quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Países assinam convenção para controlar o uso de mercúrio

10/10/2013 08h12 - Atualizado em 10/10/2013 08h12

Países assinam convenção para controlar o uso de mercúrio

Objetivo de acordo é reduzir emissões de mercúrio, tóxicas para a saúde.
Mercúrio pode trazer problemas psicológicos, digestivos e respiratórios.

Da AFP
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 Ministro do Meio Ambiente do Japão Nobuteru Ishihara (dir.) e Achim Steiner (esq.), diretor executivo do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep) depositam flores no monumento pelas centenas de vítimas de envenenamento por mercúrio na cidade de Minamata; local sediou pior episódio de intoxicação industrial do país. (Foto: AFP Photo/Jiji Press)Ministro do Meio Ambiente do Japão Nobuteru Ishihara (dir.) e Achim Steiner (esq.), diretor executivo do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep) depositam flores no monumento pelas centenas de vítimas de envenenamento por mercúrio na cidade de Minamata; local sediou pior episódio de intoxicação industrial do país. (Foto: AFP Photo/Jiji Press)
Os representantes de quase 140 países assinaram nesta quinta-feira (10) no Japão a "Convenção Minamata" sobre o uso e as emissões de mercúrio, que leva o nome da cidade japonesa que sofreu o mais grave envenenamento por este metal altamente tóxico.
A Convenção Minamata foi assinada em uma reunião organizada pela ONU em Kumamoto, perto de Minamata, depois de ter sido elaborada e adotada em janeiro em Genebra.
O objetivo do acordo é reduzir a nível mundial as emissões de mercúrio, muito tóxicas para a saúde e o meio ambiente, assim como a produção e o uso do mercúrio, em especial durante a fabricação de produtos e nos processos industriais.
Uma vez ratificado por 50 Estados, o tratado entrará em vigor, o que poderia levar de três a quatro anos.b'Precisamos que muitos países em desenvolvimento ratifiquem o tratado para que entre em vigor o mais rápido possível', declarou o ministro do Meio Ambiente japonês, Nobuteru Ishihara.
O mercúrio é um metal pesado muito tóxico para os seres vivos. Uma exposição intensa ao mercúrio prejudica o sistema imunológico e pode provocar problemas psicológicos e digestivos, assim como a perda de dentes, problemas cardiovasculares ou respiratórios.
A convenção prevê sobretudo que até 2020 os produtos que utilizam mercúrio, como os termômetros, desapareçam do mercado e em um prazo de 15 anos o fim do uso na mineração.
Mas os grupos de defesa do meio ambiente temem que a convenção não consiga deter o uso do mercúrio nas pequenas minas de ouro artesanais.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), nos últimos 100 anos, a quantidade de mercúrio presente nos 100 primeiros metros de profundidade dos oceanos, procedente de emissões relacionadas com a atividade humana, dobrou e em águas profundas aumentou 25%.

Sustentabilidade: As casas sustentáveis, na visão de cientista do MIT

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O fundador e diretor do laboratório de mobilidade do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), o italiano Federico Casalegno, afirmou que, no futuro, as casas serão sustentáveis e capazes de tomar decisões sozinhas sobre consumo de água, energia e geração de lixo.
Durante palestra no InfoTrends, Casalegno mostrou alguns projetos de inovação desenvolvidos pelo laboratório que dirige, entre eles a “casa conectada”, construída na cidade de Trento, no norte da Itália. Segundo o pesquisador, a casa sustentável deve terá sensores nas paredes, cômodos e espelhos e os objetos vão comunicar-se entre si. “O refrigerador trocará dados com o telhado da casa e a TV receberá informações da lavadora”, diz. Neste cenário, o usuário poderá ver as luzes se ascenderem conforme seu deslocamento pela casa, mas não terá o desconforto de ver as luzes se apagarem caso ele esteja parado lendo, como ocorreria se fossem usados só sensores de movimento. “É preciso explorar algoritmos para entender o comportamento dos moradores e reagir a eles. Isso é o que chamamos de arquitetura cognitiva robótica”, explicou. Além dis so, disse Casalegno, o imóvel deve combinar sistema de iluminação orgânico, com janelas inteligentes autônomas e autogeração de energia, para alimentar automóveis e eletrodomésticos.
“É preciso desenvolver interfaces capazes de produzir interação entre os objetos e as coisas. Essa será uma das formas de mudar o futuro”, disse ele, após apresentar uma tábua para corte de alimentos capaz de se comunicar com tablets.
O pesquisador disse ainda que, em qualquer pesquisa, é preciso convidar os usuários comuns para testá-las e fazer sugestões. “As pessoas dão usos criativos e inesperados para coisas que foram criadas para diferentes fins. Isto é muito rico e deve ser aproveitado”, disse. Para suportar sua afirmação, Casalegno mostrou fotos curiosas de pessoas usando bicicletas e motos para fins não imaginados por seus fabricantes, como o transporte de mobiliário e animais vivos.