quinta-feira, 6 de junho de 2013

Lotado, hospital público... para animais forma fila de madrugada

06/06/2013 - 03h30

Lotado, hospital público para animais forma fila de madrugada


DO "AGORA"

Donos de bichos de estimação doentes precisam chegar de madrugada no Hospital Público Veterinário de São Paulo, no Tatuapé (zona leste), para garantir uma consulta. A cada dia são distribuídas apenas 30 senhas para atendimentos. Quem tem retorno ou consulta marcados não precisa aguardar.
Para evitar tumulto, uma lista com o nome dos donos dos animais é organizada todas as noites. Os que chegam depois da lista preenchida voltam para casa. Já os "sortudos" têm de passam a noite na sala do hospital até a triagem dos casos e atendimento, que começam às 7h.
Primeira da fila, a dona de casa Milena Rodrigues, 32, chegou anteontem às 23h50. "É a segunda vez que venho. Na segunda-feira, cheguei às 4h30 e já não tinha mais vaga", afirma. O gato dela, Pingo, foi atropelado na última quinta-feira.
Pingo passou pela triagem e ficou internado, à espera de uma possível cirurgia. Milela foi embora às 10h30.

Hospital Público Veterinário de São Paulo

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Rivaldo Gomes/Folhapress
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Donos de bichos de estimação doentes precisam chegar de madrugada no Hospital Público Veterinário de SP, no Tatuapé
Mais demorado foi o atendimento da gata Belinha, que estava com dificuldades para andar. Ela e a dona, Agmar Ferreira, 44, entraram na fila à meia-noite de ontem. Mas como o ortopedista só começava a trabalhar às 14h, aguardaram quase 15 horas. "Esperei tanto e o veterinário disse que ela tem que contar com a sorte para sobreviver."
Muitos elogiam o serviço oferecido pela prefeitura. "Vale a pena esperar, o atendimento é ótimo", disse a psicóloga Ana Paula Kuller, 27 anos. Ela levou o pitbull Costela para passar no dermatologista. (ANA FLÁVIA OLIVEIRA)

Sustentabilidade ainda inacessível...e o CREA?

Habitação de interesse social
Dois lados do MCMV
Apesar das metas cumpridas, obras do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) começam a apresentar vícios e defeitos que estão corroendo o resultado das empresas e prejudicando os moradores

http://revista.construcaomercado.com.br//negocios-incorporacao-construcao/143/artigo290035-1.asp?o=r

Por Romário Ferreira


Ilustração: Samuel Casal
Os moradores do Residencial Bilbao, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, reclamam de problemas na construção desde que o condomínio foi entregue, em 2009, pela construtora Tenda. Ao conversar com os moradores do empreendimento, enquadrado no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), é notória a insatisfação com a obra. O encanador Jeomárcio Ferreira dos Reis enumera alguns problemas, presentes desde a entrega das chaves: 'alguns prédios têm infiltrações e rachaduras; os pisos de quase todos os apartamentos tiveram de ser nivelados; as vagas de garagem são estreitas e nem todos têm direito a elas, mesmo estando previstas no contrato de financiamento; quando chove, o hall de entrada de alguns blocos alaga; entre outros problemas'.
No final de 2012, a assistência técnica da construtora foi chamada para averiguar a denúncia de uma rachadura num muro do residencial. Com medo de desabamento, os próprios moradores interditaram o acesso ao local. Eles contam ainda que, após a vistoria do engenheiro da Tenda, a área foi liberada, pois não havia risco de desmoronamento, segundo avaliação do próprio engenheiro. No entanto, no início de janeiro deste ano, o muro de aproximadamente 7 m de altura, a cerca de 3 m do playground, desabou sobre um dos blocos do condomínio, destruindo janelas e paredes de apartamentos do térreo e do primeiro andar. Um dos apartamentos afetados é o da funcionária pública Cássia Campos, que está atualmente com o imóvel embargado pela Defesa Civil, pois há risco de deslizamento de terra.

Etanol continua salgado...

06/06/2013 - 03h00

Oferta de etanol deve superar expectativas e reduzir preço na bomba


TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

A oferta de etanol nesta safra será maior que a prevista inicialmente, o que pode contribuir para preços mais baixos ao consumidor final.
A produção na região Centro-Sul deve atingir 27 bilhões de litros, segundo estimativa da Copersucar, principal comercializadora de açúcar no país. O volume é 29% maior que o da safra passada, de 21 bilhões de litros.
Na Copersucar, 57,5% da cana processada será destinada à produção de etanol --o restante (42,5%) produzirá açúcar. "Antes, prevíamos 55% para o etanol", disse ontem o presidente da empresa, Paulo Roberto de Souza.
Apesar dos recentes incentivos tributários -em abril, o governo zerou PIS e Cofins para o etanol--, o maior interesse em produzir álcool deve-se ao clima.
O diretor-técnico da Unica (associação do setor), Antonio de Pádua Rodrigues, diz que as chuvas registradas entre o final de maio e o início de junho no Centro-Sul devem reduzir o teor de sacarose na cana, favorecendo o etanol em detrimento do açúcar.
A produção de álcool também é estimulada pela queda do preço do açúcar.
Do total, 15 bilhões de litros serão etanol hidratado. A oferta será superior ao consumo doméstico, que em 2012 ficou em 10 bilhões de litros.
Como a tendência é de queda para as exportações, por causa da provável supersafra de milho nos Estados Unidos, o excedente deve ser destinado ao consumidor brasileiro.
"Acreditamos que a paridade [entre álcool e gasolina] cairá para 62%. Com isso, o consumo mensal subiria para 1,8 bilhão de litros mensais, o suficiente para absorver o excedente", diz Souza.
Se a expectativa dele for confirmada, o etanol na bomba deverá cair para perto de R$ 1,69 o litro -na semana passada, o preço médio era de R$ 1,84 em São Paulo, segundo pesquisa da Folha.
A estimativa da Copersucar para a produção de açúcar no Centro-Sul é de 35 milhões de toneladas, dos quais 9 milhões serão vendidos pela empresa. Desse volume, 7,5 milhões de toneladas serão exportadas, alta de 41% ante a temporada anterior.
Esse aumento será possível graças ao novo terminal de açúcar na empresa, inaugurado ontem no porto de Santos (SP). Com o projeto, que consumiu R$ 130 milhões, a empresa dobra a sua capacidade de exportação para 10 milhões de toneladas.
O terminal é parte do plano de investimento da empresa em logística, de R$ 2 bilhões até 2015. No próximo dia 17, a empresa e parceiros inauguram o primeiro trecho do duto que ligará Goiás, Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. O primeiro trecho foi construído entre Ribeirão Preto e Paulínia, em São Paulo.