quarta-feira, 10 de julho de 2013

Curso de medicina passará de 6 para 8 anos de duração a partir de 2015

Curso de medicina passará de 6 para 8 anos de duração a partir de 2015

Medida anunciada por Dilma incluirá dois anos de atuação obrigatória em serviços públicos de saúde na formação dos médicos

08 de julho de 2013 | 15h 02


Lígia Formenti, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O curso de medicina passará de 6 para 8 anos a partir de 2015. A mudança integra um pacote de medidas anunciado nesta segunda-feira, 8, pela presidente Dilma Rousseff para ampliar a oferta de médicos no País e melhorar a formação dos profissionais. Definida numa Medida Provisória, a ampliação deverá ser regulamentada pelo Conselho Nacional de Educação, num prazo de 180 dias.

O programa, batizado de Mais Médicos, inclui ainda o recrutamento de profissionais estrangeiros para trabalhar em áreas prioritárias, a abertura de 11.447 novas vagas para graduação e outros 12.376 postos de especialização em áreas consideradas prioritárias até 2017. O novo formato do curso de Medicina é inspirado no modelo existente em países como Inglaterra e Suécia, diz o Ministério da Saúde. 
Concluído o curso de seis anos, o estudante passa para um segundo ciclo, de dois anos, onde terá de atuar em serviços públicos de saúde. A exigência do segundo ciclo será universal: tanto para estudantes de instituições da rede pública quanto privada da ensino.
No período em que trabalharem nos serviços públicos de saúde, estudantes receberão uma bolsa, financiada pelo Ministério da Saúde. Os valores ainda não foram definidos. O governo calcula, no entanto, que ela ficará entre o que é concedido para as residências médicas (R$ 2,9 mil mensais) e o que é pago para profissionais inscritos no Provab (R$ 8 mil). 

No primeiro ano, estudantes vão atuar na rede de atenção básica. No segundo ano, o trabalho será feito nos serviços de urgência e emergência. Os alunos continuarão vinculados à instituição de ensino onde foi feita a graduação e, assim como ocorre com a residência, serão avaliados. A carga horária ainda não foi definida. 

Pela proposta, o segundo ciclo poderá ser aproveitado para abater um ano de curso de residência em especialidades básicas, como medicina de família, ginecologia, obstetrícia, pediatria e cirurgia geral. Há também a possibilidade de o período ser incluído na contagem para cursos de mestrado. A forma como isso será feito também está nas mãos do Conselho Nacional de Educação.

O formato de oito anos poderá ser revisto num curto prazo. Há a possibilidade de o primeiro ciclo, atualmente de seis anos, ser reduzido para cinco. O assunto, no entanto, ainda terá de ser debatido pelo Conselho Nacional de Educação. A intenção é se aproximar do modelo inglês, onde a duração do primeiro ciclo varia entre 4 a 6 anos, treinamento supervisionado dura outros dois anos e a especialidade médica, 3 a 8 anos.

Para atuar no segundo ciclo, os alunos receberão um registro provisório. A instituição de ensino deverá estar ligada a uma rede de serviços públicos de saúde, onde seus alunos vão desempenhar as atividades. Caberá à instituição definir o local de trabalho do estudante.

A ideia é que o aluno seja supervisionado por professores. A forma como isso será feito também será definida pelo Conselho Nacional de Educação. Também não está acertado como será feito o reembolso das instituições de ensino pelo trabalho de supervisão.

O aluno receberá o diploma somente depois de completar os oito anos de formação. Só aí receberá a inscrição permanente. De acordo com o Ministério da Saúde, o modelo proposto prevê que o profissional com registro provisório, mesmo sem diploma, responderá caso cometa uma infração ética ou erro no atendimento do paciente.

A criação do segundo ciclo não vai dispensar o internato, realizado atualmente no quinto e sexto ano. Nesta etapa, o estudante não tem autonomia. Durante o treinamento da segunda etapa, o estudante aos poucos ganha mais autonomia.

A expansão da duração do curso de medicina, de acordo com o governo, não tem como objetivo principal a ampliação da oferta de médicos. A meta, de acordo com ministérios da Saúde e da Educação, é ampliar a formação do profissional e driblar um problema que o governo julga enfrentar atualmente, que é a especialização precoce. Na avaliação do governo, a partir do 4º ano, estudantes concentram suas atenção nas áreas com que têm mais afinidade, deixando de lado pontos considerados essenciais para o atendimento do paciente. 

Embora detalhes ainda não estejam definidos, o governo já decidiu que durante o ciclo de dois anos, o estudante terá permissão para atuar apenas nos locais indicados pela instituição de ensino a que ele está ligado. Não será permitida a realização de plantões ou atuação em outros serviços.




Arena Mané Garrincha ganha prêmio de sustentabilidade. Parabéns Gui Castagna!

02/07/2013 às 11:16 (0 comentários)

Arena Mané Garrincha ganha prêmio de sustentabilidade
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/projeto-de-infraestrutura-verde-do-estadio-mane-garrincha-em-brasilia-recebe-premio-von-martius-de-sustentabilidade-2013/

Em meio aos protestos pelo uso ético e racional dos impostos pagos por toda a população em transportes, saúde e educação, e às críticas aos investimentos do dinheiro público em estádios e infraestrutura destinados ao futebol (Copa 2014), chama a atenção a premiação do projeto de “Manejo integrado de águas pluviais do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha” (26/06). De autoria da Fluxus Design Ecológico, a proposta foi finalista do Prêmio von Martius de Sustentabilidade 2013 da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo.
Prêmio Von Martius

Criado no ano 2000 pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo, o prêmio visa incentivar iniciativas de empresas, organizações não governamentais, indivíduos, governos e instituições nacionais que promovam o desenvolvimento econômico, social e cultural alinhado ao conceito de desenvolvimento sustentável. O pesquisador alemão Carl Friedrich Phillip von Martius (1794 – 1868) fez pesquisas científicas em quase três anos viajando pelo Brasil, entre 1817 e 1820, e contribuiu para o conhecimento e a valorização do ambiente natural e cultural de nosso País.

O engenheiro civil Guilherme Castagna, sócio-fundador da Fluxus Design Ecológico, coordenou o plano de manejo de água do novo estádio, finalista do prêmio Von Martius na categoria Tecnologia. Guilherme acredita que a reforma do estádio nacional ficará mesmo como um “legado” da Copa, independentemente de qualquer crítica que se possa fazer – o “Mané Garrincha” recebeu a abertura da Copa das Confederações de 2013 e será palco de várias partidas da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Para o profissional, mais do que um projeto de engenharia, a obra é também um projeto educativo, “e cumprirá esse papel muito além da Copa, ainda mais em se tratando de uma cidade que sofre enormemente com a aridez causada em grande parte pela forma de ocupação da região”. Guilherme explica que o projeto será executado em fases, “e só estará completo ao término da Copa (no que foi chamado de “Legado da Copa”).
A reforma completa do “Mané Garrincha” teve um cunho iminentemente ecológico. O objetivo último dos responsáveis pela arquitetura ecológica (a Castro Mello Arquitetos) é fazer dele o primeiro estádio no mundo a receber a certificação LEED Platinum – Leadership in Energy and Environmental Design (ou Liderança em Design de Energia e Meio-Ambiente) do Green Building Council – Conselho de Construções Sustentáveis (EUA). Para alcançarem o selo de excelência, os planejadores não cuidaram apenas da EcoArena, mas envolveram todos os serviços oferecidos a visitantes, durante e depois da Copa (os estádios têm vida útil entre 50 e 70 anos, e os custos da manutenção de um modelo não racional de desperdícios com energia e água podem ser o pior legado desse mega investimento). A gestão da reforma do “Mané Garrincha” foi do governo do DF.
Os custos para sediar a Copa 2014

Se a África do Sul gastou R$ 7,7 bilhões de reais para fazer sua Copa de futebol, o Japão despendeu R$ 10,1 bilhões, e a Alemanha R$ 10,7 bilhões, é justo perguntar porque o Brasil deverá despender R$ 28,1 bilhões em obras relacionadas a Copa até o início dos jogos em 2014, segundo a previsão atual do comitê organizador. Aí estão incluídos 327 projetos que vão desde obras de infraestrutura básica, como aeroportos e corredores exclusivos para ônibus, até gastos diretamente ligados ao torneio de futebol.

A justificativa oficial é de que muito desse dinheiro será gasto em obras de infraestrutura e mobilidade urbana necessárias no País, com ou sem o torneio. E as empresas e Estados envolvidos na adequação dos estádios alegam que o padrão Fifa ajuda a encarecê-los. O imbróglio piora se consideradas as alegações sobre o uso de recursos públicos em tais obras e as isenções fiscais que beneficiam empresas e governos dentro do programa Recopa. O que se estende à Fifa, que deixaria de pagar em torno de R$1 bilhão de impostos.
No artigo “De onde vem o dinheiro da Copa”, publicado pela BBC Brasil, Holger Preuss, professor de Economia do Esporte na Universidade Johannes Gutenberg-University (Alemanha), que estudou o impacto econômico das duas últimas Copas, afirma que o problema não está em gastar muito, mas em “garantir que, em cada caso, os recursos estejam sendo usados da maneira mais eficiente possível”.
Especializado em “Wetlands” (sistemas de tratamento de águas baseados na utilização de plantas aquáticas), Guilherme Castagna foi premiado por ter integrado o paisagismo e o sistema de drenagem do Mané Garrincha, em um sistema que retém, purifica e utiliza a drenagem de águas externas e de chuvas em lagos e cisternas, dentro e fora do estádio. Ao final, a água reaproveitada no Mané Garrincha deverá cobrir 100% do consumo em eventos ao longo do ano.
Sob uma persectiva mais ampla, o projeto do estádio foi sistematizado como parte do trabalho desenvolvido pelo programa Cidades e Soluções, da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), do qual fazem parte a Fluxus Design Ecológico e FCTH/USP (Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica). Segundo Guilherme, os materiais produzidos pelo grupo serão destinados a construtoras e prefeituras de pequenos municípios.
Mas a reconstrução do Estádio Nacional de Brasília não considerou apenas a ecologia da água. Reerguido com concreto e aço reutilizados do antigo estádio, o local terá 2,5 milhões de m2 de espaços verdes, incluindo os tais “wetlands” (jardins purificadores de água), fauna nativa e estacionamento para bicicletas. O projeto é 100% eficiente e autossuficiente em energia – usa lâmpadas LED em seu consumo e milhares de placas fotovoltáicas na cobertura para a produção de 2 MWatts/ano (equivalente ao consumo de cerca de 1 mil casas/dia); o excedente poderá ser revertido para a rede pública do DF. A fachada aberta da EcoArena trará conforto térmico pela ventilação natural e a cobertura funcionará como um grande chapéu protegendo a torcida da chuva e do sol forte de Brasília.

Leia o bate-bola com Guilherme Castagna, coordenador do projeto premiado, “Manejo integrado de águas pluviais do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha”

Isabel Gnaccarini - O que significa o Prêmio em sua carreira e para a preservação e uso racional da água e dos recursos naturais?
Guilherme Castagna – A maior importância do prêmio é a visibilidade que ele irá proporcionar a esse novo olhar de cuidado com a água. Um olhar que oferece a oportunidade de enxergar a água como um recurso precioso, trazendo-o ativamente à infraestrutura da cidade de forma a nos integrar de forma positiva ao ciclo hidrológico local. No que se refere à água de chuva, após a conclusão do nosso projeto, o estádio passará a ser um pólo produtor de água limpa, além de gerador de sua própria água, o que reconfigura completamente a forma como são convencionalmente construídas edificações de qualquer porte, em que consumimos água limpa a um alto custo ambiental e energético, devolvendo água suja. Pela contaminação dos mananciais locais com o esgoto e a poluição difusa (advinda da drenagem) precisamos recorrer à água limpa de locais cada vez mais distantes, dependendo de grandes e custosas estações de captação, tratamento e bombeamento de água. Em resumo, enquanto o padrão que engolimos hoje em dia é o de consumir água limpa e devolver água imunda, o estádio produzirá sua própria água limpa para consumo não-potável, com a recarga dos lençóis freáticos, melhoria do microclima com o aumento da umidade, redução das ilhas de calor, devolução de água limpa à rede de drenagem, e redução de custos de operação, com o atendimento de 100% do consumo não-potável apenas com água de chuva.
IG - O que representou poder fazer isso num estádio de futebol (e para a Copa)?
GC – Nosso projeto será executado em fases, e só estará completo ao término da Copa, no que foi chamado de “Legado da Copa”, deixado como herança deste evento. Mais do que um projeto de engenharia, é também um projeto educativo, e que cumprirá esse papel muito além da Copa, o que para nós serviu de tremenda inspiração, ainda mais em se tratando de uma cidade que sofre enormemente com a aridez causada em grande parte pela forma de ocupação da região.
IG – O que você diria sobre as críticas a respeito dos custos de estádios e obras da Copa levantados nas recentes manifestações populares que vimos nas ruas de todo o Brasil?
GC – Creio que chegamos num momento da história do país em que os cidadãos finalmente começaram a despertar sobre a necessidade de levantarmos nossas vozes, e mostrar a indignação com relação à forma como os investimentos públicos são conduzidos no nosso país. Penso que há uma série de questões a refletir a respeito da realização da Copa, e dos altos custos envolvidos com a criação da infraestrutura necessária à realização dos jogos. Acredito que o primeiro passo seja exigir transparência na forma como foram investidos, não só os recursos deste evento em especial, como de fato são todos os investimentos públicos, para que possamos nos apropriar melhor desses números e avaliar o impacto e a efetividade desses investimentos, exigindo ajustes junto aos nossos representantes. Como projetista, afirmo com tranquilidade, que a busca que fazemos por projetos funcionais, de baixo custo de execução, operação e manutenção pautou o plano de manejo integrado de águas pluviais do estádio de Brasília.
IG – Quais seus planos profissionais para o futuro e como você acredita que esse trabalho poderá contribuir para o bem-estar no planeta?
GC – Seguindo a experiência do projeto do estádio estamos ampliando a escala dos nossos trabalhos, desenvolvendo modelos sistêmicos de manejo integrado de água em projetos de loteamentos, agroindústrias, estabelecimentos de hotelaria e meios de hospedagem, com disposição especial em trabalhar com pequenos municípios, onde compreendemos que há uma abertura e uma maior facilidade na reorganização da infraestrutura dos serviços de água com baixos investimentos.
Estamos ainda nos preparando para um tour educativo em faculdades de engenharia e arquitetura de São Paulo, compartilhando essa visão inspiradora de trabalho com a água no ambiente construído. Estamos também fortalecendo nossa afinidade com o EPEA Brasil, escritório que representa a metodologia de Design Ecológico Cradle to Cradle (Berço ao Berço) no país, que, tenho certeza, sinaliza um roteiro técnico muito claro para o estabelecimento de produtos e sistemas projetados de forma alinhada à um futuro de plenitude e abundância, assim como cartilhas práticas dedicadas à pessoas sem formação acadêmica, com base na permacultura, oferecendo dicas de soluções simples e de baixo impacto para as questões relacionadas ao manejo de água em suas casas.
Se onde há água há vida, então acreditamos que nosso trabalho possa melhorar de forma positiva a qualidade de vida de todos, por meio da reestruturação da forma como a sociedade convive com a água.
(Isabel Gnaccarini/ Mercado Ético)

Depois da pressão da FIFA, vem a FIA...obra sustentável?

08.julho.2013 12:50:50

Após pressão da FIA, Haddad faz reforma de R$ 160 milhões em Interlagos

COM TIAGO DANTAS

A Prefeitura de São Paulo abriu duas concorrências que somam R$ 160,8 milhões para a construção de novos boxes e reforma do Autódromo de Interlagos, na zona sul. A reforma dos boxes atende a uma recomendação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e vai custar R$ 148.924.311,22 – a verba é suficiente, por exemplo, para quase cobrir os R$ 175 milhões de ‘rombo’ causado nos cofres municipais com a redução de R$ 0,20 na tarifa de ônibus.
Os dirigentes da Fórmula 1 chamam de a “reforma do século” as mudanças que serão realizadas em Interlagos. O edital das duas concorrências está no site do governo municipal. Em abril, o prefeito Fernando Haddad (PT), pressionado por Bernie Ecclestone, CEO da Fórmula 1, já havia assegurado a reforma. O governo diz que o GP Brasil é um dos principais eventos da capital e movimenta cerca de R$ 100 milhões por ano.
Em entrevista exclusiva ao Estado, publicada em 15 de abril, Ecclestone, deu um ultimato à Prefeitura: se não mexesse no autódromo, São Paulo iria perder o Grande Prêmio a partir de 2015.
O dirigente inglês, que trouxe a Fórmula 1 para o Brasil em 1972, deixou claro que não toleraria mais adiamentos. “As promessas de reforma de Interlagos não foram cumpridas. Agora, chega. Não fosse a relação antiga e os sentimentos que me ligam ao Brasil, a Fórmula 1 já não estava mais lá”, disse o dirigente ao Estado, durante o GP da China, em Xangai, quarta etapa da temporada.
Segundo Ecclestone, os representantes das equipes reclamam que, em Interlagos, não há espaço para guardar as panelas e os alimentos, e que as reuniões têm de ser feitas dentro dos boxes por causa da ausência de salas. “Não podemos mais cobrar nada dos outros autódromos com Interlagos ano após ano mantendo-se como está.  Os demais administradores sabem o que é Interlagos, isso nos desmoraliza. ” Santa Catarina e outras cinco cidades ao redor do mundo já teriam demonstrado interesse em receber uma etapa do Grande Prêmio caso o circuito paulistano fosse descartado.

Autódromo de Interlagos: reforma dos boxes vai custar quase o mesmo que a redução da tarifa de ônibus

A reforma de Interlagos é uma velha disputa entre a Prefeitura e a Fórmula 1.  No primeiro semestre de 2012, um projeto foi elaborado e entregue a Eccleston, que o aprovou e assegurou que a cidade permaneceria no calendário até 2022 se as obras fossem realizadas. O então prefeito Gilberto Kassab (PSD) indicou aos organizadores da F-1 que garantiria que as obras seriam feitas. Mas alertou que a decisão teria de ser ratificada pelo seu sucessor.
Em 27 de abril, quando vistoriou as obras no Anhembi para a realização da etapa brasileira da Fórmula Indy, Haddad disse que só realizaria a reforma se ela estivesse diretamente ligada à permanência de Interlagos na F-1 por mais seis anos, até 2020. “Será uma obra grande e cara. Nós exigimos um contrato a longo prazo, pois vamos investir mais de R$ 100 milhões. É razoável que o acordo vá até 2020.”, afirmou à época.
Procurada, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que só nos próximos dias vai divulgar os detalhes da reforma.
 A REFORMA
Atendendo a uma solicitação da F-1, o Autódromo de Interlagos terá uma nova área de boxes, localizada na Reta Oposta. Um novo edifício de três andares deverá ser construído ao longo da reta. No térreo, ficarão 40 boxes (36 destinados às equipes). O mezanino terá uma área destinada às estruturas técnicas das equipes. No andar superior ficarão as áreas VIPs e estruturas de apoio, como cozinhas e banheiros. Por fim, o autódromo ganhará uma nova torre de controle, área para pódio e um edifício de apoio, com áreas de convivência das equipes e as instalações do Centro de Imprensa.
Como o autódromo terá uma nova área de boxes, será preciso adaptar o traçado. Haverá mudanças na Curva do Lago e na própria Reta Oposta, que terá que ser adequada para receber a linha de chegada.
O edital prevê o uso de “estruturas em elementos de concreto pré-moldado (pilares, vigas e lajes), pisos em concreto com acabamento polido, paredes em alvenaria de blocos de concreto estrutural, caixilhos em alumínio anodizado e fachada em pele de vidro duplo, para isolamento acústico e/ou atenuação acústica.”