domingo, 30 de junho de 2013

Cetesb multa e adverte 72 indústrias

Cetesb multa e adverte 72 indústrias

* Maria Cristina Poli
Formada em Engenheira Sanitarista pela PUC de Campinas, com especialização em Saúde Pública e Gestão Ambiental pela UNICAMP, Maria Cristina Poli é atualmente gerente da divisão de Ruído e Vibração da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Está na Companhia há 20 anos. Nesta entrevista exclusiva ao Vibranews, conta que 72 indústrias já foram multadas e advertidas este ano porque causaram problemas de ruído e vibração em São Paulo.  
Acompanhe os principais trechos da entrevista: 
P – Qual a legislação vigente que disciplina a propagação de poluição sonora (ruído e vibrações) por parte de indústrias no Estado de São Paulo?
As ações da CETESB se baseiam na Lei Estadual 997/76 e o Decreto 8468/76 e suas alterações, utilizando o disposto que as indústrias devem sempre atender ao critério de melhor tecnologia prática disponível e não causar impacto a população circunvizinha ao empreendimento. Para ruído, a CETESB aplica a Resolução CONAMA 01/90 que define o uso dos critérios e níveis de ruído estabelecidos na Norma NBR 10.151 da ABNT.  Para vibração, são utilizados os valores estabelecidos em Decisão de Diretoria nº 215/2007/E da CETESB, publicado no Diário Oficial Estado de São Paulo – Caderno Executivo I (Poder Executivo, Seção I), do dia 26/03/2008. 
P – Como a CETESB atua neste caso? Faz  vistoria, monitoramento ou só entra em ação a partir de reclamações ou denúncias por parte da população?
As ações da CETESB voltadas às questões de ruído e vibração passam por avaliações e estudos prévios a implantação de empreendimentos que requerem um Relatório Ambiental Preliminar (RAP) ou Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para o seu licenciamento prévio. Para os demais empreendimentos, as ações da CETESB englobam exigências técnicas para o controle de emissão de ruído e vibração, monitoramentos periódicos e renovação da licença de operação da empresa que variam de dois a cinco anos. Independente da validade da licença de operação, a CETESB atua a partir de reclamações ou denúncias por parte da população realizando avaliações de ruído e vibrações sempre no reclamante ou outro receptor mais próximo. 
P – O que acontece quando a CETESB faz uma vistoria e constata irregularidades? Dá prazo para solucionar o problema?
Constatado que os níveis de ruído ou vibração avaliados no receptor encontram-se acima dos estabelecidos nas referências citadas, é identificado o causador do incômodo e sendo um empreendimento passível de licenciamento pela CETESB, este é advertido e dado um prazo para a solução das desconformidades. Passado este prazo, uma nova avaliação é realizada e caso este não tenha sido resolvido, são aplicadas as medidas administrativas cabíveis. Para empreendimentos não licenciados pela CETESB, como bares, restaurantes, etc., os resultados das medições realizadas são encaminhados para o órgão competente para as ações cabíveis. 
P – Quantas indústrias já foram advertidas ou multadas neste ano?
Foram advertidos ou multados, por ruído e vibração, 72 empreendimentos de janeiro a maio deste ano. 
P - Que tipo de indústrias são mais recorrentes neste tipo de irregularidade?
A avaliação de ruído e/ou vibração permeia por uma série de atividades indústrias, não sendo privilégio de um ou outro tipo de indústria, entretanto, as atividades de metalurgia são mais suscetíveis a emissão de ruído e vibração. 
P - Na sua opinião, existe, hoje, mais conscientização por parte dos empresários em relação aos problemas de saúde que a exposição ao ruído e vibrações provoca tanto nos funcionários como na população vizinha à indústria?
Sim, nos últimos dez anos os aspectos de ruído e vibração passaram a tomar uma posição de destaque no licenciamento, bem como no monitoramento dos empreendimentos, tanto por parte dos empreendedores quanto dos órgãos ambientais. 
P - Pode citar um caso e como foi solucionado?
Ocorreram inúmeros casos, ao citarmos um ou dois estaremos sendo injustos com  todo o esforço realizado pelas demais empresas e pelos órgãos ambientais. 

Protetor solar parece realmente prevenir o envelhecimento da pele...até 55 anos!

segunda-feira, 10 de junho de 2013
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Annals of Internal Medicine: protetor solar parece realmente prevenir o envelhecimento da pele



Annals of Internal Medicine: protetor solar parece realmente prevenir o envelhecimento da pele
Alterações na aparência e os efeitos no envelhecimento da pele são conhecidos por serem influenciados pela exposição ao sol. Embora o uso de protetor solar tenha sido demonstrado como um fator de proteção contra o câncer de pele, o fato de ele proteger contra o envelhecimento da pele não foi ainda bem estabelecido. Antioxidantes, tais como o β-caroteno, também têm sido sugeridos como protetores contra o envelhecimento da pele, mas isso ainda não foi bem estudado.
Estudo australiano, publicado pelo periódico Annals of Internal Medicine, realizado com o objetivo de saber se o uso diário de protetor solar e de β-caroteno protege contra o envelhecimento da pele contou com a participação de 900 pacientes brancos, de Nambour, a nordeste de Sydney, com 25 a 55 anos de idade. Eles foram aleatoriamente designados para um grupo em que se pediu para aplicar o fator de proteção solar 15 ou superior na face, pescoço, braços e mãos, todas as manhãs, após o banho, depois de passar mais do que algumas horas ao sol ou após suar muito e para outro grupo em que se pediu para usar protetor solar sem um critério pré-estabelecido, apenas mantendo suas práticas diárias habituais. O estudo também incluiu cerca de 900 pessoas que foram aleatoriamente designadas a receber pílulas de β-caroteno ou de placebo diariamente. Impressões foram tiradas das mãos dos participantes no início do estudo e quatro anos e meio mais tarde. As impressões foram examinadas para alterações microscópicas de envelhecimento da pele por especialistas que não sabiam em qual dos grupos de estudo os participantes estavam distribuídos.
Os resultados mostraram que mais participantes designados para o uso de protetor solar diariamente informaram aplicar o filtro solar pelo menos três a quatro dias por semana do que os participantes do grupo de uso de protetor solar sem um critério estabelecido. Aqueles no grupo de uso diário eram menos propensos a ter a pele mais envelhecida após os quatro anos e meio de seguimento do que aqueles no outro grupo. Não houve diferença no envelhecimento da pele entre as pessoas que receberam pílulas de β-caroteno e aquelas que receberam pílulas de placebo.
As limitações do presente estudo são: cerca de um terço dos participantes não tiveram impressões da sua pele feitas no início e no final do estudo e, embora isso não pareça influenciar os resultados, um efeito sobre o resultado não pode ser conclusivamente descartado. O estudo foi pequeno para concluir com confiança uma verdadeira falta de efeito do β-caroteno, uma pesquisa mais ampla e por tempo mais prolongado pode mostrar um modesto benefício ou algum dano do uso β-caroteno no envelhecimento da pele. Não foi investigado como estes resultados podem se aplicar a pessoas com mais de 55 anos.
NEWS.MED.BR, 2013. Annals of Internal Medicine: protetor solar parece realmente prevenir o envelhecimento da pele. Disponível em: enir-o-envelhecimento-da-pele.htm>. Acesso em: 20 jun. 2013.

Ninho de coruja muda obra em rodovia de Jundiaí

Ninho de coruja muda obra em rodovia de Jundiaí

26.junho.2013 17:35:41

José Maria Tomazela

José Maria Tomazela é correspondente do Estadão em Sorocaba e cobre o interior desde maio de 1985. Em busca de notícias, já esteve em quase todos os 465 municípios de São Paulo.
Um ninho de coruja levou a concessionária Rota das Bandeiras a alterar o cronograma das obras de recuperação de um viaduto no km 64 da rodovia Eng. Constâncio Cintra (SP-360), em Jundiaí. Quando chegaram para iniciar os serviços, há um mês, funcionários encontraram um ninho com quatro ovos da espécie Tyto alba, conhecida popularmente como coruja-da-igreja ou suindara.
Para não atrapalhar a procriação, a alternativa foi inverter a ordem dos serviços, iniciando os trabalhos no outro lado do viaduto. O ninho está instalado num espaço existente na parte inferior da estrutura. Dos quatro ovos, dois vingaram e resultaram em filhotes que ainda estão aprendendo a voar. A concessionária vai esperar que os dois pássaros tenham condições de voo para recuperar a estrutura interna dessa parte do viaduto.
A coruja-da-igreja é considerada uma das aves mais úteis do mundo, pois se alimenta de roedores, controlando a população de ratos. “Se continuássemos os trabalhos, a coruja adulta abandonaria os ovos e não teríamos os filhotes”, disse Ronaldo Brasil Jungers, tecnólogo em gestão ambiental da concessionária.


Coruja com filhotes em vão de viaduto – Foto Fernando Maia / Rota das Bandeiras