quarta-feira, 7 de agosto de 2013

São Paulo flexibiliza lei para incentivar o uso de bicicletas

06/08/2013 - 03h40

São Paulo flexibiliza lei para incentivar o uso de bicicletas


A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, da Prefeitura de São Paulo, autorizou a flexibilização da lei Cidade Limpa para divulgação de um programa de incentivo ao uso de bicicletas como meio de transporte na cidade.
Por nove votos favoráveis contra três contrários, a comissão permitiu a propaganda em 5 mil ônibus e 3 mil táxis da cidade, durante um mês, do projeto Pedala São Paulo, que tem o apoio do empresário João Paulo Diniz --família fundadora do Grupo Pão de Açúcar.
A permissão, que vale por 30 dias, também valerá para 60 bicicletários e tem "finalidade cultural". Com isso, não poderá fazer menção a nenhuma marca. O projeto tem o aval do secretário municipal de Esportes, Celso Jatene.
Essa não é a primeira vez que a lei, de 2007, ganha ressalvas. Em julho de 2010, o então prefeito Gilberto Kassab (PSD) -- que implementou a lei -- autorizou a propaganda em luminosos dupla face que ficam em cima dos carros com mensagens relativas a eventos turísticos, como Parada Gay, Fórmula 1, Indy e Virada Cultural, feiras, exposições e atrações culturais da cidade.
Na ocasião, a exceção partiu de um acordo entre a SPTuris e uma agência de marketing.
Na gestão Fernando Haddad (PT), esta é a segunda vez que há flexibilização da lei. Em abril passado, a prefeitura liberou cartazes de peças e apresentações em teatros e casas de shows na cidade.

Crianças plantam mudas de árvores e aprendem lições sobre a mata atlântica

03/08/2013 - 00h01

Crianças plantam mudas de árvores e aprendem lições sobre a mata atlântica



TASSIA MORETZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No papel de irmão mais velho (e experiente), Matheus Pastre Ramos, 5, ajuda Mariana, 3, no plantio de uma árvore. Ele conta que já semeou uma amoreira na chácara da avó no interior de São Paulo.
"As árvores fazem a gente viver e respirar", explica Matheus, integrante de um grupo de 64 crianças que botou o pé e a mão na terra em uma atividade da Fundação SOS Mata Atlântica em Itu (a 101 km de de São Paulo).
A caminhada pela área de mata atlântica, também prevista no roteiro, foi a parte preferida de Karina Yumie Ishida, 5.
"Eu vi a minhoca na terra e não quis tirar ela de lá porque ela faz a flor crescer", diz a menina, que se contentou em recolher pedrinhas pelo caminho.

Dia de campo na mata altântica


Marcelo Ferrelli/Divulgação






Os irmãos Matheus e Mariana fizeram o plantio de muda juntos no Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica-Brasil Kirin, em Itu
Para a educadora Kelly Demarchi, esse tipo de experiência é "uma forma de lembrar as crianças do quanto necessitamos da natureza para viver". E a participação dos pais, segundo ela, é fundamental.
"Ter os pais por perto fortalece a relação dentro de casa. Criam-se vínculos entre o adulto e a criança no interesse pela natureza", explica Kelly.
Ela sugere que as famílias procurem estabelecer laços também no ambiente urbano, como adotar um bosque perto de casa para momentos de lazer ou procurar o rio que abastece a cidade para investigar como ele é tratado.
"Vale interagir com a natureza subindo em árvores, brincando de pega-pega e esconde-esconde."
Segundo Kelly, essas iniciativas são uma forma de "desconectar um pouco da tecnologia", de celulares e computadores, já tão comuns às crianças.
Para Suzana Machado Padua, presidente do Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas), o contato da criança com a natureza ajuda a estimular seus sentidos e o senso de convivência:
"Somos uma espécie em um ambiente que é rico e intenso, em que um indivíduo depende do outro".

Filipe Rocha/Editoria de Arte