quarta-feira, 24 de abril de 2013

Brasil cresce em produção científica, mas índice de qualidade cai


22/04/2013 - 03h10

Brasil cresce em produção científica, mas índice de qualidade cai


SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

A produção científica brasileira, medida pela quantidade de trabalhos acadêmicos publicados em periódicos especializados, está em ascensão. Mas a qualidade dos trabalhos não acompanha o ritmo.
O cenário foi encontrado em informações tabuladas pela Folha a partir da base aberta de dados Scimago (alimentada pela plataforma Scopus, da editora de revistas científicas Elsevier). Ela traz números da produção científica de 238 países.
De 2001 para 2011, o Brasil subiu de 17º lugar mundial na quantidade de artigos publicados para 13º --uma conquista que costuma ser comemorada em congressos científicos do país.
Em 2011, os pesquisadores brasileiros publicaram 49.664 artigos. O número é equivalente a 3,5 vezes a produção de 2001 (13.846 trabalhos).
O problema é que a qualidade dos trabalhos científicos, medida, por exemplo, pelo número de vezes que cada estudo foi citado por outros cientistas (o chamado "impacto"), despencou.
O Brasil passou de 31º lugar mundial para 40º. China e Rússia, por outro lado, ganharam casas no ranking de qualidade nesse período.
Editoria de arte/Folhapress
MAIS BRASILEIROS
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, um dos motivos do salto de produção com queda de qualidade foi o aumento do número de periódicos brasileiros listados nas bases de dados: de 62 para 270 em dez anos.
"Isso aconteceu por causa de uma política de abertura para revistas científicas nacionais de países como Brasil, China e Índia", explica o cienciometrista da USP Rogério Meneghini, coordenador da base Scielo, que reúne 306 periódicos brasileiros.
O problema é que os trabalhos de periódicos científicos brasileiros têm pouco impacto. Apenas 16 dessas revistas receberam, em 2011, uma ou mais citações por artigo. Para ter uma ideia, cada artigo da revista britânica "Nature" recebeu cerca de 36 citações.
O maior impacto entre os periódicos nacionais é igual a 2,15, da revista "Memórias do Instituto Oswaldo Cruz".
"Cerca de 45% dos trabalhos científicos que recebemos são de autores estrangeiros", conta Francisco José Ferreira da Silva Neto, do corpo executivo do periódico.
Mas não são apenas os periódicos nacionais que derrubam o impacto da ciência brasileira no mundo.
"A política atual de ensino superior no Brasil pressiona para que os pesquisadores publiquem mais e para que publiquem de qualquer jeito", diz o biólogo Marcelo Hermes-Lima, da UnB (Universidade de Brasília).
SALAME
Cientistas brasileiros acabam desmembrando trabalhos parrudos em artigos com menos impacto, fenômeno conhecido como "salame".
"Cada descoberta é fatiada e publicada separadamente", explica Fernando Reinach, biólogo que deixou a academia e agora está na iniciativa privada. "O número de trabalhos aumenta, as descobertas ficam semelhantes e o impacto diminui."

Ropits...é inteligente?



Empresa japonesa desenvolve carro que dirige sozinho


Basta determinar um destino em um mapa de um dispositivo móvel para o Ropits ir até o local

Por Juliana Américo Lourenço da Silva  

SÃO PAULO – A empresa Hitachi está desenvolvendo um veículo robotizado que dispensa o motorista. O Ropits consegue andar, de forma autônoma, até um local especificado em um mapa de tablet. O veículo pode ajudar na locomoção de pessoas que possuem dificuldades ou deficiências.
O objetivo é contribuir com a diminuição da liberação de carbono e gerar uma sociedade sustentável, além de facilitar o transporte de pessoas com dificuldade de locomoção. Testes-piloto, que estão sendo realizados em cidades japonesas, têm mostrado a capacidade de funcionamento do robô e sua compatibilidade com os pedestres.
Como funciona
O veículo, que só comporta um único passageiro, conta com GPS, sensores para reconhecimento do local, câmera externa e codificador para reunir informações como a distância de objetos, altitude, entre outros aspectos.

Pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção podem usar o veículo (Reprodução/YouTube)
Pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção podem usar o veículo (Reprodução/YouTube)

Com um mapa do local por onde pretende passear, é possível escolher o ponto até onde o robô deve ir, a partir de um dispositivo móvel. O Ropits, por sua vez, determina as coordenadas necessárias para chegar ao destino.

23/04/2013 09h26 - Atualizado em 23/04/2013 16h40

Ana Maria Braga fica de repouso após ser atropelada ao vivo no 'Mais Você'


http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/04/ana-maria-braga-fica-de-repouso-apos-ser-atropelada-ao-vivo-no-mais-voce.html

Apresentadora recebeu pontos na parte interna da boca e volta na quarta. 
Nesta terça, programa apresenta reportagens especiais.

Do G1 Rio
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Acidente com Ana Maria Braga. (Foto: Reprodução/ TV Globo)Acidente com Ana Maria Braga. (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Após ser atropelada ao vivo enquanto apresentava um veículo inteligente no programa 'Mais Você' desta segunda-feira (22), a apresentadora Ana Maria Braga deixou um recado para os fãs e não comandou o matinal na edição desta terça (23). Ela agradeceu o carinho e confirmou que vai voltar ao trabalho na quarta (24). (veja o vídeo do acidente)
O companheiro diário da apresentadora, Louro José, confirmou aos telespectadores que ela levou alguns pontos na boca e que passou por alguns exames. O programa desta terça-feira foi um especial com melhores momentos e matérias já apresentadas.
Ana Maria Braga levou cinco pontos na parte interna da boca e não sofreu fraturas, como confirmaram a radiografia e a tomografia às quais ela foi submetida. Apesar disso, ela preferiu ficar de repouso e agradeceu as mensagens de carinho dos fãs. Inicialmente, a assessoria da apresentadora havia informado que ela retornaria nesta terça. (confira o vídeo com o recado da apresentadora)
O incidente
A apresentadora testava um veículo que funciona sem motorista dentro do Projac. Durante a entrevista, o veículo se movimentou inesperadamente e a porta dianteira, do lado do carona, atingiu Ana Maria Braga.
"Ela foi proteger o rosto e machucou os dedos. Ela sofreu escoriações no dedo e no canto direito da boca, mas está bem. Saiu daqui andando e foi com o doutor Guilherme Furtado para o hospital para fazer os exames", contou a diretora geral do Mais Você, Viviane De Marco.
O médico, que tem um quadro no programa, chamado SOS Mais Você, foi ao Projac para acompanhar Ana Maria até o hospital.

Após o acidente, a apresentadora recebeu os primeiros atendimentos, se recuperou e conseguiu voltar ao programa. Ela tomou um analgésico, seguiu trabalhando e ainda fez reunião de pauta antes de seguir para o hospital. "Foi só um susto", disse ao G1 a diretora Viviane De Marco.
'Falha humana', diz professor
O professor Alberto Ferreira de Souza, coordenador do projeto do carro automático desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), informou que o acidente com a apresentadora Ana Maria Braga ocorreu devido à "não realização de alguns procedimentos técnicos de segurança". Ele mostrava o carro para Ana Maria quando ocorreu o acidente.
O professor disse que houve falha na hora de mudar o sistema de automático/robô para manual/ser humano. "Fui destravar para abrir a porta traseira e não verifiquei que o freio não estava puxado. O processo não foi feito corretamente. Quando desativei o robô e passei para o controle manual, o carro começou a descer. Tentei ativar o freio, mas o carro já estava em movimento e não consegui. A porta do carona estava aberta e atingiu a Ana Maria, mas ainda bem que não houve nada grave. Ela se preocupou em nos tranquilizar. Foi um acidente", conta.
Outra falha apontada por Alberto foi o fato de ele não estar com o "sistema de parada de emergência" em mãos. "Tínhamos combinado de eu iria no banco de trás do carro, acompanhando, mas a Ana Maria pediu para ir dirigindo sozinha e não vi problema. Só que o sistema de parada de emergência, que ficaria na minha mão, ficou dentro do carro e eu não percebi. Como mudamos o script, não fiz os procedimentos que deveria fazer durante a parada do carro, no início, e depois não consegui parar quando precisou",  diz o professor.
Alberto de Souza afirma que a falha foi humana e explica que o carro, enquanto estava no comando de robô, não apresentou nenhum problema. "Tanto que o carro estava parado, porque o último comando dado ao computador foi stop. O carro andou quando passei para o modo manual sem verificar o freio", reforça.