segunda-feira, 24 de junho de 2013

Escolas públicas de São Paulo ganham tratamento acústico

Escolas públicas de São Paulo ganham tratamento acústico

Diretor da Modal Acústica, empresa que atua nas áreas de projetos e consultoria acústica, Marcelo de Godoy trabalhou durante cinco anos no Laboratório de Acústica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). É Engenheiro Eletricista pela Escola Politécnica da USP e Mestre em Engenharia Mecânica na mesma Universidade, com o tema centrado em ensaios acústicos.
Nesta entrevista exclusiva ao Vibranews, o engenheiro destaca a parceria entre a sua empresa e a FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), da Secretaria da Educação do governo de São Paulo,  para o desenvolvimento de projetos acústicos para escolas da rede de ensino de São Paulo. Explica como foi feito o levantamento dos níveis de ruído ambiente no terreno das futuras escolas e o estudo das fontes internas de ruído, buscando reduzir sua influência sobre as salas de aula. Também analisa os desdobramentos que vão acontecer a partir do próximo mês de junho quando a Norma de Desempenho começará a valer.
 Acompanhe principais trechos da entrevista:
 P - Faça um breve relato da parceria entre a Modal e a FDE para implantação da certificação ambiental nas novas escolas da rede de ensino do Estado de São Paulo.
R - A Modal foi contratada inicialmente pelos arquitetos contratados pela FDE e depois pela própria FDE via concorrência. Nosso primeiro projeto foi para a escola EE Vila Nova Jaguaré III, com arquitetura da SIAA. O projeto desta escola é interessante, com a quadra poliesportiva no pavimento acima das salas de aula, exigindo um grande piso flutuante para controle das vibrações geradas durante as práticas esportivas. Só no ano passado, participamos de nove projetos, estabelecendo uma ótima parceria com a equipe técnica da FDE.
Do ponto de vista de isolamento e do tratamento acústico, quais as principais medidas adotadas para receber o certificado de Alta Qualidade Ambiental (AQUA), da Fundação Carlos Alberto Vanzolini?
Inicialmente fazemos um levantamento dos níveis de ruído ambiente no terreno da futura escola, visando avaliar sua influência sobre os ambientes de aprendizado. Dependendo dos resultados, fazemos recomendações para alterações no partido arquitetônico. Posteriormente, fazemos o estudo das fontes internas de ruído, buscando reduzir sua influência sobre as salas de aprendizado e do isolamento acústico entre os diversos ambientes da escola.Também são definidos os parâmetros de acústica interna aos ambientes de aprendizado e da quadra poliesportiva.Já chegamos a realizar medições de isolamento acústico e de tempos de reverberação em uma escola finalizada para conhecer melhor o desempenho acústico dos materiais e sistemas construtivos utilizados. 
Quais os principais materiais utilizados para o controle dos aspectos acústicos?
Em grande parte, os materiais são alvenaria de blocos de concreto, lajes de concreto, portas de madeira ou metálicas, caixilhos basculantes, telhas metálicas, etc. Também são utilizados forros minerais em determinados ambientes. O importante é como os materiais são utilizados, e os detalhes de instalação. Em determinados casos, são detalhados alguns elementos mais complexos, como pisos flutuantes com tratamento antivibracional, paredes duplas, atenuadores de ruído e telhas sanduíche com superfícies de alta absorção sonora.
Este conceito (projeto) pode ser estendido para outros espaços públicos como parques, bibliotecas, centros esportivos?
A inclusão do projeto acústico é benéfica para os mais diversos tipos de edificações, públicas ou privadas, sendo que para alguns casos é fundamental. Edifícios residenciais, comerciais, educacionais, recreativos,hospitalares, corporativos ou institucionais abrigam o ser humano e suas atividades, para os quais o ambiente sonoro e a comunicação falada são fatores indissociáveis. O trabalho do consultor de acústica é adequar esses ambientes para o conforto e a funcionalidade acústica. 
A entrada em vigor da Norma de Desempenho 15.575vai aumentar a demanda para testes de novos produtos nos laboratórios do País. Antes da norma, a carência já era grande. Como fica a situação agora então?
Realmente, com a entrada da NBR 15.575, fabricantes e construtoras precisarão mais do que nunca conhecer o desempenho acústico de seus produtos. O Brasil tem uma carência grande de laboratórios, alguns ensaios importantes simplesmente não têm instalações laboratoriais. A tendência é que novos laboratórios sejam construídos para cobrir as lacunas. Um novo laboratório foi inaugurado recentemente oferecendo ensaios de isolamento acústico de esquadrias, oferecendo apoio ao desenvolvimento de produtos.
Em sua opinião, os arquitetos e consultores de acústica estão preparados para atender as exigências da Norma?
Tenho a impressão de que a maior parte dos arquitetos e dos engenheiros ligados ao mercado da construção ainda não tem a acústica como um aspecto naturalmente integrante do projeto. Pensam na acústica apenas para determinados ambientes, como teatros e auditórios, ou quando aparece algum problema. Com a NBR 15.575 em vigor, acredito que se dê início a uma conscientização sobre a importância do desempenho acústico para todo tipo de projeto.Quanto aos consultores de acústica, creio que a maioria já deve estar bem preparada, pois o assunto da NBR 15.575 tem estado em destaque no meio há alguns anos.
Para finalizar, a Copa do Mundo no Brasil está chegando. O setor de acústica está mais aquecido?
A Copa do Mundo e as Olimpíadas representam um aquecimento no mercado da construção como um todo. A acústica está incluída neste bolo. É uma excelente oportunidade para a acústica se desenvolver em nosso país, desde a concepção de projetos até a instalação de produtos e materiais. Hotéis e aeroportos, por exemplo, não deveriam sair do papel sem um projeto acústico.

Bicicleta voadora movida a eletricidade

Bicicleta voadora movida a eletricidade é apresentada na República Tcheca
13 de Junho de 2013 • Atualizado às 17h42





Uma bicicleta voadora movida a energia elétrica foi apresentada durante uma feira de tecnologia em Praga, na última quarta-feira (12). O veículo criado por engenheiros da República Tcheca ainda é um protótipo e pesa 95 quilos, bem mais do que as bikes comuns. Por enquanto, a bicicleta voadora não tem muita autonomia e suporta um peso limitado.
Durante os testes realizados no evento, um dos criadores guiou o protótipo da bicicleta com um controle remoto, como um avião de brinquedo. Realizada em um espaço fechado, a experiência durou cinco minutos e o veículo levou um boneco, fazendo algumas voltas durante o teste.
De acordo com a CNET, a bike voadora também pode ser usada no asfalto como as versões convencionais, e, apesar de ser pesada, suporta só uma pessoa de 75 quilos. Para alçar voo, a bicicleta conta com hélices e um sistema de motores, que são alimentados por uma bateria de autonomia curta – quando totalmente carregada, ela tem duração de, apenas, cinco minutos. No entanto, os engenheiros que desenvolveram o veículo voador dizem que já realizam esforços para melhorar o desempenho elétrico.
Milan Duchek, diretor técnico da empresa tcheca Duratec Bicycles, acredita que as bicicletas voadoras terão usos variados depois de serem aprimoradas. Segundo ele, o objetivo principal é fazer com que o veículo futurista passe a ser usado como meio de transporte, prática esportiva, ou, ainda, opção de turismo.
Redação CicloVivo

Lei obriga instalação de semáforos movidos a energia solar e eólica em Maceió

Lei obriga instalação de semáforos movidos a energia solar e eólica em Maceió
13 de Junho de 2013 • Atualizado às 11h39





Uma lei que pretende disponibilizar semáforos alimentados com energia solar ou eólica foi aprovada na capital alagoana. O projeto do vereador Silvio Camelo foi aprovado, sancionado pela Câmara Municipal e publicado no Diário Oficial do Município, de forma que já está em vigor.
A partir de agora, a lei 6.199 determina que os velhos semáforos sejam substituídos por novos que se enquadrem às novas normas. As vias púbicas receberão células fotovoltaicas para conversão de raios solares ou um sistema que aproveite a energia do vento. A intenção é que a administração da cidade opte por fontes limpas de energia sempre que possível.
Os semáforos tradicionais chegam a consumir 400W em um cruzamento de quatro vias. Pensando nisso, pesquisadores da USP testaram em São Carlos, cidade de São Paulo, um semáforo equipado com diodos emissores de luz, que deixam o equipamento mais econômico e reduz a quantidade de resíduos produzidos pelo descarte de lâmpadas incandescentes. A principal característica do produto é aproveitar a luminosidade dos diodos em sua totalidade, uma eficiência ainda não alcançada pelos semáforos de LED já desenvolvidos.
Mesmo com as novidades tecnológicas, até o momento, a cidade alagoana foi a única a transformar a alternativa ecológica em lei. A substituição dos equipamentos deve ser iniciada dentro de 180 dias contados a partir da segunda quinzena de maio deste ano.
Redação CicloVivo