terça-feira, 14 de maio de 2013

ONU lança desafio sobre a sustentabilidade no turismo


ONU lança desafio sobre a sustentabilidade no turismo

12.05.2013


Vice-secretário-geral das Nações Unidas defende que o setor turístico seja uma força motriz para a economia
Genebra. O vice-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Jan Eliasson, incentivou esta semana os governos, a indústria do turismo e as comunidades locais para, juntos, enfrentar o desafio de alcançar o desenvolvimento sustentável no crescente processo de urbanização e turismo.


O vice-secretário-geral ressaltou que a movimentação turística internacional cresceu de 25 milhões em 1950 para mais de 1 bilhão em 2012. As receitas do turismo internacional também aumentaram significativamente FOTO: DIVULGAÇÃO



No pronunciamento no Almoço de Trabalho sobre o Desenvolvimento Sustentável Urbano e o Turismo, organizado pela Missão Permanente da China nas Nações Unidas, Eliasson observou que o crescimento da urbanização e do turismo é uma consequência natural de um mundo globalizado.



Segundo ele, grande parte do crescimento nas últimas décadas foi liderado pela China e por outros países asiáticos.



O vice-secretário-geral ressaltou que a movimentação turística internacional cresceu de 25 milhões em 1950 para mais de 1 bilhão em 2012. As receitas do turismo internacional também aumentaram significativamente, superando o marco de 1 trilhão de dólares em 2011.



"Por trás das estatísticas está uma história ainda maior - o crescimento das cidades e turismo na Ásia e no Pacífico", acrescentou Eliasson, observando que a movimentação de turistas internacionais na Ásia e no Pacífico cresceu de apenas 23 milhões em 1980 para um total de 233 milhões em 2012.



"Enquanto celebramos esta dinâmica de crescimento, devemos também fazer uma pausa e perguntar: pode este notável aumento da urbanização e do turismo ser sustentado, economicamente, socialmente e ambientalmente? Quais são as implicações para o desenvolvimento sustentável em todo o mundo?", questionou o vice-secretário-geral das Nações Unidas.



Planejamento



Ele disse que, no plano econômico, é necessário trabalhar em conjunto para garantir que o desenvolvimento urbano sustentável e o turismo tornem-se uma força motriz para o crescimento econômico através da criação de emprego, investimentos e através do impacto da urbanização sustentável e do turismo em outros setores da economia.



No mês passado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse em um evento sobre o tema em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, que "esverdear" a indústria é crucial para o futuro do planeta.



"No ano passado, chegamos a uma marca histórica: mais de um bilhão de turistas cruzaram fronteiras internacionais. Temos de garantir que esses movimentos sejam uma força transformadora, uma força que constrói a paz, estimula a economia, preserva o meio ambiente e promove valores universais", disse Ban Ki-moon.



Realização de eventos



O Brasil teve o quinto maior crescimento na captação de eventos internacionais em 2012, na comparação com o ano anterior. É o que aponta levantamento divulgado na última quarta-feira (8), pelo International Congress & Convention Association (ICCA). O estudo mostra que o Brasil subiu de 304 para 360 eventos internacionais o ano passado. O crescimento é superior ao da Itália, França, Alemanha e Reino Unido. Com o resultado, o Brasil manteve a 7ª posição no ranking internacional do ICCA.



"Atrair eventos internacionais para o Brasil é uma estratégia que ajuda o aumento da chegada de turistas estrangeiros e consequentemente a ampliação de divisas", disse o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Valdir Simão.



Para o presidente da Embratur, Flavio Dino, os números mostram que, em média, o País recebeu um evento internacional por cada dia do ano de 2012. "Tenho certeza que, com esse crescimento robusto no número de eventos, caminhamos com segurança para subir à 5ª posição nos próximos anos", disse.



Ramificação nos estados



O estudo mostra ainda a manutenção do movimento de ramificação dos eventos internacionais em diferentes cidades brasileiras. Alguns municípios tiveram grande crescimento, como Bento Gonçalves (150%), Belo Horizonte (117%), Foz do Iguaçu (100%) e Búzios (80%). As capitais também tiveram crescimento, como Brasília (69%), Fortaleza (60%), São Paulo (27%) e Rio de Janeiro (20%).



De acordo com o levantamento apresentado pelo International Congress & Convention Association, o Rio de Janeiro subiu duas posições e é o segundo lugar nas Américas (só perdendo para Buenos Aires) e o 25º no mundo, à frente de cidades como Nova York e São Paulo. A capital carioca recebeu 83 eventos no ano passado. 

PARQUES SUSPENSOS




PARQUES SUSPENSOS


SUSTENTABILIDADEpor Joanna Guinle

A cidade de São Paulo é especialista em recuperar áreas degradadas, com ajuda privada, e transformá-las em locais de lazer e uso público. São os casos do Parque do Povo, do Parque Raposo e da Praça Victor Civita.
Por esse motivo, o projeto de demolição do Elevado Costa e Silva (conhecido como minhocão), apresentado em 2010 pelo então prefeito Gilberto Kassab, causa espanto.
No início deste ano, a prefeitura do Rio de Janeiro começou a demolição da Avenida Perimetral no centro da cidade. Como qualquer projeto deste tipo, não falta polêmica. De um lado estão os amantes da cidade, que pouco utilizam a Via e corretamente acham que ela "enfeia" a paisagem; do outro, estão os que a utilizam e veem nas obras um caos no já complicado trânsito carioca.
O que falta para todos os lados, inclusive para os que tramitam o projeto do Kassab é, na minha opinião, bom senso.
Só a primeira fase da demolição da Perimetral custará aos cofres públicos R$ 1 bilhão. 
Por que falta bom senso? Por que enquanto demolimos, destruindo patrimônio, gerando lixo e a um custo muito alto, em outros países como França e Estados Unidos, por exemplo, prefeituras dão show em transformar.
High Line Park, em Nova York era, até 2004, uma linha de trem abandonada com data marcada para ser demolida. Graças à um grupo de moradores da região, O "Friends of the High Line", o projeto de demolição foi abandonado e outro, de preservação da ferrovia, dando lugar à um parque, começou a ser desenhado. Em 2011 foi aberto ao público o High Line Park. A transformação da estrada de ferro em um parque urbano tem estimulado o desenvolvimento imobiliário nos bairros que ficam ao longo da linha, além de trazer turistas para uma área antes esquecida da cidade.
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High Line Park
A ideia do High Line veio do bem sucedido projeto Promenade Planté, em Paris, que em 1989 trouxe um parque para a cidade, numa região onde também passava uma linha de trem. A Promenade segue uma faixa de 4,7 km e é considerada o maior cinturão verde de Paris.
Outros projetos semelhantes estão saindo do papel, o Bloomingdale Trail, em Chicago, que também prevê a transformação de uma ferrovia em parque e o Low Line que tem como objetivo transformar uma antiga e abandonada estação de metrô subterrânea num parque com energia solar. 
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Da esquerda para a direira: Bloomingdale Trail e Promenade Planté
Quem sabe não nos juntamos e formamos um grupo para tentar salvar o minhocão e transformá-lo numa versão paulista do High Line, caso o projeto de demolição seja aprovado? 

Metrópole inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo de 2014


Metrópole inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo de 2014

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/05/2013
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Metrópole inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo de 2014. 08/05/2013. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=metropole-inteligente-asia-custara-menos-copa-mundo. Capturado em 11/05/2013. 
Metropóle inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo
Mas será que o caminho é realmente investir em cidades? Parece que sim, desde que sejam cidades concebidas em novos formatos. [Imagem: Divulgação]

Cidades do futuro
Iskandar Malásia - este é nome da primeira "metrópole inteligente" do sudeste asiático.
A cidade está sendo construída com fundações firmes em princípios de integração social, baixas emissões de carbono, economia verde, tecnologias verdes, sustentabilidade e todos os demais conceitos relacionados com uma nova economia mundial.
Mas será que o caminho é realmente investir em cidades? Parece que sim, desde que sejam cidades concebidas em novos formatos.
As Nações Unidas estimam que a população humana passará dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões até 2050 - e mais de 6 bilhões vão viver em ambientes urbanos, um número que é quase o dobro de hoje.
Esse aumento exigirá a construção de uma cidade de 1 milhão de habitantes a cada semana até 2050, segundo cálculos dos especialistas.
Além disso, o estresse ambiental causado por esse intenso crescimento urbano será imenso - mais de 70% das emissões de CO2 hoje se relacionam com as necessidades das cidades.
É por isso que especialistas internacionais afirmam que Iskandar e outros empreendimentos do tipo são modelos para o desenvolvimento urbano sobretudo nos países emergentes, com populações que crescem a taxas mais altas.
Metropóle inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo
De 2006, quando o projeto foi iniciado, até junho de 2012, Iskandar atraiu US$ 31,2 bilhões em investimentos estrangeiros. [Imagem: Divulgação]
Opções para o futuro
E dinheiro para isso também parece não faltar.
Iskandar já se mostrou um poderoso ímã para o investimento privado, incluindo enormes estúdios da Pinewood Films, o primeiro parque temático Legoland da Ásia, e campi remotos de diversas universidades ocidentais, incluindo Universidade Newcastle do Reino Unido, Universidade de Southampton e Marlborough College, todas localizadas na "edu-city" de 140 hectares.
De 2006, quando o projeto foi iniciado, até junho de 2012, Iskandar atraiu US$ 31,2 bilhões em investimentos, 38% dos quais vindos de fontes estrangeiras.
Isso é menos do que custará a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
A diferença é que, em vez de consumo de recursos públicos e estádios sem utilização, a cidade de Iskandar deverá ter um PIB de US$ 93,3 bilhões em 2025, um aumento de 465% em relação a 2005, antes do início do projeto - um PIB per capita de US$ 31.100 dólares.
Além da "metrópole inteligente" de Iskandar, a Malásia está criando "aldeias inteligentes" e "eco-cidades", constituídas de casas a preços acessíveis, instalações educacionais, de formação e de lazer de alta tecnologia e um sistema agrícola criativo, em circuito fechado, proporcionando alimentos e renda suplementar aos moradores das pequenas cidades.