domingo, 16 de junho de 2013

Alimentos orgânicos...somente na xêpa!

05/06/2013 - 03h04

Vendas de orgânicos crescem, mas preço alto ainda é barreira para o consumidor

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/06/1289625-vendas-de-organicos-crescem-mas-preco-alto-ainda-e-barreira-para-o-consumidor.shtml

CLAUDIA ROLLI
TONI SCIARETTA
DE SÃO PAULO

A venda de alimentos orgânicos no Brasil cresce em ritmo três vezes mais acelerado que a de todo o resto de itens oferecidos em supermercados. Natural.
Primeiro, por ser esse um nicho minúsculo aqui, com alto potencial de expansão e contínua oferta de novidades.

Segundo, porque desde sua regulamentação, em 2011, vem atraindo mais investimentos. E em terceiro lugar --mas não em último-- porque o apelo "saudável" já fisga sete em dez brasileiros, segundo pesquisa de hábitos de compra feito pela Nielsen.
O que não é natural é um consumidor pagar 45% mais pelo quilo de banana sem agrotóxico e três vezes mais por um suco, em comparação com não orgânicos.
A cada R$ 100 gastos ao mês por famílias com frutas, verduras, legumes e ovos, só R$ 4 foram com orgânicos em 2012, segundo pesquisa da Kantar Worldpanel. Em compensação, esse luxo já chegou a 10 milhões dos 47 milhões de lares pesquisados.


NAS PRATELEIRAS
De olho nessa gente, os supermercados ampliam a variedade de produtos orgânicos nas prateleiras e dizem conseguir, nas compras em larga escala, reduzir os preços de alguns itens.
As redes fecham contratos de longo prazo com fornecedores regionais e entram com a logística, diluindo o custo do transporte dos produtos.
No Pão de Açúcar, o preço de folhas orgânicas já é igual ao das tradicionais. "Em alguns casos, são até mais baratas", diz Sandra Sabóia, gerente da área no grupo.

Dez anos atrás, no Walmart, os itens orgânicos custavam até três vez mais do que os similares convencionais. Hoje, a diferença média é de 50%, segundo a rede.
Já um produtor de hortaliças de São Paulo diz que os preços não cedem em razão da lógica dos supermercados: "Varejistas vendem orgânico como produto da moda. Como tem quem pague, continuam praticando preço alto".
Ming Liu, coordenador do Projeto Organics Brazil, que reúne produtores, afirma que a venda cresce mais entre os alimentos "in natura". Mas o consumidor já começa a colocar em seu carrinho açúcar, café, sucos e geleias.
"Com o aumento da oferta e de pontos de venda, observamos uma leve redução das margens que o varejo transfere ao preço final. Mas não há indicação de que haverá quedas de preços significativas, já que a demanda é maior do que a oferta", afirma Liu.
Com ele concorda Marcio Stanziani, secretário da AAO (Associação de Agricultura Orgânica). Para diminuir o descompasso entre produção e procura, seria necessário suporte oficial ao setor, com financiamento específico e assistência técnica, diz Stanziani: "O preço só cairá se o governo der ao produtor de orgânico o mesmo apoio que dá ao convencional".

QUEM COMPRA MAIS
Consumidores de orgânicos do Brasil são homens e mulheres com renda alta, informados e mais preocupados com qualidade do que com marcas. A maioria das mulheres tem de 25 a 55 anos, marido e filhos. Entre os homens, a maior parte tem mais de 40 anos.
"De todos os gastos feitos por famílias das classes A e B, 30% são com orgânicos", diz Manuela Bastian, diretora da Kantar.
O varejo nota o flerte da nova classe média com esse mundo. "O consumidor compra o suco em pó, depois migra para o concentrado. Em seguida parte para o de caixinha e o de soja. O orgânico é o passo seguinte", diz Rodrigo Mariano, gerente de economia da Associação Paulista dos Supermercados.
Além de alguns preços mais baixos que os do grande varejo, feiras de orgânicos e empresas que entregam cestas oferecem informação ao consumidor. "Nosso público quer saber de onde veio a fruta, a história do produtor", diz Daniel Pascalichio, sócio do Apanã, único supermercado orgânico de São Paulo.
Já Carmen Mentone, da empresa de delivery Via Orgânica, diz perceber dois tipos principais de novos consumidores das suas cestas. "É a família que começa a fazer a papinha do bebê e a pessoa que enfrenta uma doença grave e passa a se preocupar mais com a alimentação."

Dona das marcas Sadia e Perdigão assina acordo pela pecuária sustentável

Dona das marcas Sadia e Perdigão assina acordo pela pecuária sustentável

Trabalho do MPF busca, principalmente, reduzir o desmatamento ilegal na Amazônia
A empresa BRF, criada a partir da associação entre Perdigão e Sadia, assinou nesta quinta-feira, 13 de junho, termo de ajustamento de conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público Federal (MPF) para a regularização socioambiental da cadeia produtiva da carne nos Estados que integram o bioma amazônico. O acordo segue o modelo do documento assinado em 2013 por outros grandes frigoríficos do país.
Com a assinatura, a BRF assume o compromisso de comprar matéria-prima apenas de produtores rurais que não cometam desmatamento ilegal, façam a identificação das suas propriedades – por meio de inscrição nos cadastros estaduais existentes –, iniciem o processo de licenciamento ambiental e não tenham ocorrência de trabalho escravo, invasão de unidades de conservação, terras indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. “É um amadurecimento da política de sustentabilidade da empresa. Além de assinar o TAC, nos comprometemos a apoiar todas as iniciativas do MPF no sentido de melhorar não só a cadeia produtiva da carne, como todo o ramo do agronegócio brasileiro”, disse Wilson Mello Neto, vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, que também é responsável por marcas como Batavo, Elegê e Qualy.
Para o procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, o acordo fortalece “demasiadamente o trabalho do MPF no combate ao desmatamento e ao trabalho escravo na região amazônica. Agora, temos papel de auxiliar as empresas a obterem com órgãos públicos os dados necessários ao cumprimento do TAC”. Avelino é coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal, vinculado à 4ª Câmara de Coordenação do MPF (meio ambiente e patrimônio cultural), que nos últimos vem atuando em prol da sustentabilidade da pecuária brasileira.
Segundo o procurador da República Felipe Bogado, com o acordo de hoje, “fecha-se o último elo com as grandes empresas do setor frigorífico. O foco passa a ser no acompanhamento e na fiscalização para que se garanta o efetivo cumprimento”. O também procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes ressalta que o trabalho está constante evolução e que a experiência dessas empresas permitirá que os mecanismos de controle sejam aperfeiçoados: “Está claro que o Brasil vem elevando seu nível socioambiental. Com isso, ganha não apenas o cidadão, mas todo o mercado de carne brasileiro, inclusive com melhoria de sua imagem no cenário internacional”.
Fonte: MPF – Ministério Público Federal

Pesquisadores brasileiros estudam os benefícios da cerveja para o coração:Bebida sustentável?

Pesquisadores brasileiros estudam os benefícios da cerveja para o coração
05 de Junho de 2013 • Atualizado às 13h42



Além de comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, a data cinco de junho também é lembrada por ser o Dia da Cerveja Brasileira. Para a alegria de muitos brasileiros, os pesquisadores não cansam de produzir estudos em busca dos benefícios da cerveja, uma das bebidas mais populares no país. A pesquisa mais recente avaliará o quão favorável pode ser o consumo moderado do líquido para o coração.
Esse estudo será conduzido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em parceria com o Hospital do Coração (HCor). O grupo avaliará dois grupos de voluntários: um de abstêmios e outro de pessoas que bebem cerveja regularmente.
Cientistas norte-americanos já descobriram que as leveduras encontradas na cerveja podem ser uma alternativa eficiente para o tratamento da malária (veja aqui), outros estudos internacionais demonstraram que a ingestão de cerveja em quantidades moderadas pode ter um efeito protetor nos vasos sanguíneos, o que evita o entupimento dos vasos e até um possível infarto.
O cardiologista Luiz Antônio Machado César, diretor do Núcleo Café e Coração do Instituto do Coração (Incor), afirmou ao Estadão, que esse efeito positivo nas artérias está relacionado ao álcool, às vitaminas B3 e B6, proteínas e sais minerais.
A pesquisa baseia-se em estudos que já demonstraram que o álcool pode ser benéfico para os vasos sanguíneos. Apesar de o Brasil ser o terceiro país com maior consumo de cerveja no mundo, a bebida é apenas tratada como instrumento de diversão. O estudo em questão busca avaliar o consumo como alimento.Com informações de O Estado de S. Paulo.
Redação CicloVivo

Convite: Etapas Preparatórias da IV Conferência Municipal de Meio Ambiente


Convite: Etapas Preparatórias da IV Conferência Municipal de Meio Ambiente