sexta-feira, 12 de abril de 2013

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A natureza agradece!


12/04/2013 - 04h00

De novo, cidade de São Paulo tenta despoluir o rio Pinheiros

DE SÃO PAULO


Após abandonar um projeto que durou dez anos e custou mais de R$ 160 milhões, o governo paulista tenta, de novo, escolher uma técnica para despoluir o rio Pinheiros.
Em 2011, o Estado desistiu da flotação, que buscava aglutinar a sujeira em grãos gigantes para então retirá-la do rio, mas não deu certo.
O prazo para entrega de propostas termina no dia 19. A chamada pública deixa claro que o governo admite que, sem tratar por completo a água do rio, não haverá a tão sonhada despoluição.
"Nem mesmo o término do projeto Tietê [que deve durar mais cinco anos] vai resolver tudo", afirma Stela Goldstein, ex-secretária estadual de Meio Ambiente e diretora da ONG Águas Claras.
Esse raciocínio é sustentado por vários pesquisadores. Como o projeto visa eliminar o esgoto que chega à bacia do Tietê --na qual o Pinheiros está--, mesmo que ele seja 100% eficaz, não será suficiente.
Editoria de Arte/Folhapress
O Pinheiros, diz Stela, tem outras fontes de poluição. "Existe a poluição difusa, como a borracha dos pneus no asfalto que vai para o rio quando chove, os metais pesados que estão no fundo e as áreas contaminadas do entorno, que poluem via lençol freático."

RIO PROBLEMÁTICO
Pelos cálculos dos especialistas, mesmo que o esgoto doméstico ou industrial não chegue mais ao Pinheiros, ainda vai faltar eliminar um terço da poluição do rio.
Há outro inusitado problema: como ele não é mais um rio natural, a falta de esgoto pode fazê-lo quase desaparecer. Será preciso aumentar a permeabilidade de sua bacia, para que ele volte a ter água.
Após receber as propostas, o governo deve realizar testes. Se o cronograma não parar novamente, a implantação só deve ocorrer em uns dois anos, calculam os técnicos.
A certeza é que qualquer tecnologia jamais vai deixar o Pinheiros apto ao mergulho ou à sobrevivência de peixes. Mas, se tudo der certo, será possível passear pelas margens sem sentir o famoso mau cheiro ou até fazer passeios de barco. (EDUARDO GERAQUE)






14/04/09 - 21h12 - Atualizado em 14/04/09 - 21h33

Despoluição de rio coreano aponta saídas para o Tietê

Rio Han, na Coreia do Sul, era tão poluído quanto o Tietê.
Projeto coreano de recuperação quer trazer verde de volta.
Do G1, com informações do SPTV

O Rio Han, na Coreia do Sul, era tão poluído quanto o Rio Tietê, na Região Metropolitana de São Paulo. Hoje, não é mais. A reportagem do SPTV  mostrou como isso foi possível. 


Um rio considerado de "classe 4" é aquele que é tão sujo que dificilmente pode ser recuperado. O Tietê é dessa classe, mas Rio Han não é mais. Ele é um gigante que corta a Coreia do Sul. De ponta a ponta, tem 497 km de extensão. Só na capital, Seul, são 41 km. Depois de percorrer todo o país, o Han deságua no Mar Amarelo.

O Rio Han é o Tietê dos coreanos. São milhares de carros passando por todos os lados, além de pontes, viadutos e muitos prédios. A diferença é que o Han é limpo e usado para transporte e como área de lazer. 

Nas décadas de 60 e 70, conta o diretor do projeto de recuperação do rio, Chan-Gon Kim, o Han perdeu as características naturais para os carros, por causa do rápido crescimento da cidade.

No lugar do verde das margens, foram construídas pistas expressas. Isto impediu o acesso dos moradores ao rio. O projeto de recuperação, que começou há 2 anos, propõe um choque no passado: trazer de volta o rio divertido e agradável, diz o diretor.

Manter a água do rio limpa é o grande desafio. O Han é a única fonte de abastecimento dos 10,3 milhões de moradores de Seul. Os 40 córregos que cortam a cidade deságuam ali. Todos têm a água monitorada constantemente, em estações de saneamento.

O rio também está livre do esgoto doméstico. Seis estações garantem o tratamento. Além disso, diz o diretor do projeto de recuperação, é proibida a instalação, ao longo do rio, de fábricas que possam poluir a água.

Uma parte ambiciosa do projeto coreano prevê acabar com os carros nas marginais do Han. A idéia é construir pistas subterrâneas para todos os veículos e depois tornar as margens do rio o mais natural possível. Hoje, a natureza ocupa apenas 14% da extensão das margens. No final do projeto, a ideia é que isto ocorra em quase 90% da beira do rio.

Já existem 12 parques às margens do Rio Han, oito estão prontos, como o Seul Forest, e quatro passam por reformas. O diretor que cuida da recuperação do Han diz que o objetivo dos projetos é encontrar harmonia entre meio ambiente, cultura e lazer.

"Queremos fazer de Seul uma das dez melhores cidades do mundo. Esse é o conceito do futuro: quem souber equilibrar moradias com natureza será o melhor", diz.

O Ministério das Cidades informou que nos anos de 2007 e 2008 destinou mais de R$ 4 bilhões para o saneamento básico em São Paulo. 

Trabajo esclavo....


11/04/2013 - 13h41

Alesp ouvirá fabricante de marcas de roupa sobre denúncias de trabalho degradante


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) convocou os diretores da Gep Indústria e Comércio a prestar esclarecimentos sobre as condições de trabalho na qual estavam bolivianos resgatados por uma fiscalização realizada no mês passado.
Os representantes da companhia, detentora das marcas Luigi Bertolli, Emme, Cori e GAP do Brasil, deverão comparecer àaudiência na próxima quarta-feira (17). A convocação foi feita pelo deputado Carlos Bezerra Jr., líder do PSDB na Casa.
A empresa afirmou que ainda não recebeu notificação oficial da Alesp.

A batida --feita por Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Receita Federal-- encontrou os trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma oficina clandestina, no Belenzinho, zona leste de São Paulo.
Na autuação, os fiscais verificaram condições degradantes de trabalho, jornadas exaustivas e servidão por dívida. Eles encontraram os estrangeiros no momento em que confeccionavam roupas das marcas Emme e Luigi Bertolli.
Foi constatado que os bolivianos não possuíam documentação brasileira e cumpriam jornadas superiores a 12 horas. Além disso, foram apreendidos cadernos com anotações das dívidas de cada trabalhador, a fim de fazer descontos nos pagamentos.
Na ocasião, a companhia afirmou que desconhecia as condições de trabalho dos funcionários que costuravam as peças comercializadas e fez questão de anotar isso no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado. "A Gep foi ludibriada. Também é vítima de agentes inescrupulosos atuando nesse mercado", disse seu representante Nelson Volpato.
Pelo acordo, a Gep se comprometeu a rever a cadeia produtiva das suas marcas, a abster-se de submeter trabalhadores a condições degradantes, a pagar multa de R$ 450 mil por dano moral coletivo, a registrar os trabalhadores flagrados e a pagar R$ 10 mil a cada funcionário por dano moral.