento dos hambúrgueres:
(o vídeo está em inglês, mas as imagens não precisam ser traduzidas)
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