terça-feira, 15 de outubro de 2013

Carros movidos a energia solar percorrem 3 mil km na Austrália

10/10/2013 10h14 - Atualizado em 10/10/2013 10h14

Carros movidos a energia solar percorrem 3 mil km na Austrália

Competição que dura uma semana tem percurso do norte ao sul do país.
Equipes têm várias paradas obrigatórias e acampam durante a noite.

Do G1, em São Paulo
Começou nesta segunda-feira (7) na Austrália o Desafio Solar Mundial (World Solar Challenge), competição em que carros movidos a energia solar devem percorrer mais de 3 mil quilômetros em até uma semana, segundo a agência "AP".
O percurso começou na cidade de Darwin, no norte da Austrália, e vai terminar, no próximo domingo, na cidade de Adelaide, no sul do país. Segundo as regras da competição, toda a energia utilizada durante o percurso deve ser solar ou recuperada da própria energia cinética do veículo.
As equipes avançam no percurso por um período determinado durante dia e acampam durante a noite.
 Foto tirada na terça-feira (8) mostra o carro Indupol One, do time belga, durante o percurso.  (Foto: AP Photo/Geert Vanden Wijngaert)Foto tirada na terça-feira (8) mostra o carro Indupol One, do time belga, durante o percurso. (Foto: AP Photo/Geert Vanden Wijngaert)
 Foto de quarta-feira (9) mostra equipe suíça em uma pausa para manutenção durante a corrida. (Foto: AP Photo/Geert Vanden Wijngaert)Foto de quarta-feira (9) mostra equipe suíça em uma pausa para manutenção durante a corrida. (Foto: AP Photo/Geert Vanden Wijngaert)
 Carro da equipe belga estaciona em um dos pontos de parada nesta terça-feira (8). (Foto: AP Photo/Geert Vanden Wijngaert)Carro da equipe belga estaciona em um dos pontos de parada nesta terça-feira (8). (Foto: AP Photo/Geert Vanden Wijngaert)

Complexo de Piscicultura: desenvolvimento com sustentabilidade

Complexo de Piscicultura: desenvolvimento com sustentabilidade

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Em breve o governo do Acre vai inaugurar 100% das obras do Complexo Industrial de Piscicultura, um investimento nunca antes feito no Acre e que se tornou modelo para o Brasil.
Referência em gestão e em sustentabilidade, o Complexo de Piscicultura do Acre oferece impacto praticamente zero ao meio ambiente. As três indústrias que compõem o complexo são: Centro de Produção de Alevinos, fábrica de ração e frigorífico, que irão trabalhar de forma integrada, onde insumos produzidos por uma serão usados pela outra.
Toda a estrutura foi pensada para garantir a sustentabilidade (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Toda a estrutura foi pensada para garantir a sustentabilidade (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Segundo Jaime Brum, assessor da Peixes da Amazônia, empresa pública, privada e comunitária que constrói e irá administrar o Complexo, tudo foi pensado e construído atendendo às legislações ambientais brasileiras. Segundo ele, todo o resíduo produzido será reutilizado. “No Centro de Produção de Alevinos não há resíduos, o grande insumo que se trabalha é água, pouco de fertilizantes, rações e peixes vivos", comentou.
Brum também esclareceu que o frigorífico será  o que mais produzirá resíduo, mas tudo será 100% utilizado na fábrica de ração, que por sua vez não produz nenhum resto, tudo que entrar no local será transformado em ração.
“No frigorífico haverá um volume grande de resíduos. Receberá peixes inteiros, que serão processados. Vão sobrar vísceras, cabeças, escamas, mas tudo isso será utilizado pela fábrica, que vai transformar tudo em ração”, completou.
Quanto à agua utilizada no Complexo, Brum complementa, afirmando que será totalmente filtrada, decantada, tratada com efluentes, e levada novamente  ao rio, sem nenhum risco ao meio ambiente.
Noutro momento do processo de tratamento da água serão usados peixes vivos das espécies Tamuatá e Tambaqui. Na parte da frente do Complexo, ao lado da administração, terá lagoas de tratamento de efluentes, em que esses peixes serão usados, técnica já utilizada por empresas do mundo inteiro.
“O processo da Peixes da Amazônia para tratar os seus efluentes vai ser tão moderno e limpo, sem odores, que é algo para ser mostrado e não para ser escondido, por isso vai estar ao lado da administração, na entrada do Complexo”, frisou Brum.
O secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, entusiasta do projeto, afirma que desde a sua concepção, as questões ambientais sempre foram tratadas com prioridade.
“Um dos objetivos do governador Tião Viana com o Complexo de Piscicultura é também a exportação, e hoje em dia, nenhuma empresa alcança os mercados europeu, asiático se não tiver em dia com as questões ambientais. Atendemos todas as exigências dos mercados modernos,  e depois de um ano de funcionamento já teremos a certificação ambiental”, afirmou Magalhães.

País não precisa importar engenheiros

Segunda, 07 de Outubro de 2013 às 10:30

País não precisa importar engenheiros


País não precisa importar engenheiros
Defensora de uma política consistente para garantir a formação de mais engenheiros no País, o que considera medida estratégica ao desenvolvimento, a FNE incluiu a proposta no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, ainda em 2006. A entidade vem também alertando para o equívoco de se importarem esses profissionais como saída a suposta escassez que já existiria hoje. Em correspondência à presidente Dilma Rousseff, em 12 de agosto último, o presidente da federação, Murilo Pinheiro, ressaltou: “É preciso aproveitar a mão de obra qualificada disponível no País.” A posição da entidade é corroborada por levantamento a partir de estudos sobre o tema e dados de empresas contratantes.
Dos 663.583 profissionais da categoria ativos no País, 1.029 registrados são diplomados no exterior, com a devida revalidação. A informação, relativa a 2013, é do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), segundo o qual houve um aumento de mão de obra importada nos últimos cinco anos. O dado acompanha o quadro geral em relação a autorizações concedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego a trabalhadores temporários e permanentes. Entre janeiro e outubro de 2012, teria havido incremento de 5%. Até 30 de junho último, foram 29.486 estrangeiros que receberam o aval para atuar no Brasil, não apenas em setores tecnológicos, mas nas diversas áreas. O pano de fundo a explicar a vinda de profissionais seria a crise financeira global inaugurada em 2008 e as boas perspectivas com a expansão econômica nacional, que, contudo, agora se estabilizou.
Para José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), “estamos ajudando a resolver os problemas especialmente em Portugal e Espanha”. Ele critica: “Tem havido a participação de engenheiros que captam serviços aqui e os levam para serem feitos fora. Não somos contra a vinda dessa mão de obra, não é xenofobia, fechar fronteiras, mas é preciso haver transferência de conhecimento e tecnologia.” Na sua opinião, seria melhor que empresas brasileiras contratassem via consórcios essa mão de obra ou recrutassem profissionais experientes, mas não é o que está acontecendo. Hoje, estrangeiros concorrem com recém-formados e não há nenhuma contrapartida ao País, lamenta.

Cenário estável

Além disso, ao contrário do que comumente é veiculado na mídia convencional, não há necessidade de trazer engenheiros do exterior para suprir a demanda no mercado de trabalho nacional. A avaliação é compartilhada por entidades patronais e pelo Confea. Segundo esse órgão, a análise fundamenta-se nos seguintes fatores: crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) menor do que o sinalizado há dois anos, o que teria estabilizado a demanda por essa mão de obra. Por outro lado, houve maior número de matriculados nas engenharias nas universidades e reintegração à área de profissionais que passaram a atuar, sobretudo nas “décadas perdidas” de 1980 e 1990, em segmentos como o financeiro.

Relativo a 2012, o estudo “Tendências e perspectivas da engenharia no Brasil”, publicado pelo Observatório da Inovação e Competitividade (OIC) do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), confirma: de 2001 a 2011, houve elevação da oferta de cursos de engenharia em todas as regiões do País, na média, de 12% ao ano. “As matrículas passaram de 180.497 no ano 2000 para 596.416 em 2011. Isso representa um crescimento de 230% no período, ou 10,5% ao ano, um aumento muito expressivo frente ao crescimento populacional (13% no período)”, indica. O documento aponta ainda tendência de queda na evasão em engenharia: de 21% em 2001 para 17% dez anos depois. Embora o mercado de trabalho continue demandante, segundo o estudo, a evolução na formação de profissionais da categoria teve comportamento similar, “com uma tendência de crescimento sustentado”. Censo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aponta que entre 2011 e 2012 houve aumento de 16,6% nas matrículas em engenharia no País.
Análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de fevereiro de 2011 também não teria vislumbrado escassez generalizada dessa mão de obra.
“Em 2010 se cogitou bastante a vinda de engenheiros de fora, havia um volume grande de empreendimentos e falta de pessoal qualificado. Na construção civil, pelo menos nesse instante, não se percebe isso”, corrobora Haruo Ishikawa, vice-presidente de relações capital-trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP). Ele complementa: “Não existe restrição em termos de formação técnica a estrangeiros, os países desenvolvidos estão alinhados com nossas tecnologias. Mas o número de engenheiros formados nos últimos anos, a mão de obra que foi qualificada e a economia propiciaram estabilização.”

Sem impedimentos

Os estrangeiros, independentemente da nacionalidade, não encontram objeção por parte do Confea à entrega do registro, atesta o órgão. Basta seguir os critérios legais vigentes no País. Segundo Marcelo Cerri, gerente de projetos da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, o trâmite abrange ser admitido por empresa brasileira, apresentar documentação no Consulado do Brasil no país de origem para legalização e enviá-la à contratante, a qual a apresentará com tradução juramentada à Coordenação-Geral de Imigração (CGIg) do Ministério do Trabalho e Emprego, que tem 30 dias para analisar o processo. “Em caso de aprovação, a CGIg concede a autorização de trabalho e informa o Ministério das Relações Exteriores. Por sua vez, o Itamaraty envia ao Consulado a autorização para emissão de visto de trabalho.” Conforme ele, caso a profissão a ser exercida seja engenharia, é preciso entrar com reconhecimento de diploma e, posteriormente, filiar-se ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) do respectivo estado em que atuará.

A SAE está formulando uma proposta de mudança na legislação de imigração, como informa Cerri, para “agilizar, desburocratizar e simplificar o processo de emissão de vistos de trabalho, além de estender os direitos do imigrante no Brasil”. Atualmente, explica, “como 96% dos estrangeiros que vêm trabalhar o fazem por meio de visto temporário (dois anos), é praticamente inviável que venham para atuar como engenheiros, já que o prazo para reconhecimento de diploma muitas vezes supera um ano de espera”. (Por Soraya Misleh)

Fonte: Jornal Engenheiro da FNE, Edição 137

Matemática ajuda cerveja a gelar em 45 segundos

Matemática ajuda cerveja a gelar em 45 segundos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/10/2013

SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Matemática ajuda cerveja a gelar em 45 segundos. 03/10/2013. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=matematica-ajuda-cerveja-gelar-45-segundos. Capturado em 12/10/2013. 
Matemática ajuda cerveja a gelar em 45 segundos
A tecnologia se baseia em um efeito conhecido como vórtex Rankine, um modelo matemático de um redemoinho usado para simular tornados.[Imagem: V-Tex]
Gela na hora
Um projeto financiado pela União Europeia resultou em uma nova tecnologia capaz de gelar latas e garrafas de cerveja ou refrigerantes em poucos segundos.
O objetivo do projeto RapidCool (resfriamento rápido, em tradução livre) era encontrar uma alternativa para o sistema de freezers e geladeiras dos supermercados, que precisam manter centenas de latas e garrafas geladas o tempo todo, inclusive à noite, independentemente de quando serão vendidas.
Segundo os pesquisadores que participaram do projeto, os refrigeradores e freezers comerciais em funcionamento na Europa consomem cerca de 85 TWh (terawatts-hora) de eletricidade, o equivalente à energia gerada por nove usinas nucleares de última geração.
A solução veio na forma de um equipamento que gela o produto na hora. Assim, o cliente pode gelar apenas as garrafas e latas que irá levar.
A tecnologia já está sendo licenciada para vários parceiros, e pelo menos uma empresa já anunciou o lançamento de geladeiras domésticas de resfriamento rápido.
Matemática do frio
O sistema de gelamento rápido é autônomo e modular, o que significa que ele pode ser usado para gelar desde uma lata ou garrafa individual até conjuntos e embalagens inteiras.
Matemática ajuda cerveja a gelar em 45 segundos
A tecnologia já está incorporada em pelo menos um produto de uso doméstico com previsão de lançamento comercial imediato. [Imagem: V-Tex]
Latas e garrafas a temperatura ambiente chegam aos 4°C em cerca de 45 segundos, com uma economia de energia de 90% em comparação com as geladeiras domésticas.
Um equipamento comercial, capaz de gelar 200 latas de 500 ml por dia, teria uma economia de 54% em comparação com os equipamentos tradicionalmente usados em supermercados e bares.
A tecnologia se baseia em um sistema de rotação, batizado de V-Tex - uma referência a vórtex - que gira a garrafa ou lata para que o superfrio aplicado externamente à embalagem não resulte em resfriamento desigual - de fora para dentro - o que poderia levar ao congelamento ou causar a efervescência da cerveja ou refrigerante quando a embalagem é aberta.
O efeito utilizado é conhecido como vórtex Rankine, um modelo matemático de um redemoinho criado em um líquido, que garante uma difusão perfeita da temperatura devido a um vórtice forçado no centro, que gira como um disco, e um vórtice livre ao seu redor, cuja velocidade é inversamente proporcional à distância do centro - esse modelo é usado para fazer simulações de tornados.
Na geladeira rápida, é como se o frio fosse "sugado" para o interior do tornado, fazendo com que o líquido gele por igual.
Embora tenha sido projetado para funcionar como uma unidade autônoma, a câmara de resfriamento também pode ser integrada nas geladeiras atuais.
Esta é a verdadeira inovação, de acordo com a equipe, já que permitirá substituir a maioria, se não todos, os refrigeradores abertos utilizados em todo o mundo.