quarta-feira, 12 de junho de 2013

Enduro a pé ambiental no SESC Itaquera



Revestimento passivo resfria prédios sob Sol quente

Revestimento passivo resfria prédios sob Sol quente

SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Revestimento passivo resfria prédios sob Sol quente. 11/06/2013. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=revestimento-passivo-resfria-predios-sob-sol-quente. Capturado em 12/06/2013. 
Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/06/2013
Revestimento passivo resfria prédios sob Sol quente
[Imagem: Nano Letters]

Frio sob o Sol
Quanto mais forte o Sol, mais quentes ficarão as casas e prédios, exigindo mais energia para o ar-condicionado, certo?
Normalmente sim, mas não se as paredes forem dotadas de uma nova tecnologia desenvolvida por Eden Rephaeli e seus colegas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Eles desenvolveram uma técnica de resfriamento inteiramente nova, capaz de resfriar o interior das construções mesmo sob o Sol mais quente - e sem usar energia elétrica.
O dispositivo cumpre duas funções básicas.
A primeira é refletir a maior parte possível da luz solar - quanto maior a reflexão, menor será o calor absorvido pelo revestimento e passado para o edifício.
A segunda é irradiar o calor para o espaço. Para isso, a estrutura emite radiação termal em uma faixa de comprimentos de ondas à qual a atmosfera é praticamente transparente - a reflexão do calor pela atmosfera é o principal mecanismo do efeito estufa.
"Ninguém havia sido capaz de superar os desafios do resfriamento radiativo diurno, resfriar quando o Sol está brilhando," disse Rephaeli.
Para isso, ele usou materiais fotônicos nanoestruturados, cujas estruturas em nanoescala podem ser fabricadas para se comportar de maneiras muito precisas em relação à luz.
"Nós combinamos o emissor térmico e o refletor solar em um único dispositivo, aumentando seu desempenho e tornando-o muito mais robusto e prático. Em particular, estamos muito entusiasmados porque este projeto viabiliza aplicações em escala industrial e sem conexão elétrica," disse Aaswath Raman, coautor do estudo.
Os testes mostraram que o material alcança um resfriamento líquido acima de 100 watts por metro quadrado.
Isso é mais ou menos o equivalente à energia suprida por um painel solar de igual dimensão - assim, um painel solar que esteja fornecendo energia para alimentar o ar-condicionado poderia ser substituído pelo revestimento passivo.
"Também vislumbramos aplicações para o arrefecimento radiativo em áreas do mundo em desenvolvimento sem acesso à energia, onde o ar-condicionado não é uma opção. Há um grande número de pessoas que poderiam se beneficiar destes sistemas," disse o professor Shanhui Fan.
Bibliografia:

Ultrabroadband Photonic Structures To Achieve High-Performance Daytime Radiative Cooling
Eden Rephaeli, Aaswath Raman, Shanhui Fan
Nano Letters
Vol.: 13 (4), pp 1457-1461
DOI: 10.1021/nl4004283

Cidades que transformaram suas vias expressas em espaço público

No último artigo da série Conversas urbanas, Luc Nadal escreve sobre cidades que transformaram suas vias expressas em espaço público

http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/230/conversas-urbanas-cidade-transformada-de-vias-expressas-a-parques-288445-1.asp

Por Luc Nadal


Luc Nadal
Em Lyon, França, o projeto de recuperação das margens do rio inclui uma arquibancada de limestone com vista para o curso d'água, para a cidade e para um parque linear com amenidades e playgrounds projetados por Françoise Jourda e por IN SITU
Nem o amargo frio das tardes do fim de dezembro afastam os madrilenos do Parque Madri Rio, uma impressionante linha de 10 km com parques, praças e caminhos que são um popular ímã desde sua inauguração em 2011. Há pouco tempo, as águas irregulares do Manzanares, o único e esquecido rio da cidade, corriam em um canal de concreto triste, ao meio de uma pista viária. Cerca de 200 mil carros e caminhões passavam por ali todos os dias, nas duas margens do rio, apertado entre fumaças e barulhos. Levou cinco anos de uma construção ambiciosa para enterrar as longas faixas viárias e deixá-las longe da visão - ainda que não longe da existência.

O Parque Madri Rio não é um retiro bucólico no meio da cidade, mas uma série de espaços públicos animados, como continuação e reconexão do tecido da cidade que, por tanto tempo, foi mantida longe. O parque, nesse sentido, é altamente urbano. Ainda que espaços silenciosos e para descanso sejam parte de seu mix, a intenção principal é, claramente, intensificar a esfera pública pela justaposição de usos e de funções, eventos e atividades de todas as naturezas, tanto de forma estruturada quanto espontânea.